As Armas de Arton:

Regras HerÁldicas para Tormenta
Texto e imagens por Danilo Martins

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O que vem a seguir, apesar de se parecer muito com a heráldica real, é uma versão simplificada e modificada das regras heráldicas para se adequar melhor às necessidades do mundo de Tormenta. Ela é a heráldica de Arton.

 

 

AS DIVISÕES DO ESCUDO

Em primeiro lugar é preciso conhecer o escudo e suas partes. Deve-se nomear os lados direito e esquerdo de um escudo como se você o estivesse usando, assim, vendo-o de frente, o lado esquerdo do escudo fica à direita do observador, e o lado direito do escudo fica à esquerda de quem olha. A direita pode ser chamada também de Destra e a esquerda de Sinistra. O escudo é dividido em nove partes, a parte central superior é a mais importante dele, chamada de chefe. Por extensão, todo o terço superior do escudo acaba sendo chamada do mesmo nome, chefe. Isso também se dá com o terço inferior, chamado de ponta, contra-chefe ou campanha. Uma peça que se encontra no centro do escudo será mencionada como estando no abismo, se for menor do que as demais peças, ou no coração, se for do mesmo tamanho das outras. O ponto de honra e o umbigo dificilmente são usados.

 

 

PARTIÇÕES DO ESCUDO

Aqui veremos várias maneiras de se dividir um escudo, mas não só ele; figuras e peças também podem ser divididas da mesma forma. Um escudo sem partição ou peça sobre ele é chamado de pleno. As seguintes são as quatro principais partições que dividem o escudo em duas partes iguais.

 

 

 

Além das principais, temos as subpartições, que podem dividir o escudo em inúmeras partes. Algumas delas confundem as pessoas com certas peças heráldicas por serem geometricamente iguais, entretanto as partições servem pra dividir o escudo em vários campos de tamanhos iguais, enquanto a peça vai sobre um único campo de um escudo, representa uma honraria e pode variar seu tamanho. As seguintes o dividem em três partes.

 

 

Combinando as quatro partições principais podemos alcançar outras subpartições. Da soma de cortado e partido temos o esquartelado e da soma de todas as quatro, o gironado. Cada divisão do gironado é chamada de girão. Note qual a ordem de cada divisão das subpartições. No esquartelado (comum ou em aspa, que também é chamado de franchado), normalmente, o primeiro campo se repete no quarto e o segundo no terceiro. Se um dos campos de um escudo esquartelado é também esquartelado, ele se chama contra-esquartelado. Quando se o brasona, basta tratá-lo como um esquartelado comum. Ao indicar as cores do gironado, a primeira a ser mencionada é a do campo indicado pela seta.

 

Ademais, cada campo resultante das partições pode ser subdividido do mesmo modo que o escudo.

 

OS ESMALTES

 

         As cores dos brasões são chamadas genericamente de esmaltes e são divididas em três categorias: cores, metais e peles. Não se pode pôr peças de cor sobre cor, de metal sobre metal ou pele sobre pele, mas não há problemas se, por exemplo, um leão de prata em um campo azul tem as garras e a língua vermelhas, ou se uma águia verde fica ao mesmo tempo sobre a parte dourada e a parte púrpura do escudo. Os problemas que originaram essa regra foram as dificuldades de se pintar um esmalte sobre outro, que podia fazer com que as tintas se misturassem ou borrassem, além do maior contraste que uma tinta dá contra o metal do escudo. Mas, se for inevitável o uso de uma peça de cor sobre outra cor, diz-se que ela está “cosida”. Por exemplo: Campo de vermelho com serpente cosida de verde. Escudos podem estar divididos em dois ou mais cores sem que se diga cosido. Pode-se, por exemplo, dividir um escudo em vermelho e azul, mesmo que ambos sejam cores, ou de prata e ouro, mesmo que ambos sejam metais. Não existem também dois tons de uma mesma cor, quando o artista escolhe um azul, é sempre aquele mesmo azul que será usado em todas as peças ou campos do escudo que o contenham. Além disso as figuras podem aparecer com suas cores naturais, como no mundo real, então é dito que a figura está “de sua cor” e não é preciso que se diga cosido.

         Os metais, ouro e prata, podem ser substituídos pelas cores amarelo e branco, respectivamente. Normalmente, quando o escudo é de metal, eles são usados em sua forma verdadeira, com metal dourado ou prateado, mas em representações em papel, tecido (bandeiras e estandartes) ou mesmo em escudos de madeira, geralmente, pinta-se de amarelo e branco respectivamente.

         Os esmaltes (bem como as peças) são carregados de significados, mas não é preciso se prender a eles. Muitas vezes a mesma cor ou peça tem um significado diferente para um brasão diferente. Um cavaleiro que foi leal a um rei pode ter um escudo azul pra representar essa lealdade, já outro pode ter o azul representando justiça e boa reputação. Essas coisas dependem do histórico de cada brasonado em particular.

 

Metais


 Ouro: pode ser retratado pela cor amarela. Esse metal é muito usado para simbolizar a riqueza, a nobreza, o poder, a generosidade, luz e elevação da mente. Também representa o culto a Azgher, Thyatis, e a Tibar (especialmente quando usado em besantes). Representa sabedoria e o culto a Tanna-Toh em quase todo o reinado.
   Prata: pode ser retratado pela cor branca. É associado à pureza, integridade, firmeza, obediência, paz e sinceridade. Cavaleiros aventureiros costumam indicar com a prata de seus escudos que têm a obrigação de defender as donzelas e amparar aos órfãos. Também é atribuído ao culto a Tibar (principalmente quando em besantes), a Lena e a Marah.

 

Cores

 Vermelho: é a cor associada à vitória, resistência, magnanimidade, guerreiro, mártir e ousadia. Recentemente alguns mestres de armas estão associando o vermelho à tormenta, devido aos crescentes números de aventureiros e heróis que desbravam essas insalubres áreas. Com a queda da tormenta sobre o reino de Trebuck, essa prática vem ganhando mais força. Em Sckharshantallas é uma cor comumente associada ao rei e à realeza. Cavaleiros costumam se pôr em obrigação de socorrer os injustiçados quando trazem o vermelho em suas armas.
 Azul: essa cor está associada a zelo, lealdade, caridade, justiça, beleza, verdade, boa reputação e o incentivo à agricultura. Principalmente em Bielefeld (mas também em outros reinos), o esmalte é atribuído a Khalmyr. Os que carregam esse esmalte em suas armas se vêem obrigados a socorrer os servos injustamente abandonados por seus senhores.
 Verde: a cor pode significar esperança, fé, amizade, bons serviços prestados, respeito, amor, juventude e liberdade. É a principal cor usada pra representar os que servem seus soberanos através do comércio e também dos protetores dos trabalhadores. É usada para aludir a Alihanna e ao seu culto. Pode representar Galrasia em Petrynia e Fortuna e grandes florestas em alguns outros pontos do reinado.
 Púrpura: significa grandeza, sabedoria, soberania, engenho, verdade, majestade, aventura e aventureiros. Em Deheon, especialmente, é associada ao culto de Valkária e de Thana-Toh (em preferência ao ouro, mais usado nos outros reinos) e é também a cor dos defensores da família real e dos clérigos.
 Preto: a cor é associada à prudência, astúcia, rigor, tristeza, obediência, constância, dor e honestidade. Freqüentemente associada também ao culto de Tenebra e, nesse sentido, à noite; em Zakharov, ao ferro.

 

Cores de Segunda Ordem

 Laranja: simboliza ambição valorosa.
 Sanguine: usada para representar a ordem de Keen ou de Leen em lugares como Yuden, Deheon e Zakharov.
 Carnação: quando o escudo possui uma peça que representa uma pessoa ou parte do corpo humano, alguns preferem indicar o uso do esmalte carnação ao invés de dizer “de sua cor”.

 

Peles

Arminhos: a pele de arminhos foi feita em alusão ao animal de mesmo nome, um tipo de marta das regiões frias ao redor das Uivantes cujo pêlo é todo branco, com uma ponta preta na cauda. Os mantos de muitos reis são feitos da pele desse animal, salpicados do preto das suas caudas. Esses pontos pretos, no escudo, são desenhos estilizados chamados de mosquetas (que muitas vezes são utilizados isoladamente nos brasões de armas como quaisquer outras peças). Essa pele é comum de algumas famílias nobres que vivem nas montanhas Teldiskan, em Deheon, e margeando as montanhas Uivantes em outros reinos.
 Contra-arminhos: versão oposta dos arminhos. Também é chamada de Arminhos Zakharovianos, por ser mais de uso de algumas famílias do reino.
Veiros: A pele de veiros foi feita em alusão à pele de um tipo de esquilo de pelagem cinza-azulada nas costas e branca na barriga, existente em Tollon, Lomatubar, Fortuna, Petrynia, oeste de Ahlen e sudoeste de Deheon e que se espalha pelas florestas de alguns outros reinos próximos até dentro das Uivantes, embora menos comuns. Esse tipo de pele é bastante difundido entre a nobreza de Petrynia e usual entre os raros heróis ranger e druida que tiveram a graça da concessão do direito de brasão por parte de algum rei do reinado. Alguns guerreiros do norte de Petrynia que têm origem nobre e bárbara usam a própria pele do esquilo em seus escudos, ao invés de pintar a representação sobre ele.
 Contraveiro: versão oposta dos veiros.
 Veiros de Petrynia: o modo como a pele é pintada nesse reino. Por causa do nome, algumas pessoas acham que esses são veiros falsos e que as armas que os contém não possuem valor, o que é um erro, essa pele é apenas uma variante da original e tem uso em outros reinos, embora em menor quantidade. Daí originou-se a frase “isso são veiros de Petrynia” pra designar que alguma coisa é falsa.

 

PEÇAS INTERNAS E HONRARIAS
Essas peças simbolizam honrarias recebidas pelo dono do brasão de armas.

Pala: símbolo que representa a lança do cavaleiro. É dado ao guerreiro que, rompendo as linhas inimigas, invade seu acampamento e destrói as defesas exteriores que o protegiam.
 Faixa: representa a armadura do cavaleiro. É dada para lembrar das feridas que recebe no corpo e do sangue que mancha sua armadura durante a batalha.
 Banda: simboliza a correia ou cinturão que vai transversalmente, do ombro à cintura do general. Concedida quando um cavaleiro comanda com sucesso uma campanha ou importante batalha.
 Barra: Também chamada de contrabanda (e isso é válido para as partições e qualquer outro uso do termo barra), representa a correia ou cinturão do capitão e também os exércitos em geral. Em alguns países, como Deheon, Bielefeld, Fortuna, Tyrondir e Petrynia, existe uma lei que permite que um filho bastardo reconhecido possa usar o brasão de armas de seu pai. Quando isso acontece, usa-se colocar uma contrabanda negra e fina (cerda de um terço da largura máxima) sobre o escudo, indicando bastardia. Países como Yuden, Ahlen e Portsmouth não permitem essa prática.
 Cruz: representa a espada do cavaleiro, e é concedida àqueles que retornam do campo de batalha com sua espada banhada no sangue dos inimigos
 Aspa: simboliza o estandarte do cavaleiro invicto em combates.
Chefe: representando o elmo do cavaleiro ou a coroa daqueles que são titulados, é concedido a quem voltou com a cabeça ferida e molhada do próprio sangue, de uma  batalha a serviço de seu soberano.
Bordadura: representa proteção, favor e recompensa. Quando o cavaleiro retorna da batalha ostentando sua armadura manchada de sangue inimigo, pode ser premiado com a honraria da bordadura, como insígnia de valor.
 Cabria: símbolo das botas e esporas dos cavaleiros. De uso raro em Namalkah.
Perla: representação das três devoções do cavaleiro: Sua dama, seu senhor e seu deus (ou deuses).
 Banco de pinchar: É usado como diferença nos brasões dos príncipes. Os filhos dos brasonados por títulos (reis, duques, marqueses, condes, viscondes e barões) têm o direito de usar o brasão dos pais, mas, para indicar que são os filhos do brasonado, usam o banco de pinchar por cima das armas. O primogênito usa a peça de ouro, os demais de prata e com um brasão simples (dentro de um pequeno quadrado ou retângulo) da linhagem da família da mãe. Quanto mais longe na sucessão, mais a fundo na linhagem materna entrará a diferença. (Ex.: O segundo filho usará, na ponta esquerda, o brasão da família da mãe; o terceiro usará esse mesmo brasão na ponta central e na esquerda o da família da avó materna; o quarto usará o da mãe na ponta da direita, o da avó no centro e o da bisavó no da esquerda; o quarto não usará o da mãe, mas o da avó no da direita, o da bisavó no do centro e o da trisavô no da esquerda, seguindo assim para os demais filhos). Os filhos do irmão mais velho passam na frente no direito de uso do irmão seguinte. As mulheres não usam o banco de pinchar como indicativo de posição na linha sucessória porque elas só herdam os títulos quando não possuem nenhum irmão do sexo masculino. Esse direito é válido até a quarta geração (bisnetos) a partir do detentor do título.
 Arruela: Normalmente usado para imitar a face de um dado, representando assim sorte, azar, Nimb e seu culto. Arruelas são sempre de cor.
 Besante: Com a mesma representação da arruela, mas também pode simbolizar dinheiro, riqueza, Tibar e o seu culto. Besantes são sempre de metal.
Campanha: Também chamada de Contrachefe, pode representar o chão ou o campo de batalha. Sua altura máxima é um terço do escudo. Se tiver um terço de sua própria altura máxima, é chamada de Campanha Diminuta (ou Contrachefe Diminuto).

 

 

AS FIGURAS

Os brasões de armas podem ser dotados de diversas figuras naturais e mitológicas, quase sempre providas de profundos significados. Às vezes uma figura era usada por lembrar o local de origem de uma família, ou por trocadilho com seu nome (machados para Machado, cabras para Cabral, etc.), ou com sua profissão. Como já mencionado, o significado de uma mesma peça pode variar de brasão pra brasão. Um cavaleiro pode usar um leão em seu escudo para mostrar que é um guerreiro forte e bravo, um outro pode o usar para lembrar de quando salvou um príncipe de um ataque de leão selvagem durante uma viagem. Naturalmente a maioria das figuras ficam viradas para a direita. Quando estão viradas para a esquerda, diz-se que estão “voltadas”. Os exemplos que seguem não correspondem à totalidade de figuras que podem ser usadas em brasões, existem muitas outras mais. Se um cavaleiro salvou um príncipe de uma medusa, ele pode receber o direito de portar uma medusa (ou a cabeça dela) em um brasão, e isso vale pra qualquer monstro.

Importante notar que praticamente todos os animais podem estar associados com o culto a Allihanna, já os monstros com seu irmão Megalokk.

         Abaixo, alguns exemplos de figuras:

 

 

Água: Geralmente é atribuída ao Grande Oceano, Rio dos Deuses ou a alguma outra divindade menor das águas. Pode significar extensão de domínios.

Águia: Emblema de generosidade, magnanimidade, coragem e vitória.

Âncora: Segurança e constância.

Aranha: Denota trabalho árduo e perfeito. Também pode ser agressividade ou ainda aludir ao culto de Tenebra.

Árvore: Símbolo de antiga e esclarecida nobreza

Cabra: Simboliza o cavaleiro que, a serviço de seu senhor ou rei, tenha passado por grandes sacrifícios.

Cadeia: Simboliza cativeiro sofrido a serviço da nação ou do rei.

Cão: Representa o vassalo fiel.

Castelo: Denota poder e grandeza, empenho em defender amigos e aliados resistindo invencível aos inimigos. Normalmente é concedido ao nobre que participou do sítio a uma fortaleza, não importa se em sua defesa ou se em seu ataque. Se a empresa foi bem sucedida, o castelo aparece de portas abertas; se mal sucedida, de portas fechadas. Foi concedido (com as portas fechadas, devido ao fracasso) a alguns nobres soldados que se destacaram durante a campanha do forte Amarid recentemente, por exemplo.

Cavaleiro: Simboliza nobreza.

Cavalo: Representa vigor e resistência.

Cervo: Simboliza o ânimo esforçado que recobra as energias mesmo nas situações mais adversas.

Chave: Simboliza fidelidade e segredo.

Coelho: Denota amor às letras.

