A Literatura Brasileira Vinicius de Moraes (1913 - 1980)
Poeta e compositor brasileiro, Marcus Vinicius de Melo Moraes (Gávea, Guanabara 19.10.1913 - Rio de Janeiro 9.7.1980) formou-se em Direito em 1933. Frequentou a Universidade de Oxford, em 1938, como bolseiro. Com a eclosão da segunda guerra mundial, regressa ao Brasil. Casara-se, entretanto, por procuração. Permanece algum tempo em São Paulo, onde conhece o poeta Mário de Andrade, com quem trava uma grande amizade. Dedica-se ao jornalismo em 1941, como crítico de cinema. Vinicius foi um apaixonado pela sétima arte. Participou na fundação da revista Filme em 1947 e manteve contactos com Orson Welles, Walt Disney e Gregg Toland. Em 1943 publica Cinco Elegias. No mesmo ano ingressa na carreira diplomática, partindo em 1946 para Los Angeles como vice-côsul. Vem à Euroapa em 1952 com o objetivo de estudar a organização dos festivais de Cannes, Berlim, Locarno e Veneza, tendo em vista a realização do festivel de cinema em São Paulo. Um ano mais tarde, surge a edição francesa das Cinco Elegias. Ainda no mesmo ano, fixa-se em Paris, ocupando o cargo de segundo-secretário da embaixada. A sua peça teatral Orfeu da Conceição (premiada em 1954, no IV Centenário da Cidade de S.Paulo) serviu de base a um filme que em 1959 conquistou o 1.o prémio no Festival de Cannes. Juntamente com o compositor António Carlos Jobim e o cantor João Gilberto, Vinicius tem um papel importante no movimento de renovação da música popular brasileira, a que se deu o nome de Bossa Nova. Em 1957 passa a fazer parte da delegação doBrasil na U.N.E.S.C.O. No mesmo ano é publicado o Livro de Sonetos. Um ano depois é editado o disco Canção do Amor Demais. Em 1959, novo êxito com Por Toda a Minha Vida. Orfeu Negro aparece em edição italiana em 1961. No ano seguinte, Vinicius publica um livro de crónicas e poemas: Para Viver Um Grande Amor. Entre 1963 e 1964 vive novamente em Paris. No regresso, passa a escrever para o semanário Fatos e Fotos. 1969 é para Vinicius o ano Português. Lisboa recebe-o entusiàsticamente, aplaudindo-o com o máximo calor. Poesias |