Capítulo 30

Era Uma Vez o Beco Diagonal

 

 

O Beco Diagonal sempre fora sinônimo de lugar movimentado,ponto de encontro,referência do mundo mágico.Lá estava tudo e todos.Todas as lojas de magia,o banco dos bruxos,o Ministério mágico.Enfim,se a pessoa era descrente em relação a magia,bastava uma rápida visita ao Beco para todos os seus conceitos mudarem rapidamente.E,como sempre,não importava em que época do ano,desde o mais rigoroso inverno ao mais caloroso verão,o lugar estava apinhado de gente.

Os transeuntes corriam para chegar ao seu destino ou continuar um passeio,quando um estrondo ensurdecedor fez o local parar,como se tivesse sido congelado no tempo.Vagarosamente os curiosos olharam na direção em que veio o barulho e aos poucos gritos,daqueles que saíram rapidamente da ignorância da situação,começaram a ecoar pelo local.E aqueles que ainda estavam alheios ao assunto também,aos poucos,começavam a serem iluminados com o que estava acontecendo e começavam a gritar também.Pois pairando no ar,acima de um dos prédios mais conhecidos daquele lugar,estava a temível Marca Negra.E saindo do edifício,como uma afronta ao poder de defesa do grande Ministério da Magia,dezenas de figuras encapuzadas e com a varinha em riste.Mais gritos foram dados e pânico instalou-se na multidão,embora houvesse uma vã tentativa dos aurores de acalmar as pessoas que corriam para as lareiras mais próximas,aparatavam ou espremiam-se pela entrada do Beco que nesse momento parecia pequena para tanta gente.

Entrementes dentro do prédio do Ministério a correria também estava instaurada.Só que ela não era feita por funcionários ou passantes,mas sim por aurores que subiam os vãos de escadas às pressas em direção a sala que ficava no sexto andar.Draco despontou no topo da escada e sacudiu a mão em frente ao rosto para poder dispersar a poeira.Com a varinha em punho o loiro caminhou por entre escombros,sendo seguido de perto pelos outros aurores que haviam vindo com ele no meio da confusão.Um movimento no canto do hall o fez virar-se bruscamente e apontar a varinha para a figura que estava lá.A velha secretária encolheu-se mais ainda contra a parede e seus olhos saltados da órbita encaravam o grupo que havia chegado e o que estava chegando.O rosto idoso mais pálido do que a neve e alguns aurores se perguntavam como ela não havia enfartado diante de tal choque.

-Wodson,Lewis!Levem-na para o térreo.-Hoock,o comandante dos aurores que havia chegado naquele momento,ordenou.-Os outros venham comigo.-Os comandos foram seguidos e vagarosamente os outros aurores começaram a acompanhar Hoock em direção a sala cuja plaqueta torta na porta dizia:

 

Cornélio Fudge

Ministro da Magia

 

Todos pararam em frente a porta como se esperassem que ela se abrisse de supetão e algum monstro pulasse de dentro dela.Tensão caiu sobre o grupo e hesitante Hoock abriu a porta de onde saiu mais fumaça.Quando essa se dissipou,todos torceram o nariz diante de uma cena desagradável à frente deles.

-Argh!Que nojo!-Draco resmungou,entrando na sala e aproximando-se da mesa onde o corpo semi carbonizado estava.

-E nós que pensávamos que Voldemort não teria motivo para atacar o Ministro.-comentou Hoock,suspirando e lançando um olhar cansado para a cena.-Chamem a equipe de limpeza.-Equipe de “limpeza” era como os aurores chamavam a equipe formada por legistas,médicos de resgate e grupo de busca,que apareciam depois de um ataque para poder retirar os corpos ou procurar sobreviventes entre escombros e confusão.

-Sim senhor!-Um dos jovens aurores falou,saindo do prédio civil do Ministério,onde ficava as seções de controle e organização política-social do mundo da magia,indo para um prédio menor adjacente,onde ficava a força “militar” da comunidade mágica.

-Enquanto esperamos ele voltar com a limpeza,o que faremos?-Questionou Draco,evitando olhar para a cena nauseante dentro daquela sala.

