ATA CONEP SALVADOR – 13 a 15/ 04/ 2001

 

 

MESA: Fred (presidente), Rafael (tempo) e Ives (ata)

 

Deu-se inicio ao CONEP com apresentação e informes das seguintes entidades:

UFS – Frederico Leão

FUMEC – Ives Lima

UEL – Flavia Carvalhaes

FDC – Thiago Bahia

PUC-MG - Fernanda

FRB - Graice

UFBA - Lívea

UNICACS - Rafael

UNP – BH -  Leonardo

UFMG - Céliaa

UFRJ – Fernando Stern

UFES – Diogo

UFPR – Franciele e Douglas

UEM – Pierre

UERJ – Ricardo

UFPE – Maíra

 

*INFORMES:

 

1-ABRAPSO – MG, ocorreu de 8 a 11 de abril em Sao Joao del Reu, onde foi votado o sistema organizacional de núcleos regionais da ABRAPSO, para que seja discutido o processo de identidade do psicólogo social, bem como a possibilidade do registro de especialista em psicologia social.

2- VIII COLÓQUIO INTERNACIONAL DE SOCIOLOGIA CLÍNICA , que acontecerá de 2 a 6 de julho em BH, com inscrição a  70 reais + minicurso (40 reais).

3- Informes sobre o encontro mineiro de psicologia cognitiva.

4- Informes sobre o Congresso Norte-Nordeste de Psicologia (CNN); 23 a 26 de maio, Salvador.

 

 

*PROPOSTA DE PAUTA

 

(Proposta da convocatória): Avaliação Institucional; Registro de Especialidades; Congresso Nacional de Psicologia (21 a 24 junho em Brasília); O que ocorrer.

Foi pedida inclusão dos seguintes pontos de pauta: Sociologia Clinica, Filosofia Clinica, Atendimento por Internet, Inclusao e Projetos do CONEP.

Pediu-se também inversão de ordem de pauta, seguindo-se a proposta:

ENEP

Avaliação Institucional

Registro de Especialidades

CNP

CNN

Avaliação de Delegados

=Sociologia Clinica, Filosofia Clinica e Atendimento por Internet foram incluídos como subitens, no item “registro de especialidades”

=Avaliação Funcional do CONEP e propostas foram colocadas como subitens do ponto “Avaliação de Delegados”.

= INCLUSAO DE PAUTA:  CONUNE (ME geral, delegacia...)

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* 1o PONTO DE PAUTA - ENEP

Thiago BA questiona se a BA realmente teria estrutura para o evento, pela infra-estrutura e patrocinio não estarem confirmados.

Lívia relata a importância para a BARUFFA (união de estudantes da BA) de sediar o evento na UFBA, melhor infra-estrutura, buscando locais próximos para as atividades, para evitar gastos.

Sobre o alojamento, Thiago e Rafael falam que não há confirmação, e do desinteresse das particulares estarem dando apoio neste sentido.

Flavia destaca a importância do tema do próximo ENEP ser discutido em CONEP.

Foram sugeridos os seguintes temas:

-Saúde Mental do Psicólogo

-Criatividade do Psicólogo

-Psicologia e Compromisso Social

-40 Anos de Psicologia no Brasil

-Formação do Psicólogo: Ética e Compromisso Social

-Luta Anti-Manicomial

-Registro/Residência

-Psicologia e Direitos Humanos

-Ética, Compromisso e Cidadania

 

Colocou-se que “40 Anos de Psicologia no Brasil” poderia ser um tema abrangente, envolvendo outros pontos colocados. A plenária decidiu voltar a este tema no próximo CONEP, com propostas mais fechadas.

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*2o PONTO

(INVERSAO DE PAUTA: CNP/CNNP antes de Avaliação Institucional e Registro de Especialidades)

CNP

-         explicação sobre as teses, pré-congressos, congressos regionais e nacional.

Questionamento sobre o debate: já que as teses são aprovadas regionalmente, por que discuti-las em CONEP?

