Introdução
Este trabalho tem como objetivo levar até você, leitor,
um pouco da cultura cigana que ainda não teve sua origem comprovada
cientificamente. Uma cultura interessante onde a alegria está sempre presente
inclusive na morte, que é celebrada com festa.
Um povo amante da liberdade que decide onde, como e até quando morar em determinado local, caracterizando o nomadismo como característica típica do povo cigano. O caro leitor já imaginou alguém com três nomes? Pois bem, entre os ciganos isso existe sim. Eles fazem com que suas leis se tornem regras a serem cumpridas pelo seu povo, passadas de geração para geração. Quanto aos ritos, esses são pontos fundamentais em qualquer tribo cigana, onde tudo acontece conforme manda a tradição. O outro aspecto a ser tratado nesse trabalho é como vivem hoje essas tribos no Brasil, onde os primeiros ciganos chegaram no ano de 1574, os problemas que enfrentam atualmente e o que está sendo feito por esse povo que luta para manter sua tradições.
ORIGEM ASPECTOS GERAIS DA CULTURA CIGANA HABITAT
Amantes da liberdade, os
ciganos apreciam o ar livre e adoram dormir ao relento. Habitam em tendas,
de porta aberta para o sul ou na direção oposta ao vento ou em grandes
carros pintados sobre rodas ou, por vezes, constroem uma casa no mesmo
modelo da tenda, térrea e com um único cômodo. Cada família cigana
estabelece-se num determinado local onde tira o suficiente para sua
sobrevivência.
Sempre alegres, os ciganos apreciam as cores também alegres onde as mulheres usam cores vivas, com saias rodadas e compridas, visto que é proibido mostrar as pernas, para que não sejam tratadas como Merimé ( impuras ). Usam cabelos longos, geralmente com tranças e, quando casadas, usam um lenço que simboliza a aliança. Os homens costumam usar calças de tecidos brilhantes e camisa, e as crianças, muitas vezes, andam nuas.
Adoram comer, sobretudo doces e frutas, sendo peritos
na fabricação de pães. Os ciganos têm horror à agricultura e à pesca, tanto que
nunca houve uma tribo cigana próxima a rios, mares ou campos onde haja
agricultura. Preferem cerveja ao vinho, amam as aguardentes fortes e tanto os
homens quanto as mulheres são adeptos do fumo.
Com valores diferentes dos nossos, os ciganos estão
longe de querer o poder e o acúmulo de riquezas, prova disso é que tudo que
ganham dividem entre eles de forma igual. Exploram o artesanato do cobre e da
palha, com exceção da tribo Lovarias, onde os homens que se dedicam a venda de
cavalos e as mulheres à leitura de mãos. Já na tribo Macwarias os homens se
ocupam distribuindo folhetos indicando o endereço para consultas.
Para os ciganos, uma criança que nasce é uma esperança
de continuidade da cultura cigana. A união entre duas pessoas representa o
fortalecimento dos vínculos de amizade contra o mundo dos gadjés (não ciganos).
Finalmente, cada velho que morre leva junto parte das tradições. O nascimento, o
casamento e a morte são, para os ciganos, as coisas mais importantes da vida,
fazendo desses acontecimentos grandes rituais, onde não existe um calendário
cíclico, mas sim o ano em que alguém nasceu, casou ou morreu.
Casamento Ao contrário do que se pensa, a sensualidade
cigana de nada vale no seu casamento. Na formação dos pares, o romantismo dá
lugar à critérios mais objetivos como a capacidade da noiva em ganhar dinheiro.
A escolha do par pertence ao pai, podendo também ser feita pelos filhos, que
dificilmente o fazem em respeito ao mais velho.
Morte
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