Coração: Representa o vassalo vigilante e amorosa expressão de carinho. Se unido a outro representa aliança, se flechado, indica amor.

Cordeiro: Representa os soberanos que se sacrificam pelo bem e cuidado de seus súditos

Corvo: Símbolo de espírito audaz e animado que se arrisca a serviço de seus bem-feitores.

Crescente: Representa vitória contra obscuridades ou calúnias e adaptação contra inconstâncias quando tem as pontas para cima. Se as pontas estão para baixo (diz-se Crescente Invertido) representa descanso de fadigas passadas. Se as pontas estão para a direita (Crescente Deitado) ou para a esquerda (Deitado Voltado ou só Voltado), simboliza perda de sorte, mas com ânimo para recobrá-la. Pode ainda simbolizar Lena.

Dragão: Representa exagero de cuidado e vigilância. Também é concedida a honraria àquele cavaleiro que venceu um dragão em serviço de seu senhor. Em Sckharshantallas pode representar ligação com a família real ou ao exército.

Estrela: Símbolo da constância em serviço de seu soberano como conselheiro, ajudando-o a tomar atitudes que se mostram boas e acertadas. Pode representar o culto a Tenebra. O natural é que tenha 5 pontas. Se houverem mais, é preciso mencioná-lo.

Falcão: Representa nobre e forte feito em empresas de honra que, ao não cumpri-las, desfalece de vergonha.

Fênix: Denota renascimento, renovação, coragem e ousadia. Também representa Thyatis e seu culto.

Fogo: Simboliza a magnanimidade e a prontidão em desempenhos intelectuais. Pode representar Thyatis ou Tauron.

Galhadas de Alce: Representa força e resistência.

Galo: Símbolo de vigilância e tenacidade na luta.

Grifo: Símbolo de engenho e grandeza ou a mescla dos valores do leão e da águia.

Hipogrifo: Representa sorte e mudança, Nimb ou a mescla dos valores do cavalo e da águia.

Javali: Símbolo de intrepidez.

Leão: Simboliza força, bravura, espírito guerreiro, vigilância, domínio, soberania e majestade. Sua posição principal é a rampante, mas pode ser encontrado como, rampante resguardante, passante (chamado aleopardado), covarde, dormente, combatente, entre outras. O leão está sempre de perfil.

Leopardo: Representa o cavaleiro valoroso e esforçado que tenha executado alguma ousada tarefa, tendo sucesso mais por sua astúcia que por sua força. Ao contrário do que possa se pensar, em heráldica, leopardo não é o nome de uma espécie de felino, mas de uma posição do leão. Todo leão que se apresenta guardante (com a cabeça virada para o observador), é chamado de leopardo. A posição principal do leopardo é passante, mas pode estar em outras. Se estiver rampante é chamado de leopardo aleonado, pois essa é a posição natural do leão.

Lobo: Representa aquele que sofre as calamidades da guerra e do assédio com espírito generoso, mesmo em meio às maiores privações, e que, quando chega o momento da batalha, luta ferozmente.

Mão: Quando aberta simboliza generosidade. Quando fechada, resistência.

Olho: Representa engenho e capacidade quando sozinho. Quando em par denota vigilância e cuidado.

Peixe: Símbolo de ânimo ardente na guerra e tranqüilidade e serenidade na paz.

Pomba: Denota saúde, amor e pureza.

Roda: Representa a velocidade em desempenhar as mais difíceis tarefas, bem como simboliza fortuna, favor e inconstância.

Rosa: Símbolo de beleza e de honra imaculada.

Sereia: Denota eloqüência e sedução.

Serpente: Denota prudência e astúcia. Comum em Ahlen, essa figura muitas vezes é vista com desconfiança em outras partes do reinado, por associação ao culto de Sszzaas.

Sol: Símbolo próprio de soberanos, reis e daqueles que governam o estado, é muito associado a Azgher. Também representa grandeza, poder, providência, vigilância, entre outros.

Vieira (Concha): Simboliza peregrinação. Atribuído, muitas vezes, aos cavaleiros que abandonam o conforto de suas casas para combater nas fronteiras do reino ou em países estrangeiros. É o símbolo da ordem dos Patrulheiros da Deusa.

Tartaruga: Representa o cavaleiro que se retira tarde dos combates e que, confiando em sua própria resistência, faz frente ao inimigo até o último momento.

Torre: Símbolo da generosidade com que um cavaleiro se oferece a serviço de seu soberano ou rei. Também representa os magos e a magia

Torre em chamas: É dada essa peça àquele que venceu algum mago ou feiticeiro a serviço de seu senhor ou rei, ou que tenha sitiado e posto abaixo uma torre.

Touro: Representa peito generoso e aquele que deseja grandes empresas que honrem a memória de sua linhagem.

Urso: Símbolo de resistência e habilidade com armas.

Xadrezado: Simboliza arte militar e, por isso, é comum que seja concedido aos soldados que expõe suas vidas em batalha.

 

 

O ELMO

         A rigor, o elmo do rei, do príncipe real e dos infantes é virado de frente, aberto e de ouro, todos os outros nobres têm de usar o elmo virado a três quartos para a direita, aberto e de prata. Podem, entretanto, colocar as bordas de ouro, assim chamado “guarnecido de ouro”. Se o elmo não for do tipo que abre e fecha (como os de boca-de-sapo ou os de grades) ignora-se a convenção de abrir ou fechar.

         Abaixo dois exemplos de elmos: Um boca-de-sapo a três quartos de prata e guarnecido de ouro; e um de grades de frente e de ouro.

