

16/05/02
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Assassinos
da atriz Daniella Perez são
condenados a pagar indenização
Guilherme de Pádua e Paula
Nogueira (ex-Paula Thomaz), que mataram a atriz
Daniella Perez com 18 tesouradas em 1992, no Rio de
Janeiro, foram condenados a pagar 200 mil reais como
indenização para a novelista Glória Perez, mãe de
Daniella, e o ator Raul Gazolla, viúvo da atriz. O
valor foi fixado no último dia 14 de maio pelos
desembargadores da 7ª Câmara Cível do Rio de
Janeiro. Glória e Gazolla haviam pedido
indenização por danos morais e materiais.
O assassinato de Daniella
chocou o Brasil e até hoje é lembrado como um crime
de barbárie. A atriz recebeu cruelmente 18
perfurações no corpo, sendo oito delas no
coração, pelos assassinos Guilherme de Pádua e sua
então mulher Paula Thomaz. O corpo da jovem foi
encontrado num matagal na Barra da Tijuca, no Rio. A
ação dos dois assassinos fizeram interromper a
carreira brilhante da atriz Daniella Perez.
Em janeiro de 1997, Guilherme
de Pádua foi condenado a 19 anos de prisão e Paula
Thomaz a 18 anos e seis meses. Após cumprir um
terço da pena (seis anos e quatro meses), Pádua, em
1999, consegue liberdade condicional por bom
comportamento. Já no ano de 2000, a Vara de
Execuções Criminais de Minas Gerais concede ao
assassino Guilherme de Pádua redução de 25% de sua
pena, que passou para 14 anos, dois meses e 26 dias.
Em 2001, o pedido de indulto é feito por ele
(amparado pelo decreto-lei 3.226, de 1999, que dá
direito ao indulto se o condenado já tiver cumprido
um terço da pena, tenha tido sempre um bom
comportamento na prisão e seja pai de um filho menor
de 12 anos), mas não é confirmado. A cúmplice de
Guilherme de Pádua, Paula Nogueira, consegue o
perdão da justiça em janeiro deste ano, no Rio de
Janeiro. Por fim, a pena de Pádua é considerada
cumprida no último mês de abril. Se nos próximos 5
anos, ele não se envolver em nenhum outro crime,
passará a ser considerado réu primário, e, caso
alguém o chame de "assassino" após esse
tempo, poderá sofrer processo judicial por calúnia
e difamação.
Atualmente, Guilherme de Pádua
leva uma vida normal e cursa o 1º período de
Ciências da Computação na PUC Minas, em Belo
Horizonte, e foi pré-selecionado recentemente para
receber uma bolsa de estudos. Pádua também já
desenvolve trabalhos na área.
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15/05/02
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Minas
Gerais ganha jornal tablóide
Está circulando na cidade de
Belo Horizonte desde o dia 1º de maio o jornal
"Super Notícia", tablóide lançado pela
Sempre Editora, que também publica na capital o
semanário "Pampulha" e o diário "O
Tempo". Há muito não se via em Minas Gerais um
jornal em formato tablóide (metade do tamanho dos
tradicionais "standard"), espécie que vem
enfrentando uma crise nacional, e o "Super
Notícia" vem se arriscar nesse mercado já
saturado dos impressos, oferecendo preço baixo - R$
0,45 - e explorando com maior ênfase as editorias
Polícia e Esportes, que mais despertam interesse e
curiosidade nas pessoas.
Com uma tiragem diária de 50
mil exemplares, o "Super Notícia" vem
recebendo uma resposta positiva de seus leitores, e
muitos parabenizam pelo fato do fácil manuseio do
tablóide e pelo custo barato, que faz contribuir com
a democratização da informação, já que amplia o
acesso à imprensa escrita para uma camada da
população que, em regra, não lê jornais.
