Too Close For Comfort

by Debby





CAP I

De: @hotmail.com
Para: @hotmail.com
Assunto: Sinto sua falta

Você já pensou em quantas coisas você me irrita quando nós estamos juntos? Eu fiz uma lista hoje, quando nós estávamos no ônibus da excursão. Eu sei que é tosco, mas apenas leia, por favor:
1) Você está procurarando sempre por elogios, mesmo quando eu te digo que você está linda milhões de vezes.

2) Sempre que estamos quase saindo de casa, você diz que precisa de mais cinco minutos para ficar pronta.

3) Quando nós discutimos você pensa sempre que você pode o terminar dizendo "não vamos mais brigar". Você deve ter pensado agora de quando você disse que nós discutimos a cada cinco minutos e então começamos outra vez. Não resolve qualquer coisa!

4) Quando há outra briga; você fica tão linda quando está puta e é a única hora que eu não consigo te beijar. Você já imaginou quanta raiva eu fico disso?

5) Quando nós saímos e você começa a sentir frio, você espera que eu dê minha jaqueta. É sua própria culpa, em primeiro lugar, porque estava sem jaqueta quando estava comigo, assim, por que quis que eu lhe desse a minha?

6) Nós saímos, e se eu olhar de lado para uma outra menina você já vem com o 'você acha que ela é bonita??'Especialmente se ela for loira. Mas é fofo quando você começa a ter ciúmes. Não, o que me irrita é quando você acha outro cara, mais tarde e fala a mesma coisa só pra me arreliar.

7) Mas você sabe o que eu mais odeio? Quanto eu sinto falta de todas aquelas coisas irritantes que não acontecem quando não estamos juntos.

Eu sei que eu não escrevi bastante, Eu sei que eu não disse o que você queria ouvir. Eu te amo mais que imagina, .

De: @hotmail.com
Para: @hotmail.com
Assunto: Re: Sinto sua falta...

Você é um panaca, . Sabe que? Você não é tão perfeito, também! Para cada uma das sete coisas que você falou sobre mim, tenho uma resposta!!

1) Você sempre está muito nervoso para perguntar como eu acho que você está. Se você quer um elogio meu, continue tentando, queridinho!!

2) Se nós marcamos um encontro, você sempre chega atrasado. Então, não se queixe dos meus cinco minutos, você sempre está atrasado, mesmo!!

3) Quando discutimos, é impressionante como você não consegue parar a discussão.

4) Me beije, seu babaca! Se estamos discutindo, chances não faltam! Aí, seria melhor você lembrar do número 3, porque você nem contar argumentos sabe!!
.
5) Se estamos passando por um grupinho de rapazes na rua, você imediatamente pega a minha mão e aperta ou passa o braço pela minha cintura!! Você age como uma criança imatura! E eu gostaria de ressaltar que você não reclama de usar suas roupas na manhã seguinte de eu pedir emprestado sua jaqueta.

6) Se eu achar um cara gostoso, eu te digo porque sou honesta! Se você acha uma garota gostosa, fique com ela e reze para que eu não saiba! E o que eu tenho contra loiras? E se eu disser que um cara é gostoso, você não gostaria que seu cabelo fosse igual ao dele, em vez desta cor fosca?

7) O que eu mais odeio? Você está sempre ausente! É, ausente! E eu não estou te jogando isso na cara -imagina!- até porque acho que uma briga minha com a música não seria grande coisa, porque a música iria ganhar, e, até porque, acho que o mundo merece e deve gostar de música.
Mas uma vez quando eu gostaria de ser egoísta e dizer ao resto do mundo para cair fora por uma hora ou dois. Eu gostaria de vez em quando ligar no seu celular (o qual sempre está fora de área ou desligado) e estivesse sempre livre (que toca pacas quando você o deixa comigo, já que várias fãs conseguem seu número e eu preciso dizer que você não está e que está com seu namorado. Você voltou com aquela mania de se dizer gay?), e fechar a casa toda, fechar cortinas, portas e ver o que eu conheci, o que eu me apaixonei, antes de tê-lo que dividir com várias fãs de McFLY, que, ao menos, leu sua última entrevista, escutou seu último cd.

EU preciso de você.



De: @hotmail.com
Para: @hotmail.com
Assunto: Re: Sinto sua falta...

Desculpa. Quando eu chegar em casa, falo pro mundo esperar mais um ou dois dias. Preciso que você me lembre que eu continuo , o babaca pelo qual você se apaixonou.

Para o seu governo, o meu cabelo ainda está do jeito que sempre foi e eu não pensei em ninguém em particular que tenha começado com esse rumor de eu ser gay, apenas formam essas opiniões por eles mesmo. Eu só dei uma olhada, claro.

Por que você me respondeu, então?


De:@hotmail.com
Para: @hotmail.com
Assunto: Re: Sinto sua falta.

Porque eu te amo.


suspirou quando apertou o send do email. Tinha feito certo ao mandar "porque eu te amo" pra ele? B Só que ela não esperava que a mensagem retornasse.
"A mensagem não pode ser enviada a todos os destinatários."
Mais essa do Hotmail!
Mandou de novo a mensagem e esperou o retorno, havia um sinal de online no email dele.
"Hey, , seu irmão ligou. Está chegando na casa do Gabriel." disse sua mãe, chegando na porta e dizendo que o irmão chegara na casa do amigo, lá no Brasil.
"Legal!" ela disse, tentando manter um sorriso no rosto.
"É o , não é, querida?" disse a mãe, se aproximando.
"Não, erm.. só.. só saudades." ela deu os ombros "
"Sabe, sentir falta de alguém que a gente ama só faz aumentar o nosso amor." disse a mãe, dando-lhe um beijo na testa. "Ele te ama, você sabe, ele sabe, eu sei. Até o Bob sabe!" Bob era o cachorrinho da família; um fofo e cute cute beagle.
"Você acha, mãe?" ela perguntou, levantando os olhos.
"Claro! Agora melhora esse rostinho; daqui a pouco ele liga e vocês ficarão quase três horas conversando, aí eu vou gritar pra vocês desligarem o telefone, como sempre." riu a mãe. "Vamos, rostinho contente. Eu tô fazendo biscoitos."
"Ok..."
"Vamos...!!" incentivou a mãe.
"Tá bom!" sorriu e a mãe saiu do quarto.
Ela ligou o rádio, tocava uma música que ela nunca escutara antes. Mas curtiu o ritmo, era simpática...

"Que cara é essa, , viu fantasma?"
"Não, eu só... eu tô legal." ele respondeu a pergunta de Neil, que voltou para a bagunça dos meninos do McFLY, lá na frente do busão.
Ele estava pensando no quê estaria fazendo naquele instante. Não tinha sido cordial, tampouco ela tinha sido. Queria esganá-la, sentia vontade de brigar com ela, de sair com ela, de ela pedir sua jaqueta e ele não reclamar no dia seguinte pelo fato de ela estar usando suas roupas.
Ligou um laptop, quando chegou no hotel, lá no Japão e viu mensagens não lidas.
"Se eu disser que é porque eu te amo mais do que a mim própria, seria muita puxação de saco. Você sabe o que eu sinto por você e isso basta, né? Quando você vai voltar pra Londres, ? xxx"
Ele se irradiou. Passara o dia achando que ela o odiava mais do que tudo na vida... e agora, ela lhe confessava que sentia saudades.
"Não sei... espero que logo, ando quebrado! E sim, sei o que você sente por mim, obrigado. Só falei aquilo porque... estava entediado. xxx"
Ele analisou sua mensagem umas quinhentas vezes antes de mandar. Então, após meia hora de completo desespero, apertou o send.


