A premissa básica que fundamenta este álbum é o fato de que nossas vidas são multifacetadas. Existem muitas coisas diferentes que nos torna unicamente o que nós somos e ainda há um elemento comum para a nossa humanidade, e é isso o que eu quis explorar nesse álbum.
As imagens fundamentais para o álbum são a de uma casa, que representa a vida de uma pessoa em sua totalidade. Cada cômodo na casa representa um aspecto particular da vida e, claro, esses vários aspectos são diferentes de uma pessoa para outra. De qualquer forma, se uma casa meramente compreendesse cômodos diferentes, ela seria um tanto inútil, pois não são os cômodos que tornam a casa útil, mas especialmente o fato de que você pode se mover livremente de um cômodo para outro. Sem as portas, a casa está incompleta.
Em um tom mais específico, a casa em minha mente representa a vida Cristã; a nova vida em que uma pessoa entra quando aceita Cristo como seu salvador. Cristo é representado pelas portas da casa e é somente quando você aceita a Cristo que a sua vida é completa. Existem muitos assuntos secundários explorados no álbum, mas esta é a base. O velho homem descrito em Enter in Time representa as velhas maneiras que devem ser deixadas para trás e constantemente resistidas se alguém está para conhecer Cristo como seu salvador. “A luz está mais clara.”
Um dos assuntos explorados é a amizade, e como assuntos relacionados a ela - como por exemplo a traição (Betrayed Again) - adquirem um caráter completamente diferente, até mesmo quando a amizade é com aqueles que não são Cristãos. O álbum também trata de assuntos relacionados com a vida na igreja (Live for the Day) e como nós precisamos ter a certeza de que o nosso compromisso com a igreja não está nos afastando do nosso compromisso com Deus. Isso é apontado contando-se a estória de uma mulher que não precisa pensar por si mesma novamente porque agora ela é parte da igreja. Muitos dos problemas crescentes na vida Cristã têm pouco a ver com as convicções pessoais, mas têm muito a ver com cegamente aceitar como verdade qualquer coisa que uma igreja ou um Cristão particular diz a você. Isso não cria uma base forte para a fé de alguém. É importante para os Cristãos terem um entendimento sólido do que eles crêem, terem a habilidade de defender a sua fé racionalmente, e não meramente confiar em um dogma que aceitou. É por isso que o estudo da bíblia, normalmente, sob a direção de uma igreja, é muito importante para um Cristão. Não aceite o que eles dizem inquestionavelmente, faça-os provar na escritura.
A segunda música do álbum, I’m Not to Blame, é escrita da perspectiva de Jesus e é essencialmente uma explanação sobre o fato de que muitos Cristãos têm uma tendência a não dar a importância devida ao autocontrole, permitindo que o pecado controle suas vidas e choram para Deus perdoá-los repetidamente, sem fazer nenhum esforço para mudar esse comportamento. Este não é o comportamento de um indivíduo arrependido, embora, infelizmente, seja também a marca da um Cristão moderno. Muitos Cristãos choram para Jesus dar-lhes força para resistir à tentação de pecar. Então, quando eles sucumbem à tentação novamente, parece a eles que Jesus os desapontou, que ele acusa (apesar de que muitos Cristãos admitiriam que eles conscientemente pensam isso). Se você pede a Jesus para te dar forças para resistir ao pecado, mas continua a pecar, parte da sua mente conclui que Jesus não te deu a força. Mas a escritura é clara, que você não será tentado além do que você pode suportar, o que significa que não há desculpas para o pecado. E, mesmo que Cristãos continuem a pecar diariamente de alguma forma, a vida de do Cristão deve ser um auto-aprimoramento contínuo: procurar a cada dia ser mais como Cristo.
As músicas que emolduram o álbum são a primeira e a última música no CD: A Moment e Unceasing. Estas músicas tratam com o paradoxo da base para entender a vida eterna. Em outras palavras, que como Cristãos, nós aceitamos que nós não somos meramente mortais, mas temos vida eterna, vida eterna além do túmulo (A vida é incessante), e ainda isso também significa que nós sabemos que a vida, como nós conhecemos na terra, é como uma gota no oceano da eternidade, ou um mero momento no tempo (A vida é um momento). Entender isto é uma das primeiras coisas com a qual um novo Cristão deve lidar, e eu pensei que combinaria bem sendo o princípio e a conclusão para os temas do álbum.
Traduzido por Christian Metal Brain
O original se encontra no site da banda: