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Revista City Beat Steve Appleford
 
ARTIGO
 System of a Down refez o hard rock a sua própria imagem confusa mais ainda obtêm inspiração das ruas nada glamurosas de Hollywood.

 Assim é como o começo termina: aqui mesmo nas ruas nada glamurosas no oeste de Hollywood, a terra de nenhuma estrela de cinema, em um motel miserável na Pequena Armênia. A banda System of a Down está prestes a passar de um mundo para outro, é e pouco provável que ninguém saiba o que está acontecendo.

 Isso é apenas negócios, como de costume para um quarteto de roqueiros em ascensão conhecidos principalmente como um jovem culto de fanáticos por metal famintos por mais, mais, mais. A banda retornou a velha vizinha para fazer um vídeo-clip para uma música nova, "Chop Suey!", uma frenética e apocalíptica reflexão sobre drogas e confusão, de guitarras acústicas com som dissonante e riffs rápidos de metal. Setembro de 2001, a data do lançamento do segundo álbum do grupo, Toxicity, ainda está distante várias semanas, mas algumas faixas já estão tumultuando a Internet. Algo está se formando.

 E há lugar melhor para se começar do que na pousada Oak Tree? Há história aqui. Em um desses quartos, o baixista Shavo Odadjian testemunhou a sua primeira cena sexual aos 8 anos de idade em um skate olhando pela janela de um quarto de motel. Ele cresceu nessa vizinhança, mas não muito longe da casa onde o guitarrista Daron Malakian passou a infância, e ele ainda lembra de todas essas moças misteriosas da noite e do dia que ficavam na calçada embaixo das palmeiras enquanto o jovem Shavo se dirigia à escola às 7:30am. Quem eram essas estranhas mulheres de salto alto e saias bem curtas? "Elas estão esperando pelo ônibus", a mãe de Shavo insistia. "Elas estão indo trabalhar."

 Então nessa época, anos depois, o Motley Crue estava no clube de strip do outro lado da rua fazendo um vídeo com um público de cabeludos e couro e biquíni fio dental em 1987. Shavo encontrou sua primeira estrela de rock naquele dia. "Havia uma pizzaria Shakey, um motel de prostitutas e um clube de strip. Terrível. O melhor e o pior de tudo. E eu acho que eu aprendi mais sobre o pior.

 Agora ele está aqui, fazendo o seu próprio vídeo de rock, se tornando um rock star com a cabeça raspada e um cavanhaque trançado em uma corda abaixo do queixo. Essa não foi a primeira vez do System of a Down certamente. Havia aquele hit de "Radio/Video" "inferior" em 1998, "Sugar", mas havia sinais que as coisas seriam diferentes dessa vez. Expectativa está no ar, e isso é um sinal que não pode ser produzido por seu típico Under Assistant West Coast Promotion Man. Uma notícia no site da banda dias antes convida fãs para aparecer no vídeo, e centenas de jovens, mulheres e homens, viajam de lugares tão distantes quanto Illinois e Novo México, talves de mais longe ainda, um exército de fãs do System of a Down com camisas pretas animando a banda no pátio da Oak Tree embora pareçam estar se machucando conseguiram gravar "Chop Suey!".

 Entre as tomadas do segundo dia de produção, os membros da banda encontram formas de matar o tempo. O vocalista Serj Tankian autografa álbuns e partes de corpos e encontra contadores. Os outros se retiram para alugar motores carregados com uma cozinha do McDonald para Malakian. Comida confortável, a mesma coisa que ele comeu todos os dias na estrada na Europa, evitando aquelas comidas estrangeiras estranhas. Hambuger, batata frita e milk shake do McDonalds. A mesma coisa que ele teve no café da manhã, a mesma merda que ele está comendo agora.