-Vasculhem o local,tentem achar alguma mensagem que justifique esse ataque.-O loiro ao lado do homem deu uma risada zombeteira,que não durou meros segundos.

-E o senhor realmente acha que Voldemort vai deixar cartas de explicação para as suas atitudes?-Disse o rapaz em escárnio e Hoock murmurou entre dentes algo que soou muito como: “arrogantes Agentes da Fênix,hunf!”.-O quão inocente o senhor…-Mas outro estrondo interrompeu o loiro.

-E mais essa agora!-Resmungou o comandante,virando-se para a porta da sala por onde entrava esbaforido o mesmo auror que havia ido buscar a equipe de limpeza.

-Senhor!Nossos homens não estão conseguindo segurar os Comensais.Esses estão usando uma arma muito esquisita.Parece trouxa,e isso está matando nossos aurores.-Draco franziu tanto as sobrancelhas que ela formaram uma única linha loira em sua testa no momento.Parece que eles descobriram o motivo do ataque ao Beco Diagonal.Voldemort estava testando seus novos brinquedos e aterrorizando ainda mais a população.Mais uma explosão foi-se ouvida e essa fez todo o edifício tremer.Hoock virou-se bruscamente para Draco e apontou um dedo trêmulo em sua direção.

-Convoque os seus amigos Agentes.Estamos tendo um grande problema aqui e isso pode ser o fim do Beco Diagonal.-Ordenou e saiu junto com seus homens enquanto a “limpeza” entrava na sala e fazia a mesma expressão que os aurores fizeram mais cedo,e Draco acionava seu comunicador pedindo por reforços.

 

* * * * *

 

Não era de acordar muito tarde,ainda mais durante do verão.Com os tempos de treinamento em Hogwarts,ela habituara-se a acordar cedo.Contudo,quando abriu os olhos pela manhã e viu que estava em sua cama,em sua casa,e não dentro do dormitório sonserino,resolveu dar as costas aos raios solares que entravam pela janela e dormir mais um pouco.Quando abriu os olhos novamente,já era hora do café da manhã.

Dallas entrou na copa silenciosamente e Albert abaixou um pouco o seu jornal,acenando para a filha um pequeno bom dia.Amélia no máximo limitou-se a olhar de solaseio para a jovem que sentou ao seu lado e voltou as suas torradas com geléia,com uma expressão azeda,típica dela,no rosto.Como sempre,o café da manhã dentro da mansão Winford seguiu-se silencioso,exceto pelo fato de que a uma certa altura uma coruja da torre entrou planando pela janela que levava aos jardins dos fundos da casa.Dallas ergueu seus olhos violetas para a ave que vinha em direção dela,com uma certa sensação de dejá vu.A mesma coisa tinha acontecido a ela há exatamente sete anos atrás.O animal pousou em seu braço estendido e lhe soltou uma carta,bicando um pouco de suas torradas e novamente alçando vôo de volta à escola.

-Isso é estranho.-Começou Albert,olhando para carta no envelope amarelado.-Você já recebeu a carta de Hogwarts.Já até compramos o seu material.-Dallas assentiu com a cabeça.Isso era verdade,a carta de Hogwarts tinha chegado há uma semana atrás,e veio cheia de surpresas.Fora à lista de material,ela também tinha vindo com um brilhante distintivo que dizia claramente que ela era a mais nova monitora da Sonserina.Porém,o que a escola de magia iria querer com ela agora com essa nova carta?A jovem virou o envelope e abafou um gritinho.Não havia o brasão de Hogwarts no remetente,o que havia era uma fênix dourada e laranja que parecia estar viva e em chamas.

-Com licença.-Disse a morena rapidamente,levantando-se de seu assento e saindo da copa,sem um segundo olhar para dentro do aposento.

A garota alcançou o seu quarto e entrou nele,trancando a porta atrás de si e recostando-se nessa.O que a Ordem iria querer com ela em pleno verão?Com um deslizar de dedo abriu abruptamente a carta e pôs-se a ler o conteúdo dela.

