O Brasil
tomou conhecimento, há pouco tempo da aproximação
do catolicismo com o Candomblé. A festa
nupcial teve seu ponto alto em Salvador, Bahia, mas nada, nada mesmo,
impede que a festa se derrame, propague e prossiga
por todo o país.
Tenho as
minhas dúvidas se a maioria do povo católico
recebeu de bom grado a notícia. Um bom motivo para se
fazer uma pesquisa de opinião, neste Brasil tão carente de
estatísticas.
A verdade é
que uma das razões de alguns ou muitos concordarem
com esse casamento é o desconhecimento
do real significado do Candomblé. Primeiramente,devemos saber que o
Candomblé, Umbanda, Quimbanda (para
ficarmos só nestes) são práticas espíritas, vinculadas ao espiritismo pagão,
ou baixo espiritismo. O Candomblé é festa religiosa de origem africana, dos iorubas, povo africano do sudoeste da Nigéria.
A autoridade
suprema no Candomblé, o mestre, guia e
chefe de um terreiro, encarregado de dirigir o culto aos
orixás, é chamado Babalorixá, pai-de-santo, babá ou
babalaô. Mas quem são os orixás? Que são essas
entidades a quem os candomblecistas prestam culto e
adoram? Vejamos alguns conceitos:
a)
"A liturgia do candomblé reverencia a memória dos orixás,
praticada por aqueles que se acreditam seus descendentes, como forma de trazer
seus espíritos de volta ao convívio dos vivos pela reencarnação durante o
culto. O nome orixá se aplica às divindades trazidas ao Brasil pelos negros
escravizados da África ocidental. Entre os escravos, orixá foi traduzido por
santo, em analogia com os santos católicos, expediente destinado a proteger
culto contra a intolerância oficial. As cerimônias de invocação aos orixás
se realizam nos terreiros" (BARSA).
b)
"Cada orixá é reverenciado com suas cores, insígnias e comidas
características, danças e gritos de saudação. Algumas das principais
entidades dos cultos afro-brasileiros
são: Ogum, irmão Obaluiê e de Oxóssi, é a
divindade dos que trabalham ou utilizam o ferro.
Manifesta-se como um guerreiro que dança com a espada.
Seu dia da semana é terça-feira, e suas contas são
azul-escuras. Recebe sacrifícios de bodes e galos e gosta
de inhame assado com azeite. É sincretizado com santo
Antônio, na Bahia, e com são Jorge, no Rio de Janeiro.
Seu grito de saudação é "Ogum iê!" (BARSA).
c)
"Oxóssi é o deus dos caçadores, muito popular na
Bahia. Recebe sacrifícios de porcos e bodes. Sua comida
é axoxô (milho branco cozido com lascas de coco). Corresponde na Bahia
a são Jorge e no Rio de Janeiro a
são Sebastião. Seu grito de saudação é "Okê arô!"
(BARSA).
d)
"Omolu, ou Obaluaiê, é a divindade das doenças contagiosas.
Recebe sacrifícios de bodes e porcos. Gosta de pipoca e aberém (massa de milho
branco assado em folhas de bananeira). Identifica-se com são Lázaro e são
Roque. Sua saudação é "Atotô!" (BARSA).
e)
"Oxumaré é a cobra e o arco-íris, e simboliza a riqueza e o
dinamismo dos movimentos. É sincretizado em são Bartolomeu. Recebe homenagens
especiais no dia 24 de Agosto, o seu dia. Usa colares de búzios enfiados em
forma de escamas de cobra, e come guguru (mistura de feijão fradinho com milho,
cebola, azeite e camarão) e caruru sem caroços de quiabo. Recebe sacrifícios
de galos. Quando dança, leva na mão uma cobra de ferro. Sua saudação é
"Aô boboi!" (BARSA).
f)
"Iemanjá é a divindade associada à água salgada no Brasil, mas
na África apenas ao rio Ogum (que não tem nenhuma relação com o orixá
Ogum). É a mãe dos outros orixás. Geralmente é representada sob a forma de
sereia: cabeça, tronco e busto femininos e apêndice caudal de peixe.
Sincretizada com Nossa Senhora da Conceição, das Candeias, do Carmo ou da
Piedade, recebe oferendas rituais levadas ao mar por embarcações. Seus
alimentos sagrados são o pombo, a canjica, o galo e o bode castrado, e o seu
dia da semana é sabado. Dança vestida de azul, imitando o movimento das ondas
do mar. Festejada na Bahia em 2 de fevereiro, e em 31 de dezembro, no Rio de
Janeiro. Sua saudação é "Odô-iá!" (BARSA).
g)
"Xangô é a divindade que domina trovões, raios e tempestades,
simbolizada por machados de pedra num alguidar de madeira. É sincretizado em são
Jerônimo. Recebe sacrifícios de carneiros, galos e cágados. Come amalá
(quiabo com camarão ou carne) e begiri (quiabo com azeite, camarão, inhame,
sal e cebola). A saudação que se dirige a ele é "Kawô kabiecilê!"
