
Mediunidade é a faculdade psíquica
que permite a investigação de planos invisíveis (isto é, os ambientes
onde vivem os espíritos), pela sintonização com o universo dimensional
deles. Médium, portanto, é o intermediário, ou quem serve de mediador
entre o humano e o espiritual, entre o visível e o invisível. É médium
todo aquele que percebe a vida e a atividade do mundo invisível, ou quem
lá penetra, consciente ou inconscientemente, desdobrado de seu corpo físico.
Todo médium é agente de captação. Mas também transmite ondas
de natureza radiante, correntes de pensamento do espaço cósmico que
circunda nosso Planeta ("noures" de UBALDI). Sabe-se, no
entanto, que este sentido especial, quando não disciplinado, pode causar
grandes perturbações psíquicas (conduta anormal, sensibilidade
exagerada, tremores, angústias, mania de perseguição, etc.) podendo
levar à desorganização completa da personalidade, caracterizando
quadros clássicos de psicose.
Esse perigo tem explicação. O médium é, antes de tudo, um
sensitivo: indivíduo apto a captar energias radiantes de diversos padrões
vibratórios, do mundo psíquico que nos cerca. Se não se desligar dessas
emissões em sua vida normal, acabará por sofrer sucessivos choques e
desgastes energéticos que esgotarão seu sistema nervoso, com graves
conseqüências para seu equilíbrio psíquico. O consciente desligamento
da dimensão imaterial é obtida pela educação da mediunidade, indispensável
a todo médium. A sintonia só deverá acontecer quando ele estiver em
trabalho útil e em situação adequada, a serviço de ambos os planos da
Vida. Um médium é instrumento de serviço.
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