Foi colocado que, apesar de serem selecionadas regionalmente, as teses irão configurar diretrizes nacionais para a próxima gestão do CFP, e que, apesar de sermos livres para discutir e propor de acordo com as especificidades regionais, deve haver abertura para propostas discutidas tanto nacional quanto regionalmente, o que foi ratificado em falas posteriores. Importante tirar diretrizes gerais amplas, abrindo um espaço que é legítimo para as questões regionais, mas buscando propostas as menos contraditórias possíveis.

Propõe-se que cada regional esteja presente nos pré-congressos e encaminhe delegados para o CNP.

SOBRE OS DELEGADOS DO CONEP (8)

Propõe-se que cada uma das regionais organizadas (Sul; MG/ES; SP) indique um delegado. Os outros são votados neste CONEP a partir da discussão.

Foi levantada a possibilidade de “regiões articuladas” como o RJ e a BARUFFA estarem indicando delegado, mas esta não foi levada adiante, já que não se configuravam como regionais.

Foram colocados como critério para a eleição de delegados a distribuição nacional e a participação nos pré-congressos.

Votação dos delegados:

Seguem-se os nomes indicados e o número de votos recebidos ao lado de cada nome;

 

Fred – UFS  (09)

Pierre – UEM  (00)

Tiago Bahia – FDC (03)

Flávia – UEL (11)

Fernando – UFRJ (03)

Ives – FUMEC (02)

Maíra – UFPE (09)

Marcelo Kin - USF, São Paulo  (01)

Fabio Damac – MACKENZIE  (06)

Domeck – USP  (04)

Ricardo – UERJ (00)

Tiago Pitton – FRB (10)

 

# Foram eleitos: Flavia; Tiago Pitton; Fred; Maíra; Fábio Damac + os 3 delegados que serão indicados pelas regionais.

Houve empate quanto aos delegados suplentes, sendo eleito o critério de regional, daí Fernando Stern ter prioridade diante do empate.

 

(Deliberação do teto da reunião: 23 h).

CNNP – mais informes, discussão de alojamento, que foi terceirizado – mínimo de R120 por dia (o pessoal de SSA se compromete em buscar baratear o alojamento).

Discussão sobre a divulgação do CONEP no evento, já que este terá participação ampla de estudantes do país. Levanta-se a questão da participação e posicionamentos do CONEP no Fórum de Entidades.

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*3o PONTO DE PAUTA: CONUNE

 

Fernando Stern propõe inversão de ordem na pauta, já que o delegado de Avaliação Institucional (Ricardo/ UERJ) não havia chegado, e haviam informações importantes a serem socializadas. Proposta aceita. Coloca que este ponto seria finalizado na sexta, e por isso ele é vantajoso, já que em vários CONEPs que participa interromper um ponto é contraproducente.

Pierre coloca que isso é questão de falta de compromisso, e não conseguir dar seqüência às discussões é problema sério do CONEP.

Após longa discussão, parece consenso que é mais interessante fechar Congresso da UNE nesta sexta.

 Fran traz os informes sobre o Fórum de Executivas (dia 16/03) e do CONEG (17 e 18/03) dos quais participou como delegada.

Em relação ao Fórum de Executivas, coloca que é um espaço criado para fortalecer as Executivas e sua articulação. Nesta reunião, discutiu-se sobre o ENEX (Encontro Nacional de Executivas de Curso), que acontecerá de 17 a 20 de maio em Botucatu, (com painéis e grupos que irão discutir Universidade e ME). Outro evento que foi construído foi o II Seminário de Avaliação Institucional, que acontecerá no 2o semestre e tem o objetivo de tirar posicionamentos conjuntos das Executivas, para serem apresentados e discutidos junto à ANDES e à FASUBRA. Outro encaminhamento foi sobre o Plebiscito do Provao, que viria a ratificar o boicote, e aconteceria no 2o semestre, nos moldes do plebiscito da divida externa. Aprovada a participação da psicologia no Plebiscito do Provão.