CAP II

"Oi, Allison..."
"Tô aqui com os Dorkssss! Isso é mais que demais!!" dizia Allison, do outro lado da linha.
"Quem tá perto de você?"
"Dai e Chris!"
"Posso falar com eles?" ela pediu. "Oi, Dai" ela disse, sem emoção, quando ele atendeu o telefone.
"Falaaaa, !!!" ele riu e ela também.
"Erm. Tudo bem com você?"
"Tudo bom! Aah, o pediu pra te dizer que ele queria falar com você, mas anda sem tempo."
"Ok. Eu. Eu falo com ele depois."
"!!" alguém gritou e percebeu que era o Chris "Williams, desliga o telefone, ela tem aula amanha de manhã!!"
"Ih, é!" ele disse "Bom falar com você de novo, ! Beijo!"
"Tchau, Williams..." controlou o riso e desligou. Ok, poderia voltar para Literatura, agora.
"Depois de algum tempo, você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança."
Ela olhou pro chão. Sua folha voara e o telefone tocou. Dando um pulo, ela pegou-o e disse um alô entusiasmado.
"Alo?"
""Boa noite. Posso falar com , por favor?" pediu alguém do outro lado da linha.
"Eu." ela falou, chateada. Por um minuto, achou que era .
"Alo?" ela se iluminou. Era ele, sim, e seu coração estava na mão, como se fosse a primeira vez que eles conversavam por telefone.
"Oi!" ele disse, radiante em ouvir a voz dela depois de três meses "Tudo bom, xuxu?"
"Ah, tudo indo.. e você, quando volta?" ela começou a andar pelo quarto.
"Aah, na verdade..." ele coçou o nariz "Acho que essa semana que vem..."
"Aah, sim, sei. " ela disse, arrasada.
"E você, o que anda fazendo de bom?"
"Estudando. Essa semana tenho prova. Argh, nunca achei que esse curso tinha essas provas tão chatas!"
"É o Shake de novo, né..." ele deu uma risadinha.
"Pior que é!" ela soltou uma exclamação "Na verdade, eu tenho que dramatizar uma parte de 'Otelo' amanhã de tarde e tô pirando!"
"Entendo. " ele ficou pensativo. "Eu vou.. eu vou lá. Tivemos que trocar de avião, e estão me chamando... Nos vemos essa semana, fofa"
"Até mais, ." ela desligou e olhou o ursinho "Viu, James, tá voltando, mas" ela sentou na cama e abraçou-o "eu não sei, ele estava meio que com pressa..."

"Parabéns.. pra você..." abriu os olhos e viu um sorridente na sua frente, com uma flor na mão e uma caixa no outro.
"Meu aniversário é daqui à um mês, chegou adiantado, " ela riu. Então, deu um pulo da cama e pulou em cima dele.
"Eu vou cair!"
"Que caia!" ela riu, beijando seu rosto, e os dois caíram em cima da cama bagunçada.
"Ai! Me espetei!" ele olhou pro dedo, que estava com um furinho sangrando.
"Eu dou um jeito nisso agora!" ela beijou o dedo dele.
"Desde quando virou vampira?" ele gargalhou.
"Hummmm, desde que te conheci?" ela riu e colou-se nele.
"Pra você" ele entregou-lhe a rosa e ela a cheirou.
"Desde quando você é tão romântico? ela gargalhou.
"Desde quando te conheci? Aah, não, foi desde quando eu virei de cabeça pra baixo no parquinho..." ele ficou pensativo.
"Bobo!" ela deu um soquinho no braço dele.
"Aah, pra você também, ó." ele entregou a caixinha. ela abriu e ficou quieta. "Que foi, não gostou?"
"É que... , você não pode comprar uma camiseta do The Who pra mim toda vez que a gente briga..." ela colocou o cabelo atrás da orelha.
"Tá bom. Da próxima vez, eu trago uma camiseta do Backstreet boys pra você, tá?" ele entou brincar, e ela continuou séria "sério, você sabe que eu odeio quando isso acontece; eu me sinto mal e sei que você é fanática por The Who."
"Eu sei" ela suspirou.
"Anda, dá aquele sorriso das cócegas, hoje é o dia do teste pra peça, você não pode ficar com essa cara."
Ela riu. Era impossível olhar pra cara dele e não sorrir.
"Com uma condição: você vai ter que estar comigo no dia da estréia da peça. Que nem eu estive no primeiro dia do show do McFLY"
"Aah, vou terminar com você, como isso? Nah, isso é muita chantagem" ela olhou-o incrédula e ele riu "Eu tô brincando, sua boba!" e começou a fazer cócegas nela.
"Aaah, , você tá aí!" disse a mãe de , abrindo a porta do quarto. Ela desgrudou-se dele com tanta intensidade que quase caiu. "Aproveitando.. aproveitando que você tá aqui, vai tomar café com a gente!" a mãe dela deu um sorrisinho, como se soubesse o que iria acontecer se não abrisse a porta do quarto.
"Eba, o bolinho da sua mãe é melhor que os bolos que a minha faz!" brincou , puxando saco. Ela deu um soquinho nele.
"Larga de ser puxa-saco!"


CAP III

"Aí, eu tava falando que nunca que eu iria fazer Otelo, mas querem porque querem!"
"Faça só o que você quer fazer!"
"Eu quero fazer Romeu e Julieta, maaaaaas..."ela meneou a cabeça.
"Mas o que?" perguntou.
"Você iria ter ciumes... não teria?"ela olhou pra ele.
"Ermmm... não totalmente, porque você é a minha garota, te ver com outro cara me deixa com ciúmes, né..."
"Ah..."
"Mas, se você gosta da peça e quer fazer parte, não é um namoro de 5 anos que vai acabar com isso, né?"ele riu e deu um beijinho nela "Minha Julieta!"
"Oooown, meu Romeeeeu!" ela riu. Ele se levantou e pegou-a no colo "! Me coloca no chão!" ela esperneou, gargalhando.
"Aproveitar que sua mãe deu uma saidinha!" ele subiu as escadas.
"Não, , agora não!" ela esperneou.
"Aaah, pronto!" ele jogou-a na cama recém arrumada dela, e ela riu.
", hoje não! Ou melhor, agora não! Eu tenho que ir pra faculdade!"
"É? E eu tô de férias!" ele deu uma risadinha e sentou-se do lado dela. "Aah, qual é, faltar um dia só! O teste é de tarde!"
"Mas eu tenho que estudar!" ele deu um beijo no pescoço dela "!"ela chamou-lhe a atenção.
"Mas você não quer ficar perto do seu namoradinho amado, hein?" ele sorriu "Que estava longe faziam dois meses..."
"Eu quero, mas..."
"Você tem a manhã inteira pra estudar, e a tarde é o teste. Então, divide! Três quartos da manhà comigo e um quarto da manhã estudando!"
Ela olhou pra ele, que tinha no rosto uma feição de por favor: "Aff, tá bom!"
Ele pegou -a no colo e jogou-a na cama de novo.
", tenho teste! você prometeu!"
"Nãaaao!" ele escondeu o rosto no braço dela "Nào vai, não!"
"Preciso!" ela tentou argumentar "E não adianta me beijar porque não dá, mesmo, você prometeu!"
"Não!" ele riu, apesar da voz chorosa "Ok, eu te ajudo."
"Muito bem!" ela riu, se levantou e calçou os chinelos.

"Oh, meu Deus! Quem me chama, à esta hora da noite!?"
"Julieta, Oh, Julieta, venha até a janela!"
(N.A: Eu já li o livro, tá, mas não lembro patavinas! =) )
"Romeu! O quê fazes aqui nesta metade da noite!?"
"Vim te pegar, porque sou o Lobo Mau e adoro pegar Julietinhas!"
"!!" riu.
"Mas é verdade!"
", sério, tenho que saber, ao menos, algumas falas e interpretar bem!"
"Princesa, você já é. Agora, atriz..."
"Tá me chamando de aspirante à atriz, é?" ela falou, entre um sorriso irônico.
Ele deu de ombros e um telefone tocou.
"Alo. Oi, Fletch. Não, tô com a " ele olhou pra ela, sorrindo e ela deu só um sorrisinho, desviando o olhar pro texto. Odiava essa vida dele. Sempre que estavam juntos, alguém ligava "Precisa ser agora, agora? Aff, tá. Tchau. Tá, Fletch, entendi, tchau" ele desligou "Era o Fletch."
"Juuuuura?" ela foi irônica.
"Erm. É." ela olhou pro lado, prendendo um sentimento retraído. "Deu um problema lá com as fotografias do single, preciso ir lá..."
"Não pode esperar até mais tarde?"
"Não, você sabe como o Fletch pode ser chato quando o assunto é meio sério." se levantou da cama da namorada.
"Tudo bem. Preciso compreender, vida de artista é sempre corrida."
"Promete que não fica chateada?"
Ela deu os ombros "O que eu posso fazer? Falar pro mundo parar para eu ficar com meu namorado?"
"Você sabe que eu te amo, não sabe?"
"Às vezes, eu duvido." ela pronunciou, com uma risada amarga e baixinho.
"Hein?" ele entendera, mas não queria dar na vista que aquelas palavras tinham batido feito pedra em seu coração.
"Uhun." ela apenas fez um som, e ele se aproximou dela.
"Beijo" Ela tirou a mão da boca, agarrada à apostila de falas e seu-lhe um selinho. "Vamos." ele tentou sorrir "Ok" Ele deu um beijo nela. "Ligo pra você assim que essa merda acabar" ela fechou a porta de casa se sentindo mal.
Voltou pro quarto e viu o James, o ursinho de pelúcia que ele dera para ela de presente de aniversário de 17 anos.


