Galeria da 
      Fama: Danny Sullivan
        
      
      Por Wallace Michel 
      
      
        
      
        
      
      
      Danny Sullivan possui 1 título, 17 vitórias, 40 pódios, 19 poles e 170 
      largadas na Champ Car. 
      
        
      
      Daniel John Sullivan 
      III nasceu no dia 09 de março de 1950 na cidade de Louisville, Kentucky, 
      Estados Unidos. Estudou administração de empresas pela Universidade de 
      Kentucky, por dois semestres antes de resolver morar em Nova York, onde 
      trabalhou como porteiro, taxista, jardineiro, lenhador e até fez alguns 
      bicos como modelo. Foi quando recebeu de presente no seu aniversário de 21 
      anos, uma coisa que mudou seu destino: um curso na Escola Jim Russell, 
      famosa de pilotagem sediada em Snetterton na Inglaterra, sendo sua taxa de 
      matrícula paga por Frank Faulkner, dirigente da SCCA na época. Em 1972 
      estréia na Formula Ford 1600 Inglesa. Foi vice-campeão da Fórmula 2 
      Inglesa em 1974. No ano seguinte disputou a Fórmula 3 Inglesa sendo 
      novamente vice-campeão além de obter cinco vitórias e quatro poles. Teve 
      um ano terrível em 1976. Por não ter verba suficiente, o máximo que 
      conseguiu foi não classificar o carro da equipe Modus M3 Hart para a etapa 
      de Mugello da Fórmula 2 Européia. Em 1977 continuou na mesmo time, sendo 
      que dessa vez disputou cincos provas, terminando a temporada na 18ª 
      posição e tendo como melhor resultado um quinto lugar em Donington, 
      Inglaterra apesar das limitações do equipamento.  
       
      Sem muitas opções, Sullivan teve em 1978, que dividir suas atenções com a 
      Fórmula Atlantic Neozelandesa, campeonato no qual terminou em 4º lugar e 
      na versão norte-americana, a qual ficou em oitavo. Quando o dinheiro 
      acabou, retornou aos Estados Unidos, para trabalhar como instrutor de 
      pilotagem na Skip Barber Racing School. Foi quando sua carreira decolou 
      novamente, graças ao apoio que recebeu de Gavin Brown, herdeiro da fábrica 
      de uísque Jack Daniels, que colocou seu piloto na equipe que tinha 
      montando para disputar a Can-Am em 1980. Pilotando o modelo GB1, teve como 
      melhores resultados a segunda posição em Watkins Glen, e agora utilizando 
      um Lola T530 outro segundo lugar em Road Atlanta, fechando a temporada na 
      6ª posição e com o título de Novato do Ano.  
       
      Em 1981 Sullivan retornou a Fórmula Atlantic Norte-americana, sem deixar 
      de lado a Can-Am, onde se manteve fiel a equipe de Gavin Brown, obtendo 
      ótimos resultados, sendo que poderia ter vencido em Chicago, caso não 
      tivesse ficando sem combustível. A vitória finalmente veio no final do 
      ano, após mudar de chassi, em Las Vegas terminando a temporada na 4ª 
      colocação. Ainda participou de uma etapa da IMSA. Transferiu-se para 
      equipe de Paul Newman em 1982, obtendo uma vitória e seis pódios, ficando 
      em 3º lugar no campeonato da Can-Am. Novamente participou da Fórmula 
      Atlantic e de uma etapa da IMSA. Esse também foi o ano de sua estréia na 
      Champ Car, onde recebeu o convite da Forsythe. Logo em sua primeira 
      corrida em Atlanta, ficou em terceiro, mostrando toda a sua capacidade e 
      demonstrando ter um grande futuro pela frente.  
       
      Chega à Fórmula 1 em 1983 para ser piloto da equipe Tyrrell, mesmo tendo 
      completado 33 anos, surpreendendo a categoria. Seu companheiro de equipe 
      era o italiano Michele Alboreto, que vivia uma grande fase, após vencer a 
      última corrida de 1982 no circuito de rua em Las Vegas. Mesmo utilizando o 
      defasado modelo 011, a Tyrrell contava com o forte patrocínio da Benetton, 
      que naquele ano entrava para o circo da Fórmula 1. Em seu primeiro Grande 
      Prêmio chegou na 11ª posição, graças a desclassificação de Keke Rosberg, 
      após largar em 21º.Na corrida seguinte em Long Beach, fez um ótimo treino, 
      aproveitando que já conhecia muito bem o traçado, conseguindo a 9ª posição 
      do grid de largada, pena que problemas nos pneus o atrapalharam sua 
      corrida, ficando na 8ª colocação.  
       
      Sua melhor atuação na categoria ocorreu na Corrida dos Campeões, prova 
      extra-oficial disputada em Brands Hatch, Inglaterra, que naquele ano 
      realizou a última edição de uma corrida extra-oficial após três anos de 
      ausência. Parecia que nenhum piloto estava levando o evento a sério, 
      exceto talvez o norte-americano. Antes da largada, percebendo a 
      oportunidade de vencer, Sullivan furtivamente deu mais uma volta de 
      aquecimento, passando com sua Tyrrell por dentro dos boxes, desrespeitando 
      um acordo feito antes da corrida; e com pneus bem aquecidos, encontrava-se 
      em condições para disputar a liderança com Rosberg.  
       
