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  Christian Fabricio Takeuti
  
 
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  Minha autoria > Tempos


Houve tempos
em que o Mundo
fechava os portões da vida
a uma alma,
melancólica, boba e sem esperança
 
Em sua jornada,
caminhava, simplesmente porque caminhava
não sentia mais os seus pés
e nem a emoção.
 
Emoção que tanto preenchia,
à séculos atrás
uma alma esperançosa,
emocionante e amada,
 
e que hoje por razões complicadas
da vida,
a vida traçada
por caminhos tristes e amargos
 
deixou para trás
esta alma morimbunda
que tanto faz
que morra e padeça
que nenhuma outra
sentirá sua perda.
 
Até um dia.
Oh ! Dia glorioso.
 
Onde a alma
por alguma razão,
desconhecida até,
resolveu olhar para o alto.
 
Erguendo a cabeça
esqueceu-se do medo,
que tanto preenchia
seu negro coração
 
Erguendo a cabeça,
viu um brilho no espaço
e sem entender direito
sentiu que era um sinal.
 
Os seus olhos brilharam,
seu coração palpitou,
sentiu a vida nas veias.
 
Sentiu o seu rosto, que antes
era frio e doentio,
ficar rosado e abençoado por Deus.
 
Em seus lábios,
tão finos e amargurados,
um sorriso brotou.
Em seus olhos
que antes sem luz e esperança,
uma lágrima rolou.
 
Porque sentia
em seu corpo inteiro
amor desabrochar,
 
que o brilho,
tão distinto que os outros brilhos do espaço
se aproximava gradativamente,
que tão almeijou,
e pouco a pouco
calor de seu brilho,
esquentava sua face.
 
Em sua garganta
um grunido de alegria soou
e com espanto em sentir
sua voz voltar,
por tanto tempo no silêncio,
ajoelhou-se abrindo os braços
deixando aquele estranho brilho
se aproximar,
até ficar a poucos centímetros
de sua, antes mórbida
e agora, esperançosa alma.
 
Fechou os olhos e sentiu o calor
de lábios doces e amantes
em sua altiva face.
 
....
 
Dias depois,
caído ao chão,
com fagulhas de lembranças
em sua memória,
sorriu novamente
e disse baixo,
mas não tão baixo
que o Universo inteiro
não pudesse ouvir
e fazer Deus sorrir.
 
A alma disse:
"Eu estou vivo !"

Christian Fabricio Takeuti
christian.takeuti@post.com
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    Última atualização em: 20 / Agosto / 2001