CAP IV

"Dude, onde você tava!" riu, quando chegou esbaforido.
"Onde? Dude, passo quase três meses, dois meses, sei lá, longe da minha namorada e você me pergunta onde eu estava?" ele estava furioso. Sabia que a menina deveria estar fula da vida, mas esperava que ela entendesse que ele estava tão fulo quanto ela.
"Ok, os quatro aqui." Fletch vinha, com uns papéis nas mãos "Ok, meninos, deu titica com as fotografias, vamos ter que fazer tudo de novo."
"De novo?" exclamou "Aah, qual é, fazer tudo de novo?"
"Deu problema com a gráfica!" Fletch tentava fazer os meninos entenderem que aquilo era necessário. sentou-se na cadeira mais próxima e começou a olhar pro nada, pensando que aquele imprevisto da gráfica iria impedí-lo de ver o teste de .
"E você, o que acha, ?"
"Eu? Façam o que quiserem, mas preciso estar livre às quatro em ponto."
"Ok, pessoal" Fletch bateu as mãos "Vamos trabalhar. Nas férias, mas artista não tem moleza, não!"

"Ele não vem" se convenceu, um tempo depois, quando foi chamada.
"Quando quiser" disse o diretor da peça.
"A peça para qual estou tentando vaga é... Romeu. Romeu e Julieta." ela se preparou, no tablado e começou a falar.
Conseguiu o papel, mas sentia-se como se tivesse perdido outra coisa.

" Oi, a está?"
"Claro, meu querido, peraí que vou chamá-la: , no telefone!"
"Pode desligar, atendo aqui em cima!" ela gritou de volta "Aloooo?"
"Oi, fofa!"
"Aaaah, lembrou que estou viva!-Oi, !"
"Lembro disso toda hora que olho pra mim. Conseguiu?"
"Ahan! Consegui, sim, vou ser a Julieta, em Romeu e Julieta!"
"Ah, sei." a voz dele ficou séria "E quem é o Romeu?"
"Aah, meu amigo, o Patrick! Ele fez aulas de interpretação comigo, há uns cinco anos" ela digitou algo com a mão livre.
Ele prendeu um suspiro de ciúmes.
"Sei. Planos para hoje?"
"Nada. Moíiida!"
"Posso ir aí daqui a uns... 10 minutos?"
"Claro, to te esperando!"
Eles desligaram o telefone e ela se sentiu mal. Nunca falara com ele com uma voz tão falsa como desta vez.
"Mãe, o tá vindo pra cáaaaaaaa!" ela gritou e a mãe berrou:
"Eu sei, tô fazendo um lanchezinho pra vocês!"
riu. Sua mãe e os lanchinhos! era apaixonado pelos lanchinhos que a 'sogra' fazia.


CAP V

Dez minutos depois, a campinha tocou e ela correu pelas escadas - como sempre fazia. Mas não estava tãaao animada assim.
"Oi" ela disse, sorrindo, ao abrir a porta.
"Oláaa!" ele deu-lhe um beijo e entrou. ela fechou a porta "Pra você." ele entregou-lhe uma rosa e pronto, ela derreteu-se e não havia mais nenhum vestígio daquele gelo que se formara naquela manhã.
"Que linda!" ela sorriu-lhe, francamente e ele também "Muito obrigada"
"Eu te dou uma rosa e você só me diz isso? Assim fico chateado..." ele fez cara de triste e ela pulou nas costas dele.
"Bom, você ganha um beijo, serve?" ela caiu no sofá e ele sentou-se do lado dela.
"Pode ser."
E lá eles ficaram, quase meia hora, quando a mãe de chamou.
"Oi, ... senta aí, meus filhos, acabei de fazer aquele cachorro quente!"
"Oi, tia... Hummmmmmm, cachorro quente! Parece bom"
"Quando ele fala isso, é porque vai devorar uns 10!" riu e ele riu também.

"Você vem! Nem adianta negar!" ele puxou-lhe a mão e ela sentou-se no sofá.
"y!!" ela riu "Eu tô cansada, amanhã eu tenho aula cedo...!"
"Mais um motivo!"
"Mas..."
"Você vai!" disse a mãe dela, autoritária e com cara de zangada de brincadeira "Você vai sair com o e vai se divertir muito."
Eles ficaram em silêncio.
"Viu, até ela concorda, vamos, por favor!" ele implorou de novo, fazendo uma cara de pidão.
"Tá, vou colocar o tênis" ela se levantou enquanto ele dava soquinhos no ar "Não se empolga, viu!"
"Também te amo, viu!" ele riu "Ela não é um amor?"
"Sou suspeita pra falar, é minha filha!" e os dois caíram no riso.
entrou no quarto com extrema calma. Estava cansada, com a cabeça doendo um pouco. Pegou os tênis, que estavam jogados cada pé em um canto e começou a calçá-los.
Deteve-se. O computador estava ligado e lá estava uma foto dos dois, de muito antes do McFly. Ainda com um leve sorriso na boca, virou-se para o lado e viu uma foto atual dos dois, em que tinha sido tirada fazia alguns meses. Tinha algo diferente, apesar de a única coisa que tinha mudado ter sido o cabelo dele.
"Pronta?" ela se sobressaltou e o viu parado na porta de seu quarto. "Você tá bem?" ele perguntou, quando ela balançou a cabeça, com um sorrisinho.
"Só.. só um pouco cansada."
"Ah" ele fez.
"..."
"Fala" ele parou ao lado dela, em frente ao mural, com as mãos nos bolsos.
"Erm, nada não, vamos" ela saiu do quarto e ele franziu a testa. Olhando a foto do computador, que pulava como plano de fundo de tela, e a foto do mural, fez um mínimo som e foi atrás dela.

"Mamãe!" riu, quando viu a mãe toda feliz, com uma máquina na mão.
"Aah, por favor! Pra eu colocar no porta-retratos do trabalho!" ela riu.
"Por mim!" riu, abraçando e ela deu um sorrisinho pensativo.
"De novo!" a mãe dela pediu. balançou a cabeça, tirando um pensamento ridículo e sorriu. "Muito bem! Bom passeio!"
"Obrigado!" abriu a porta "Mi lady..."
Ela passou pela porta, indo para a noite fria na rua gelada.

