O riso


Aquele riso foi o canto célebre
Da minha estrela, em vão.
Milagre de primavera intacta
No sepulcro de neve
Rosa aberta ao vento, breve
Muito breve...
Não, aquele riso foi o canto célebre
Alta melodia imóvel
Gorjeio de fonte núbil
Apenas brotada, na treva ... Fonte de lábios
(hora extremamente mágica do silêncio das aves).
Oh, música entre pétalas
Não afugentes o meu amor! Mistério maior é o sono
Se de súbito não se ouve o riso da noite.

Autor desconhecido

 

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