Antes da chegada
dos europeus ao continente americano, duas grandes civilizações
já se estabeleciam em diversas localidades dos territórios
do "Novo Mundo": as civilizações meso-americanas (astecas
e maias) e as civilizações andinas (incas). A civilização
asteca era estabelecida no território do atual México; juntamente
com os Maias, fixados nas regiões da América Central; os Incas,
que ocupavam as regiões adjacentes ao longo da Cordilheira
dos Andes. Cada uma dessas civilizações era constituída de
um verdadeiro mosaico de nações e tribos. Possuíam avançada
organização política, econômica e social. Teoriza-se que tais
civilizações tenham sido derivadas da migração dos mongóis
asiáticos para tais regiões, dada a grande semelhança, inclusive,
dos traços físicos comuns aos integrantes destes povos. As
teorias dizem, ainda, que o povo mongol talvez tenha migrado
da Ásia para a América através das geleiras do Estreito de
Behring. Estas civilizações subsistiram até a chegada dos
europeus, pelos quais foram dizimados devido à superioridade
bélica e tecnológica européia da época.
A história cultural
das civilizações meso-americanas pode ser dividida basicamente
em três períodos principais: os períodos pré-clássico, clássico
e pós-clássico. No período pré-clássico, a cultura dos olmecas
foi a predominante. Já o período clássico assistiu o desenvolvimento
da cultura Teotihuacán e dos Maias. O período pós-clássico
foi marcado pelo militarismo e por impérios guerreiros: os
Toltecas e os Astecas
A civilização
Olmeca perdurou aproximadamente de 1.200 até 200 a.C.. Esta
civilização deixou como legado para as que a sucederam elementos
de grande importância, como a escrita em hieroglifos. Artefatos
produzidos pela cultura olmeca foram encontrados em todas
as partes da América Central. Em tais artefatos observa-se
o naturalismo e o simbolismo como elementos centrais da arte
produzida por esse povo.
A cultura Teothihuacán
perdurou aproximadamente entre o período compreendido entre
os anos 1 e 750 d.C.. A cidade de Teotihuacán é a possuidora
de uma das mais intrigantes paisagens urbanas antigas das
Américas. Tal cultura que aí se estabeleceu foi uma das mais
influentes da América Central Pré-colombiana.
A civilização
dos maias surgiu por volta de 1.000 anos a.C., estendendo-se,
com seus últimos membros remanescentes, até o ano de 1697
d.C.. Algumas das características culturais dos maias são
bastante peculiares: apesar de possuírem uma religião e uma
cultura em comum, os membros do povo maia não possuíam uma
única cidade-capital ou um único governante. Cada cidade possuía
autonomia administrativa em relação às outras, sendo chefiadas
individualmente por líderes da nobreza local. A religião constituía
uma das questões centrais na vida de cada membro das comunidades
maias. Tal aspecto levou os povos maias à construção de suntuosos
templos sacrificiais em homenagem a seus deuses.
Os toltecas tiveram
sua existência situada entre o período que se estendeu de
900 a 1187 d.C.. A sociedade tolteca era eminentemente militarista
e guerreira (aspecto verificado através das numerosas esculturas
de representação de seus guerreiros), ao passo que, no campo
das artes e da arquitetura, o povo tolteca é considerado um
dos mais desenvolvidos em relação aos demais povos de sua
contemporaneidade. Os toltecas, no período pós-clássico, exerceram
grande influência no território correspondente aos maias.
O império Asteca
tinha como capital a cidade de Tenochtitlán. Tal cidade foi
fundada em localidade que, segundo a mitologia asteca, fora
indicada por seu deus tribal Huitzilopochtli. Segundo essa
lenda, tal deus ordenou que seus adoradores encontrassem uma
águia em cima de um cacto com uma serpente em seu bico. Este
seria o sinal que teriam encontrado sua terra prometida. A
cidade do México, hoje em dia, foi construída neste mesmo
local. A lenda possui algum fundo de verdade: os astecas,
anteriormente à fundação de sua capital, eram um povo nômade.
Com relação aos
povos andinos, a civilização Inca desenvolveu sua mais importante
capital em 1438, nos altiplanos da Cordilheira dos Andes.
Os incas desenvolveram seu domínio através de sucessivas conquistas
de províncias adjacentes ao seus territórios, que foram assim
incorporadas ao seu império. A manutenção destas províncias
sob seu domínio foi possível dada a grande eficiência administrativa
dos incas. De acordo com as esculturas que muito representaram
os membros da sociedade incaica, pode-se observar que a tipologia
média do homem inca possuía características comuns como a
estatura baixa e a pele de tonalidade parda. Os incas eram
grandes artesões do ouro, da prata e do cobre. Algumas esculturas
em ouro, representando figuras femininas, foram encontradas
junto a oferendas aos seus deuses.
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