 Isso talves explique muita coisa. Malakian é o complexo nervoso central do System of a Down, um inquieto, brilhante e obsessivo cientista do som. Antes disso, ele estava em uma banda com Tankian chamada Soil, um projeto que revelava o seus interesses em comum no rock progressivo original, algo que vai de Frank Zappa ao Yes, somado a uma certa queda pelos velozes riffs no estilo death metal do Slayer. Mas tenha uma conversa com eles agora, e eles irão falar muito pouco de metal e muito sobre The beatles. A coisa mais difícil é um dado. Soil acabou e System of a Down nasceu fora do desejo de Malakian de ajustar seus sonhos mais selvagens de barulho e melodia, fúria e hilaridade, toda a confusa paisagem de som, em tons pop nunca com mais de alguns minutos de duração. O resultado é como uma louca e hard-rock versão do que Brian Wilson costumava chamar de "sinfonia de bolso", um universo completo de som épico, puro e belo em um pequeno e perfeito embrulho. Toxicity expandi-se nesse ideal, e servirá como alicerce da banda para tudo o que fizer daqui adiante.

 Mas ninguém consegue ver isso ainda, não em 2001: isso, entre a algazarra urbana da banda e visões enlouquecidas de fúria e política de alegria e excitação. System of a Down irá redefinir o que o hard rock pode ser. Alto, delicado, sério, hilariante. Em poucas semanas, Toxicity irá estreiar no topo da lista de álbuns pop. Eles estarão tumultuando as ruas. Celebridades do Baseball. Uma conferida na correspondência.

Mas ainda não. Malakian estende a mão e pega um McBurger. "Não vendeu nenhuma cópia ainda," ele diz com outra risada nervosa, enquanto os outros entram e saem para dar seus adeuses pela noite. "Mas eu me sinto tão orgulhoso disso, eu não ligo se não vender nenhuma cópia. É uma boa parte de trabalho. Eu tive que estar por trás disso antes que alguém mais conseguisse estar por detrás disso."

 Verdade suficiente. E mais uma coisa: Esses caras estão se tornando gigantescos.

 Há uma pilha de pizza esperando por você na pequena sala. Mas o sr. Serj Tankian (pronunciado Say-rj Tank-ee-an) não terá nenhuma delas e nada do McDonald, também. Ele é um sorridente monge em listras, uma presença sombria e beatificada em dieta vegetariana, e é um prefeito anfitrião alternando de amável sumo sacerdote ao risonho Groucho (pseudônimo de Julius Henry Marx - comediante estadunidense) do rock n roll. Ele divide um sofá com Malakian, que veste um elegante casaco de couro preto. Eles formam um par épico, sentados ali quietos, rock stars em repouso.

 O lançamento de Toxicity não apenas representou um acontecimento histórico de sucesso comercial impossível, mas também foi longe em estabelecer os dois frontman do System of a Down como possuidores do mesmo potencial que Page e Plant. Juntos, eles têm criado uma improvável mistura sonora de sofisticação musical colidindo com explosões de eletricidade, um intenso turbilhão de palavras sobre política, guerra, vítimas de cocaína e sexo bruto.

 "Eu não posso dizer que nós não discutimos," diz Malakian. "Eu fico de saco cheio às vezes, ele fica de saco cheio às vezes. Dar à luz não é a coisa mais simples de se fazer, então isso tende a ser doloroso às vezes. Eu tive alguns episódios do tipo, mas no fim das contas, nós estamos próximos para fazer. Portanto que isso seja ótimo, e eu e ele estejamos juntos, e eu não odeie ele e ele não me odeie, tudo então estará certo, tudo acontece por uma razão.

 A ocasião agora é uma visita ao estúdio em Dezembro de 2004, algum lugar nesse pedaço de terra esquecida, onde o norte de Hollywood encontra Burbank e não muito além disso. Uma nova fornada de músicas está sendo mixada e remixada aqui, então eles têm vindo tocar um punhado de faixas para os visitantes e para explicar seus planos para lançar 2 álbuns em 2005, Mezmerize e Hypnotize, cada um com 40 minutos de duração. Malakian não é muito fã de álbuns muito longos, então ele preferiu simplesmente dividir as músicas. "Atenciosos no período do tempo não é o que eles costumam ser," ele diz tristemente.