-Minha nossa…-Murmurou ao nada e na sua gaiola Osíris se agitou diante da tensão que começou a mudar o ar enquanto Dallas lia o pergaminho.A jovem ergueu os olhos das letras negras e mirou a sua coruja.Como um raio começou a percorrer o quarto,puxando o seu malão e o jogando violentamente,aberto,sobre a cama,abrindo armários e gavetas,jogando roupas,uniforme,livros,cadernos e outras coisas dentro dele.Estava entretida com a rápida arrumação quando uma batida na porta chamou a sua atenção.A garota ergueu-se de supetão e virou-se para a porta.

-Quem é?

-Dally?-A voz de Clarisse soou incerta do outro lado da madeira.

-Sim?

-Tem…tem um rapaz na sala te esperando.-Disse com um tom curioso e confuso.

-Diga a ele que eu estou descendo em um instante.

-Certo.-A mulher concordou e voltou para a sala.Dallas pegou o último item e fechou o malão com força,agarrando bruscamente a alça da gaiola de sua coruja e abrindo rapidamente a porta do quarto,descendo as escadas da mansão de maneira ruidosa.Quando alcançou a sala de estar da casa viu seu pai e a sua avó parados a um canto e no outro lado estava Davon.Suas roupas brancas de médico residente estavam escondidas por debaixo de sua capa bruxa e o rapaz ostentava uma expressão extremamente séria no rosto.

-Você foi rápida.-Disse em um murmúrio à garota que surgiu na sala e jogava a sua capa a prendendo sobre os ombros.

-Dallas o que está acontecendo?-Albert perguntou com um tom de desconfiança.Fazia tempos que estava intrigado com essa história de Dallas sempre ficar em Hogwarts nas férias para os chamados cursos de verão.Não era idiota,sabia,ao menos um pouco,que algo estava errado no mundo da magia.E algo lhe dizia que a sua filha estava envolvida no meio dessa confusão,ainda mais depois da reação dela quando recebeu a carta durante o café da manhã.

-Terei que voltar a escola.-Retrucou e a expressão já amarga de Amélia se acentuou.

-Como?-Perguntou a senhora,estreitando os olhos na direção dela.

-O que a senhora ouviu.-Rebateu a garota de olhos violetas com certa seriedade.-Iremos como Davon?-A jovem virou-se para o amigo.

-Nôitibus Andante.A…-O rapaz quase daria a língua nos dentes mas com uma olhada rápida para a família da garota ele se controlou.-…eu também recebi a carta hoje cedo,acabava de sair do meu plantão.Ela era bem clara,dizia que todos deveriam voltar a Hogwarts por causa do que aconteceu…-Sussurrou em um tom que somente ela poderia ouvir.-…por isso,como eu lembrei que estava perto de sua casa,resolvi passar aqui e a gente iria juntos.Acho que não é mais seguro para os Agentes saírem sozinhos por aí.O Beco Diagonal,Dally!-A voz dele ganhou um tom surpreso.-Ele estava sob a proteção do Conselho de Defesa da Ordem.Eles conseguiram furar a proteção do Beco Diagonal.Qual será o próximo alvo?Hogsmeade?

-Não sei.-Dallas sussurrou de volta,sentindo os olhares de seu pai e sua avó queimando-lhe a nuca.-Mas por que nos chamar?Foram ordens de Dumbledore que os novos Agentes e os que estão em treinamento voltassem para casa.

-Eu não sei.Talvez a gente descubra quando chegarmos lá.-A garota assentiu com a cabeça e entregou a gaiola de Osíris e o seu malão nas mãos de Davon,virando-se e indo em direção ao seu pai.

-Bem…-Começou,o abraçando de repente.-…eu te amo muito papai.-Sussurrou no ouvido dele.-Obrigada por tudo.-Albert a abraçou de volta e sentiu seu coração apertar.Algo lhe dizia que esse seria o último abraço que daria na sua filha.Dallas soltou-se do homem e voltou seu olhar a sua avó.-Grandmère…-Pausou,sacudindo a cabeça de leve.-…quem sabe um dia.