 

 

O TIMBRE, O VIROL E O PAQUIFE
         O timbre é um facilitador de identificação usado por alguns cavaleiros em torneios de justa. Normalmente se escolhe para timbre um elemento do brasão, mas, na realidade ele é um complemento deste último, podendo ser uma figura que não se encontra no mesmo. Ele vai por sobre o elmo, preso a um aro revestido de pano torcido chamado virol. A ele também se prende o paquife, que serve para proteger o elmo do calor do sol. Muitos titulados usam sua própria coroa como timbre. As cores do virol e do paquife são as mesmas do brasão e, no paquife, é costume que a cor vá por fora e o metal na parte de dentro.

O Duque Barthon Roggandin e Pruss de Yuvalin

 

 

    AS COROAS

A coroa imperial é a coroa da casa Pruss de Deheon, que sempre foram os imperadores do reinado. A coroa de príncipe real é de direito do filho mais velho do rei e herdeiro do trono, os infantes (demais príncipes, filhos do rei) usam a coroa de infante (que é muito parecida com a de duque, mas esta última não possui pérolas entre as flores da coroa).


 

 

 

 

OS FORMATOS DOS ESCUDOS

A forma do escudo não tem qualquer importância para heráldica, mudar o modelo do escudo não vai mudar qualquer significado, exceto em dois únicos casos, mulheres e clérigos. O escudo feminino tem forma de losango e o clerical é ovalado. No mais, o que rege a escolha do formato do escudo é a moda ou o gosto do artista que vai desenhar o brasão ou daquele que o encomenda. Mas existem modelos que são mais populares em certos reinos. Os exemplos abaixo não constituem, de forma alguma, a totalidade de formatos de escudos.

 

 

 

EXEMPLOS DE BRASÕES DE ARMAS

 

Baronesa de Kigorr

Gia de Kigorr é uma jovem dona de um pequeno baronato de Nova Ghondriann, às margens do rio Vermelho, próximo da capital Yukadar. Filha única, herdou suas terras do pai. Pretende ascender socialmente se casando com algum visconde ou conde do reino, entregando o baronato como dote. Algumas propostas já foram feitas.
         As armas dos Kigorr foram concedidas a Yont Kigorr em 1273, um aventureiro que liderou as tropas do então conde de Yudarin contra um nobre que havia tomado a região. Foi presenteado com as armas e o título por demonstrar coragem e ousadia durante a reconquista da área tomada. Aqui é apresentado num escudo em forma de losango por se tratar de um brasão feminino.

 

Baronesa de Kigorr: De púrpura com fênix de ouro em meio a chamas de sua cor. Elmo a três quartos de prata guarnecido de ouro.

Timbre: Coroa de barão

   

Infante Gorovich Hatrauss Roggandin e Silloherom: Segundo filho varão do rei Walfengarr de Zakharov, o garoto de treze anos é também, até que seu irmão mais velho tenha filhos, o segundo na linha de sucessão ao trono. Em suas armas exibe o brasão da família Silloherom de Palthar, em Namalka, de onde origina a sua mãe, Tannya Silloherom de Palthar, filha do rei Borandir Silloherom de Namalkah e duque de Palthar. Possui mais quatro irmãos, um deles homem, Walfengarr Borandir Roggandin e Silloherom, príncipe real que herdará o trono como Walfengarr II, e três mulheres.

 

Infante Gorovich: Armas de Zakharov trazendo, como diferença, um banco de pinchar de prata com armas simples dos Silloherom de Palthar na ponta à sinistra. Elmo de grades virado de frente de ouro.

Timbre: Coroa de infante.

 

 

Família Dornelung: Família de cavaleiros vassala do visconde de Portfeld, Andrew Goldwolf, do reino de Bielefeld. Receberam essas armas dos Goldwolf pela  dedicação com que servem e a honra que preservam dentro da linhagem.

Dornelung: De verde com falcão fechado de sua cor. Elmo a três quartos de prata.
Timbre: O falcão do escudo.

   

AS ARMAS DO REINADO

 

Abaixo lhes serão apresentados (de forma mais simples, sem adornos externos, salvo o timbre) os brasões de armas dos governantes dos países humanos do reinado. As armas dos reinos União Púrpura, Pondsmânia, e Khubar existem unicamente para o uso do imperador Thormy, não são de uso do reino ao qual se referem nem de qualquer pessoa dentro deles. Do mesmo modo, as armas de Triumphus são de uso do imperador em representar Hongari. Outros países que não são reinos (pois não têm rei), como Wynlla e Tollon, não possuem timbre em seus brasões pois eles não pertencem a uma pessoa e não são transmitidos hereditariamente, mas sim pertencem ao Estado. Doherimm e Tapista não são considerados pocessões do império.

   

 

 

 

 

  Imperador Thormy I do Reinado e rei de Deheon: Dividido em 25 campos onde estão as armas de Hershey, Namalkah, Callistia, Salistick, Samburdia, Petrynia, Pondsmânia, Zakharov, Yuden, União Púrpura, Fortuna, Montanhas Uivantes, Trebuck, Bielefeld, Khubar, Lomatubar, Tollon, Ahlen, Wynnla, Sckharshantallas, Hongari, Collen, Tyrondir, Nova Ghondriann e Portsmouth; Em ponto de honra escudete com as armas de Deheon encimado por coroa real.
Timbre: Coroa imperial.

   

Rei Mitkov III do reino de  Yuden: De prata com leopardo rampante de negro.
Timbre: Coroa real.

