Everything will be
Por Criickz



Capítulo Um

- ! Desce daí, agora! – mandou ao ver sentar sobre um galho grosso de uma árvore, em frente a um lago.
- , sobe aqui, dá pra ver a sua casa daqui! E a minha também! – ia apontando com o dedo indicador.
- Não. Desce logo e vamos andar mais um pouco de bicicleta, vai.
- Anda, , eu te ajudo a subir – ele ignorou a amiga. – Pega a minha mão.
- Eu tenho medo de altura, você sabe.
- Deixa de ser maricas e vem aqui pra cima.
logo fez o que disse. Não gostava de ser encarada como covarde, e sabia disso. Ele sabia que ela só precisava ser ligeiramente provocada para ceder.
e eram melhores amigos desde muito, muito tempo. Há mais ou menos há nove anos - desde que nasceram.
- ... – disse, um pouco hesitante.
- O que foi?
- Er, nada. Deixa pra lá.
- Fala! – o garoto insistiu.
- Eu queria... eu queria saber se, er...
- Se...- foi fazendo gestos com as mãos.
- Se você, er, eu não queria mesmo fazer essa pergunta, mas você insistiu... Eu queria saber se... vocêjátipoassimbeijouumagarotanaboca. É, é isso aí.
começou gargalhar alto.
- Você ta rindo do quê? – quis saber, dando-lhe. um leve tapa no braço.
- É que – disse, ainda rindo, com as mãos na barriga – É que você falou tão rápido que eu não pude entender nada!
rolou os olhos, frustrada.
- Repete – pediu.
- Não – a garota cruzou os braços. – Agora não quero mais saber.
- Qual é? Não vai dar uma de maricas agora, vai? – provocou.
A garota olhou para cheia de raiva. Seus lábios se contraíam para não dizer nenhuma besteira.
- Não é nada demais. Deixa pra lá.
- Vamos – disse com um pouco mais de ternura. – Eu não vou zombar de você. Juro! – ele cruzou os dedos, beijando-os.
- Hum – a garota fez uma careta. – Eu só queria te perguntar se você já beijou uma menina – ela disse. – Na boca! – acrescentou.
pareceu engasgar na própria saliva. Corou levemente.
- Eu... eu não – respondeu após dar-lhe leves palmadas nas costas.
As sobrancelhas de que antes estavam franzidas relaxaram.
- E se eu te pedisse – brincava com uma folha. – Pra, hum, me beijar?
- Pra fazer O QUE? – arregalou os olhos, surpreso.
- Ah, sei lá! Você não tem curiosidade de saber como é? – ela perguntou encabulada.
- Tenho, mas... é esquisito.
- O que tem? Você não dar uma de... maricas, vai? – brincou.
- Ei, eu não sou maricas, sua, sua, RAINHA DAS MARICAS!
- Ah, é? Prove.
lambeu seus lábios e fitou os da amiga por alguns instantes. Ele não sabia o que fazer. Ele já vira em filmes, mas não tinha experiência alguma.
Ele se aproximou da garota, inseguro. Encostou em seu antebraço suavemente, encostou seus lábios nos dela por alguns milésimos de segundo e voltou à mesma posição que estava antes.
e se encararam por um momento, até que ele teve coragem de se pronunciar.
- Então... – tentou pressioná-la a dizer algo.
- Então... – ela disse. – É só isso?
- Como assim ‘só isso’? O que mais eu posso fazer?
- Eu pensei que você ia fazer igual minha mãe faz com o papai.
- Tipo... com língua e, e, saliva? – o garoto pareceu chocado.
- É; oras. Não é assim que se faz?
- Eu não sei! Mas é nojento!
- Hum, é mesmo. Sabe, minha mãe disse que quando a gente beija, a gente ama alguém. – pôde sentir suas bochechas ferverem.
- Mas como eu sei se eu amo alguém? – perguntou.
- Eu não sei – ela respondeu.
- Ta, eu não te beijei com língua e essas coisas nojentas – fez careta – Mas eu te beijei de qualquer jeito. Então quer dizer que... – falou. – que eu... que eu...
- Eu acho que sim – disse, já sabendo o que ele queria dizer.
- E agora? – parecia incapaz de dizer nada.
- Agora acho que você precisa... dizer.
brincou com os dedos por alguns segundos. Suspirou alto e disse:
- Ok, vira de costas.
virou-se com cuidado, para não cair do tronco em que estava sentada. Seu coração batia forte e rapidamente, como se fosse sair pela sua boca.
- Humm – resmungou. – Eu, eu... eu te amo.

Continua~
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