Explica que o CONEG é o Conselho Nacional de Entidades Gerais, do qual participam DCEs de cada Universidade, UEEs (União Estadual de Estudantes) e Executivas de Curso. Fala que a participação das executivas é recente (97 provavelmente), e resultado de lutas por parte das mesmas, no entendimento, depois de longo período de afastamento e “rachas”, de que somos parte do Movimento  Estudantil Organizado, portanto somos influencias e influenciamos a UNE.

Sobre o CONEG, cita os problemas de credenciamento, da mudança de sede, da falta de discussão e da votação em bloco, sendo a UJS/PCdoB  o bloco majoritário (bloco da diretoria majoritária também). No CONEG, houveram 3 grupos de discussão, sobre cultura, Movimento Estudantil e Unviersidade. Foi votado o regimento do Congresso da UNE (CONUNE), que acontecerá a partir de 14 de junho, em Goiânia.

Ives fala das disputas entre as facções, e Fernando coloca as mesmas impressões, enfatizando a necessidade de participar, de entender e ser sujeito na escolha de quem “tem o poder” nesta entidade.

Fran coloca da dificuldade de não termos bandeira de luta, e a dificuldade de não ter autonomia nas mínimas questões em que participou como delegada, como encaminhamentos quanto à data, que se dão no momento específico da reunião. Isso se resolve assim que as diretrizes do CONEP forem explicitadas.

Ricardo coloca a frustração de não tê-las explicitado no ENEP (em sua avaliação por questões pessoais), e a necessidade de tira-las na reunião do dia seguinte, nem que de forma mais geral.

Discussão continua no sentido de colocar o funcionamento da UNE, a necessidade e importância de tirar delegados conscientes, conhecer as teses e propostas, etc.

Fran propõe que se coloque na lista um documento explicando o que é o CONUNE, o que são as teses, etc. Fala da Campanha de Boicote ao Provao bancada pela UNE, mas com a qual esta não se envolveu.

Diogo (UFES) fala que os CÃS já trazem uma discussão de sua própria Universidade, e que é importante estarmos trazendo nossa contribuição (tese) e garantirmos a discussão no CONUNE. Afirma que não temos discussão sobre ME (Movimento Estudantil) geral.

Discussão segue no sentido de propor ou não tese. Cria-se um GT sobre CONUNE, que irá produzir material para a lista. Participam nesse GT Fernando Stern, Diogo e Rafael.

 

(SÁBADO – 14/04)

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*4o PONTO DE PAUTA: FORMAÇAO x ME

 

É pedido inclusão deste ponto de pauta no  inicio das atividades, com o argumento de que tal discussão embasaria o debate sobre Avaliação Institucional e Registro de Especialidades.

Foram colocados no quadro os seguintes TEMAS:

 

ME x Movimentos Sociais

Estudar Psicologia: o que é isso?

Psicologia para quem?

Como avaliar? O que avaliar?

Especialistas x Generalistas

 

Ricardo pede que se inicie a discussão com base nas reflexões propostas acima.

Leo questiona a ausência dos tópicos: sociologia clínica, filosofia clínica, etc.

Ricardo esclarece que o objetivo é uma discussão ampla para que  sejam  tiradas diretrizes para o ME psi. fala de novidades do MEC sobre o Provão: a prova passa a ser avaliada a partir de uma média das notas da própria prova. As 3 pessoas que tirarem as melhores notas no Provão ganham vaga em qualquer mestrado escolhido do país.Pretende levar uma proposta alternativa para a discussão. Cita a experiência do professor Landeira (PUC_RS) que fez uma pesquisa, aplicando o Provão em calouros de 4 Universidades. Estes calouros obtiveram notas similares aos formandos. Mesmo assim o professor é favorável ao Provão que, segundo Ricardo, é uma forma de coerção.

Propõe a expansão do ME. Coloca para a discussão a questão: “Que psicólogo quero ser?”

Diogo fala da realidade da UFES, em que começar a trazer professores e estudantes para debater o Provão um mês antes da data do mesmo, e organizaram o boicote, entendendo o mesmo como entregar a prova em branco (+ - 40%). Lá o reitor esta cortando bolsas dos cursos que boicotaram e há professores que se negam a dar aulas a alunos “E”. O CRP publicou um artigo em seu jornal em que um professor condenava tal atitude. Coloca a necessidade de propostas alternativas, já que este fator é argumento forte para quem é contra o boicote. Defende o boicote e a construçao de proposta alternativa com respaldo do CONEP.