"Cinema?" ela sorriu. Fazia muito tempo desde que fora no cinema pela última vez.
"E por que não?"
"Não é que é só..." ela sorriu "sei lá, inesperado."
"Inesperado?" ele franziu a testa "Ok, talvez pareça mesmo, vindo de mim" ele deu de ombros.
Mal entraram no shopping e algumas pessoas apontaram para eles. ficou calada durante esse tempozinho em que ele comprava os ingressos.
"Dá licença"pediu uma menina de uns 13 anos "você é namorada do ?"
"Sou, sou sim" tentou sorrir, simpática. A fila estava imensa e ele estava lá no meio.
"Me dá um autógrafo? e tira uma foto comigo?" pediu a menininha.
"Desculpa" balançou a cabeça "O que"
"Autógrafo e foto!" a menina estendeu um bloquinho e ficou olhando para ele, boba. Queriam o seu autógrafo porque era namorada do integrante do McFly?
"Sorria!" disse a menina, antes que ela terminasse de pensar. Ela viu um grande flash "Obrigada, hein!" a menininha saiu andando, enquanto a bolha roxa que se formara na frente de voltava a ser uma coisa normal.
"Quem era, amor?" ele perguntou, quando ela balançou a cabeça, livrando-se, finalmente, da bolha roxa.
"Uma fã sua" ela disse, meio fora de órbita. "Vamos?"
"Claro!" ele sorriu "Vai entrando que eu compro as pipocas."
"Não, pode deixar, eu compro."
Ele entrou e ela entrou na fila das pipocas. Que coisa mais insana tinha acontecido agora!, pensou.
"É, essa aí com casaco azul de colégio" ela escutou alguém, na fila.
"Ela? Credo, o poderia arranjar coisa melhor!" ela escutou outra voz, sussurrando.
"Uma pipoca média, por favor" ela pediu, respirando fundo.
"Pobre . No dia em que me conhecer, ele larga dessa aí assim" a primeira menina estalou os dedos e pegou a pipoca, fula.
"Hey, fofinha do casaco de colegial!" chamou a segunda e ela virou-se. Só havia ela de casaco de colegial ali.
"Sim?" ela disse, respirando fundo e tentando sorrir.
"Escuta" disse ela, se aproximando de "é melhor você dar o fora. Todo mundo aqui sabe que você é uma vaca, não ama o de verdade. Só tá com ele porque ele está no McFly" ela levantou as sobrancelhas."Aw, tadinha" disse, tentando parecer criança "Olha, Cath, a namoradinha do vai chorar!" Catherine começou a rir e apertou as mãos na pipoca, fazendo-a cair um pouco no chão "Acha que ele mantêm essa fidelidade à você, quando tá em turnê? Tsc tsc tsc! Abre teu olho! te trai todo dia com essas vagab-"
não se controlou. Estava farta de escutar aquilo todo dia; na fila do almoço, na faculdade, na rua. Sua raiva era tanta que não se controlou e deu um tapa na cara da menina. Catherine abriu a boca, incrédula. Havia gente perto delas e todos arregalaram os olhos.
"Agora escuta aqui" disse ela, com lágrimas de raiva caindo de seus olhos, que agora brilhavam "Diga suas opiniões pra quem quer ouví-las, não pra mim. Não sou babá de criança que acha que é grande. Olha pra você menina!" ela disse, com desdém, quando a menina olhou-a, fula "Não deve ter nem 15 anos! Tenta crescer!"
Como estava um grande falatório, saiu da sala de cinema e, deparando-se com a situação, olhou sem entender.
"O que está acontecendo aqui?" perguntou para a namorada. Várias menininhas deram gritinhos. ", o que está rolando?"
"! !" algumas meninas chegaram perto dele, empurrando-a "Me dá um beijo? Tira foto comigo?"
"Se você não sabe, eu é que não vou dizer" ela virou-se e saiu empurrando todo mundo, na multidão, enquanto as menininhas não o deixava ir atrás da namorada.

", peraí!" ele disse, quando a viu andando na rua.
"Peraí o que? Quantas vezes você já disse 'peraí' pra mim? Quer saber, , eu cansei, CANSEI!" ela gritou, a chuva molhando seus cabelos. "Cansei de esperar, cansei!"
"Entra no carro, está chovendo, vamos conversar!" ele pediu, com a voz embargada. Ela negou "Qual é! Tá de noite, é perigoso! E tá chovendo pra caramba!!"
"Acho que quem precisa de guarda costas é você, !" ela estava irônica e ele odiava quando isso acontecia. "Taxi!" ela fez sinal e um táxi ia parar.
"!" ele começou a ficar nervoso "Entra no carro."
"Não vou, não vou!" ela abriu a porta do carro do táxi e este arrancou.
bateu com a cabeça no volante, praguejando. E, pela primeira vez na vida, quis que nunca estivesse no McFly.


Cap VI

"! Chegou cedo, cadê o..." a mãe olhou a filha "?" perguntou, sem ânimo, ao vê-la bater a porta do quarto furiosamente.
Sem entender, a mãe olhou pela janela e viu o momento que desligou o carro todo mal estacionado na calçada e sair correndo até a porta.
"Ela está aí?" a mãe confirmou "!" ele subiu as escadas correndo.
"Dá pra você ir embora?" ela berrou lá de dentro do quarto, com a porta fechada.
"A gente tem que conversar!" ele ofegou "Abre a porta!" ele bateu.
"Fora!"
Ele colocou a mão na maçaneta e girou-a devagar; não estava trancada.
", eu-"
"Tem como você sair do meu quarto? Eu disse: FORA!" ela empurrou ele, mas ele continuou parado no mesmo local.
"Não vou embora até você me explicar o que aconteceu!"
"Sabe o que? Eu não aguento mais essa estória de McFly, sabia? Não aguento! A gente não pode sair em paz porque sempre tem um milhão de fãs atrás de você! A gente se vê uma vez a cada dois, três, até quatro meses e você quer que eu fique aqui te esperando?" ela jogou um bichinho de pelúcia nele.
"Você tá terminando comigo por causa disso?" inconscientemente, ele deu uma risadinha e ela não achou engraçado.
"Você ri, né... você ri, como se fosse a piada mais hilariante do mundo! Mas não é, , não é! Eu nunca consigo falar com você e, quando consigo, você tá enrolado! Não dá mais!" ela colocou as mão nos olhos, tentando se controlar.
"Peraí. Você tá terminando comigo?" ele franziu a testa.
Ela pensou. Será que dizer tudo que passava em seu coração significava dizer que estava acabado? Que realmente queria terminar um relacionamento com um cara que amava mais do que tudo só por ciumes?
Ele olhou para os lados e fechou os ohos. Ela sentiu que ele lutava pra não chorar.
"Teu silêncio já respondeu. Então tá" ele olhou para o lado esquerdo do quarto, onde tinha um mural com a foto deles "Saiba que você está cometendo um grande erro, ok?"
"Então tá!" ela gritou. "Vai, corre para as suas fãns gordas e loiras - VAI! Fica com elas, dorme com elas, engravida 27, casa com elas! Eu não me importo - FICA COM ELAS!" a voz de foi ficando rouca "Vai, anda, o que está esperando? Você tem mais de mil garotas te esperando, esperando para estar no meu lugar, , vai!"
"Quer saber? Eu vou mesmo!" ele gritou de volta. A Mãe de ficou no pé da escada, tensa "Espero que elas sejam menos ciumentas que você, porque cansou, ok?"
"Anda, vai logo!" ela berrou de volta.
pegou o casaco que tinha caído de suas mãos, no corredor. Estava enfurecido, nervoso, queria gritar, sacudí-la, dizer que aquilo tudo era besteira dela, que ele poderia ter milhares de fãs, mas só amaria a fã número um: .
Se levantava,depois de pegar o casaco do chão, e escutou um ruído; olhou para trás. estava caída no meio do quarto, com o rosto completamente roxo, e chorava silenciosamente, com a cabeça em cima da cama.
Ele fez uma pausa, em que pensava se iria embora para sempre nunca mais vê-la ou se voltava. Tanto que mal pensou direito e deu três passos até a porta e, jogando o casaco em cima da cama, se agachou e a abraçou. Juntos, choravam baixinho.

"Mais calma?" ele perguntou baixinho, quando ela começou a fungar, abraçada com força nele. Ela fez um gesto com a cabeça que sim, e apertou os olhos no ombro dele, pois doíam como nunca haviam antes.
"Toma" eles escutaram e viram a mãe de com dois copos de água estendido para eles. Ela sorriu, compreendendo, e saiu do quarto quando eles pegaram os copos.
"Agora me conta: o que houve?"
"É que eu" ela soluçou "... eu não aguento, sabe" ela recomeçou a chorar, apoiada nos pés da cama "A gente quase nunca se vê, quase nunca se fala... não é mais como antes..."ela começou a brincar com o zíper do casaco "Eu te amo, você sabe disso mais do que ninguém "ele sorriu "mas sei lá, tá ficando chato, sabe. "
"Entendo" ele olhou pro chão do quarto, se recostando nos pés da cama como ela tinha feito "Esses meses tem sido os piores, a gente mal tem tempo pra respirar."
"?"
"Hum?"
"Qual foi a última vez que você ligou pra sua mãe..."
"A vi hoje de manhã"
"... e disse pra ela que você a ama?" ele fez uma cara de pensativo "Viu só!?" ela disse "Você mal tem tempo pra dizer pra sua mãe que a ama! "
"Verdade. Você acabou de me fazer pensar uma coisa: pedir férias!" ele franziu a testa "Eu ando cansado, esgotado... olha, meus macucados até abriram!" ela pegou a mão dele e viu que estava toda machucada novamente. Ela deu uma risadinha "Você ri? Isso arde, tá?"
"Eu sei que arde, boboca!" ela passou a mão dela em cima da dele "É legal, sua mão é maior que a minha!"
"A gente acaba de discutir feio e você vem dizendo que a minha mão é maior que a sua!" ele comentou e ela riu "Só você, viu!?"
"Eu o que!" ela riu e encostou a cabeça no ombro dele "Ai, ai..."
"Que foi?" ele perguntou, passando a mão no cabelo dela.
"Eu tô meio estressada..."
"Meio?" ele riu "Totalmente estressada!"
", não começa!"
"Ok, fico quieto" ele brincou, fingindo que fechava a boca com um zíper.
"Que cara é essa?" ela perguntou, preocupada, ao ver a cara que ele fez, de maníaco.
Ele começou a fazer cócegas nela e ela começou a rir loucamente, caindo no chão. Ele aproveitou a deixa e beijou-a.

