O Um

 
 

Feito pelo Senhor das Trevas, Sauron, em SE 1600, na forja de Sammath Naur, dentro do cone vulcânico de Orodruin, o Anel Governante é o maior de todos os vinte Anéis de Poder, sem dúvida o mais potente artefato existente na Terra-Média. Na forma parece uma bela e lisa tira de ouro puro, nunca sofrendo qualquer tipo de gasto. Quando aquecido no fogo (ex: uma lareira comum) uma elegante e minúscula inscrição torna-se visível ao longo do interior e exterior da tira. Gravado em caracteres Tengwar, usando a antiga Língua Negra, diz:

Ash nazg durbatulûk, ash nazg gimbatul,
ash nazg thrakatulûk agh burzum-ishi krimpatul
Um Anel para a todos dominar, Um Anel para os encontrar,
Um Anel para a todos trazer e nas trevas reter

Ao criar o Anel Um, Sauron transferiu ao objeto uma grande parte de sua própria essência Maia maligna, tal que o Anel adquiriu uma vontade sentiente própria. A existência de Sauron está insoluvelmente ligada à sobrevivência do Anel. Afastado dele, ainda é imensamente poderoso; se o retomar, nada na Terra-Média na Terceira Era poderia esperar resisti-lo. Quando o Anel pereceu Sauron ficou eternamente incapacitado, uma sombra sem forma. O Senhor das Trevas nunca acreditou que alguém deliberadamente destruiria o Anel, mas percebendo o perigo que correria inadvertidamente, ele protegeu-o tanto que nada poderia afetá-lo, salvo apenas o fogo de Orodruin onde foi forjado.Após a primeira queda de Sauron, Isildur possuiu o Anel Um por quase dois anos, mas raramente usou-o e certamente não testou seus poderes: Isildur levou o Anel Um ao malho do Mestre Ferreiro e sozinho leu as palavras nele quando não derreteu. Depois que Isildur descobriu a natureza do Anel, o Mestre Ferreiro recebeu apenas um pergaminho selado a respeito - ele pode ter suspeitado que algo estava errado, entretanto, pois foi forçado a jogar o malho fora: a ferramenta contaminada arruinava tudo o que fazia. Foi talvez mais misericordioso que Isildur tenha morrido, traído pelo Anel, do que viver para suportar o que teria lhe acontecido. O Anel o tentaria a usá-lo e, no fim, ele teria sido conquistado por sua sedução maligna. Mas a tira de ouro deslizou de seu dedo na Batalha dos Campos Alegres e se perdeu.O Anel foi resgatado por Déagol, um Hobbit Stoor que foi assassinado por Gollum em TE 2463. Gollum manteve o Anel nas Montanhas Nebulosas até TE 2941, quando perdeu-o e Bilbo Baggins o encontrou. Bilbo deu-o a Frodo em TE 3001, e Frodo, o Portador do Anel, levou-o a Mordor e destruiu-o em TE 3019 em Orodruin, a despeito de todas as forças reunidas contra ele.
Um artefato completamente maligno e traiçoeiro, o Anel tem uma missão: retornar para a mão de seu criador, de onde foi cortado por Isildur. Assim, joga com quaisquer fraquezas que seu portador possa ter, encorajando-o a usar seus poderes mais freqüentemente, para ter muitas oportunidades para minar a vontade do portador e capturar sua mente. Quando grandes servidores de Sauron, como os Nazgûl, estão por perto, o Anel tentará persuadir o portador a usá-lo por "segurança", revelando sua presença. Tal ataque de possessão é difícil de resistir, e o Anel fica cada vez mais forte à medida que se aproxima de Sauron. Um Portador invariavelmente sente-se compelido a proteger o artefato de olhos supostamente invejosos, e se torna intensamente desconfiado dos motivos dos outros no que diz respeito ao Anel. Dar o Anel é praticamente impossível, e nenhum portador poderia simplesmente jogá-lo fora. E pode se ajustar ao dedo de qualquer portador. Entretanto o Anel pode se "descartar", se insatisfeito com o potencial de seu portador.

 

Voltar