Talita traz a questão dos partidos políticos no ME, levantando a questão de como se aproveitar disso, como não virar marionete nas mãos destes partidos.

Fred: argumenta sobre as conseqüências do Provão, como o perigo (já realidade) de a graduação virar “cursinho pré-provao”. Com relação à mobilização para o boicote, há que se pensar que não temos claro porque somos contra, já que a maioria só se preocupa com seu diploma e o boicote ao Provão, sem proposta alternativa, pode arriscar o futuro profissional do formando. Enquanto não tivermos algumas diretrizes estabelecidas, o boicote é complicado.

Pierre: grande contradição do MEC: avalia para detectar os problemas, mas não investe para saná-los. Coloca a questão do registro de especialista, que vem de encontro ao Provão, pois está ligado à “garantia de colocação e estabilidade” no mercado. Preocupa-se com o fato de o mercado estar regulamentando as políticas públicas e nossa realidade em geral (moldando nossas aulas, provas, etc.)

Ricardo retoma a LDB (lei de diretrizes e bases para a educação), que postula a existência no currículo de um núcleo básico (ciclo comum) + especificidades. Afirma que as diretrizes curriculares abrem espaço para uma formação especialista, já que as optativas estariam vinculadas à “ênfase curricular”, “vocação da Universidade”. LDB, apesar de ter tido um enfrentamento forte, não foi debatida pelo MEC com as instituições.  As diretrizes curriculares foram um desastre, apesar de ter havido uma movimentação que barrou as “ênfases curriculares”. Enfatiza a necessidade de retomar a discussão da LDB, para que o ME psi esteja entendendo tal questão.

Fran: defende a necessidade de o CONEP ter posicionamentos claros e firmes, que tipo de Universidade queremos: voltada para o mercado ou para a sociedade? Então, há que se defender atitudes de enfrentamento ao desmonte do ensino superior. Defende o boicote como forma de enfrentamento ao Provão, já que há anos discutimos o tema e nada temos feito.

Lívia: discute os princípios da avaliação, e, antes disso, como o MEC credencia os cursos. Como avalia corpo docente, os currículos,etc. Coloca que especialistas não resolvem o problema brasileiro, há que se formar profissionais generalistas e críticos.  Dificuldade de boicote, até porque na BARUFFA só a UFBA tem formandos, e lá a discussão dos estudantes sobre o Provão é pouca.

Mesa continua com a discussão de avaliação.

Pierrre coloca a necessidade de se fazer uma análise da política social aplicada tanto no ME (que é um Movimento Social) quanto na Universidade. Como Movimento Social ele está sendo pressionando (alusão ao MST). Coloca a questao do Provão, que vem como forma de coerção, ainda mais neste momento em que além da prova obrigatória, há bolsa de mestrado vinculada às notas.

A LDB dá autonomia didático-pedagógica, mas vem o Provão e estabelece um “modelo”para a graduação, já que determinados fatos (provão) são condicionantes da mesma.

Fernando Stern informa sobre a periodização da UFRJ, que seria uma forma explícita de adaptação da Universidade ao modelo da LDB. Os cursos são organizados por módulos, sendo 4 módulos anuais, e havendo vinculação da verba ao cumprimento da proposta da reitoria. Sendo este o último ano de gestão dos reitores nas Universidades Federais, é essencial resistir à implementação dessas políticas nas universidades.

Ricardo fala que estamos com menos de 10% das Universidade de psicologia do país no CONEP. Necessidade de divulgação e mobilização dos estudantes, para alcançar nossos objetivos. Identifica dois modelos de Universidade, sendo uma voltada para o mercado, despreocupada com pesquisa e extensão. É necessário discutir, juntamente com a questão de Movimentos Sociais, a função da Universidade, e a função do Movimento Estudantil

Fran acha que, se o Movimento Estudantil é um movimento social de resistência, e se defendemos uma universidade produtora de conhecimento e socialmente engajada, há que se lutar por ela. Se somos só 10%, e poucos de nós conseguirão o boicote de inicio, e só por aí que podemos começar. As coisas não se dão separadamente, não dá tempo, de primeiro mobilizar, depois discutir, daí agir, até lá as políticas implementadas já se legitimaram. Tenta-se mobilizar ao mesmo tempo em que se age.

