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A História da CVX: Nossas Raízes
As raízes históricas da CVX chegam
até 1540, data em que o Papa Paulo III aprovou Baseando-se nestas experiências já
estendidas por muitas regiões, um jovem jesuíta belga, Juan Leunis,
que conheceu Inácio em 1556, e que havia sido enviado ao Colégio
Romano, criou a primeira Congregação para estudantes desta
instituição. Em 1584, o Papa Gregório XIII aprovou as regras da Prima
Primaria e pôs a nova Associação laical, sob a autoridade do Geral da
Companhia. A Congregação inspirava-se na Contemplação da Encarnação
e escolheu como seu título oficial: Congregação Mariana,
tomando como patrona a Nossa Senhora da Anunciação. Integrando Fé e Vida. O objetivo inicial do grupo estava
claramente definido: integrar os estudos e a vida cristã. Leunis
promoveu o espírito de responsabilidade e de serviço dos leigos.
Animava a todos os membros da comunidade para buscar sua própria vocação
na Igreja e no mundo, seguindo o chamado do Concílio de Trento e seu
convite para colaborar na renovação da Igreja. Se compararmos
as Congregações, com as Ordens Terceiras e com os Oratórios de
São Felipe Néri, descobriremos que: as Ordens Terceiras estavam
vinculadas aos mosteiros como centros de educação cristã e de ação
social. Os Oratórios ofereciam programas de formação,
companheirismo e vida de oração, de modo flexível e pouco
estruturada. Enquanto que, a Congregação, autêntica associação
secular, tinha uma estrutura clara e hierárquica (o Superior Provincial
nomeava o Diretor da Congregação). Dentro da Congregação havia
subgrupos (seções) com objetivos específicos de aprofundar a vida
espiritual por meio dos Exercícios Espirituais, a meditação diária
e o acompanhamento espiritual, ou de trabalhar apostolicamente em
um setor concreto da sociedade: com
os encarcerados, com os doentes dos hospitais, com as prostitutas
ou pessoas indigentes que não se atreviam a
pedir esmolas (pobres envergonhados) etc. Uma Pastoral Inaciana unificada. Os Jesuítas de todo o mundo,
inclusive nas missões do Novo Mundo e no Oriente, quando trabalhavam na
formação dos leigos, utilizavam o estilo de vida, de formação e de
apostolado da Congregação. Os Jesuítas se inspiravam todos no modelo
da Prima Primaria do Colégio Romano. Esta unidade de orientação
pastoral entre os Jesuítas era uma garantia para a continuidade dos
projetos apostólicos e permitia uma grande mobilidade entre os jesuítas
já que uma mudança de diretor não levava consigo uma mudança de
orientação pastoral da obra. As Congregações propagaram-se e se
estenderam amplamente durante os dois primeiros séculos. Havia Congregações
de Advogados, juizes, militares, oficiais do governo, nobres, homens de
negócio, alfaiates, comerciantes, trabalhadores da construção,
artistas, carpinteiros e marceneiros, clero...
Diversificação das Congregações. O dia 21 de julho de 1773, o Papa
Clemente XIV, suprimia a
Companhia de Jesus e junto com ela todas as suas obras apostólicas.
Assim, desapareciam as 2.500 Congregações filiadas à Prima Primaria
que existiam naquele momento. Contudo, pouco tempo depois, a pedido de
alguns bispos, permitiu-se que as Congregações continuassem
funcionando sob a jurisdição do bispo do lugar. Privadas de sua
inspiração inicial, estas Congregações foram mudando de espírito.
Ainda que os grupos se tenham multiplicado (chegaram à cifra de
80.000), havia grandes diferenças entre eles, do ponto de vista de sua
qualidade apostólica e espiritual. Alguns eram excelentes, enquanto
outros tornaram-se simples grupos piedosos, com a devoção Mariana como
único ponto comum.
A volta às Raízes - Renovação -
A Comunidade de Vida Cristã. Em 1953, nasce a
Federação
Mundial das Congregações Marianas. Os Congressos Mundiais,
organizados a cada cinco anos, preparam os Princípios Gerais em
colaboração com o Secretariado Central e as Federações Nacionais.
Durante o Congresso Mundial de Roma, em 1967, são aprovados os novos
Princípios Gerais. Ao mesmo tempo e para evitar a imagem disforme que
projetavam as congregações em muitos países, muda-se o nome do
movimento renovado para Comunidade de Vida Cristã. A nova Federação
Mundial se rege por novas normas jurídicas: a autenticidade do espírito
das Comunidades estava garantida pelos Princípios Gerais e não mais
pela filiação à Prima Primaria. A autoridade para filiar uma
Comunidade estará em mãos da Assembléia Mundial e de seu Conselho
Executivo Mundial. A Santa Sé aprovou estes Princípios e Normas
Gerais e o Superior Geral da Companhia de Jesus renunciou
livremente à sua autoridade em favor da Assembléia Mundial e de seu
ExCo. A ênfase desta renovação estava
na formação humana e espiritual de cada membro e na importância da
pequena Comunidade. A pessoa que entra na CVX passa por diferentes
etapas de crescimento, seguindo o itinerário espiritual dos Exercícios
Espirituais, começando pelo Princípio e Fundamento, até chegar à
Contemplação para alcançar amor. Nestes últimos trinta anos, os
estudos e as experiências dos Exercícios Espirituais, assim como o
acompanhar a outros, contribuiu muito para o redescobrimento desta
preciosa herança inaciana. Membros da CVX em muitas partes do Mundo
fazem regularmente Exercícios de cinco, oito dias, ou na vida corrente.