Cap VII

"Se minha mão profana o relicário em remissão aceito a penitência: meu lábio peregrino solitário, demonstrará, com sobra, reverência."
"Ofendeis vossa mão, bom peregrino, que mostrou-se devota e reverente. Nas mãos dos santos pega o paladino. Esse é o beijo mais santo mas convincente"

adentrou no teatro da faculdade, e sentou-se numa poltrona no meio para assistir.
"Os santos e os devotos não tem boca?"
"Sim, peregrino, só para orações"
"Deixai então, ó, santa! que esta boca mostre-me o caminho certo aos corações!"
"Sem se mexer, o santo exalça o voto."

"Corta!" gritou uma menina, sentada na primeira fila de poltronas. ", Patrick, estiveram fabulosos como sempre!"então sua voz ficou sonhadora "Mal posso esperar para o grande dia!" seus olhos brilhavam, e e Patrick se entreolharam, querendo rir "O figurino, os atores... vai ser tão perfeito!" então, ela voltou à realidade "Ok, crianças, hora do rango, encher o bucho!"
"Já viu quem está aí?" disse Patrick, quando alguns atores passavam pelo palco para descer.
"Quem?" perguntou , franzindo a testa, ao colocar a garrafinha de água dentro da mochila. Patrick apontou para as poltronas vazias, e ela abriu um enorme sorriso quando viu sentado, olhando-a com adoração e orgulho.
"Que horas você vai chegar amanhã?"
"Ah! Não sei, lá pelas sete e pouco estarei aí... por que?"
"Não, nada. É que eu sempre sou o primeiro a chegar, odeio ficar sozinho..."
"Ok, então, até amanhã!" ela deu-lhe um tapinha nas costas com o roteiro .
"Até amanhã!" ele respondeu de volta, indo buscar a mochila.
"Oi!" cumprimentou .
"Deixai então, ó santa! que esta boca mostre-me o caminho certo aos corações!" brincou , tentando atuar. colocou a mão na testa, rindo.
", você tá legal?" ele fez um gesto com a cabeça para ela e ela entendeu "Aah.. Sem se mexer, o santo exaça o voto!"
"Então fique quietinha: eis o devoto. Em tua boca me limpo dos pecados." ergueu as sobrancelhas, surpresa e ele aproximou sua boca da dela. No mesmo segundo, ela riu.
"Como você soube essa parte? Odeia ler!"
"Eu não odeio ler!" ele franziu a testa, mas não conseguiu mentir por muito tempo "Tá, eu comprei esse livro pra ler..."
"Ahá, espertinho!" ela riu e ele novamente beijou-a.
"Então, onde quer ir?" ele pegou a mochila das costas dela e colocou nas suas
"Jantar?" ela olhou o relógio "Não sei, onde você me levar, Romeu."
"Hmmmm.... eu sei" ele riu.


A noite havia caído e ventava fraco quando estacionou o carro.
"Onde estamos?" ela franziu a testa.
"Ah, olhe você mesma!" ele puxou-a até um pouco mais a frente e ela viu a cidade brilhando em diversas cores.
"Nossa..." foi a única coisa que ela conseguiu dizer.
"Nossa o que? Que horror? Que credo? Que eca? Que eu deveria ter escolhido melhor lugar?"
"Boboca!" ela riu.
Eles se sentaram na grama e se encostaram no pára choques do carro estacionado.
"O que foi?" ela perguntou, quando ele deu um sorrisinho.
"Estava pensando aqui..."
"No que?" ela sorriu.
"No orgulho que eu terei quando o dia de estréia desta peça chegar."
"Ah, pára com isso!" ela empurrou-o, brincando, com vergonha.
"É sério!" ele estava com uma expressão divertida no rosto.
"Você acha.. acha que eu estava bem?"
"Em que sentido? Eu acho que você está ótima SEMPRE, principalmente agora, porque está comigo, e não existe ninguém melhor que eu para cuidar de você"
"Bobo!" ela riu "Digo... você achou que eu estava muito robótica lá no tablado e tal..."
"Robótica? Onde? , você é a melhor atriz que eu já vi! Acho até que a tal da Audrey Hepburn teria inveja de você!" ela ergueu as sobrancelhas "Bom, é minha opinião..."
"Tô com fome..." ela reclamou.
"Fome? Credo, tá pior que o !" ele riu "Eu pensei nisso, boboca..."
"Boboca é você..." ela se levantou, acompanhando ele até o carro. Ele tirou algo de dentro do carro e ela arregalou os olhos.
"Tá maluco?" ele riu da expressão aterrorizada dela.
"Qual é um problema com uma barra de chocolate?"
"Eu.. você.. você tá querendo me engordar!" ela brincou, fazendo expressão séria.
"Eu? Nah, imagina!"
"É sério, , se eu sair rolando por aí, eu vou aos jornais avisar para as menininhas que do McFly é malvado e me fez engordar!" ela continuou séria. Ele parou de rir.
"Sério?"
Ela prendeu um riso "Claro que não, idiota!" ela pegou a barra da mão dele e voltou a se sentar de costas para o pára-choque do carro.
"Eu devia saber, claro... você é atriz, pode simplismente me convencer do contrário..."
"Eu fico quieta!" ela prendeu um sorriso. "Nah!" ela tirou a barra do alcançe da mão dele.
"Ah, qual é, você sabe que é meu chocolate preferido!"
"E por acaso, é o meu também, a cansada aqui sou eu!" ela mordeu o chocolate novamente diante dos olhos dele e ele fez uma expressão divertida.
"Sua má!" ele se sentou reto "Então tá, não queria mesmo..." ele deu os ombros, mirando as luzes da cidade. "Ei!" ele riu, quando ela pegou o chocolate meio derretido do bombom que ele dera para ela e 'pintou' seu nariz..
"Hmmm!" ela mostrou-lhe a língua e ele abriu a boca, incrédulo.
"É assim, é? É?" ela confirmou com a cabeça, pois sua boca estava com um pedaço de chocolate em processo de passar pelo esôfago. "Então tá!" ele se curvou para ela e caiu, pois ela recuara o busto. "Assim não vale!"
"Que peeena..." ela brincou, engolindo o chocolate.
"Posso estar caído..." ele retrucou "mas não a ponto de fazer isso!" ele ergueu a mão esquerda e começou a fazer-lhe cócegas.
", não!" ela riu com a brincadeira e se levantou, correndo.
"Ah, sim!"
"Primeiro terá que me pegar!" ela gritou e ele pegou a barra de chocolates e a guardou-a no carro.
"Ok!" ele riu, bateu as mãos e disse para si mesmo "Você vai ver, Julieta!"
"Não me pega, lalala!" ela olhou para frente. O carro estava estacionado, mas não estava por perto "Ué, onde ele..." ela sentiu algo em suas costas.
"Achou que estava livre de mim, é?"
"Ai!" ela gritou, com susto "Assim você me mata!"
"Hmmmmmmm..." ele colocou a mão no queixo"Tá bom!" ele avançou sobre ela e os dois caíram na grama.