Lívia fala de nossa formação, da influencia de nossa criação (escola, família, etc.), dos profissionais que nos educam, da imagem que os jovens têm do ME. Nossa luta não deve ser pela qualificação do profissional especialista, mas, antes, pela formação crítica e abrangente de todo profissional da psicologia.

Grace pergunta sobre o boicote da medicina, abaixo de 5%, e por que, como foi considerado vitorioso?

Ricardo coloca que, considerando os cursos que já boicotam, em sua maioria o percentual de adesão vai aumentando ao longo dos anos.

Fernando fala dos reflexos do boicote, como ameaça de fechamento de cursos.

Fernanda traz a dificuldade de convencimento dos estudantes, pois houve melhoras na estrutura de alguns cursos.

Célia fala da repercussão do provão na UFMG e pergunta dos outros cursos. Pergunta se a avaliação que iremos propor deve ser entregue como alternativa ao provão, ou como um parecer com críticas e sugestões.

Ricardo propõe que se aponte um modelo de avaliação para as entidades parceiras como sugestão para a construção da avaliação.

Fred lembra que o CONEP ficou de apresentar a proposta ao Fórum de Entidades, mas não há nada sistematizado.

Pierre faz a discussão sobre a abertura de cursos, avaliando que devido ao número baixo de estudantes que entram na universidade pública, o governo favorece a abertura de faculdades particulares, que não são possui qualidade. Daí o MEC lança o Provão para mascarar esta situação, dizendo que controla.

Ricardo lança a idéia de uma campanha  “Psicologia não rima com especialidades”. Fala dos CAs, que devem primar pela formação crítica e assumir espaços para desenvolvê-la.

Fran propõe que tiremos daqui diretrizes mais claras para o ME, propondo luta pela Universidade Pública, articulação com outras entidades (CRP, CFP, UNE...).

Lívia coloca como foi a visita do MEC, que conversou com os alunos sobre pesquisa, o que é um absurdo, segundo ela. Diz que a avaliação deve contemplar também a prática, não só teoria. Acha que as especialidades estão em contradição com o Provão, pois o Provão padroniza, ao contrário das especialidades.

Roberta coloca o quanto ela achou interessante os textos que lhe foram passados.

Fernando propõe que pela tarde sejamos mais objetivos, centrando-nos na proposta.

Vinicius diz que é leigo, mas propõe que sejam estabelecidas metas. Alem disso acha que o boicote não daria em nada pois seria apenas mais um para aparecer no jornal. Propõe que, além de tentar englobar o máximo de cursos de psicologia, também se tente uma maior comunicação com os outros cursos.

Pierre refere-se à fala de Vinícius que levantou todos os problemas e complementa que não só o governo está acostumado com a situação, mas todos nós. A desmobilização dos estudantes é um fato e é importante ampliar esta discussão para todos os estudantes.

Roberta acha que o boicote e outros MEs vêm formando uma imagem que ela não considera ideal. Ela coloca também além do desgaste do ME a falta de apoio da maioria, isso seria alcançado tanto escrevendo como fazendo outras coisas.

Stern acha que panfletos não vão adiantar pois “minoria sempre será minoria”.

Roberta tenta explicar a fala anterior na qual quis dizer que demos atuar, mas sem nos esquecer de quem está fora do ME.

Vinícius coloca que o provão não está claro para a sociedade, o que refletiu na nossa discussão e propõe uma maior agilidade por nossa parte, pois daqui a pouco tempo as empresas vão explorar isso promovendo cursinhos pré-provão.

Ricardo propõe a leitura das propostas da manha, e Fran complementa dizendo que pedimos destaque nas propostas que quisermos discutir, e as outras em que não houver pedido de destaque a gente aprova por consenso.

