DATA ENTREVISTADOR ENTREVISTADO ASSUNTO
06.11.2005 Nune Hakhverdyan Serj Tankian Armênia
 
ENTREVISTA

 Eles são inteligentes. São grandes pessoas, sérios e ao mesmo tempo selvagens

 Todos os quatro membros do grupo de rock americano "System of a down" são decentes de armênios. Eles tocam um nu-metal agressivo no palco, mas na vida real eles são muito sutis a filósofos de coração aberto. É possível conectar sua musica com qualquer outro estilo. E é essa incrível mistura que atrai a todos. Ou as pessoas os amam ou não os aceitam, e a mais pessoas que os amam. Recentemente, as autoridades holandesas fecharam o aeroporto no dia da chegada da banda porque havia muitos fans os esperando . Normalmente, fama repentina e fortuna os tornam rock stars egoístas. Mas esse não é o caso dos caras do "System of a down". Em pouco tempo, Serj Tankian, Shavo Odadjian, Daron Malakian e John Dolmayan foram capazes de conquistar a fama e se tornarem a mais famosa banda de Rock Alternativo do mundo. "Nós não tocamos e cantamos para sermos adorados pelas pessoas" Eles dizem.

 O grupo cria interessantes combinações de vocal, escrevem inteligentes e impressionantes letras onde à sons de revolta. "Nos somos como um bolo . Todos tentam achar algo em nós, alguns querem a parte doce, outros querem o biscoito" Diz Serj Tankian. A agressividade no rock deles e lindo anexado com melodias orientais e as letras políticas dão ritmo a tudo. O álbum intitulado "Toxicity" que foi lançado em 2001 quebrou as correntes da musica na América.

 A musica "Boom!" lançada em setembro foi feita contra a guerra do Iraque e foi um chamado anti-guerra a todos. A Família de Daron vive no Iraque e a invasão de tropas americanas o fizeram explodir. " Porque os presidentes não vão para a guerra? Porque eles mandam os outros para fazer o trabalho?" são algumas frases de "B.Y.O.B.". O vídeo clipe foi filmado pelo famoso escritor de documentários, ganhador do Oscar e ganhador do premio no festival "Kanni", Michael More. E vieram os famosos álbuns "Steal This Album!" e "Mezmerize".

 Os fans esperam pelo novo álbum "Hypnotize" que estará nas lojas em 22 de Novembro. Hypnotize tem músicas com melodias orientais e asiáticas. A banda de rock também foi convidada para tocar em Lisboa no Europe Music Awards. Além dos shows, cada integrante planeja sua própria carreira. Eles gostam de misturar musica e política. "Eu não posso descansar sabendo que a muita injustiça por ai" diz Serj Tankian que fundou o "Axis of Justice" uma ONG ativa que tem seus olhos voltados para a injustiça ao redor do mundo. Eles enfatizam especialmente o primeiro ato criminoso contra a humanidade do século: O genocídio Armênio. "As pessoas precisam saber sobre o genocídio armênio. Hoje em dia, politica não é apenas política"

 "Nós não podemos mais separar a economia das atividades do Banco Mundial" diz Serj. Serj Tankian de 38 anos de idade, nasceu em Beirute e se mudou para os E.U.A quando ainda era jovem. Ele deixa a impressão de ser alguém que intende o propósito da vida e é relativamente calmo. Serj já publicou um livro de poesias chamado "Cool Gardens" e adora fazer combinações musicais. Seu ultimo feito foi o concerto "Serart" em Nova York onde ele dividiu os palcos com o musico ethno-jazz, Arto Tunchboyadjyan. "Serart" não foi um concerto de rock, mas sim uma improvisação de música armênia, chinesa e japonesa. "As primeiras duas silabas de Serart, são do meu nome e de Arto; que são palavras importantes: ser (amor) e art(arte)" diz Serj Tankian. Serj fala armênio muito bem. "Porque você esta impressionado de me ouvir falando armênio?" pergunta Serj no começo de nossa entrevista. Serj visitou a Armênia com sua namorada de 21 anos que também é engajada na causa, porem, ela não da entrevistas a nenhum jornalista . Estiveram em Yerevan e Vanadzor. Sua noiva nasceu em Vanadzor e se mudou para os E.U.A alguns anos atrás. Essa entrevista foi conseguida com dificuldade. Sabendo que Serj recentemente se encontrou com o Ministro estrangeiro da Armênia, Vartan Oskanyan que o agradeceu por seu trabalho a respeito do reconhecimento do genocídio Armênio, nós não começamos pela música.