Histórico: Como é sabido, o leopardo representa astúcia, e essa é uma característica inerente da família Yudennach. Suas armas remontam de Lamnor e estão entre as mais antigas do reinado ainda em uso (motivo de orgulho da casa Yudennach).

   

Rei Walfengarr I de Zakharov: De vermelho com aspa de prata carregada com uma águia de negro segurando uma espada da aspa guarnecida de ouro e de punho da águia.

Timbre: Coroa real.
Histórico: A origem das armas de Zakharov vem de Folk Steelheart, líder do grupo de aventureiros que chegou pela primeira vez ao território onde hoje está o reino. As armas de Steelheart, de vermelho com aspa de prata, lhes foram dadas por Roramar I pela campanha invicta e a confiança ganha por eles dos anões, e é nesse brasão que se baseia a bandeira do reino. Foi com ele que a dinastia Steelheart governou até que o primeiro Roggandin subiu ao trono. A águia negra dos Roggandin foi acrescentada ao escudo, que já então era sinônimo de Zakharov. Quando o rei Kaius I rompeu relações com os anões, a águia do brasão do reino (bem como a do brasão do Ducado de Roggandin, em época posse do rei) foi modificada: voltou-se sua cabeça à esquerda e a espada foi substituída por um machado. O atual rei, Walfengarr I, restaurou a forma antiga de seu brasão como parte do programa de reconciliação com Doherimm e foi imitado pelos súditos que as possuem em armas (em geral com laços familiares com a casa real). O único a não modificar a águia de seu brasão foi o duque de Yuvalin, irmão mais novo do rei.

   
Rei Borandir I do reino de Namalkah e Duque de Palthar: De verde com cavalo passante de prata e coroado de ouro.
Timbre: Coroa real.
Histórico: O cavalo de prata é uma figura comum na nobreza do oeste de Namalkah, de onde tem origem o brasão do Rei Borandir. Silloherom é um condado antigo que faz fronteira com as Uivantes, onde, até hoje, a família Silloherom governa sob as armas que são, em tudo, idênticas às de Borandir I, exceto que na outra o cavalo vai empinado. Quando um ancestral de Borandir  recebeu do então rei Wortar II o título de duque de Palthar e passou a governar essa região do centro de Namalkah, modificou o brasão da família e sua linhagem o vem usando desde então. Como no reino o título de rei é obtido através dos votos dos chefes das casas nobres, o brasão real muda conforme muda a família que o governa, ou seja, o brasão aqui apresentado não é o brasão de Namalkah, mas de Palthar. Como o duque de Palthar é o atual rei de Namalkah, esse brasão é utilizado pra representar o reino. Isso pode vir a gerar confusão entre aqueles que estão mais alienados com relação à política, mas isso não acontece apenas em Namalkah, portanto, apesar de confuso, não causa surpresa em ninguém.
   

Rei Planthor I de Callistia e Conde de Fross: De verde com contrabanda ondada de prata carregada de 3 contrabandas de azul e acompanhada de dois peixes de prata inclinados no sentido da barra, um apontando o chefe e o outro a ponta.

Timbre: Coroa real.

Histórico: Antes da independência, o marquesado da Callistia e o terrítório próximo era administrado pela família Drako. Dentro e próximo a essa área havia alguns condados e baronatos de outras famílias nobres que queriam ampliar os seus poderes de forma fácil, onde se juntaram aos Drako e conquistaram a independência do marquesado, elevado a reino em 1114, através de um tratado assinado no viscondado de Nuesin. Vários títulos e terras foram concedidos aos nobres participantes do movimento separatista e o condado de Fross  foi um desses, que, por via hereditária, acabou nas mãos do próprio rei. As armas do reino são as armas do antigo marquesado. O rei não usa as armas do seu condado no brasão pois não é costume usar brasão de armas de um território que já está contido dentro de um outro território seu.

   

Rei Igor I de Bielefeld e Duque da Roschfallen: Talhado de prata e azul com balança de ouro brocante sobre tudo.

Timbre: Coroa real.

Histórico: Quando o dragão rei Benthos atacou Bielefeld e destruiu a cidade de Lendilkar junto com toda a família real, a coroa passou para os condes da Roschfallen, território convenientemente elevado a ducado após isso. Como memória aos Lendilkar, foi criado o título de Príncipe de Lendilkar, que é dado ao filho varão mais velho do rei (se o rei só tiver filhas, usa-se então Princesa de Lendilkar para a mais velha). As armas do reino são as mesmas usadas pela dinastia anterior. As armas da Roschfallen são de púrpura com três balanças de prata postas em roquete (uma peça em cima e duas embaixo).

   

Estado Aristocrático de Wynlla: De púrpura com torre de ouro, lavrada e iluminada do campo.

Histórico: Em Wynlla não existe um rei, logo, não é um reino. O país é governado por uma junta de chefes de casas nobres, cada qual com seu próprio brasão. Entretanto, quando se faz necessário simbolizar o país como um todo, é usado este que, tomando por base a simbologia dos esmaltes, diz o seguinte: “A magia é uma torre de poder, lavrada e iluminada de sabedoria”.

   

Rei Balek III de Tyrondir: De vermelho com fênix de ouro em meio a chamas do mesmo.
Timbre: Coroa real.

Histórico: A fênix foi adotada pela casa real de Tyrondir como símbolo de renascimento e para representar a nova chance que se lhe abria desde o fim da Grande Batalha. Até a fundação do reino, a família de Balek III, o atual rei, usava a cabeça de javali do reino de Cobar com uma contrabanda negra sobre, pela origem bastarda, de onde descendem diretamente.