Stern propõe que iniciemos pela discussão de temas menos polêmicos.

Fred questiona a discussão deste ponto de pauta, que é diferente da proposta prevista para hoje que era avaliação institucional e registro de especialidades.

Informou-se que o ponto foi incluso na manhã, era este o momento apropriado para discutir se ele era pertinente ou não. Decidiu-se que as propostas seriam lidas na ordem que apareceram.

As propostas de consenso foram:

-Mobilização do ME e crescimento da psicologia entre as Instituições de Ensino Superior (IES).

-Necessidade de leitura da lista do CONEP

-Defesa da formação generalista

-Autonomia do ME psi frente à questão partidária.

-Formação crítica nas IES/ Contra o ensino conformista

-Defesa da indissociabilidade ensino/pesquisa/extensão.

-Contradição performativa do CFP quanto a especialidades e provão.

 

Após intervalo de almoço, partiu-se para a aprovação das propostas encaminhadas na manhã. Lê-se o destaque,  abre-se para a defesa das propostas, e se encaminha a votação.

1o Ponto:

-organizar o boicote ao Provão.  (Proposta da Fran)

 Fernando propõe que se coloque

“Organizar o boicote ao provão para junho de 2001.” Não foi votada, Fran retirou proposta.

 

2o Ponto:

(Pierre e Talita fizeram proposta de consenso)

“Discussão das Políticas Públicas do Governo”

 

3o Ponto:

Ricardo mantém “Questionar a função da Universidade”

Fran coloca

“Defender a Universidade como espaço de formação generalista, critica e socialmente comprometida”, proposta ganha por 15 votos a 1.

 

4o ponto:

Organizar uma avaliação institucional alternativa (não se mantém, pois isso já esta acontecendo).

 

5o ponto:

“Debate sobre LDB e  Diretrizes Curriculares” (destaque retirado após esclarecimentos)

 

6o ponto:

“Espaço para reflexão nos CAs” (Ricardo defende que não precisa vincular ao CONEP, até porque isso possibilita a crítica ao CA)

“Espaço para reflexão nos Cas articulados ao CONEP”

1a proposta vence por 12 votos a 2.

 

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            *5o PONTO DE PAUTA: AVALIAÇAO INSTITUCIONAL

mesa: Fernando Stern (presidente)/Fran (ata) Douglas (tempo)

 

deliberou-se que Ricardo iria ter uns 10 minutos para apresentar o trabalho da delegacia do Provão (tempo que foi estendido ao longo da explanação, que durou 35 min).

Ele recupera o PAIUBI (elaborado pelo CRUB) e o CINAEM (avaliação alternativa da medicina, construída por 10 entidades aproximadamente) como 2 exemplos comprometidos e interessantes para nosso ME.

Discute o CINAEM, proposta que considera mais completa, e apresenta as 4 fases desta avaliação. A primeira fase é de diagnóstico dos cursos (via questionário de 300 perguntas), a 2a fase é de cruzamento dos dados coletados, na 3a fase há testes (acha que o mesmo) no fim do ciclo básico e no final do curso, sendo comparado o grau inicial com o final, para verificar o desenvolvimento do aluno. A 4a fase (de acreditação institucional) iniciou-se em 99, na tentativa de buscar reconhecimento social via vinculação ao MEC ou ao Ministério da Saúde.

 

*há núcleos do CINAEM fragmentados nas Universidades, colhendo dados e trabalhando por meio de oficinas.

 

Ricardo coloca que, pessoalmente, já tinha um projeto de avaliação alternativa definido, mas que esperou para apresenta-lo por acreditar que o CONEP poderia chegar coletivamente a esse projeto. Acha que superestimou o CONEP. Propõe que iniciemos pela implementação do modelo da 1a fase do CINAEM (Comissão Interinstitucional de Avaliação do Ensino Médico), de levantamento de dados. Depois cruzamos os dados e vemos que procedimentos tomar.

 

A mesa abre inscrições, indicando que a cada 3 intervenções haja uma fala para o Ricardo fazer colocações a partir das dúvidas colocadas.

