Poder Anão

 
 

Sauron ficou furioso quando colocou o Anel Dominante e descobriu que não podia controlar Durin III, o Rei-Anão que ainda usava um dos Sete dado a ele pelo Senhor Élfico Celebrimbor. Durin III, como todos os Naugrim, era difícil de compreender e não se submeteria à dominação. Algumas lendas dizem que de alguma maneira ele foi afetado pelo Anel do Poder quando rejeitou os pedidos de Celebrimbor de ajuda na defesa de Eregion e depois, de refúgio dentro da Porta Ocidental para o povo combalido dos Noldor. Medos infundados de ter que dividir a riqueza de Khazad-dûm poderiam ter causado isso, com ou sem a ajuda de Sauron. Os contos dos Anões, entretanto, afirmam que o Rei-Anão agiu por preocupação por seu povo, sabendo que a defesa de Eregion era inútil e que a cidade ficaria extremamente vulnerável se arriscasse abrir os portões. Uma migração caótica de Elfos fugindo certamente seria o fim.De qualquer modo, Durin III recusou ajuda quando era terrivelmente necessária, e os Elfos nunca o perdoaram ou a seu povo. Daquele dia em diante, muitos dos povos Élficos nutriram uma duradoura ira pelo Povo de Durin, e deve-se ao Anel muita da culpa. (Apenas os Elfos de Lórien, seguidores de Galadriel, mantiveram amizade com os Anões.)O maior dos Anéis dos Anões foi então mantido por muito tempo escondido, mas outros Anões acreditam que Sauron descobrira sua localização e perseguira os Reis do Povo de Durin por isso. (Sauron recuperou-o de Thrain em Dol Guldur em TE 2845.) Embora o fim da Guerra entre Elfos e Sauron tenha encerrado uma era de tumulto, os Anões nomearam o resto da Segunda Era de "Anos Amaldiçoados." Sauron retirou-se para Mordor e vagarosamente curou suas feridas. A paz reinou, mas a malícia do Senhor Negro ainda rondava. A despeito de sua inatividade, o Maligno tocou os Anões logo após sua reitrada de Eriador. Força bruta havia falhado, e ele decidira usar outros meios de controle. Agentes levando os outros seis dos Sete Anéis de Poder contataram os Reis-Anão. Sauron esperava que os Anéis o permitissem mover os Anões, mas os Senhores dos Anões, como Durin III, não se submeteram à vontade do Abominado.Novamente os Khazâd frustraram os planos dos Servos Negros. Assim todos os Anões ganharam a ira imortal do Senhor dos Anéis. Sauron enfureceu-se e amaldiçoou todos os Anões, decidindo que um destino especial caberia aos Naugrim. Ao mesmo tempo tentava reaver os Anéis.A maldição de Sauron provou ser lenta, insidiosa, e efetiva. A determinação dos Anões impediu Sauron de domar as Sete Tribos, mas os Anéis de Poder ainda inflamavam os piores desejos dos Reis-Anão. Ao longo do tempo, a fascinação destes com aparelhos e coisas preciosas se tornou uma obsessão voraz que virou uma cobiça por ouro, prata e jóias. Itens de riqueza e poder tornaram-se o foco da vida Anã, e aqueles que negavam aos Naugrim tais riquezas tornavam-se seus inimigos. Alguns Povos cavaram profundamente na terra, enquanto outros abandonavam suas casas à procura de maiores tesouros. Mais e mais os Anões guerreavam com seus vizinhos e lutavam entre si. Durante esse tempo, os Senhores dos Anões mantinham os Anéis até a morte, desejando-os acima de qualquer coisa, pois tudo o mais parecia pálido e sem valor sem os Anéis.Os Anões mantiveram-se preocupados durante todos os Anos Amaldiçoados e, nisto, o propósito de Sauron foi satisfeito. Enquanto Elfos e Homens combatiam a Escuridão de Sauron, os exércitos dos Anões marchavam para terras distantes em busca de novos tesouros. Os eventos do mundo eram ignorados. Númenor colonizou vastas terras em Endor, apenas para se tornar vítima das maquinações do Negro. O continente dos Homens Superiores pereceu, traído pelo orgulho e engolido pelo Grande Mar de Eru. Mas seus filhos Fiéis sobreviveram e construíram os Reinos de Arnor e Gondor na Terra-Média.

 

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