Quando finalmente o GP de Toronto foi autorizado, ele foi incluído no calendário da antiga Cart, atual Champ Car, e ali permanece até hoje firme e forte. O circuito praticamente não mudou nesses 21 anos, mas após a prova do ano passado, a Champ Car foi comunicada da desistência da Molson de patrocinar e promover o evento.

Assim, após todo esse tempo teremos uma mudança bastante significativa: o patrocínio da prova passa a ser de outra marca de cerveja canadense Steelback e a organização da prova passa a ser de uma associação criada para essa finalidade. Toronto é uma etapa muito esperada pelos pilotos, por causa de sua tradição.

A história registra um fato triste em Exibition Place: o acidente fatal na corrida de 1996, quando morreram o piloto Jeff Krosnoff e o fiscal de pista Gary Avrin. O acidente aconteceu numa tentativa de ultrapassagem no final da reta oposta. O carro de Krosnoff tocou nas rodas do carro de Stefan Johannson e foi catapultado contra o muro interno da pista atingindo um poste, destruindo o carro e matando o piloto. O fiscal morreu atingido pelos destroços.

Um circuito de rua, temporário, portanto que proporciona muitas emoções. De baixa velocidade média tem uma grande reta (Lakeshore Boulevard, a reta oposta) onde a maioria das ultrapassagens é efetivada. Como qualquer circuito de rua, entretanto, há várias curvas acentuadas, algumas de mais de 90 graus de inclinação, o que dificulta a dirigibilidade para os menos experientes.

O traçado de 2,824 km de extensão e 11 curvas é um dos mais tradicionais da Champ Car e põe à prova freios e câmbio, além de exigir uma pilotagem ao mesmo tempo agressiva, para tentar ultrapassagens, e cautelosa, para não ver todo o esforço terminar em um dos vários muros que cercam a pista.

Como se trata de asfalto que na maior parte do tempo recebe outros tipos de veículos, a sessão livre da manhã normalmente é a oportunidade para que o circuito ganhe, na trajetória ideal, a camada de borracha depositada pelos pneus que garantirá maior aderência e tempos mais baixos. Com isso, a tendência é de que, a cada volta, seja possível conseguir melhores marcas. Além do cronômetro, será necessário enfrentar o jogo do tráfego – encontrar um carro mais lento numa tentativa de volta rápida pode arruinar todo um esforço, assim como as bandeiras vermelhas mostradas sempre que um acidente força a interrupção do treino.

O recorde da pista pertence a Gil de Ferran, com o tempo de 57s143 e uma média de velocidade de 178 Km/h. O circuito já sofreu três alterações no traçado, até chegar nas 1,721 milhas atuais no ano de 1998. O rei de Toronto é Michael Andretti, que venceu no circuito por sete vezes.