   

Rei Godin I de Petrynia: Partido dentelado: o primeiro de azul com duas estrelas de 7 pontas de prata postas em pala, o segundo de prata com 17 estrelas de 6 pontas de azul postas em 1, 3, 3, 3, 3, 3 e 1.
Timbre: Coroa real.

Histórico: Este brasão, bem como a bandeira do reino, está ligada à sua formação. O branco do escudo representa as Uivantes e suas estrelas cada um dos perigos vencidos por Cyrandur Wallas. Já o azul remete às belas paragens do reino e suas estrelas a Altrim e Petrynia, as filhas do herói (e o reino e sua capital). Godin, o patriarca dos Idelphatt, diz que este brasão advém do próprio Wallas, de quem afirma ser descendente. Entretanto não há registros das armas de Cyrandur (se é que as teve).

   

Rei Hosur I de Fortuna: Talhado de vermelho e negro; uma barra de prata brocante sobre tudo, carregada de um tibar de sua cor e acompanhada de dois hipogrifos afrontados e trepantes de prata.

Timbre: Coroa real.
Histórico: Quando foi fundado o reino, foi atribuído aos Irani, primeira casa real de Fortuna, um escudo de prata com a imagem do tibar que o próprio Nimb havia atirado ao seu fundador, Quordot I. Depois que morreu sem deixar herdeiros, Quordot IV, o último da dinastia Irani, e assumiram os Allim, as armas do reino mudaram para as do antigo e já não mais existente ducado de Allim, onde foi acrescentada uma contrabanda de prata com o tibar do escudo do rei anterior. Os campos vermelho e negro e seus hipogrifos afrontados representam a luta entre a sorte e o azar.

   

Rei Kholtak I de Lomatubar: Campo de verde com braço armado de prata portando uma lança do mesmo.
Timbre: Coroa real.

Histórico: Essas armas remontam ao rei Lomatubar, o Mata Orcs. Alguns heraldistas dizem que o verde representa a esperança dos humanos em seu rei, outros que é a pele dos orcs abatidos.

   

República de Tollon : De ouro com árvore arrancada de negro.

Histórico:Não há nobreza em Tollon, então não há quem outorgue e oficialize o uso de brasões e títulos dentro do reino (embora haja os brasões ligados a instituições, mercadores e estabelecimentos comerciais). Estas armas, bem como acontece em Wynlla, são de uso raro, quando se precisa representar o reino dessa forma e são acompanhadas do mote: “Tollon – Minha Riqueza”.

 

   

Rei Thorngald I de Ahlen e Duque de Vorlat: De prata com três raposas passantes de vermelho postas em pala.

Timbre: Coroa real.

Histórico: Quando Yorvillan Vorlat assumiu a coroa como Yorvillan I, o brasão de armas de Ahlen mudou para o atual e se manteve após sua morte. Esse brasão é o mesmo da rama dos Vorlat do ducado de Vorlat, que vai desde o litoral e o burgo de Nilo até as margens do rio Yrlanyadish, junto à ilha de Shallank’rom, na região central do reino, fazendo fronteira ao leste com o ducado de Rigaud e ao oeste com o ducado de Schowlld, somando os três únicos do reino. As armas reais em Ahlen, à semelhança dos reinos cujo título de rei é obtido por meio de votos, muda conforme muda a casa real. Neste reino o título é hereditário, mas os reis são freqüentemente acometidos por doenças misteriosas, acidentes estranhos, assassinatos deliberados ou golpes que fazem a casa real mudar freqüentemente (algumas vezes mais rápido do que um período regencial por eleição).

   

Rei Godfrey I de Collen: Partido: O primeiro de verde com olho de sua cor trazendo a iris de laranja; O segundo de laranja com olho de sua cor trazendo a iris de verde.

Timbre: Coroa real.

Histórico: Essas armas passaram a ser usadas por Godin V de Collen, primeiro rei colleniano que se sabe ter possuído olhos díspares com capacidades mágicas. Vendo isso como uma bênção divina de Tanna-Toh (de quem era dedicado adepto, construindo templos em sua homenagem), trocou o antigo escudo de ouro com duas faixas de negro por este que reproduzia seus olhos e com os campos das suas cores. O atual rei possui um antigo escudo com as armas de Godin V pintadas nele e o usava em sua juventude nos torneios de justa. No último que participou (e venceu), no ducado de Roggandin, a sudeste de Zakharov, ainda antes de ser coroado rei, causou alvoroço entre a nobreza. Erguia o escudo até a altura do rosto, impedindo-se de ver o adversário, mas misteriosamente conseguia acertar em cheio a cabeça dos oponentes como se conhecesse exatamente a posição que deveria deixar a lança. No início o então príncipe foi motivo de piadas, com aquela técnica, dizia-se, própria de um rústico de Collen. Quando conseguiu derrubar quase todos os seus adversários de cima de seus cavalos (e ganhando os animais por isso), foi alvo de acusações de trapaça, de que o escudo era mágico e outras injúrias que se confirmaram infundadas por uso de Detectar Magia. Começou a ser mais respeitado por seus pares até que venceu invicto ao torneio.

   

República de Hershey: De campo azul com 5 burelas de prata.