Fred inicia falando que deveríamos estar assegurando o andamento da discussão da avaliação, priorizando a avaliação em relação ao registro, que está menos diretamente vinculado com a graduação.

Grace afirma que tal forma de avaliar é interessante, por dar conta do processo e não só fornecer o resultado quando o aluno estiver se formando.

(intervenção do Ricardo, falando que a avaliação no CINAEM é continuada...)

Vinicius coloca que seria interessante adotar a estrutura do CINAEM de início, para depois irmos reformulando.

Fernando diz que, pelo que conhece do CINAEM, é o modelo mais vitorioso conhecido pelos estudantes. Defende a utilização deste modelo, até porque o tempo urge.

Lívea pergunta até que ponto isso vai ser suficiente para resolver nosso probleam.

Ricardo diz que as pessoas estão muito preocupadas em ver o que se tem em vez de se penar o que se quer. É muito fácil definir uma avaliação, basta definir os objetivos.

Douglas pergunta como avaliar pesquisa e extensão.

Fran coloca sua preocupação com a falta de discussão coletiva, e com a postura de Ricardo, já que este projeto já está em sua cabeça há um ano e só agora ele traz para o grupo.

Fred fala que a avaliação não deve ter caráter competitivo, mas de análise para pensar e melhorar a formação.

Célia pergunta se o CINAEM contempla todas as críticas do CONEP ao Provão, se contempla o modo de avaliação de professores.

Ricardo coloca que o CINAEM contempla pesquisa e extensão, que considera o SUS. Diz que desde julho de 2000 ele tem clareza do CINAEM, e que depois disso continua acompanhando as discussões. Relata que em outubro de 2000 houve a tentativa de construir  um seminário de Avaliação Institucional, que seria em Blumenau mas acabou não acontecendo. Em MG tentou-se uma oficina, mas também não deu certo. Fala da dificuldade de se discutir uma avaliação alternativa antes de termos claro o que queremos.

Coloca que vem sempre trazendo essa discussão para a lista, e que o CINAEM não se preocupa em discutir o Provão porque refuta absolutamente esse modelo.

Maíra coloca que, em sua opinião, o CINAEM vai ser levado para o Fórum como proposta do CONEP. Propõe a implementação de um “Projeto Piloto” com acompanhamento contínuo e avaliação mais detalhada semestralmente.

Fernando acha que tem que ser esse o modelo que vai para o Fórum, que deve ser entendido como modelo do qual iremos partir. Fala da questão da demora do Ricardo de colocar a proposta para o coletivo, e que isso tem a ver com o processo do CONEP, que ele mesmo achou que as diretrizes seriam encaminhadas no ENEP, e defendeu que isso fosse feito lá.

Flávia retoma a questão da demora do Ricardo em divulgar isso, coloca que no último Fórum de Entidades foi passado que o Ricardo falou que o CONEP já tinha uma proposta de avaliação alternativa, sendo que isso não tinha sido realmente discutido em CONEP.

Ricardo diz que não está entendendo o que está acontecendo no Fórum de Entidades, que as relações estão muito mais no pessoal. Coloca que nosso dever é apresentar um modelo de Avaliação, que não são todas as entidades que estão dispostas a bancar a avaliação alternativa. Sua avaliação pessoal é de que sua participação foi dificultada no Fórum, que há questões muito importantes que estão aparecendo e que temos de discutir melhor, que serão colocadas na avaliação de delegados.

Lívea fala da preocupação com uma avaliação teórica, já que isso é uma coisa muito séria e que temos de tomar cuidado Talvez uma dissertação que buscasse avaliar a formação critica do aluno fosse uma possibilidade.

Fran coloca que a formação crítica pode ser contemplada nos pontos do questionário. Lívea acha que isso deve ser avaliado pelas palavras (e participação) dos estudantes.