Para que não haja grandes
aumentos nos custos da Sempre Editora, o "Super
Notícia" acaba reaproveitando a mão-de-obra de
seu irmão "O Tempo". Matérias de
Política e Cultura, por exemplo, produzidas para o
"O Tempo", são reeditadas para o
"Super Notícia", enquanto este fica por
conta da produção de matérias para editorias como
Cidade e Esportes.
Também explorando bem as
reportagens policiais, o "Super Notícia",
que possui 24 páginas, lança mão de títulos
fortes, com trocadilhos, lembrando os tablóides
ingleses, que utilizam este recurso para chamar a
atenção de seu público.
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03/05/02
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Senadora
Heloísa Helena participa de debate
com jornalistas na Rede Vida
O programa "Tribuna
Independente", apresentado pelo jornalista
Monteiro Neto, contou, na última segunda-feira, dia
29 de abril, com a presença da Senadora da
República Heloísa Helena, que sairá como candidata
pelo Partido dos Trabalhadores (PT) ao Governo do
Estado de Alagoas, nas eleições deste ano. Com a
sua forte oratória, Heloísa respondeu a perguntas
dos telespectadores e dos convidados do programa,
Eduardo Castro, jornalista da Rede Bandeirantes de
Rádio de TV, e Miguel Dias, da Rádio Globo/CBN.
Dentre alguns dos assuntos
abordados e discutidos, a Senadora Heloísa Helena,
39 anos, falou sobre privatização, transposição
das águas do Rio São Francisco, marketing nos
programas eleitorais e também sobre integridade das
urnas eletrônicas. Em um dos momentos quando foi
perguntada sobre a sua posição nas pesquisas de
intenção de votos para o Governo de Alagoas,
Heloísa disse não ter buscado ainda por um
instituto especializado, mas relatou que será um
processo difícil, embora ainda demonstrasse que
dará muito trabalho aos seus adversários. "A
minha história me obriga a ter humildade, mas esta
eleição, pode vir quente que eu estou
fervendo", disse a Senadora.
Heloísa Helena se pronunciou
contra a aliança de seu partido, o PT, com o Partido
Liberal (PL). "É incoerente, não reflete nem a
tradição do PT nem o conteúdo programático do
projeto que a gente vai apresentar para a
sociedade", opinou. A Senadora alagoana também
acredita que a pessoa ideal para ocupar a posição
de vice na chapa de Lula para a Presidência da
República deve ser alguém "que tenha
identidade com o conteúdo do PT".
Sobre o Movimento dos Sem
Terra, Heloísa Helena declarou que movimentos como
aquele só existem porque o Governo Federal não
possui uma política de Reforma Agrária. "Como
é que se justifica um país de dimensões
continentais como o Brasil, um país de 55 milhões
de miseráveis, de famintos, e só usa 20% de sua
área agricultável", questionou Heloísa.

O "Tribuna Independente" vai ao ar de segunda a
sexta-feira
às 22h30, com reprises às 14h30 do dia seguinte, na
Rede Vida
Apesar de ser uma emissora de
pequenas proporções físicas, a Rede Vida de
Televisão tem se mostrado grande em caráter,
promovendo sempre uma programação de alto nível,
embora não obtenha uma grande audiência e
reconhecimento que mereça pela mídia. O programa
"Tribuna Independente" se resguarda da
imparcialidade e anuncia que seu espaço está aberto
para todos os partidos políticos.
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01/05/02
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Novos
medidores de audiência podem
quebrar monopólio do Ibope
O ibope do Ibope está
ameaçado! Estão entrando no mercado brasileiro dois
novos sistemas de aferição da audiência dos
programas televisivos, trabalho oferecido, até
então, pelo Instituto Brasileiro de Opinião
Pública e Estatística, o Ibope. Se o fato realmente
se concretizar, o monopólio do setor será quebrado.
Entre os profissionais da mídia, as opiniões se
divergem quanto à chegada de uma concorrência para
a única empresa que mede a preferência dos
telespectadores. Um desses novos aparelinhos que
irão ajudar a determinar o futuro da programação
das emissoras, e para onde vai boa parte do bolo
publicitário, é iniciativa do SBT. A eterna
desconfiança de Silvio Santos do Ibope finalmente
será posta em prova.