 "Nossa música e shows não tem nada a ver com o reconhecimento do genocídio armênio. Nos não falamos de armênios no palco, mas nos sempre falamos sobre armênios nas nossas entrevistas . Muitas pessoas já começara a ter conhecimento - meio milhão de pessoas mandaram cartas para o congresso dos E.U.A. Eu não gosto de propagandistas e não faço propaganda. Eu penso que não se consegue nada através da propaganda. O trabalho precisa ser feito delicadamente e não fazer um grande escândalo sobre isso. Desse modo sim algo pode ser feito. Eu penso que trabalhando delicadamente, nos podemos ter efeitos positivos na política. Nós apenas fazemos discursos e consideramos isso importante."

 Nune: Como foi na Armênia?
 Serj: Você vive aqui e você deve saber como e a vida aqui. Estou aqui pela segunda vez e não tenho direito de criticar a vida aqui ou sugerir nada
 Nune: Yerevan é uma cidade feliz?
 Serj: Eu acho que a vida na cidade é mais intediante do que a vida em um Vilarejo. Pessoas que vivem na cidade são mais ocupadas e não tem tempo para nada, e são distantes da natureza. Baseado no que vi, Yerevan e Kirovakan são cidades legais. As duas são pequenas, mas são cidades legais
 Nune: O que pode ser considerado desenvolvimento na Armênia? Nos não temos a força e poder que a América tem. O que precisamos para crescer?
 Serj: Grandes construções não tem nada a ver com desenvolvimento. Você não faz uma grande cidade construindo Cassinos e Hotéis. Crescimento tem a ver com cultura e espírito. Eu gostaria de ver isso na próxima vez que visitar Yerevan. Novas coisas devem estar no coração do povo, não em construções.
 Nune: O que há de errado com Armênia?
 Serj: O pais deve estar atento com as organizações internacionais – eles não estão dando o dinheiro; eles tem outros objetivos. É melhor confiar nas organizações que fazem promessas que possam cumprir e que trazem boas coisas ao pais . O governo que aumentar as transferências de dinheiro, mas isso não é suficiente.
 Nune: A Diáspora armênia tem um papel maior no desenvolvimento da armênia?
 Serj: Nós temos uma Diáspora forte e nos podemos fazer muitas coisas se trabalharmos juntos. Mas precisamos trabalhar diligentemente e honestamente. Cooperando, seremos capazes de fortalecer a Armênia mais rápido do que deixar os outros fazerem o que querem, isto é, colocar a Armênia sobre a influencia dos E.U.A .
 Nune: Você se sente armênio?
 Serj: Eu sou armênio, querendo ou não, eu me sinto armênio. Mas eu gostaria de ser Armênio, Russo, Sérvio ou Turco ou tantas outras nacionalidades através do meu trabalho, minha vida e musica. Nos não precisamos achar melodias armênias nas nossas musicas. Ela já e armênio porque nos somos. Nunca misturamos trabalho com música.
 Nune: Sua noiva é armênia. Você vai casar com uma mulher armênia, algum tipo de voz interna ou nacionalismo não tem nada a ver com isso?
 Serj: Nós não devíamos discutir isso. Não temos que ser como paparazzi dos outros países. Eles sempre me perguntam coisas pessoais, mas eu nunca as respondo. Apenas tenho uma coisa a dizer: O amor não tem limites e não se importa com a cor da sua bandeira – a mesma coisa com a música. Nosso grupo trabalhou duro durante 5 meses, fizemos shows na Europa, América do sul e nosso novo cd chega as lojas dia 22 de Novembro. Vim a armênia relaxar e ver meus amigos.
 Nune: Você tem parentes na armênia?
 Serj: Não tenho, mas meus amigos tem. Mas você esta me perguntando coisas pessoais outra vez.
 Nune: Como é ter sua musica amada por muitas pessoas ao redor do mundo e ter tantos fans e até fan – clubes?
 Serj: Todas as boas artes representam uma riquez . O homem tem sentimentos e seus sentimentos são compartilhados com todos. O poder de trabalhar com a arte vem de dentro. Pessoas que tem essa capacidade tem sorte. Eu me considero, um homem de sorte em poder compartilhar minha arte e felicidade com os outros.
 Nune: A juventude armênia é orgulhosa pelos membros do "System of a down" terem decendencia armênia?
 Serj: Sim, e eu também sou orgulhoso da juventude armênia.
 Nune: Podemos esperar o "System of a down" na Armênia?
 Serj: Estamos pensando em ir para a Armênia em 2006 para uma turnê
 (Comentário off-topic: Shavo disse que o SOAD estará em turnê pela europa até os meados de 2006, agora, Serj afirma que o SOAD passará pelo oriente em 2006 [provavelmente após a turnê na europa], após isso provavelmente o SOAD retornará aos EUA para alguns shows; e assim, o Brasil e a américa do sul vão novamente ficando para trás)