"?"
"Meu nome..."
"Por que você gosta de mim?"
"Por que o que?" ele franziu a testa, ainda olhando para o céu estrelado.
"Você me ama?" ela perguntou.
"Eu te amo porque te amo, não precisas ser amante..." ele recitou e ela levantou a cabeça, atônita.
"Onde pegou isso?"
"Ah" ele colocou as mãos atrás da cabeça e cruzou as pernas "Estava navegando na net.. li isso, e gostei."
"Mas isso... isso é Carlos Drummont de Andrade!" ela franziu a testa.
"Ué, eu descobri... não posso abrir o Google e pesquisar poemas e poesias do país de onde minha namorada veio?"
"Você pesquisou poemas brasileiros por minha causa?" ela se sentiu feliz.
"Não deveria?" ele tentou ser indiferente, mas a expressão de felicidade que estava em seu rosto não deixava.
"Não, é que... eu nunca achei que VOCÊ se importaria com esse tipo de arte..."
"Arte? Se formos avaliar por aí, escrever músicas também é uma arte..."
"Aí é diferente" ela voltou a deitar-se na grama "É falta do quê fazer!"
"Então tá, não escrevo mais músicas... você era minha musa inspiradora, agora não é mais!"
"Era?" os olhos dela brilharam e ele olhou para ela: seu rosto, iluminado pelo luar, era tão lindo...
"Bom, você não quer mais..." ele riu "Ok, ok, estava brincando... você é, e sempre será minha musa inspiradora..."
"Aw!" ela deitou-se de lado e apoiou a cabeça na mão.
"Uhum..."
", quer ser meu herói? "
"Eu JÁ SOU seu herói, babe!"
"Convencido!"
"O que foi?"
"Tô com problemas numa parte do roteiro, me ajuda a ensaiar?"
"Agora?" ele virou o rosto para ela e ela confirmou com a cabeça.
"Você sabe as falas, mas creio que já esqueceu." ela abriu sua mochila e pegou o roteiro "Sabe como é, só pra ver se saberei sair desta parte, acho que estou com falhas..."
"Falhas onde?" ele riu e ela fez cara feia. "Tá, ok, onde?"
"Aqui." ela apontou.
"Pronta?"
"Pronta." ela se sentou.
pigarreou, se levantando: "Se minha mão profana o relicário em remissão aceito a penitência: meu lábio peregrino solitário, demonstrará, com sobra, reverência."
"Ofendeis vossa mão, bom peregrino, que mostrou-se devota e reverente. Nas mãos dos santos pega o paladino. Esse é o beijo mais santo mas convincente"
"Os santos e os devotos não tem boca?"
"Sim, peregrino, só para orações"
"Deixai então, ó, santa! que esta boca mostre-me o caminho certo aos corações!"
"Sem se mexer, o santo exalça o voto."
"Então fique quietinha: eis o devoto. Em tua boca me limpo dos pecados."

"Tá, agora é a parte do beijo: eu nunca beijei alguém na vida, o que eu faço?" ele disse e ela riu.
"Bom, eu também não, sabe como é... primeiro beijo é sempre muito excitante, mas precisa ser com alguém que a gente goste..."
"Eu gosto de você!" ele afirmou, com a testa franzida, olhando para um pouco indefinido à frente.
"E eu gosto de você." ela afirmou, olhando para um ponto indefinido à frente.
"Vem cá, sua chata!" ele agarrou sua cintura e os dois caíram na grama que recebia umas finas e suaves gotículas de chuva. Os dois estavam com o rosto a meio centímetro do outro.
"?"
"Eu?"
"Você é um péssimo ator..."ela riu e ele baixou os olhos.
"Mas você é boa atriz..." ele sorriu.
"Hum, obrigada!" ela sorriu.
"Vem cá, você vai ficar falando e falando e falando? porque a gente não terminou a cena!"
"Ah tá, tudo bem."
"Muito bem" ele puxou a cabeça dela para mais próximo da sua; seus lábios se tocaram. Os pingos de chuva começaram a ficar grossos, e, logo, uma forte chuva caía sobre o carro, onde batia com estrondo, e sobre o casal que se beijava na grama.
"Acho que tá na hora... de darmos o fora, senão vamos ficar doentes..." ri Har
"Também acho... Fletch te mata se ficar doente e a Lilly me mata se eu ficar doente..."
"Verdade..."ele fez um leve aceno com a cabeça. Então, saiu de cima dela e os dois correram para o carro.


Cap VIII

"Onde você pensa que vai?'
"Err... entrar em casa?"
"Nop. Nós vamos ficar a-q-u-i!"
"Aqui, ? quer ficar doente?"
"Hhmmmmmm.. e se eu disser que quero?'
"Eu te chamarei de doido!"
"Pode chamar!"
"Doido!"
"Muito bem..."
"Qual é, , anda, temos que sair dessa chuva. Fletch não iria gostar nada, nada se você ficar doente..."
"E a Lilly mata você..." ele riu e puxou-a. "Vai, !" ele riu "Um pouquinho só! Nunca viu aquele filme, Correndo na chuva?"
"O nome do filme é Dançando na Chuva, gênio!"
"Tanto faz..." ele puxou-a para perto. Ele estava encostado no carro e passou-lhe a mão pela cintura "Anda, dá um beijinho no seu namoradinho..."
"Tá. só porque é um tédio ficar na chuva sem fazer nada..."
"Hmmm... eu sei o que a gente pode fazer com essa chuva toda..." ele fez cara de safado.
"!" ela censurou, rindo.
"Eu estava brincando!" ele riu.
Eles passaram quase meia hora debaixo da pesada chuva até se convencerem de que precisavam entrar se não quisessem ficar extremamente doentes.
"Meu Deus!" assustou-se a mãe de , quando os dois entraram, rindo e molhados.
"Oi, mãe!"
"Esperem, vou trazer uma toalha pra vocês." e subiu apressadamente.
"Parece que você caiu numa piscina!" ela riu.
"E você, parece que tomou banho de roupa!"
"Por sua culpa." ela afastou a mão dele, que tentava abraça-la.
"Culpa boa, ou vai dizer que não?" ele se aproximou dela e ela passou os braços em seu pescoço.
"Hmmm... deixa eu pensar. Foi."
"Acho bom!"
"Convencido!" ela deu-lhe um tapinha no peito "Já te disseram isso?'
"Você fala toda hora..."
"Porque é verdade..." ela sorriu, olhando para ele e encostou sua testa na dele. "Convencido."
"Boboca."
"Te amo."
"Eu te amo mais"
"Quer casar comigo?"
"Posso pensar."
"Hoje?"
"Não sei..."
"Agora!"
"Quê agora, o quê, !"
"Daqui a alguns meses?"
"Você tá falando sério?"
"Quer ou não?"
Os dois sorriram.
"Hmmmmm....quero!"
"Ah!" ele suspirou, aliviado "Porque eu não via a hora de colocar isso aqui no seu dedo!" ele afastou-se um pouco dela e colocou a mão no bolso.
"Você tá falando sério?" ela ficou séria, com os olhos esbugalhados.
"E por que eu não estaria?" ele tirou uma caixinha de dentro do bolso e abriu. Um lindo anel apareceu e colocou a mão na boca. "..." ele ficou de joelhos, rindo e ela riu " , quer se casar comigo?"
"Ela casa sim!" eles escutaram e se viraram. Vinha, descendo as escadas, uma sorridente e lacrimosa sra. ."Vamos, aceita!"
"Errr.. " balbuciou "... a gente... nós somos..."
"Muito novos? É, eu sei, mas eu não quero esperar até ficar velho, gagá e um Paul K da vida, quero casar com você, deixar nosso compromisso mais forte..."
"Aceita, menina!" comentou a mãe.
"Então?" os olhos dele encheram-se de espera e angústia.
Por alguns segundos, ela fez uma cara de preocupação, mas, logo depois, abriu o maior sorriso que sua boca poderia ter.
"Oferecendo banana pra macaco, ? CLARO QUE EU QUERO!" ela gritou.
"Aaaaaaaaaaaaaaaaaaah!" ele se levantou e abraçou-a, girando com ela. "Eu juro, eu não vou dar pra trás, eu juro!"
"Acho bom mesmo, odeio pessoas que não tem visão do futuro!" ela comentou, rindo.
"Vocês ainda querem a toalha?" comentou a mãe de , rindo.
"Quero!" ele comentou.
"Eu prefiro tomar um banho." ela subiu as escadas correndo.
"Eu te espero, temos que conversar a respeito disso!" ele gritou do pé da escada.
"Pensar? Você pensa, ?" ela gritou, do alto da escada.
"Penso sim, ok?" ele correu as escadas e abraçou-a por trás, enquanto ela deixava um gritinho sair.
"Isso é novidade pra mim..." ela se virou pra ele, colocando as mãos em seu pescoço.
"Sério?" ele olhou para o lado. "Que horas você tem aula amanhã?"
"Só de tarde. Por que?"
"Não sei..." ele deu um risinho "Vai, vai tomar banho, daqui a pouco eu preciso ir pra casa..."
"Tá." ela deu-lhe um beijo e foi até seu quarto pegar uma roupa seca. "Toma" ela jogou uma camiseta e uma calça comprida de moleton no rosto dele.
"Usar sua calça? Tá maluca?"
"E por que não? As suas roupas que estão aqui em casa estão lavando, fofinho!"
"Vou ficar lindo nesta calça..." comentou ele, enquanto media a calça nas mãos.
"Vai ficar lindo."
"Se você diz..."
"Vai ficar um brócoli, você vai ver."
"Um brócoli?' ele estranhou.
"Queria o quê, um pedaço de alface?"
"Hmm... pode ser."
Ela abriu a gaveta para pegar uma roupa para si, enquanto ele estava parado na porta.
"The world would be a lonely place without the one that puts a smile on your face..."
Ela sorriu, mas não olhou para trás.
"So hold me ´til the sun burns out, I won´t be lonely when i´m down..."
Ela não virou. Ele se abaixou um pouco.
"Cause I´ve got you to make me feel stronger, when the days are rough and an hour seems much longer...
"Yeah, when I´ve got you to make me feel better... when the nights are long they´ll be easier together..."
Ela se virou e deparou-se com ele, sorrindo, enquanto cantarolava o restinho da música. Seus olhos encheram-se de lágrimas.
"Looking in your eyes, hoping they won´t cry.. and even if you do, i´ll be in bed so close to you..."
"To hold you through the night and you´ll be unaware but if you need me I´ll be there!" ela completou.
"Ótimo, agora somos a dupla caipira!" eles riram.