-O quê?-Amélia ergueu uma fina sobrancelha.

-Quem sabe um dia a senhora me entenda.

-Entender o quê?

-Apenas…entender.-Dallas voltou-se a Davon e o seguiu porta afora,quando estava chegando perto dos portões da mansão,uma figura chamou a sua atenção.-Espere um pouco.-Disse e caminhou em direção ao homem que mexia e remexia em uma limusine parada no jardim.-Monty?-Chamou.

-Dallas.-O homem virou-se para ela e observou o rapaz ao longe que segurava as coisas da jovem entre as mãos.-Vai partir tão cedo?Pensei que ainda faltava tempo para as férias acabarem.

-Houve um imprevisto e eu terei que voltar.-Montgomery suspirou e passou uma mão pelos cabelos que estavam começando a ficarem grisalhos.

-O que eu posso dizer?Boa sorte então minha menina.-Sorriu para ela e a puxou em um abraço.Minutos se passaram até que Dallas desvencilhou-se dele e sorriu de volta.Ambos os jovens saíram da mansão e rapidamente embarcaram no Nôitibus Andante,rumo a Hogwarts.

 

* * * * *

 

Cautelosamente a mulher pisou dentro da sala da casa,sendo amparada pelos ombros pelo ruivo ao seu lado.Em seus braços carregava um pequeno embrulho que vez ou outra se remexia dentro de seu sono.Hermione mirou o bebê em seus braços e sorriu.Vendo assim ele parecia uma criança saudável e normal.Rony parou de caminhar quando notou que a esposa também tinha parado,e voltou-se para ela.

-O que foi?-Perguntou em um tom preocupado.Será que ela estava sentindo alguma coisa?Será que tinha sido uma boa idéia dos médicos terem lhe dado alta?Logo ela que ficou entre a vida e a morte há pouco tempo atrás?Mas eles tinham insistido que a recuperação dos dois estava indo muito bem e que eles podiam retornar.Estava começando a objetar contra isso.Hermione virou-se para o homem e sorriu um pouco.Rony sempre fora extremamente cuidadoso com ela.Quando ficou grávida esse cuidado duplicou e depois do que ocorreu triplicou os cuidados.Quando foi que ela teve tanta sorte de conhecer um rapaz assim?Em pensar que quando eram crianças viviam tentando esganar um ao outro com as suas discussões e sempre metendo o pobre Harry no meio.Bons tempos aqueles.

-Acha isso necessário,amor?Não gosto da idéia de te deixar sozinho dentro daquela casa.

-Acho.-Rony retrucou enfático.-Não descansarei até pegar os malditos que fizeram isso conosco,mas não conseguirei trabalhar em paz sabendo que você está sozinha em casa.Ao menos aqui na Toca eu saberei que você está sendo bem cuidada.

-Bem,eu não tenho nada contra,já que estou com um pouco de medo e Molly pode me ajudar nisso,já que a minha mãe…-A morena murmurou.Por muita insistência de Hermione,a jovem tinha conseguido convencer os seus pais a saírem da Inglaterra depois que ela se formou e a guerra ficou mais violenta.Não queria se arriscar a deixar seus pais trouxas a mercê de Voldemort.-…Por falar nela eu preciso avisar a ela que o seu neto nasceu.-Logo um sorriso substituiu a expressão melancólica.

-Certo…mas o que a minha mãe tem a ver com isso?Você está com medo de quê?-Rony perguntou e Hermione abaixou a cabeça,com um certo rubor cruzando as suas bochechas.-Mione?

-Eu li muitos livros Ron…mas na prática é totalmente diferente.Eu não sei…eu não sei…

-Não sabe o quê?-Hermione suspirou.

-Eu não sei criar uma criança.-Disse derrotada e Rony riu.

-Claro que não sabe Mione.Mães de primeira viagem nunca sabem.Não se preocupe meu amor,você será uma mãe maravilhosa.Afinal tudo o que você faz é perfeito.-Sorriu e beijou uma bochecha dela,a guiando para dentro da casa e a fazendo se sentar no sofá com Ethan no colo.-Vou chamar a minha mãe e avisar que chegamos.-Disse e sumiu pela porta da cozinha.

