Thunder By Sílvia Yumi Capítulo Um - You’re my dream, please come true. É estranho quando, durante toda a sua vida, você se acha uma pessoa sem sorte e, de repente, acontece algo que muda tudo. Até parece sonho – ou ao menos que alguma coisa está errada. Mas não foi nada disso. Eu realmente estava tendo o melhor dia da minha vida – até então. Em pensar que tudo não passou de simples brincadeira! Mas afinal, eu estava mesmo me sentindo diferente naquele dia. Tinha alguma coisa que me dizia que tudo daria certo, e que minha vida enfim abandonaria a rotina medíocre e me daria um presente. ‘Vai, ! O que custa tentarmos?’ tentava me convencer a participar de uma promoção pra conhecer o McFLY. ‘Mas eu nunca ganhei essas promoções! Sou péssima nisso...’ Eu olhava da tela do computador, em que estava aberta a página da promoção, pra ela. “Você era péssima. Esqueceu do ‘segredo’? Temos que pensar positivo!” Não, eu nunca me esqueço do ‘segredo’. Acredito em tudo que li naquele livro, mas às vezes as coisas simplesmente não parecem possíveis. E não era isso que se falava? Por mais que as coisas pareçam impossíveis, tem que se acreditar. ‘Ai, tá bom! Esse argumento é sempre tão bom...’ E eu abri um sorriso ao vê-la fazer o mesmo. Não custava nada mesmo, e ainda ia poder deixá-la feliz. Então, cliquei no link que levava à página pra escrever uma frase - que concorreria com outras milhares – e que nos daria a chance de conhecer os caras de nossos sonhos. ‘Nem acredito que vamos conhecer eles! Já tá sendo o máximo eles virem pra cá, finalmente. Agora conhecer eles? É o nosso sonho realizado, !’ estava realmente animada e convencida de que iríamos conhecer eles. Por que, então, eu não deveria fazer o mesmo? Sempre acreditamos que sonhar é muito bom - ainda mais com eles! ‘Eu seeei! Valeu a pena esperar pra dar um abraço bem apertado no , e aquele beijo no canto da boca!’ Eu falava animada e ria junto com a minha amiga. Sempre falei que iria fazer isso quando o visse, e ela vivia me chamando de cara-de-pau. Ah, quem liga?! Um monte de fãs fazem a mesma coisa. ‘Nossa, eu não sou tão cara-de-pau assim!’ Não disse? ‘Mas não seria nada mal se eu tiver coragem de abraçar o !’ Ela faz aquela típica cara de sonhadora. Não íamos parar de imaginar aquelas cenas, encontrando com eles, até que finalmente os víssemos. Se não ganhássemos a promoção, continuaríamos a viajar até não se sabe quando. Depois de alguns dias, chegou a data do resultado da promoção. Algo estava diferente em mim, como se eu pressentisse uma mudança. Era uma emoção diferente...algo que nunca tinha sentido antes, como se uma necessidade enorme de realizar um sonho surgisse em mim, e não sossegaria até que fosse alimentada. Eu não seria completamente feliz e satisfeita com a minha vida se não me arriscasse por um sonho, se não fizesse tudo o que poderia pra realizá-lo. Fui até a casa da – por sinal, nada perto – pra conferirmos o resultado juntas. Uma daria suporte emocional para a outra caso ganhássemos e saíssemos de controle, e consolaríamos uma a outra se nossos nomes não aparecessem lá. Apesar da enorme concorrência, estávamos otimistas. Se a Lei da Atração permitisse, seríamos as duas sortudas que entraríamos no camarim, depois do show, pra conversar com eles durante meia hora. ‘Vai , abre logo isso!’ falava aflita, ao meu lado, enquanto eu tinha as mãos tremendo sobre o mouse. A emoção seria grande demais se ganhássemos...eu não sabia mais se queria ver o resultado. Tinha medo do que poderia acontecer comigo. ‘Por favor! Você tá me matando!’ Ela quase implorava pra mim. Não podia continuar com aquela tortura, tanto pra ela quanto pra mim. Tomei coragem e cliquei no link que levava pra página com o resultado. Droga de internet lenta, demorou tanto pra carregar! Mas nossos pensamentos continuavam focados no ‘segredo’, e não perdíamos a esperança. Quando, da página em branco, começou a aparecer as imagens e tudo o mais que havia nela, grudamos nossos olhos na tela esperando encontrar os nomes ‘’ e ‘’. Meu coração batia tão rapidamente que eu quase podia ouví-lo, e eu não conseguia respirar direito. Minhas mãos estavam geladas e eu não sentia nenhuma força nelas. Por um momento, fui transportada pra algum outro lugar que não lá, na casa da minha amiga. Só fui ‘acordada’ com os gritos dela em meu ouvido. ‘EU SABIA! EU SABIA!’ Ela já estava de pé, pulando pela sala e gritando descontroladamente. Na hora fiquei perdida, mas fui entender tudo quando olhei pra tela do computador e me deparei com meu nome e o dela como as ganhadoras. Meu coração queria sair pela boca e minhas pernas ficaram moles como gelatina. A única reação que tive foi soltar um grito tão forte como nunca havia soltado. E então, fui me juntar à nos pulos pela sala. ‘CARA, NÓS VAMOS CONHECÊ-LOS! NÓS!’ Não tinha como parar de gritar e rir. Nos abraçamos forte e então toda aquela emoção terminou de se expressar em forma de lágrimas. Sim, chorávamos de felicidade. E eu que sempre achei um absurdo poder chorar de alegria. Há! Toma, . A partir daquele dia, nossa vida não foi mais a mesma. Vivíamos apenas pra falar deles e do nosso futuro encontro com , , e . Claro, queríamos conhecer o Fletch e o Neil também, senão não seria uma vitória completa! Eu não conseguia mais me concentrar em nenhum trabalho ou aula da faculdade, pois ficava imaginando milhões de cenas que poderiam acontecer quando encontrássemos com eles. Às vezes, me surpreendia sorrindo pro nada involuntariamente. Ainda bem que nesses momentos ninguém estava olhando pra mim, senão certamente iriam me taxar de louca. Mas é que ninguém sabia como eu estava feliz. Nunca tinha sentido tanta felicidade durante meus quase 18 anos de existência. Capítulo Dois - Can you believe your eyes? Demorou, mas enfim o dia do show chegara. Eu e largamos de todos os compromissos que tínhamos e tiramos o dia pra ficar na fila que entraria pra pista. Tinha em minhas mãos o banner que eu havia feito, tão grande quanto fosse possível: ‘, Let’s Have The Motion In The Ocean!’. Um pouco ousado, mas nada perto de outros que aparecem por aí, certo?! Antes mesmo de eles marcarem um show no Brasil, já combinávamos de montar o banner e de ficar o dia inteiro na fila pra poder grudar na grade e não sair de lá até que terminasse. E íamos fazer isso, sim. Chegamos lá pelas 5h30 da manhã e apenas mais três meninas estavam na nossa frente. Sentamos no murinho e ali ficamos, conversando até com as meninas da nossa frente, durante todo o tempo. Quando precisávamos ir ao banheiro, uma guardava o lugar da outra e íamos até um shopping próximo e a mesma coisa valia pra quando queríamos comer. Não digo que o tempo voou, mas passou mais rápido do que eu pensava. E logo a gritaria começou quando o carinha abriu a porta da casa de show e a fila começou a andar. Saímos correndo até conseguir chegar na frente do palco, e conseguimos nos grudar na grade! Sorríamos de orelha a orelha uma pra outra, até que o resto das meninas começaram a chegar e a nos esmagar contra o ferro. Cara, eu só rezava pra não passar mal ali, porque senão ia perder o show e o meu ótimo lugar! Agradeci muito ao Papai do Céu quando as cortinas começaram a balançar e um cara desconhecido veio anunciar que eles já estavam se arrumando pra entrar no palco. A gritaria começou a ficar ainda mais intensa – e inclua eu e ajudando no barulho – e o empurra-empurra era insuportável. Minha respiração começava a falhar e eu tinha medo de desmaiar ali. Coloquei meus pés por entre as barras da grade e, assim, garanti que, mesmo se caísse, não ia sair do meu lugar. Coloquei meu banner gigante pro lado de fora da grade, evitando que fosse estragado. E