Cap IX

"Quer mais cházinho, dona Marocas?" brincou , no palco.
"Não, obrigada, quero torradinhas com formato de coração! Smack!" Patrick soltou um beijo no ar e ele e a amiga caíram na gargalhada.
"Posso rir também?" eles escutaram e olharam para o auditório. estava sentado na poltrona, prestando atenção.
"Oi, !' riu . "Já volto." ela disse ao amigo, e desceu as escadas.
"Caindo fora do roteiro!?" riu , abraçando a namorada.
"Ahan, é porque vimos Toy Story hoje de novo, então decoramos as falas.. "
"Pra variar...' riu Patrick, chegando perto "Tô indo pra casa."
"Mas já?" ficou triste "Mas por que, aconteceu alguma coisa, tá tão cedo.."
"Vou sair com a Melody. De novo!" ele suspirou e rolou os olhos "Ela chega a ser bem chatinha, sabe..."
"Você não pode culpá-la!" lembrou .
"Pior que sei..." ele olhou o celular "Viu, ela apitando de novo. Tô indo, tô indo." ele deu um beijo na bochecha de e ficou sem entender nada, seu bolinho de ciúmes multiplicou-se por dez. "Tchau, tchau tchau!"
"Esses meninos!" riu , então virou-se para o namorado.
"Vim só te dizer um oi, temos show daqui a pouco."
"Tão cedo?"
"É, sabe como é, a gente não tem hora!" ele tentou sorrir.
"Que chato..."
"É.. pois é... escuta" ele colocou o indicador nos lábios e pensou no que ia dizer "O Patrick..."
"Ah, ele é doido, nem repara!" ela riu. "Vai me deixar em casa?"
"Vou, vamos." ela pegou a mochila, sorrindo, enquanto ele ia atrás, olhou para o palco e tentou afastar os péssimos pensamentos que invadiam sua cabeça.

r "Cara, tô com uma fome, pena que a mamãe saiu..." foi pa cozinha. "Quer bolo?" ela abriu a geladeira.
"Não, obrigado..."
", xuxu, o que houve? Tá tão sério... tá chateado?"
"Não, não, não estou não... só.. " ele deu uma risadinha "eestava pensando."
"Pensando no que?" ela mordeu um pedaço de bolo e sentou-se na mesa.
"Besteiras..." ele riu "Vou no banheiro, já volto. "
"Tudo bem." ela riu.
Ele se levantou e foi até o banheiro, lavou o rosto. Sua mente tinha as piores coisas possíveis, os piores pensamentos, os piores tudo. Fazia duas semanas que não se viam, ela sempre ocupada com o teatro, ensaiando exaustivamente com Patrick... ensaiando. levantou os olhos e mirou a si mesmo no espelho. Não é ciúmes, ele pensou, é ...
comia mais um pedaço de bolo na cozinha. está demorando, ela pensou. De repente, o celular dele, que havia ficado em cima da mesa, começou a vibrar. Ela prometeu apra si mesma que não ia atender, não seria intrometida... Mas o aparelho não parava de ir para os lados. Ela tentou prender a curiosidade e pegou o celular.
"Rachel..." ela leu. Pensando besteiras, atendeu "Alo?"
"Alô? O está?"
"Quem deseja?" perguntou , franzindo a testa.
"É uma amiga dele... pede pra ele me ligar por favor?" disse a moça, no telefone.
"Posso, aviso sim. Perguntinha, de onde você o conhece?"
"Ah!" Rachel riu no telefone "Nos conhecemos semana passada, após o show!" ela riu. "Conhecemos, sei" ela deu um risinho e prendeu o nervoso de jogar o teleofne debaixo d´agua "Avisa ele por favor?"
"Claro, aviso sim, pode deixar. Tchau." ela desligou o telefone, furiosa.
"Ainda tem aquele bolo aí? Bateu uma fome..." entrou na cozinha, coma mente livre, ou quase, de pensamentos indesejosos.
", quem é Rachel"? ela perguntou, suavemente, enquanto ele colocava um pedaço de bolo num pratinho.
"Uma amiga, por que?"
"Hm... porque ela acabou de te ligar..." corou "Onde você a conheceu?"
"No final de um show semana passada, por que?"
"Hmm.. porque tive a ligeira impressão que foi um grande final de show." ela se virou para ele e levantou, encarando-o nos olhos claros.
"O que você quer dizer?" ele não entendeu.
"Que tipo de amizadezinha foi essa hein? Sim, porque eu te liguei a semana passada todinha e o me disse que você estava dormindo. Aliás, eu te liguei depois do show de semana passada e ele me disse que não sabia onde você estava, que você tinha saído..."
"Onde você quer chegar com isso?" ele franziu a testa.
"Você estava com ela, não estava, !" ela exclamou, com os olhos marejados de lágrimas.
"Quer saber?" ele pousou o prato na mesa "É, eu estava com ela, sim" ela abriu a boca, incrédula "Claro, faz duas semanas, , duas semanas que eu tento falar com você e é sempre a mesma coisa: Ela tá com o Patrick, ela tá estudando com o Patrick, ela saiu com o Patrick, Patrick isso, Patrick aquilo!"
"Patrick é meu amigo! Já que eu não te encontrava, eu chamei o Patrick pra vir estudar aqui!"
"Ah, sim, o Patrick!" ele fez voz desdenhosa "Imagino que o Patrick é perfeito né!"
"Claro! Ele me escuta quando eu preciso desabafar, é meu único amigo, já que você sai pras suas noitadas pós show, né?"
"Então tá, !" ele berrou " Quer saber? Fica com ele, casa com ele, faz o que você quiser!"
"Faço, faço, faço, sabe por que?" ela berrou de volta "Porque é insuportável tentar um relacionamento sério com alguém que passa semanas, meses longe de você e quando volta pro país fica de noitadas pós show! Pelo menos, o Patrick é um ótimo amigo"
"Ah, sim, claro, o Patrick é perfeito, claro, como não pensei nisso antes! Quer dizer, eu não posso sair com outras pessoas e você pode?"
"Não é assim, !"
"Escuta, garota-"
"Não, escuta aqui você!" ela berrou e apontou um dedo para ele. "Se a gente já está assim antes de casar, imagina depois de casados!" ela balançou a cabeça e puxou algo "Então é melhor nem continuarmos isso." ela puxou a mão dele e entregou o anel de noivado. Ele arregalou os olhos e abriu a boca, incrédulo.
"Então tá." ele engoliu em seco "Então tá, , não vai me espantar em nada se você começar a namorar com o Patrick."
"Eu nem poderia pensar nessa possibilidade, é além da realidade.," ela deu um risinho.
"Por que? Ah é, a Melody, esqueci..." ele disse, maldosamente.
"Não" ela riu "Porque a Melody é irmã dele."
"Bom, não vem ao caso." ele estava indo pra porta "Quando você e o Patrick tiverem um relacionamento sério, me chama pra ser padrinho."
"Eu já disse que é além dos limites da realidade, ." ela riu de novo, abrindo a porta.
"Ah é, e eu por acaso posso saber por que é 'além dos limites da realidade'?"
"Porque o Patrick é gay." ela piscou os olhos e grossas e pesadas lágrimas desceram. Ele abriu a boca, incrédulo. "Mas bom, se você tirou conclusões precipitadas, o problema é seu." ela abriu a porta e esperou ele sair.
"Me desculpa?" ele tentou dizer, quando parou defronte a porta.
"Desculpas não são suficientes, ." ela bateu a porta. ficou olhando para o enfeite da porta, com a boca entreaberta. Tinha errado, sabia disso.
sentiu suas pernas ficarem fracas e caiu no chão. Mirou a crescente poçinha de lágrimas que se formava no chão. Não chorava desesperadamente. Chorava era copiosamente, tentava se mover, não conseguia. Vendo que não conseguia levantar-se, ela quase que rastejava até a cozinha, onde ergueu a mão na mesa e conseguiu pegar o copo de água que estava bebendo.