 

* * * * *

 

Rolou na cama,como se tentasse achar uma posição mais cômoda mas isso não adiantou.Rolou mais uma vez,espalhando-se sobre o colchão e deixando a luz da lua minguante que entrava pela janela iluminar seu dorso nu.A face contorceu-se em uma expressão de pânico,durante o sono,e gotas salgadas de suor escorriam pelo seu rosto.As sobrancelhas negras franziram-se e murmúrios desconexos começaram a sair pelos seus lábios entreabertos.Minutos dentro dessa pequena agonia até que soltou um grito angustiado e sentou-se de supetão na cama com os olhos vivamente verdes largos em desespero,a respiração arfante e o lençol escorrendo pelo corpo suado e depositando-se sobre as suas coxas.

Harry olhou a sua volta ainda com um certo pânico e uma dor incomoda no peito.Já fazia um bom tempo que não tinha pesadelos com Voldemort,na verdade fazia um bom tempo que não tinha pesadelo nenhum,tudo graças a um feitiço que Hermione descobriu que bloqueava um pouco essa conexão dele com o Lord das Trevas.Pois eles sabiam que se Harry continuasse a sonhar com tudo o que o bruxo fazia,ainda mais agora que ele estava se tornando mais perigoso,acabaria enlouquecendo diante de tantas cenas aterrorizantes.Porém o pesadelo dessa noite foi mais assustador do que todos o que ele já teve.O pânico,o sangue,a sensação de perda.Ela estava lá oprimindo o seu peito.Rapidamente o moreno ergueu-se da cama,jogando as cobertas a um canto do quarto,e começou a recolher peças de roupa pelo aposento.Precisava de ar,precisava espairecer a mente porque se voltasse a dormir lembraria daquele pesadelo e isso era a última coisa que queria.Vestido e com a chave da casa em suas mãos o rapaz saiu para a noite quente das ruas de Hogsmeade.

 

* * * * *

 

Mundungus caminhou por entre os agentes que rapidamente tinham atendido a convocação repentina da Ordem,e soltou um suspiro,começando a falar.

-Com certeza vocês devem estar curiosos para saber em que o ataque ao Beco Diagonal tem a ver com a convocação de vocês.-Muitos assentiram com a cabeça mas permaneceram em silêncio,ouvindo os passos do homem ecoarem na sala junto com as suas palavras.-Pois bem.Parece que mesmo com todo o nosso trabalho,o Lord das Trevas não se desvinculou totalmente de suas alianças trouxas.-E nisso ele lançou um olhar piedoso em direção a Dallas.Ela tinha tido trabalho para convencer a RF para unir-se a eles,mas a influência da mesma não adiantou em muita coisa.-Muitos de vocês já devem saber que no ataque ao Beco os Comensais usaram armas,armas trouxas.E é por isso que vocês estão aqui hoje.Não teremos tempo que ensinar vocês a usarem armas de fogo,mas temos tempo de ensinarem a se defender das balas.

-Hum…senhor?-Um rapaz ergueu a mão de maneira hesitante.

-Sim senhor…?-Fletcher virou-se para ele.

-Dennis.

-Ah,sim sr.Creevey,qual é o problema?

-Se a questão é eles estarem usando armas,porque apenas não usamos os meios trouxas para nos defender?Como coletes a prova de balas.

-Acredita mesmo sr.Creevey que as balas que saem dos novos “brinquedos” dos Comensais são balas comuns,trouxas?

-Não senhor.-O rapaz murmurou,entendendo onde o homem queria chegar.

-Isso mesmo.Com certeza elas foram magicamente alteradas para transpassar qualquer proteção trouxa.Por isso para nos proteger teremos que usar uma proteção mágica também.Por isso peguem as suas varinhas e vamos começar logo com isso.-Ordenou e todos começaram a se remexer,sacando as suas varinhas e começando o treinamento que correu por toda a manhã.