 Está muito claro que o System of a Down visa incentivar a expansão dos limites do hard rock com esse primeiro projeto de estúdio desde Steal This Album! de 2002, misturando melodia, agressão, repressão, e a habitual experimentação ilimitada através de 2 álbuns - começando com Mezmerize, e seguido seis meses mais tarde por Hypnotize. Os álbuns foram gravados no verão de 2004 na monumental mansão Laurel Canyon, propriedade do co-produtor Rick Rubin. Malakian diz que está ansioso em seguir adiante. "Por que deveríamos fazer outro Toxicity?" ele diz. "Eu desejo muito crescer. Eu não quero ficar fazendo a mesma coisa só porque funcionou uma vez. Isso é tedioso."

 Ele continua: "Nós ainda estamos encontrando nossos lugares nessa banda, onde todos nós estejamos confortáveis juntos. É como as dores do nascimento (dificuldades iniciais), como produtor, eu estive pensando no som para esse álbum por 3 anos, e que tipo de amp. eu deveria, e ouvindo álbuns e pensando, esse é um ótimo tom de bateria! O Fun House dos Stooge foi uma referência. Eu estou sem ar com o som que esse álbum está fazendo.

 A ambição pode ser ouvida no hard rock motriz, alegre e castigado de "Kill Rock n Roll" e na insultante "Cigaro", com sua selvagem, cortante e agitada guitarra e com Malakian cantando loucamente: "Meu pau é bem maior que o seu/Meu pau pode chegar até a porta!" "B.Y.O.B" profere um brusco antiguerra, deixando pálidos e confusos os gritos de encontro a passagens tranqüilas que poderia ter sido roubadas de P-Fink: "Todo mundo está indo à festa ..." Em Hynotize, System novamente mescla o político com o pessoal, estendendo-se da praça Tiananmen até Malakian sentado em seu carro "esperando por sua garota" no título da canção.

 "Isso aconteceu quando eu estava com a minha ex-namorada, e eu me lembro de estar sentado na aléia (rua de parque) esperando ela sair de casa." Malakian diz. "E muitos pensamentos estavam passando pela minha cabeça, como ..."

 "Não me deixe aqui fora muito tempo," Tankian diz rapidamente, com uma risada.

 "Oh, sim, huh?" Malakian se volta para mim. "Oh, sim, isso não é sobre nada. É tudo um monte de besteira!"

 O único mistério é quais músicas serão postas no iminente Mezmerize e quais terão que esperar até novembro por Hypnotize. Até mesmo Serj deseja saber. E Malakian menciona que ele quer pôr "Hypnotized" antes de Mezmerize, e não de Hypnotize.

 "Gênio!" diz Tankian com uma risada. "Ótimo! Eu amo isso. Você deixa os membros da sua banda curiosos, essa é a melhor parte!".

 Malakian também está cantando mais. Aparentemente, essa pode parecer uma escolha estranha para uma banda que já possuiu na linha de frente uma das vozes mais dinâmicas da música popular, mas os gritos rasgados de Daron se tornam um monstruoso e cativante contraste. "Eu acho que estamos fazemos muita merda monstruosa nesse álbum," diz Tankian, que sempre dividiu alguns vocais com o vocalista. "Nós dois somos."

 Essa é uma operação auto-suficiente. O pai de Daron, Vartan Malakian, fez o trabalho de arte para ambos os álbuns. Shavo tem dirigido ou co-dirigido a maioria dos vídeos da banda desde 2002. E Serj se mantêm ocupado com seu próprio selo, promovendo e produzindo novas bandas. Ele também publicou livros de sua poesia, e é ativista do Axis of Justice (Eixo da Justiça), um grupo político que ele co-fundou com Tom Morello, guitarrista do Audioslave e do Rage Against the Machine.

 Daron fica em casa sozinho, trabalhando, escrevendo, tocando, gravando no mesmo gravador boombox que seu pai lhe deu a nos. Ele às vezes irá despachar sua namorada por semanas a fio, só para poder se concentrar. Ela parece entender. De vez em quando ele assisti a jogos de baseball e hockey, o interferente mais escandaloso com os melhores lugares.