Fernando coloca que há quatro propostas encaminhadas:

“Criar o GT para ampliar a discussão da Avaliação Alternativa para elaborar melhor as propostas para o próximo Fórum” (Fred/Fernando)

“usar o CINAEM como modelo inicial para construir nossa proposta de avaliação alternativa” (Fernando)

“Implementar um ‘projeto piloto’ de avaliação institucional semestralmente reavaliado e constantemente acompanhada pelo CONEP” (Maíra)

 “Avaliação teórico-crítica partindo do estudante” (Lívea)

“Que a avaliação tenha como norte as diretrizes tiradas esta manhã no CONEP”(Paula/Fran)

 

Após o encerramento deste ponto, fechadas as propostas, houve intervalo para a janta.

 

(noite)

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*6o PONTO: BOICOTE AO PROVÃO

(teto 30 min.)

 

Fernando diz que o CONEP tem a “vantagem” de contar com a experiência de outros cursos em relação ao boicote. Conseguiram, por ex., financiamento de campanhas de boicote via UNE, etc.  Fala da data do provão (07/junho), que está próxima, havendo só 2 meses para o preparo do boicote. Há que se pensar em encaminhamentos práticos.

Fernanda questiona se vamos colocar o boicote de cima para baixo, como deliberação de CONEP, ou se vamos fazer assembléia.

Rafael fala da situação da BARUFFA, onde 3 das 4 faculdades são novas e só a UFBA vai estar fazendo provão.

Diogo diz que essa discussão não será esgotada neste CONEP, há que se mobilizar CAs e DAs, fazer assembléias, colocar o que é o CONEP para os estudantes. Conta que naUFES, quando eles organizaram o boicote do ano passado, sentiram falta dessa deliberação do CONEP.

Lívia coloca sua preocupação com a metodologia do boicote, já que a UFBA é a única que pode boicotar em Salvador (a única que tem formandos) e não sabe se outros cursos dali boicotaram.

Pierre Fala da importância de estar passando nas salas dos outros anos do curso, já que esta política envolve todos os estudantes, e o curso em geral.

Fernando diz que é preciso conversar com os outros cursos que boicotam, pegar o material que as estaduais de SP produziram.

Lembra que o boicote é uma diretriz nacional, cuja aceitação depende de cada curso, devendo ser decidida em assembléia.

Ricardo diz que não dá para esquecer de nossa deliberação de boicote, então há que se garantir o boicote da melhor maneira possível.

Fran fala dos encaminhamentos para a construção do boicote: fazer assembléia, trazer estudantes de outros cursos que boicotam para fazer a discussão com os alunos em nossos cursos, levar a discussão (QUANDO POSSÍVEL) para departamento e colegiado. Ficou de pegar a cartilha que a ENECOS produz e colocar na lista assim que tiver.

Fernanda traz a preocupação com a dificuldade da efetivação do boicote em sua universidade, além disso isso pode piorar a relação com o colegiado e com o departamento.

Pierre fala que o boicote deve ser construído com uma campanha com adesivos e produção de material nosso (panfleto, por ex.) 

Roberta levanta a dificuldade de alguns CAs e de trabalho de base.

Ives coloca a preocupação de não fazer boicote por boicote, mas com trabalho de base.

Fernando coloca a possibilidade de buscar ajuda de professores, usar reunião de comissão de formatura, etc. como possibilidades de organização. Mesmo que o boicote dificulte relações com o colegiado, depto, etc. é uma diretriz importante a ser seguida, discutida e encaminhada pela entidade.

Fred levanta a questão do mercado de trabalho (que a nota do Provão influenciaria a entrada no mercado de trabalho). Isso vai aparecer na discussão com os alunos e há que se desmistificar. Se parte dos alunos toparem, isso já influencia (pressiona) e facilita o boicote.

Outra questão é que deve haver uma forma de não fazer a prova, deveríamos estar buscando ajuda jurídica com o CFP e Fórum de entidades.

Colocar a proposta do CONEP de Avaliação Institucional, textos e adesivos, colocar que o CONEP está fazendo essa discussão.

 

OBSERVAÇAO: TUDO QUE ESTÁ EM NEGRITO SÃO PROPOSTAS ENCAMINHADAS.

 

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            *7o PONTO DE PAUTA: REGISTRO DE ESPECIALIDADES

(teto: 1h e 30 min, até 22 h)