Histórico: Quando da proclamação da república em 1223, houve uma troca do símbolo da família Hershey, um golfinho de prata em campo de azul, por um escudo de azul semeado de besantes de ouro para representar a riqueza, o tema em que se pautaram as causas da Revolução Tranqüila. Ela tem esse nome porque não houve batalhas para obrigar o rei a abdicar ao trono, mas sim um “acordo” entre a nobreza e a burguesia onde os nobres manteriam suas propriedades e alguns privilégios em troca de uma mudança pacífica de modelo de governo, do contrário eles morreriam naquele mesmo dia pela mão das milícias do reino que eram controladas pelos burgueses. Em geral a nobreza decaiu, perdeu boa parte de suas riquezas, mas alguns deles se mantêm prosperamente na política até hoje como prefeitos e governadores de províncias (muitas vezes essas províncias eram condados ou ducados da família do governante). Porém, durante o período de auge do crime, as invasões no país e do acordo com Tapista, inclusive para justificar sua decisão, logo que se descobre o poder econômico do gorad, muda-se o brasão e a bandeira para um campo de azul, para simbolizar a agricultura, com faixas brancas, para representar a paz alcançada.

   

Sckhar, Rei de Sckharshantallas e dos dragões vermelhos: De ouro com dragão rampante de vermelho, coroado do campo, armado e lampassado de negro.

Timbre: Coroa real.

Histórico: O brasão de armas de Sckhar teve origem simultânea com seu estandarte de guerra. A idéia do Rei era simples: fazer com que seus inimigos, ao verem o exército real, lembrassem a cada instante que não estavam lutando contra qualquer rei, mas contra o Rei dos Dragões Vermelhos. Qualquer que fosse o resultado da batalha, aquilo lhes seria muito caro.

   

Rainha Shivara I de Trebuck e Duquesa de Noragh: De vermelho com três  espadas de prata, guarnecidas de ouro e empunhada de negro barrado de ouro.
Timbre: Coroa real.

Histórico: O escudo vermelho com as espadas foi criado para lembrar do levante contra o governo de Sambúrdia na Rebelião dos Servos. Foi assumido como brasão real quando se fundou a casa real de Trebuck, que levou 57 anos para ser reconhecida pelo governo central do Reinado. Ainda hoje existe algum preconceito contra a nobreza do reino, recente e originada da plebe. Embora, por questões diplomáticas, a maioria relute em admitir, grande parte dos nobres do Reinado chamam-lhes, pelas costas, de “a nobreza de sangue vermelho”. Esse preconceito existia com a nobreza de Nova Ghondriann, mas por ser mais antiga, foram-se esquecendo com o tempo. Com o casamento entre a rainha e o rei de Yuden, a tendência é de que esse preconceito se esmaeça logo, visto que, mesmo que Mitkov não tenha qualquer direito sobre a coroa de Trebuck nem Shivara sobre a de Yuden, um filho dos dois herdaria ambos os reinos e uniria a recente casa real dos Sharpblade à tradicional e respeitada casa dos Yudennach. E Mitkov também não é do tipo que aceitaria uma ofensa a sua esposa.

   

República de Sambúrdia: De ouro com aspa de vermelho e bordadura de verde.

Histórico: Por não haver nobreza no reino, não existe um órgão que regulamente brasões de armas em Sambúrdia, então se usou a bandeira como base para a confecção do brasão, onde o ouro representa o sol, a aspa a foice e a espada e a bordadura os campos.

   

Rei Wyr I de Nova Ghondriann: Campo azul com pequena colina de ouro rematada de uma pomba fechada de prata, sancada de vermelho, armada e bicada de negro carregando um anel de ouro no bico.
Timbre: Coroa real.

Histórico: O povo de Nova Ghondriann guarda ainda cicatrizes da Grande Batalha, e seus símbolos nacionais refletem isso. Tanto a bandeira como muitos dos brasões da nobreza são carregados de pombas e a prata é o metal mais comum, ambos simbolizando paz e pureza.

   
Rei Proddian I de Sallistick e conde de Aghmen: De verde com banda cosida de vermelho perfilada de prata.
Timbre: Coroa real.
Histórico: As antigas armas dos Aghmen eram de prata com banda de vermelho, mas durante o período da grande caravana, a família Aghmen absorveu por matrimônio (talvez um dos últimos atos religiosos dos nobres que comporiam o reino de Sallistick), uma importante família nobre de Lamnor, os Greenhill, donde, em conjunto, decidiram (caso raro) incorporarem as armas destes (campo de verde com banda de prata) na dos outros. Assim ficariam as novas armas dos Arghmen Greenhill, o nome completo da dinastia. Na bandeira do reino suprimiram-se os filetes de prata e atribuiu-se à banda de vermelho, oportunamente, o Rio Vermelho, que passa por Sallistick.
   

Conde Ferren Asloth do Condado Independente de Portsmouth: Franchado: O primeiro e o quarto de prata com um falcão volante voltado à sinistra de vermelho. O segundo e terceiro de prata com 4 faixas de negro.
Timbre: Coroa de conde.

Histórico:  Os Asloth já eram nobres antes da Grande Batalha e seu brasão de armas era de prata com quatro faixas de negro. O falcão vermelho era símbolo pessoal auto-atribuído por Jakkar Asloth, primeiro conde de Portsmouth, que decidiu por bem restaurar o antigo brasão da família e incluir seu próprio símbolo nele como se fosse um outro brasão.

   
  Referências
Genealogias http://heraldica.genealogias.org/
Atelier Heráldico http://www.atelierheraldico.com.br/heraldica/index.htm
Heráldica Portuguesa http://www.armorial.net/
Heráldica Pelotense http://www.heraldica.com.br/saiba_mais.htm
Heraldaria http://www.heraldaria.com/disenoH.php
 
www.danilomartins.com.br