(BARSA).
h)
"Iansã, uma das esposas de Xangô, é o orixá dos ventos e das
tempestades. É sincretizada com santa Bárbara. Recebe sacrifícios de cabras,
dança com mímica guerreira, e come acarajé. Sua saudação é "Epa
hei!" (BARSA).
i)
"Oxum, também mulher de xangô, representa na Bahia a água doce.
É sincretizada com Nossa Senhora das Candeias. Come mulucu (feijão fradinho
com cebola, sal e camarão) e adum (fubá de milho com mel e aceite). Sua dança
é faceira, mas ocasionalmente também belicosa É saudada com o grito "Ora
Iêiê ô!" (BARSA).
j)
"Obá, a mais velha das três mulheres de Xangô, e a divindade
ligada ao rio Obá, na Nigéria. Raramente aparece no candomblé, mas quando o
faz quase sempre briga com sua rival Oxum. Como cabra e galinha d'angola" (BARSA).
k)
"Oxalá, ou Obatalá, é a divindade que preside a procriação.
Aceita sacrifícios de pombas, cabras e galinhas. É saudada com o grito "Êpa-babá"
e sincretizado na Bahia, com o Senhor do Bonfim" (BARSA).
l)
"Erê é um orixá filho de Xangô. Manifesta-se por meio de
linguagem infantil e se comporta como criança" (BARSA).
Certa
apresentadora de programa infantil na televisão assim se expressou em
determinada programa: "hoje vai haver muito erê!". Segundo o pastor
Francisco José Vieira, ex-feiticeiro, outrora conhecido como pai-de-santo Tio
Chico, a musiquinha com o refrão "ilariê" é em homenagem à cabocla
Ilariê. Nos nomes eXU e oriXÁ estaria o nome da apresentadora que, conforme
seu relato, fez pacto com os demônios para obter sucesso. Pelo pacto, não pode
ela pronunciar o nome de Jesus nem ter relação sexual com qualquer homem. Pode
referir-se a Jesus indiretamente: "o cara lá de cima".
Como se vê,
Candomblé nada tem a ver com Cristianismo. São irreconciliáveis. A alegação
de que Deus está em toda
parte, todos são filhos de Deus, ou que Deus ama a todos, é no mínimo ingênua.
A decisão de abraçar, acolher, acomodar o Candomblé dentro dos templos
católicos é de uma infelicidade tremenda. Só acreditamos porque
estamos vendo. Mas Paulo advertiu: "Mas o
Espírito expressamente diz que nos últimos tempos
alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a
doutrinas de demônios" (1 Timóteo 4.1).
O Candomblé
lida com demônios; a finalidade de seus
rituais é agradar aos orixás com oferendas e sacrifícios; as saudações
são dirigidas aos demônios; os cânticos expressam homenagens aos demônios;
os rituais de iniciação
das filhas ou filhos-de santo envolvem sacrifícios
e muito sangue: são obrigados a beber sangue podre, entregar seus corpos
para serem possuídos pelos demônios;
obedecer cegamente ao pai-de-santo, etc. E
mais: nas festas do Candomblé todas as filhas-de-santo recebem
(incorporam, ficam possuídas) seus respectivos
espíritos-guias. Este não é o lugar apropriado para um filho
de Deus, um crente em Jesus, um cristão verdadeiro.
Os espíritas
devem ser amados e evangelizados. Mas para
isso não precisamos tocar seus atabaques, comer suas iguarias contaminadas e
cantar seus hinos satânicos. Porque Deus está em toda parte não precisamos ir aos quintos dos infernos para
evangelizar a Satanás. Não existe
e nunca existirá conciliação entre as trevas e a luz: "Que sociedade tem
a justiça com a injustiça?
E que comunhão tem a luz com as trevas? E
que consenso tem o templo de Deus com os ídolos. Pelo que saí do meio
deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não
toqueis nada imundo, e eu vos receberei; e eu serei para
vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor
Todo-poderoso" (2 Coríntios 6.14-18).
Uma coisa é
certa: a Igreja do Senhor Jesus não come, nunca comeu e jamais comerá das mãos
dos orixás, do exu, do pomba-gira, do preto-velho, de iemanjá ou de qualquer
demônio. Jamais nos alegraremos ao ouvir
cânticos de louvor a Satanás; nossos templos estarão
sempre fechados a qualquer prática espírita, seja do Candomblé, da
Umbanda ou Quimbanda. Mas estaremos sempre de braços abertos para receber
homens e mulheres oriundos de
qualquer seita, para lhes dizer que só em Jesus Cristo há salvação,
"porque debaixo do céu nenhum
outro nome há, dado entre os homens, pelo qual
devamos ser salvos" (Atos 4.12).
A Igreja do
Senhor Jesus se manterá distante dessas práticas
satânicas. Não só distante mas sempre pronta para combatê-las com a espada
do Espírito, que é a Palavra
de Deus.