      Foram 40 voltas emocionantes pelo fato de Rosberg, irritadíssimo com a 
      atitude de Sullivan, forçou em demasia os pneus traseiros desgastando-os 
      precocemente. Rosberg assumiu a liderança na 7ª volta sempre pressionado 
      por Sullivan. A ultrapassagem não veio, mas o excelente segundo lugar com 
      somente 0s500 de diferença em relação ao finlandês indicava que a partir 
      daí ele iria conseguir outros bons resultados na Fórmula 1. Isso acabou 
      não acontecendo, ele e Alboreto passaram o restante da temporada sofrendo 
      com a fraca performance do motor Ford aspirado em relação aos motores 
      turbo dos concorrentes. Mesmo assim Alboreto conseguiu ótimos resultados 
      nas corridas e treinos, largando na frente de Sullivan em treze GPs, 
      enquanto o norte-americano só conseguiu largar acima da 20ª posição em 
      apenas três oportunidades (9º em Long Beach, 16º em Detroit e 19º em 
      Kyalami). Seu melhor resultado foi nas ruas de Mônaco onde conseguiu seus 
      únicos dois pontos na Fórmula 1 ao chegar em quinto, duas voltas atrás do 
      vencedor Rosberg, terminando o ano na 17ª colocação. Alboreto venceu a 
      corrida de Detroit, sendo essa a última vitória da Tyrrell, e terminou o 
      GP da Holanda em sexto lugar, terminando a temporada na 12ª posição.  
       
      No fim do ano decidiu retornar a América ao assinar um contrato com a 
      equipe Shierson que era patrocinada pela Domino's Pizza para disputar a 
      Champ Car em 1984. Nessa temporada obteve três vitórias (Cleveland, Pocono 
      e Sanair) e uma pole (Las Vegas) fechando o ano na 4º colocação. Foi o 
      bastante para chamar a atenção de Roger Penske, que o convidou a dirigir 
      para a Penske em 1985. Venceu as 500 milhas de Indianápolis e o GP de 
      Miami obtendo duas poles (Portland e Elkhart Lake), sendo novamente o 4º 
      colocado na classificação final. O campeonato de 1986 foi ainda melhor com 
      vitórias em Cleveland e Meadowlands, duas poles (Cleveland e Long Beach) e 
      a 3ª posição no geral. Nesse mesmo ano fez sua estréia na TV, fazendo uma 
      ponta no famoso seriado Miami Vice. A temporada de 1987 foi uma grande 
      decepção, terminado o ano com a 9ª posição e apenas dois segundos lugares 
      como melhores resultados (Toronto e Laguna Seca) , mas no ano seguinte 
      chega ao título da Champ Car com a Penske, conquistando quatro vitórias 
      (Portland, Michigan, Nazareth e Laguna Seca) e nove poles (Long Beach, 
      Portland, Cleveland, Toronto, Mid-Ohio, Elkhart Lake, Nazareth, Laguna 
      Seca e Miami).  
       
      Em 1989 sua temporada foi prejudicada pelo acidente sofrido em 
      Indianápolis quando quebrou seu pulso esquerdo, ficando de fora das 
      corridas de Portland e Cleveland. Depois venceu em Pocono e Elkhart Lake, 
      além de uma pole (Elkhart Lake). Terminou o ano em 7º lugar. O campeonato 
      de 1990 foi o sexto e último que disputou pela equipe Penske, encerrando a 
      parceria em grande estilo, ao fazer a pole e vencer o GP de Laguna Seca, 
      acabando o ano na 6º posição. Assinou com a equipe Patrick, mas como o 
      motor Alfa Romeo não correspondeu às expectativas, sendo apenas o 11º 
      colocado, transferiu-se para Galles Kraco em 1992, vencendo em Long Beach 
      e acabando na 7ª colocação. Conquistou sua última vitória em 1993 no GP de 
      Detroit, no campeonato foi o 12º colocado.  
       
      Não encontrou nenhuma vaga como piloto da Champ Car para 1994, porém 
      manteve-se ocupado com as duas corridas que fez pela equipe Alfa Romeo no 
      campeonato europeu de DTM, uma etapa da Nascar e disputou a prova de 
      Daytona da IMSA. Correu também, com um Porsche às 24 Horas de Le Mans, 
      onde acabou em terceiro. Em 1995 retornou a Champ Car para correr pela 
      equipe PacWest, mas os resultados não vieram e sua temporada acabou depois 
      do acidente em Michigan, quando teve sua pélvis quebrada. Após 
      aposentar-se das corridas, foi morar na França, onde se estabeleceu na 
      Cote d'Azur (sofisticada baía ao sul do país onde acontece o Festival de 
      Cannes) e nos últimos anos foi escolhido para coordenar um programa de 
      desenvolvimento, patrocinado pela Red Bull, que visa levar jovens pilotos 
      norte-americanos para a Fórmula 1.  
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