Sete penosos dias se passaram. Emails de desculpas lotavam a caixa de entrada de , em todos os emails que ela tinha, mas ela não respondia, apagava de vez; tirou as fotos do mural, escondeu os ursinhos de pelúcia que ganhara.
"Credo, , você tá com uma cara que ninguém merece!" comentou .
"Tenho meus motivos." o rapaz respondeu, mirando o chão.
"Espera!" gritou . "Eu tive uma idéia de como você pode conseguir a de volta!" ele saiu correndo pela porta, então parou no meio do caminho e puxou .
"Que isso, cara, você bebeu!" ele disse.
"Você vai me ajudar a acabar com esse problema entre o e a tua prima."
"Vou?" ele ficou confuso."
"VAI!" estendeu o próprio celular pro amigo e ordenou "Liga pra ela agora!" e saiu correndo entre os extensos corredores da emissora de tv.

"Oi, " atendeu , vendo tv.
"Nop, "
"Primo!" ela abaixou o volume da tv "Quanto tempo, como você está?"
"Tudo bem. Escuta, você pode vir pro CDUK agora?"
"Erm.. ..."
"Por favor, teu primo que está pedindo, você nem precisa falar com ele!" tentou convencer.
"Mas ..."
"Se você não vier vou ficar muito chateado com você!"
Ela pensou. Amava , era um de seus primos preferidos, havia juntado os dois, odiava magoá-lo: "Ok, estou aí em dez minutos."
"Ok, tô te esperando!" desligou o telefone, feliz, e olhou . "Ok, qual é o plano?" pulou de um pé pra outro.
"A gente vai fazer o seguinte..."

desceu em frente à BBC e suspirou. O que será que teria de tão especial para o primo chamá-la?
"Ok, ela já está lá." disse , baixinho, para Dougie. Tinha uma vontade enorme de sair correndo e jogar-se aos pés dela, pedir perdão pela milhonézima vez.
"Ok." Fearnie fez um sinal de positivo com o dedo para , que deu uma piscadela.
"Fearnie, não sei nem como te agradecer!" entrerriu .
"De nada" respodneu a moça, sorridente "Sempre gostei muito dela e de vocês todos. se me pedirem algo, eu faço, sem problemas!" eles sorriram "Vamos?"
Fearnie anunciou os meninos do McFly, que iriam fazer um acústico. se arrumou na platéia, meio desconfortável. entrara no palco e se sentara junto com os meninos, segurando um violão.

Never meant the things i said to make you cry
Can I say I'm sorry?
It's hard to forget
Yes I regret
All these mistakes
"
olhou , que indicou , que cantava a música com os olhos fechados.

I don't know why you're leaving me
There's tears in your eyes
I watch as you cry
But it's getting late


Ela começou a ficar com os olhos marejados: no telão, mostrava um vídeo de férias que todos passaram juntos, na praia.

Was I invading in on your secrets?
Was I too close for comfort?
You're pushing me out when i wanted in
What was I just about to discover?
When I got too close for comfort in driving you home
Guess ill never know

Remeber when we scratched our names into the sand
And told me you loved me


Mostrou uma cena dos dois fazendo guerrinha de comidas com e uma tortinha de banana acertou a câmera. Ela sorriu.

And now that I find
That you've changed your mind
I'm lost for words
And everything I feel for you
I wrote down on one piece of paper
The one in your hand
You won't understand
How much it hurts to let you go


olhou para , seus olhos suplicavam que perdoasse o amigo. O mesmo fez ; os dois eram os que mais sofriam com o mau humor do amigo, aturavam o constante devaneio dele, os choros escondidos, as constantes brigas apra mandar email.

All this time you've been telling me lies
Hidden in bags that are under your eyes
And I when I asked you I knew I was right
But if you took it back on me now
When I need you most
But you choose to let me down, down, down


abriu os olhos e olhou para os amigos. A platéia sabia o quê estava acontecendo, os câmeras, o diretor... todo mundo, menos , que estava sem entender nada e estava controlando para não chorar.

Would you think about what you're about to do to me
And back down...
Was I invading in on your secrets?
Was I too close for comfort?
You're pushing me out
When I'm wanting in
What was I just about to discover?
I got too close for comfort
You're pushing me out
When I'm wanting in...


A platéia aplaudiu e ela também, afinal, não sabia oq uê estava acontecendo, mas tinha sido legal.
", me perdoa." disse , no microfone e ela se sobressaltou.
"Agora" começou Fearnie, entrando no cenário "Quem acha que a deve perdoar o ?" ela se virou pra platéia, que começou a bater palmas entre os gritos, como o combinado, gritando:
"Perdoa! Perdoa! Perdoa!"
"Vem cá, vem cá!" Fearnie foi até a platéia e puxou , que estava sem entender nada. A platéia agora não só batia palmas, batia pés, no próprio banco. "Perdoa ele, vai!"
"Me desculpa, por favor, por favor, por favor!" ele apertou as mãos dela e colocou na própria testa, como se rezasse com as mãos dela. "Eu sei que fui um imbecil, um babaca, um estúpido, por favor, me perdoa!" piscou os olhos brilhantes, seus lábios tremiam. "Eu não consigo mais dormir, eu não consigo mais comer, o já me bateu umas duzentas vezes desde semana passada-"
"Seis, só hoje!" completou o menino, dando uma risadinha. Ela riu.
"Eu te perdôo, ." ela disse e ele a abraçou. A platéia pulou, bateu palmas, gritou, enfim, fez o máximo de barulho possível.
"Eu te amo, eu te amo, eu te amo, eu te amo, eu te amo!" ele dizia, abraçando-a com muita força. Deu-lhe um beijo e a platéia começou a gritar, Fearnie a chorar.
"Caham..." fez a apresentadora, olhando pro lado "...'
"Ah, é!" ele riu, se lembrando e meteu a mão no bolso. ", quer se casar comigo?'
".." começou ela.
"Por favor?"
"Você sabe a resposta, não?" ela mexeu os lábios e ele sorriu "Claro que sim." ele sorriu.
"Mundo inteiro!" ele correu até a câmera mais próxima, feliz "Aquela ali, ó" ele apontou para "é a garota que eu mais amo no mundo, depois da minha mãe da(s) minha (s) irmã (s). E ela vai casar comigo, você escutou?" protegeu o rosto com a mão, com vergonha, e o primo a abraçou, enquanto os outros riam.
"Obrigado, Fearnie" agradeceu , quando as câmeras pararam de gravar.
"De nada!" ela sorriu "Acho que agora o pessoal está esperando o gran finale" ela olhou pra platéia, que concordou "A gente quer beijo, cadê?"
"Agora mesmo!" disse , agora todo sorrisos, puxando a noiva e dando-lhe um beijo de cinema, fazendo todos aplaudirem.