Programado para ser implantado
na segunda quinzena do mês de junho, o
"Videorating" é o aparelho de medição
das empresas Gerp, um instituto de pesquisas, e
Corporación Multimedia, responsável pela medição
na Espanha, que chegará no mercado explorando as
cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, onde, em
ambas, o fornecimento dos resultados será em tempo
real, prática que o Ibope só realiza na capital
paulista. A Gerp/Corporación Multimedia oferecerá
como diferencial um preço mais baixo que a
concorrente, e seu softaware permitirá, por exemplo,
de qual para qual canal o telespectador está
migrando.
O SBT também quer entrar no
páreo dos medidores da audiência da TV. Com um
produto criado pelo superintendente de Engenharia da
rede de Silvio Santos, Alfonso Aurin, o SBT, tendo
como sócios o próprio engenheiro da emissora, uma
rede de televisão boliviana e as empresas Vértice,
que cuidará da parte técnica de instalação do
sistema e a Geopolitics, responsável pela escolha
das residências que farão parte da amostragem,
objetiva por uma confirmação da competência ou
não de seus programas, que utilizam dos atuais
números fornecidos pelo Ibope. O aparelinho,
batizado com o nome de "Adviser", ou
consultor em português, mas carinhosamente chamado
de Alfonsímetro nos corredores do SBT, tem estréia
prevista até julho.
O fato foi destaque nas semanas
que passaram nos jornais "O Estado de
S.Paulo" (21 de abril) e "Folha de
S.Paulo" (28 de abril), onde Aurin explica que,
apesar de ser iniciativa de uma emissora de
televisão, o novo medidor garantirá a sua
transparência. "Parece estranho o fato de o SBT
montar um instituto, mas não é isso. O Silvio
Santos está contratando uma empresa para comparar
números que determinam o destino e a sobrevivência
das emissoras e para onde vão as fatias do bolo
publicitário. É disso que estamos falando",
relata.
Um exemplo prático do que o
engenheiro do SBT diz sobre a guerra de audiência,
do puxa-estica de programas, do chama comerciais
daqui, do expulsa convidados que não dão audiência
dali, acontece no programa de Gugu Liberato, o
"Domingo Legal".
O diretor do Ibope, Flávio
Ferrari, opina dizendo que ter mais de um medidor de
audiência no país "seria como ter duas
moedas". "A concorrência até pode existir
por um tempo, mas, a longo prazo, o mercado acaba
escolhendo apenas um instituto, no qual confia
mais", disse Ferrari, em entrevista ao caderno
de TV da "Folha".
Roberto Manzoni, diretor do
programa de Gugu defende o investimento em mais uma
ferramenta de pesquisa e questionou o Ibope na
reportagem do "Estado de S.Paulo".
"Não entendo como a final de 'Casa dos Artistas
1', que teve muito mais audiência e repercussão,
marcou 47 pontos de média no Ibope, num Domingo, e a
final do 'Big Brother', em uma terça-feira, teve 59
pontos", alfinetou Manzoni.
A maior novidade do
"Adviser" é que os números da audiência
da TV medidos serão anunciados gratuitamente num
site da Internet, e em tempo real. Caso o negócio
não dê certo, em se tratando da pesquisa sobre a
disputada briga das emissoras televisivas, o aparelho
poderá ainda ser usado para outros fins, como para
pesquisas de mercado convencionais.
E se os números da audiência
já medida se repetirão, ninguém ainda sabe, mas,
pelo menos, teremos um outro meio para comparar tais
pesquisas, e isto é sadio. Além disso, servirá
para confirmar a hegemonia da TV Globo ou, ao
contrário, provar que a "Deusa" está
mesmo ferida... e, ainda, ajudar a melhorar a
programação da TV aberta ou esquecer de vez a
qualidade nas emissões televisivas, legitimando a
ideologia de alguns de dar "aquilo que o povo
quer"...
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