"Coluna do Hyder" - Fabio
"Hyder" Azevedo
Momento da
virada

O novo
DP01 acabou não sendo o instrumento de marketing que os organizadores
imaginavam.
Desculpem pelo afastamento temporário dos
nossos encontros semanais, pois estive muito ocupado nestas últimas
semanas quando estava preparando minha mudança para uma outra cidade em um
outro estado. Estou participando de um novo projeto, em novo ambiente de
trabalho, com mais responsabilidades e pressão, mas muito feliz com as
mudanças profissionais e pessoais. Sou grato pelo período que estive na
Petrobras, onde aprendi a amar ainda mais este país e a defendê-lo. Fico
feliz que o meu amadurecimento como analista de tecnologia proporcionou
uma tremenda chance na minha carreira. Deixei o Rio de Janeiro e agora
resido em Porto Alegre. Mesmo com as mudanças recentes, dou a minha
palavra que estarei sempre presente aqui nesse espaço até porque,
finalmente, a temporada da Champ Car teve início. Agora, falaremos dos
mais recentes acontecimentos sobre a categoria.
A partir desse ano Téo José estará narrando às corridas da categoria rival
(IRL). Sei que alguns não gostaram desta notícia, só que não sejamos
hipócritas: eu o conheço pessoalmente e sei que sempre manteve seus
princípios e origens. Só que como todo bom profissional que é ele não fica
apegado somente em convicções e nostalgias, já que esse tipo de pensamento
não coloca comida na mesa e nem pagam as contas no final do mês. Desejo
toda a sorte do mundo para ele.
O novo DP01 acabou não sendo o instrumento de marketing que os
organizadores imaginavam. Tivemos apenas 17 carros em Las Vegas, mas a
emoção não esteve ausente. A próxima corrida acontece em Long Beach, na
Monte Carlo do Oeste, uma das corridas mais tradicionais e importantes dos
Estados Unidos. Vamos torcer que nas próximas etapas aumente o número de
inscritos. Muitos "especialistas" fizeram críticas a Robert Doonbors em
despeito de Nelson Phillipe. O que o jovem francês fez de importante na
Champ Car? Outra mudança muito comentada foi à ida de Bruno Junqueira (tão
criticado por esse colunista) para pequenina Dale Coyne, tentando
recomeçar sua carreira. Essa virada parece ter feito bem ao mineiro, já
que em Las Vegas apresentou mais combatividade do que nas últimas
temporadas, porém ainda falta muito para ser competitivo do jeito que era
esperado na época da equipe de Carl Haas e Paul Newman.
Outro destaque foi à fusão da Petit Racing (ex-Rusport) com a
Rocketsports, de Paul Gentilozzi. Esse ato foi extremamente prejudicial à
categoria, pois teríamos ao menos mais um carro inscrito, ou até dois caso
os times se mantivessem separados. Uma grata surpresa foi à chegada da
equipe Minardi e de Paul Stodart. . O que desejo é que a mentalidade da
equipe não tenha aquela pequenice que foi apresentada na Fórmula 1 durante
anos já que a Champ Car é mais equilibrada e competitiva em comparação à
categoria baseada no "velho mundo". A presença de Graham Rahal na Champ
Car é algo que ainda não consegui compreender, já que seu pai, um dos
piores esportistas que conheço, possui uma equipe ironicamente na
categoria rival. Só podemos concluir que a IRL não prepara ninguém para
uma Fórmula 1, por exemplo. Falando na IRL, ou as empresas que estão
gerindo a Champ Car e a categoria dissidente tomam uma posição em favor da
reunificação ou então ambas perigam não terem condições financeiras de
terminar a temporada desse ano. Além de todos os problemas já conhecidos
de todos, temos o fantasma da ALMS sempre crescente, pois muitas equipes
da IRL migraram para esse campeonato, copiando os passos da Penske.
A temporada da Champ Car mal começou, e já pode ser considerada uma das
mais decisivas da sua história. Vamos torcer para, antes de tudo, os
cartolas trabalharem com competência e precisão para salvar o presente e o
futuro de uma categoria cheia de histórias corajosas e vencedoras de
pessoas, amantes do verdadeiro espírito do automobilismo de competição.
Um grande abraço fiquem com Deus e até a próxima.
Fabio
"Hyder" Azevedo
http://blogdohyder.blogspot.com

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Torcedor do Vasco da Gama
e da Associação Atlética Anapolina, fã da Penske,
atualmente sou Analista de Tecnologia da
Informação mas continuo apaixonado pelas corridas como
nunca. Todas as semanas, falarei sobre as minhas experiências na
categoria, além de contar histórias dos bastidores que poucos
conhecem.
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