então, finalmente, as cortinas se abriram e eu só via o letreiro luminoso escrito ‘McFLY’. Não conseguia parar de gritar e de pular naquela grade, e meu coração estava mais disparado do que nunca. Sabe quando você simplesmente não acredita que aquilo está acontecendo? Não era possível que eu estava bem na frente do palco onde a minha banda preferida iria se apresentar em apenas alguns segundos! Depois desses segundos, via-se as sombras de cada um em suas posições e logo se podia ouvir e cantar [erm...gritar.] ‘Please, Please’ junto com eles. Eu já estava sentindo minha garganta pinicar quando eles saíram pela segunda vez – e última, infelizmente – do palco. Encerraram com ‘Five Colors In Her Hair’ e a animação foi geral. Dougie quase quebrando seu baixo nas caixas de som, Danny e Tom pulando de um lado pro outro, Danny correndo pra cima de Dougie e Harry fazendo seu maravilhoso trabalho com uma ‘continuação’ do final da música. Eu e quase piramos durante o show: choramos em ‘She Left Me’, em ‘Bubble Wrap’, ‘Too Close From Confort’ [eu achei que ela ia derreter, cara.] e em ‘Don’t Know Why’ e eu quase pulei no palco em ‘Friday Night’ e ‘Transylvania’ – pra abraçar o Dougie, que foi tão incrível na apresentação solo do começo da música. Durante uma parte em que eles ficaram apenas conversando com o público, inclusive o Harry, levantei meu banner bem alto. Afinal, ele foi notado! Eu e a gritávamos de tanta empolgação. Com tantas emoções juntas, eu até tinha me esquecido o que vinha depois do show. Só fui me dar conta quando o mesmo cara desconhecido que os anunciou, apareceu novamente e chamou por nossos nomes. Arregalamos nossos olhos e depois desatamos a rir. Todas as meninas nos lançavam olhares invejosos e raivosos. Provavelmente queriam nos matar pra irem ao camarim em nosso lugar. Com a ajuda dos seguranças, subimos no palco e o cara nos conduziu pra trás da cortina até chegarmos numa porta em que se encontrava um papel escrito ‘McFLY’. Ele deu três leves batidas na porta. Era como se eu não tivesse emoções. Acho que eu fui novamente transportada pra outro lugar longe dali e nem tinha me dado conta do que iria acontecer em seguida. Fui despertada repentinamente quando me vi de frente com o cara que eu sabia ser o Fletch. Meu coração começou a pular descontroladamente de novo e minhas mãos começaram a tremer. Na verdade, meu corpo inteiro tremia. Segurei o banner enrolado com mais força, pra que esse não caísse. Não queria olhar pra , pois sabia que se nos olhássemos, íamos chorar. Com um sorriso simpático, Fletch nos olhou e eu consegui entender que era pra entrarmos. Meus pés pareciam não poder se mover, e eu comecei a ficar ainda mais nervosa por estar daquele jeito, afinal, não queria pagar nenhum mico na frente daqueles caras. Senti a mão, também gelada, de minha amiga apertar a minha. Só assim que consegui me mover, e então entrar naquele cômodo. Levei um susto quando percebi que não havia ninguém lá, apenas um sofá de três lugares e aquelas tipo penteadeiras. Fletch nos conduziu até o sofá e nos disse pra sentar, pois logo os garotos iriam chegar, e então ele saiu pela porta que entramos. Eu queria falar alguma coisa pra , mas quando olhei pra ela e ela olhou pra mim, nada saiu da minha boca. Era como se tivesse uma trava, de tão nervosa que eu estava. Ainda continuávamos de mãos dadas, e ela sentia que eu tremia muito. Quando ela abriu a boca pra falar – ou ao menos tentar – alguma coisa, ouvimos uns murmúrios aumentando a cada segundo. Seriam eles? Ai, meu Deus! Simplesmente era inacreditável que estávamos vendo eles entrarem no lugar em que estávamos. Danny vinha com seu sorriso maravilhoso, – e melhor ainda ao vivo – Tom mostrava sua covinha, Harry também entrava com um sorriso lindo, arrumando o cabelo, e por último chegava Dougie com seu jeito