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Texto 010 - DOZE RESPONSABILIDADES IMPORTANTES DO DISCÍPULO
(extraído e adaptado do livro: "El discípulo: su desafio esencial" de Torkom Saraydarian. Editorial Kier, Buenos Aires, 1ª edição, p. 115-118)
Um discípulo da Nova Era tem doze responsabilidades importantes:
1. A primeira responsabilidade - o que é bastante curioso - é estar são. Evita todas as coisas que malogrem tua saúde e teu coração. Se não estás são, não poderás suportar as pressões que as tuas costas carregam; não poderás manter o equilíbrio nas ondas que surgem do oceano; não poderás manter tua estabilidade nos ventos torrenciais e vendavais do mundo. Um Sábio escreveu uma vez que os discípulos são aqueles que, desde sua infância, tiveram um mecanismo muito forte e se mantiveram puros e santos para poder enfrentar as dificuldades vindouras da vida.
2. A segunda responsabilidade do discípulo é desenvolver inclusividade, amor e compaixão. Não poderás ser um discípulo da Nova Era se dentro de ti há ódio e separatismo, se expressas feiúra com teus pensamentos, emoções e conduta.
O discípulo tem uma responsabilidade ainda maior de ensinar estas coisas aos demais sempre que seja possível. Um grande sábio diz que tomemos a tocha e a chama do amor, e a disseminemos por todos os lados para deter o fogo do ódio.
Os Mestres são chamados de Mestres da Compaixão. Eles a tudo vêem, e ainda conservam seu amor e sua boa vontade ardendo. Este é o significado da compaixão.
3. A terceira responsabilidade do discípulo é desenvolver a mente através da educação correta, da criatividade e do serviço. Cada dia deverás expandir tua consciência mediante leituras, serviço e criatividade porque somente uma mente organizada, educada e depurada poderá absorver as mensagens da Alma e dos grandes Centros do Universo, e traduzi-las de modo correto. Se tua mente é torcida e sem educação, não poderás compreender a vida; não poderás ver a necessidade; não poderás discriminar; não poderás digerir nem formular as idéias e visões da Nova Era.
Com criatividade, digeres as inspirações e impressões que entram em teu organismo. Não há digestão se não fazes esforço para criar (manifestar). Isso é muito importante.
O serviço é muito importante. O serviço te revela tuas debilidades e defeitos; mostra a ti por que não podes satisfazer as necessidades da humanidade. A menos que vejas o que és, não poderás servir. Um discípulo contata a humilhação e a humildade ao enfrentar-se com seu serviço.
4. A quarta responsabilidade do discípulo é realçar com sua própria vida a unidade e a síntese e opor-se a todas as formas de separatismo e ódio. Um discípulo não pode dizer: "Isto é meu e isto é teu..." Deve advogar pela unidade.
5. A quinta responsabilidade é realçar a beleza. Um discípulo deve ver beleza em todas as partes. Ao ver beleza, suscitas beleza. Ao ver feiúra, suscitas feiúra; aumentas a feiúra. Ao ver beleza, fecundas e dinamizas a beleza. A beleza é o Eu recôndito que vive dentro de ti. Faz com que essa beleza aflore.
6. A sexta responsabilidade é expandir boa vontade. Um discípulo deve ter a vontade direcionada para o bem e em favor de todos e de tudo. Não sintas ciúmes do que os demais tenham. Não digas: "Sua esposa é tão bela... Eu nem sequer tenho uma esposa.." Quando tens ciúmes, estás em curto-circuito contigo mesmo; estás em curto-circuito com teu sistema elétrico da rede de tuas energias.
Boa vontade significa dar a Deus uma ocasião para que se expresse através de ti. Boa vontade significa que Deus se irradia através de ti porque deus é bom.
7. A sétima responsabilidade é construir pontes - pontes com o Guia interior e com as Fontes superiores - e entrar conscientemente em contato com os níveis superiores nos quais existem grandes centros de aprendizagem.
Não nos referimos a ser um médium. Construir pontes significa expandir e construir teu Antahkarana ou tua continuidade de consciência, de modo tal que, a seu tempo, tomes contato com outras dimensões nas quais existe maior luz, maior beleza e maior bondade. Um discípulo jamais obterá suas mensagens de fonte de segunda mão. Erguerá sua antena e receberá suas mensagens conscientemente, com continuidade de consciência.
8. A oitava responsabilidade é criar um campo de serviço para a elevação da raça humana. Estás fazendo algo pela humanidade a fim de elevar o nível humano? Tens sequer um pequeno campo de serviço, talvez uma mesinha ou uma cadeira em tua casa, na qual escrevas cartas, envias poemas ou pintas quadros?
Um discípulo deve criar seu próprio serviço. Um discípulo real não pode descansar até que crie campos de serviço, porque uma pessoa é igual ao alcance do campo de serviço que ela cria. Um discípulo da Nova Era não se contenta tão somente com um campo. É um diamante de mil faces. Cada face irradia coisas belas e reflete coisas belas. Se somente irradia, é egoísta. Deve também refletir a beleza dos demais; deve reconhecer e ressaltar as realizações dos demais.
9. A nona responsabilidade do discípulo é ser um exemplo: um exemplo de paciência, tolerância, empenho e sacrifício. Podes dar exemplos dessas coisas em tua vida?
10. A décima responsabilidade do discípulo é difundir o conhecimento dos Seres Superiores, a existência dos Grandes, a existência da Hierarquia. Mas um discípulo deve ter informação de primeira mão acerca dessas pessoas a fim de falar sobre elas.
11. A décima primeira responsabilidade é difundir o conhecimento da imortalidade. Deves dizer às pessoas que não são somente carne e ossos que vão apodrecer na tumba; deves dizer-lhes que são uma luz que durará eternamente, construindo milhões de corpos diferentes. Mas, para isso, um discípulo deve ter a experiência da imortalidade a fim de ensiná-la e tirar o ser humano do temor da morte.
12. A décima segunda responsabilidade do discípulo é a de realçar o ser. Realçar o ser significa buscar a prova sólida de que as pessoas estão crescendo e amadurecendo. As pessoas devem manifestar sua realidade além de sua aparência, suas palavras, suas roupas, sua maquiagem, etc.
Se te empenhas nessas doze responsabilidades, serás um candidato ao caminho do discipulado da Nova Era.
O desenvolvimento do ser humano avança em formação similar a de uma espiral. Por exemplo, executamos virtudes, imitamos virtudes e falamos de virtudes como se as tivéssemos e fôssemos virtuosos. Esta é uma espiral inferior ou, o reflexo de uma espiral superior. Logo, nossa consciência sobe, desde o reflexo até a realidade, e entra em uma espiral superior, na qual encontramos a substância real das virtudes e as vivemos e expressamos em nossa vida.
Quando desenvolvemos e praticamos as virtudes, entramos em outra espiral superior, na qual vemos as correspondências planetárias das virtudes, destruímos as limitações de nossas virtudes e as destinamos às dimensões planetárias das virtudes.
Chega um tempo em nosso desenvolvimento no qual subimos a outra espiral ainda mais alta e captamos ali as correspondências solares das virtudes, e destruímos nossas limitações anteriores. Isto prossegue até espirais cada vez mais elevadas. Vemos como através dessas espirais, nossa natureza atravessa um processo de transmutação, transformação, transfiguração, e ressurreição. Para nós, as virtudes já não significam palavras, conceitos, idéias ou visões, e sim a substanciação ("materialização") de energias superiores, expressas através de nossa vida. Tal substanciação significa que toda nossa natureza é construída pela substância e energia das virtudes.
Um dia será possível compreender que as virtudes são linhas de comunicação entre nos e Seres avançadíssimos que encarnam as virtudes. De maneira que as impressões superiores, as inspirações e o contato direto com as esferas superiores, somente são possíveis mediante o desenvolvimento das virtudes.
O mesmo desenvolvimento em espiral se produz em relação a nossos sentidos, centros energéticos e corpos: primeiro reflexo, logo realidade; primeiro sonhos, e logo concreção. Primeiro jogamos com sombras nos sentidos, depois descobrimos a realidade detrás das sombras. Espiral trás espiral, os véus de mâyâ se levantam para aqueles que se empenham.
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