São muitos os membros da CVX que tem estudado e assimilaram outros
aspectos da espiritualidade inaciana: o discernimento individual e
comunitário, os métodos de oração, a revisão do dia, o
acompanhamento espiritual individual, etc. A pequena Comunidade tornou-se a célula
fundamental da CVX. Em alguns países, a Comunidade Nacional está
formada por pequenas Comunidades, enquanto que em outros existem
Comunidades mais amplas, a nível de cidade ou de um Centro Pastoral,
mas, subdivididas em pequenas comunidades ou grupos. Rumo a Comunidade Mundial. A partir de 1967, os Congressos
Mundiais são organizados a cada três anos, e a partir de Providence/82,
a cada quatro. Mais de 50 delegações Nacionais participam neles. Estas
Assembléias Gerais desempenharam um papel importante na colocação em
prática dos Princípios Gerais. Estas Assembléias oferecem indicações
preciosas sobre o estilo de vida, as
atividades apostólicas e as necessidades das Comunidades através
do Mundo. As necessidades urgentes do Mundo também estão presentes
nestas Assembléias. Os temas das Assembléias refletem o crescimento e
processo de amadurecimento da CVX. Especialmente importantes foram
Providence/82, onde a CVX deixou de ser uma Federação para tornar-se uma
Comunidade Mundial. A partir de então,
foi crescendo o sentido de “Comunidade Mundial”,
multiplicam-se os gestos de solidariedade e fraternidade e, mesmo que
ainda haja muito caminho a percorrer, partilha-se a mesma visão e
ideais. Em Guadalajara/90, discutiram-se e foram aprovados os Princípios
Gerais renovados. As primeiras Assembléias Gerais ajudaram a
clarear a identidade da CVX e inspiraram um interesse e esforços gerais
pela formação. As últimas, especialmente a Assembléia Mundial de
Hong Kong/94, promoveram o interesse e os esforços comuns pela missão e
serviço. Esta ênfase renovada pela missão,
sublinha um elemento essencial da identidade CVX, projeta nova luz para
compreender a espiritualidade inaciana, dinamiza a vida comunitária, e
inspira a comunidade a nível local, nacional e mundial para que unam
seus esforços em favor de uma missão comum. A História da CVX, através de suas
Assembléias Mundiais. Com
a Constituição apostólica BIS
SECULARI, o
Papa Pio XII iniciava o processo de renovação das Congregações
Marianas. Em 1953, aprovou-se a Federação Mundial que teve sua
primeira Assembléia em Roma em 1954. A Assembléia de 1959 em
Newark, (a 2ª), deu o primeiro passo rumo a formulação dos Princípios
Gerais. Neste mesmo ano o Secretariado de Roma enviava a primeira carta
a todas as Federações. Foi o princípio de uma consulta e intercâmbio
a nível mundial que deu como fruto os primeiros Princípios Gerais. A
6ª Assembléia
Mundial em Augsburgo/73: Chamados a ser livres “Para a libertação de todos
os homens e mulheres”. Foi um novo tipo de Assembléia, com Exercícios
Espirituais individualizados e um curso de Formação. A 7ª Assembléia Mundial em
Manila/76: Chamados a ser pobres: “Pobres em Cristo para um melhor
serviço”. Durante esta Assembléia organizaram-se três cursos de
formação. A 8ª Assembléia Mundial em
Roma/79: Chamados a ser uma Comunidade Mundial “A serviço de um só
Mundo”. A 9ª Assembléia
Mundial em Providence/82: O desafio de ser uma Comunidade
Mundial em missão para “promover a justiça”. A 10ª Assembléia Mundial em
Loyola/86: Vendo Maria como modelo de nossa missão “Fazei o que
Cristo vos disser”. A 11ª Assembléia Mundial em
Guadalajara/90: Chamados a ser uma Comunidade Internacional “A
serviço do Reino, para ir e dar muito fruto”. Os novos Princípios
Gerais foram aprovados. A 12ª Assembléia Mundial em
Hong Kong/94: Chamados a ser uma “Comunidade em missão” para
levar fogo à terra, delineiam-se os desafios com os quais se defronta a
CVX e traçam-se as principais linhas de ação para os próximos anos. A
13ª Assembléia Mundial em Itaici, Brasil/98: definimos nossa Missão
Comum no contexto do nosso mundo, “Aprofundando nossa identidade como
um Corpo Apostólico – clareando nossa Missão Comum”. A 14ª Assembléia Mundial em Nairóbi, Quênia/2003: nos sentimos confirmados no nosso chamado a ser um corpo apostólico [em missão] dentro da Igreja, sendo “Enviados por Cristo, membros de um só corpo.” Hoje,
as CVX – Comunidades de Vida Cristã estão presentes em quase 60 países
em cinco continentes.
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