 Malakian está ameaçando sair. É dia 10 de novembro de 2005, e a banda acabou de chegar no backstage para um evento histórico da mídia no hotel Hollywood Roosevelt, onde a imprensa musical espera pela conferência do System of a Down na sala principal. Repórteres e críticos acabaram de ouvir o novo Hypnotized rugindo com eles, as letras brilham em uma tela de vídeo, enquanto se servem de camarão e aperitivos caros, cerveja e bebidas leves. Mas há um problema.

 O líder da banda parece ser alguém que não quer ter nada a ver com isso. Daron está procurando pela saída, e então o quarteto entra em um pequeno camarim e fecham a porta. Eu estou lá com eles, e não entendo nada. Eles falam e argumentam em Armeno, conversando entre si, com uma eventual frase em inglês. (Shavo: "Nós tínhamos algumas coisas pra fazer, então vamos fazer.") Então eles ouvem Shavo e Daron se dirigindo ao palco, e Daron resmunga "Que porra é essa?" enquanto ele é conduzido ao local.

 Na mesa se encontra um caixa de hambuger com pimenta o mesmo espetinho de tofu que a banda experimentou pela primeira vez com Rubin durante as gravações de Toxicity no Cello Studios no Sunset. Serj se serve chá enquanto ele e o baterista John Dolmayan sentam para a entrevista.

 Em outros encontros com entrevistadores e fotógrafos, Dolmayan é normalmente o primeiro a sair. Hoje ele tinha muito a dizer: sobre a idéia de lançar dois álbuns em um ano, sobre o preço dos cds, e o mistério das rádios e discos de platina.

 Depois de tudo, nenhuma pessoa sensata (mentalmente) poderia escrever música como essa e esperar que tocasse na sua estação de rádio local. É um milagre. Ou, essa era a primeira vez. "Ouça, seja lá por qual razão, o rádio, a MTV e a imprensa promoveram o System of a Down," Dolmayan diz. "Nós não fazemos a mínima idéia do porque. Isso estava pronto. Alguma coisa aconteceu, e funcionou. Isso é tão chocante para nós como para qualquer outra pessoa, acredite em mim. Nós não sabemos que diabos está acontecendo aqui."

 E então eles estão de volta para mais, seis meses depois do lançamento de Mezmerize e da turnê mundial, depois das fitas estarem na maioria das vezes inaudíveis em um cofre. Mas o período promocional do último álbum só acabou uma semana depois, no dia 3 de novembro, quando eles foram ao European MTV Awards, em Lisboa, e com Daron recusando que vissem a banda andando em um tapete vermelho.

 "Nos anos 60, os Beatles costumavam lançar pelo menos um álbum por ano, às vezes dois, às vezes até mais," Tankian diz. "Isso é um fenômeno moderno, devido às restrições comerciais do mundo atual e o dinheiro envolvido nas rádios e vídeos e em tudo isso, essas pessoas querem focar você em um único álbum, porque há muito dinheiro sendo gasto nisso, etc. Talves isso será algo que funcionará comercialmente contra nós, mas eu duvido. Isso não importa, no final das contas. Isso é o que nós queremos fazer, e esse é o jeito que queremos fazer. Eu estive conversando com muitos amigos artistas, e agora eles querem fazer assim."

 Dolmayan acrescenta, "Eu tenho certeza que as gravadoras não gostarão disso e provavelmente irão criar uma lei contra isso ... Eles estão tão costumados a trapacear as pessoas que pensam que todo mundo está trapaceando eles."

 Ele ainda está irritado com sua última visita a uma loja de cds, onde ele avaliou a música de John Lennon. Cada um, ele diz, custava $18. "E eu me senti violentado."

 Tankian se aproxima e diz. "Você deveria tê-los comprado na Armênia, porque eles todos custam $3 cada um, porque todos eles são duplicados."

 "Aqueles são todos bootlegs (gravações piratas, feitas por fãs)," Dolmayan replica, "mas não é essa a questão, no entanto."

 "Eu estou brincando. A questão é não tirar o sustento do artista. A questão é tornar isso um recurso financeiro para todos."

 Quando eles se encaminham para diante da imprensa reunida, Malakian toma o lugar na minha frente. Ele senta rapidamente e acende o seu cano de vidro (bong). Ele está cheio com algum tipo de erva que ele não quer compartilhar. Mas isso parece confortá-lo. Daron é um canal de intensa energia musical, mas algumas coisas parecem freiá-lo. Um exemplo é a canção "Lonely Day", que se encontra no fim de Hypnotize, uma trégua de calma e tristeza antes do grande final.

 "Eu realmente escrevi que esse momento ruim estava acontecendo," ele explica. "Era um caso de relacionamento. Eu estava pendurado entre duas chamadas telefônicas, duas pessoas diferentes. Foi um dia deprimente."

 Após a conferência de imprensa, a banda está voltando para a suíte quando Malakian é abordado por um bulldog sem pêlos de um homem de um jornal diário. Ele quer saber como Daron justifica a violência e a escuridão de sua música. O músico cria "Lonely Day", mas o jornalista foca nas drogas e prostitutas de outros lugares. E quando Malakian diz que isso é o que ele vê na vida, o repórter contesta: "Você não vê isso."

 Daron ri para ele. "Como você sabe o que eu vejo?" Ele não mencionou a velha vizinhança ou que os seus avós que ainda moram no Iraque. Ou o que qualquer pessoa no mundo poderia ver se fizesse uma rápida viagem ao outro lado de Hollywood.

 Lá em cima na suíte, há outra caixa de hambuger com pimenta, além daqueles cachorros-quentes de tofu. Eles posam para algumas fotos rápidas, Shavo e sua barba trançada sempre em perfil teatral, e então saem, o seu grande momento com a impressa por trás deles.

 Um amigo concedeu a Shavo um par de ingressos para um espetáculo do comediante Dave Chappelle. Daron não está tão certo. Além disso, ele tem seus próprios planos para essa noite, com alguma música importante para comprar. "Eu quero estar certo que ele não irá sair e só dar oi," ele diz, "e que ele irá fazer 90 minutos."

 "Ninguém faz 90 minutos!".

 "Eu faço." Malakian diz, e então sai, vai até o Amoeba Music (loja que compra e vende cds novos e usados, fitas, vídeos, discos a laser e pôsteres) limpar as prateleiras (comprar muito).

 Isso deixa Odadjian sendo o último rock star na sala, no telefone rastreando amigos, conversando com seu pai, me falando sobre suas namoradas, de como ele gostaria de compartilhar suas alegrias com seus amigos. Ele também está excitado a respeito de um projeto de gravação com GZA de Wu-Tang Clan. Shavo se inclina no sofá, passando os canais pagos na tv, passando pela sessão pornô, parando em um filme de Will Ferrel.

 Ele parece relaxado, mas está ansioso. Ele realmente adoraria encontrar com alguns de seus velhos camaradas, alguém que tenha crescido com ele, alguém que conheça Hollywood como uma paisagem urbana da vida real, e não apenas festas e showbizz. "A razão pela qual nós citamos tanto Hollywood é que isso sempre fará parte do Daron e de mim. Principalmente do Daron e de mim.

 Ele está no telefone denovo: "Ei, bro. Eu estou te convidando agora, se você me ligar de volta em 5 minutos, para irmos ver um show de Dave Chappelle no Comedy Store. Eu tenho um carro e tenho tudo. Eu tenho um quarto no Roosevelt Hotel ... . Nós temos que estar lá 10:30. São quase 9. Me ligue, bro. Eu tenho um ingresso. É ótimo."

 Em uma hora, o seu amigo o encontra no salgão, onde a festa de Hollywood está se realizando. Estrelas novas, atores, negociantes estão indo da beirada da piscina até o estacionamento. David Spade passa logo atrás, parecendo o D Artagnan com bigode e seus cabelos penteados para trás com onda de aventureiro.

 Shavo está tentado a ficar, mas Chappelle está em algum lugar esperando. E ambos os extremos de Hollywood ainda estarão aqui quando ele voltar.