tímido, mas um sorriso encantador. Foi como se tivessem me dado um soco no estômago. Fiquei morrendo de medo de desmaiar ali, vendo eles de perto. Sentaram em cadeiras que tinham na frente do sofá e sentou ao lado de . Ok, eu nem imagino como ela se sentiu naquele momento. Não sei como ela conseguiu ficar viva, ou pelo menos sem desmaiar. O perfume que vinha deles era bom, pois provavelmente já tinham ido colocar roupas secas e limpas. Acho que eles ficaram meio assustados com as caras que devíamos estar naquele momento. Fazer o quê, não tinha como ser de outro jeito. Eu tremia mais ainda e não sentia minhas pernas. começou a falar. ‘Hey! Vocês ganharam a promoção, né?!’ Não sei como, mas conseguimos abrir um sorriso e assentir. ‘Parabéns!’ Também não sei como, mas um ‘thank you’ tremido saiu de nossas bocas. ‘Quem é e quem é ?’ perguntou sorridente. Eu achei que fosse infartar quando ele falou meu nome, com aquela voz maravilhosa. ‘E-Eu sou a ...’ Ela tem mais controle sobre as emoções, eu acho. Porque eu nem consegui falar nada. ‘Hum...então prazer !’ Ele estendeu a mão à ela, que soltou da minha e a apertou. No fundo, eu queria que ele não apertasse a minha, porque então ia ver o quanto eu estava tremendo. ‘Prazer, .’ Não conseguia tirar os olhos daqueles olhos e do sorriso lindo, mas agradeço por ter tido forças pra apertar a mão dele sem tremer tanto quanto eu imaginava. ‘O que acharam do show?’ Foi a vez de falar, ao lado da . Cara, até hoje eu me pergunto como ela conseguiu ficar viva! Ele olhava pra nós duas com um sorriso muito simpático e ela buscou minha mão pra voltar a apertar, rapidamente. ‘Adoramos! Foi perfeito!’ Consegui falar! Consegui! Mas só porque eu vi o desespero da minha amiga, e precisava ajudá-la. ‘Que bom que gostaram! Nós também gostamos muito do público brasileiro!’ Ele continuava a falar sorridente. ‘E as praias! Adoramos as praias daqui.’ falou e eu rapidamente voltei meus olhos pra ele. Já o achava lindo, ainda mais de perto. Acho que precisa de uma pesquisa científica pra poder explicar como ele consegue ser tão lindo, tão perfeito. ‘Ah é, só fala das praias!’ deu uma risadinha, olhando pro sr. Perfeição. E assim continuamos a conversar, pois logo eu e a já estávamos mais à vontade. Ríamos das besteiras que eles falavam, das provocações que faziam um pro outro e nos entretíamos falando de gostos em comum. Fiquei muito feliz por ter tido mais certeza de que meus gostos eram parecidos com os de , e por isso conversamos bastante. Às vezes, me surpreendia com ele olhando fixamente pra mim. Por um momento, passou pela minha cabeça que ele poderia ter se interessado, mas esse pensamento logo foi embora. Eu já estava querendo demais, né?! Durante nossa conversa, descobrimos que eles iam embora apenas daqui há três dias, pois estavam encerrando a turnê e iriam aproveitar pra passear mais pela cidade. Sugerimos alguns lugares pra eles irem, e logo a meia hora que tínhamos estava praticamente no fim. Quando notei isso, me apressei a pedir pra tirar fotos e que nos dessem autógrafos em nossos ‘Motion In The Ocean – Tour Edition’ que conseguimos comprar pela internet. N/A: Bom gente, eu tenho a intenção de finalizar logo essa fic. Inclusive, ela era pra vir pro site já finalizada. Acontece que eu tenho umas idéias pra continuá-la, então eu decidi que vou colocando alguns capítulos por vez, e se ela for muito bem aceita por vocês, continuo. (: Mas aí não é tipo ‘parte dois’, mas apenas um prolongamento de capítulos. Acho. oO’ Por isso, espero que vocês comentem bastaaante, ok? HAHA. E outra: sei que os meninos nem apareceram direito ainda, mas é que a minha intenção é escrever sobre algo que pareça real mesmo, e que vocês se sintam tendo essa experiência. ;D ;* | Outras fics: ‘I Wanna Get With You’ – finalizada. ‘Sweet Summer’ – em andamento. (: