As Amarras do Desejo

Andréa se dirigia para o apartamento de Filipe cheia de curiosidade. O namorado lhe telefonara de tarde com a voz cheia de malícia, convidando-a para um jantar íntimo naquela noite. Sua intuição feminina lhe dizia que haveria algo de diferente, mas ele não dera nenhuma mostra do que consistia a "surpresa". Tudo o que ele dissera era que queria estrear sua nova cama, com grades na cabeceira. Nenhuma outra pista foi fornecida.
Imaginando o que seria, ela contava as minutos que restavam para o expediente se encerrar. Assim que o relógio marcou o horário de saída, atirou os papéis de sua mesa para dentro de uma gaveta e saiu apressada.
O horário combinado com Filipe lhe permitia ir até em casa, tomar um banho e se arrumar. "Vou ficar deslumbrante" – pensou ao ligar o carro– "Quero ver aquele sacana babando de desejo".
No caminho até a sua casa, desrespeitou dezenas de regras de trânsito.
Ao abrir a porta da sala, Filipe teve que se conter para não avançar sobre Andréa e comê-la ali mesmo. Ela estava realmente deslumbrante. O tubinho negro realçava-lhe as formas do corpo e deixava à mostra as generosas e bem torneadas pernas, que Filipe já sabia serem macias, deliciosas de serem acariciadas. Sentiu o seu membro ganhar vida entre as pernas.

- Olá, meu amor – conseguiu dizer, antes de puxá-la para si e dar-lhe um beijo.
Pelo beijo se via a ansiedade dos dois amantes. Suas línguas se encontraram pela primeira vez naquela noite. Filipe acariciava as costas de Andréa, descendo lentamente até encontrar a bundinha dela e trazê-la para mais junto de si. Ela suspirou ao sentir o contato do membro duro em seu ventre. Ambos estavam loucos de desejo.
Conseguiram se separar.
- O jantar... – ela disse, enquanto Filipe lhe explorava a orelha com a língua, deixando-a arrepiada.
- Dane-se o jantar – ele respondeu, antes de unir sua boca à dela novamente.
Por incrível que pareça, o beijo desta vez foi mais profundo, as línguas se digladiando, enquanto Filipe sentia as curvas de Andréa por sobre o tubinho preto. Ela, por sua vez, colocou a sua mão moleca para acariciar o membro duro por sobre a calça, fazendo com que Filipe suspirasse e sentisse a sua razão se perdendo no desejo.
Com um pontapé, fechou a porta da sala com violência, e novamente a beijou. Desta vez foi um beijo mais curto, pois Andréa se descolou e, pegando a sua mão, começou a guiá-lo para o quarto, como se o apartamento fosse o dela. Ao vê-la de costas, Filipe não resistiu à visão de suas ancas e abraçou, encostando o membro duro no bundinha dela e acariciou-lhe os seios por trás, fazendo com que ela vacilasse em suas intenções e gemesse, tonta de tesão. Quando ele, continuando a acariciar-lhe, mordeu-lhe a nuca sensualmente, ela literalmente gritou.
- Ai, pare, Filipe, assim você me deixa louca... – gemeu.
Como uma pluma, ele pegou Andréa no colo e levou-a para o seu quarto. Se ela soubesse o quanto ele queria deixá-la louca...
Deitou-a delicadamente no colchão e a beijou. Suas mãos exploravam os seios macios e excitados, o polegar girando o biquinho do seio de maneira firme e delicada. Quando os dedos começaram a girar o biquinho entre eles, em uma doce brincadeira, Andréa gemeu novamente, sufocada de desejo.
As mãos habilidosas dele abaixaram as alças do tubinho, deixando à mostra os seios macios. Com um grunhido de satisfação, ele avistou os bicos rosados e colou a boca em um deles, enquanto que uma das mãos continuava o trabalho exploratório no outro. De olhos fechados, tonta de prazer, Andréa sentia o calor aumentando entre as pernas. Sua xoxotinha parecia de dissolver de tanto tesão.
Disfarçadamente, sem largar o seio que explorava com tanta paixão, Filipe colocou os braços da amante para cima. Procurou-lhe a boca, enquanto que com uma das mãos abria a gaveta de cabeceira lentamente, e puxou algo para fora.
Andréa ouviu um barulho seco, como de algo se encaixando. Logo depois ouviu o mesmo barulho e abriu os olhos. Filipe a olhava com um olhar sacana. Tentou mover os braços, mas não conseguiu. Foi então que percebeu as algemas em seus pulsos, prendendo-a à grade na cama.
- Filipe, seu maluco! Que idéia é essa? – exclamou, a surpresa estampada nos olhos.
- Hmm... digamos que eu quero torturar você de uma maneira deliciosa. – ele sorriu.
Andréa tentou soltar os pulsos, mas não conseguia. As algemas estavam ajustadas para mantê-la presa, mesmo que não machucassem o seu pulso. Estava à mercê de Filipe. Um misto de ansiedade e medo tomaram conta de si.
- O que... O que você pretende fazer? – perguntou, mal contendo a expectativa na voz.
- Calma. Nós temos a noite toda pela frente... – ele limitou-se a responder.

Virando-se, Filipe pegou duas cordas de seda, na mesma gaveta onde se encontravam as algemas. Delicadamente, começou a amarrar a amante pelos tornozelos nas grades da cama. Feito isso, Andréa estava completamente presa na cama, e as amarras em seus tornozelos a deixavam com as pernas abertas, vulnerável aos caprichos do amante.
Andréa suspirou. Sentia-se completamente indefesa, e uma excitação diferente tomava conta de seus sentidos.
Filipe pegou um vidro de óleo de bebê e derramou um pouco no corpo da amante, no vale entre os seios, no ventre, na altura das coxas carnudas... Ela estremeceu ao sentir o contato do óleo na pele, uma carícia úmida que se prolongava nos filetes abusados que se espalhavam por seu corpo. Filipe então espargiu um pouco de óleo nas próprias mãos, e como um artesão, começou a moldar a forma do desejo no corpo de Andréa.
Ah, a delícia do contato das mãos escorregadias na pele! Com os dedos, espalhou o óleo uniformemente pelo corpo de Andréa, umedecendo a pele e tornando-a mais sensível aos seus toques. Começou então o trabalho de exploração. Suas palmas escorregaram pelo colo dela, e cada mão se incumbiu de um seio... Primeiro, tomando-os por inteiro em cada mão espalmada, depois apertando-os, sentindo a sua maciez e textura... As mãos espalmadas atingiram os bicos, encaixando com perfeição os montes macios de carne. Ela gemeu, o tesão crescendo, o corpo querendo se mexer e participar da dança do desejo, mas impotente devido às amarras.
Ele então cuidou com mais carinho dos mamilos... Com a ponta dos dedos, girou-os delicadamente, sentindo-os escorregar por causa óleo. Os bicos macios eram um convite irresistível, que ele prontamente atendeu. Abaixou a cabeça e deu um delicado beijo, um em cada seio. Depois, com a ponta da língua, iniciou um baile com um dos mamilos, enquanto que com o polegar continuava a acariciar o outro peitinho. Colou os lábios no seio e finalmente sugou-o para si, sentindo o corpo da amante estremecer sob si.
- Filipe, pare, você está me enlouquecendo... – conseguiu implorar Andréa, com os olhos fechados.
Ele apenas sorriu, e se afastou para que as mãos continuassem a se deliciar com as formas da companheira.
Deslizou uma delas pelo ventre de Andréa, enquanto outra continuava a acariciar-lhe os deliciosos peitinhos. Logo a mão mais aventureira se encontrava nas coxas carnudas dela, a pele se arrepiando com o contato... A outra mão achou que estava em desvantagem e logo fazia companhia à irmã na doce tarefa de explorar-lhe as pernas.
Nas coxas, Filipe apertou a carne com volúpia. Depois a massageou com movimentos circulares, lenta mas firmemente, provando a firmeza dos músculos. Abusado, invadiu a área interna das coxas, diminuindo a pressão na área sensível, deixando que os polegares a visitassem sem reservas, passeando até o limite da doce bucetinha de Andréa.
Ela suspirou. Sua xotinha clamava por atenção e carícias. Ela se sentia molhada, o grelinho prestes a explodir, mas Filipe simplesmente ignorava sua área de prazer, mais ocupado em transformar-lhe todo o corpo em fonte de prazer para si e para ela.
Filipe novamente abaixou a cabeça, desta vez para massagear as generosas coxas com os lábios. Pacientemente, deu inúmeros beijinhos na carne oleosa e perfumada, sentindo-lhe o gosto e usufruindo o prazer de ter aquele corpo feminino à sua mercê. Andréa soltava gemidos e frases desconexas, o corpo queria se mover, mas estava prisioneira, e essa sensação apenas aumentava o próprio tesão. Os gemidos aumentavam à medida que os lábios do amante se aproximavam de sua xotinha ansiosa...
- Ah, querido, por favor, me chupe... – implorou Andréa.
Mas Filipe não tinha pressa. E estava mesmo disposto a torturar sua parceira com o próprio desejo. Sentiu o calor e o perfume que emanava da bucetinha da parceira. Com a ponta dos dedos oleosos, passeou pela doce abertura da parceira, fazendo-a estremecer fortemente, seu corpo como que ganhando vida própria. No grelinho, colocou a ponta do dedo médio e começou a friccioná-lo, ao mesmo tempo em seus lábios sentiam o gosto dos sucos de Andréa, ao depositar um longo e carinhoso beijo no sexo carnudo. Ela gritou e curvou o corpo, como que querendo que o amante intensificasse as carícias.
A boca de Filipe trocou de posição com os dedos. Logo era a ponta da língua de Filipe que acaricia o grelinho de Andréa, enquanto o dedo médio se introduzia na doce grutinha e explorava os seus segredos mais íntimos. Agora
Andréa literalmente gritava, e gemia, e seu corpo se contorcia de maneira frenética.
Mas, antes que ela pudesse ter um dos orgasmos mais fortes sua vida, ele simplesmente parou. Ela suspirou:
- Filipe, por favor, não faça isso comigo...
Sua resposta foi um beijo na bucetinha ardente que a fez ter um novo assomo de gozo. Mas ele tinha outras idéias. Com o membro duro e pulsante, começou uma nova forma de massagem... Com a macia ponta da casseta, esfregava na entrada da grutinha, sentindo-a escorregar pela pele macia. Andréa, de olhos fechados, mordia os lábios para não gritar.
- Vamos, minha putinha, quero você implorando para eu meta em você!
- Oh, Filipe, por favor! Quero senti-lo todo dentro de mim, me rasgando!
Ele não tardou a obedecer – até mesmo porque não estava mais agüentando o próprio desejo. Com uma precisa e firme estocada, penetrou em Andréa, fazendo que ela gritasse em um orgasmo imediato e tencionasse as amarras que a prendiam ao máximo. Ao sentir-se todo dentro dela, ele parou, buscando acalmar a própria respiração e gozando do prazer da sensação das contrações do corpo da amante. Ao sentir que seu controle voltara, iniciou sua caminhada ao clímax, em um vai-e-vem que arrancou mais gritos de Andréa e foi nublando-lhe os sentidos, até que o orgasmo veio, forte, arrebatador, que lhe levou a apertar fortemente contra si o corpo da amante. Ela, por sua vez, quase marcou os pulsos nas algemas que a prendiam.
Respirações acalmadas, corpos abraçados, algemas e fitas abandonadas no chão e a garrafa de vinho do esquecido jantar sendo sorvida no gargalo, os cúmplices descansavam.
- Espero que tenha gostado da surpresa – disse Filipe, com um sorriso nos lábios.
- Ótima... – limitou-se a dizer Andréa, aconchegando-se ao peito do parceiro e arranhando-lhe de leve as costas com as unhas.
Filipe acordou com uma sensação de cansaço, de doce cansaço. Logo teriam que levantar para ir trabalhar, mas queria sentir mais um pouco o corpo da parceira contra o seu. De olhos fechados, tentou virar o corpo, mas não conseguiu. Surpreso, abriu os olhos e fez nova tentativa, sem sucesso. Seus braços estavam presos acima da cabeça, algemados na grade, assim como suas pernas, atadas nas grades da parte inferior da cama.
Ao seu lado, com uma camiseta que mal lhe escondiam as formas generosas do corpo, Andréa falava ao telefone.
- Sim, é a namorada dele... É, ele está muito doente, e não vai poder ir hoje... Mais tarde, se ele conseguir falar, eu peço para ele telefonar para o senhor... Claro, obrigada... Até logo.
- Com quem estava falando? – perguntou Filipe.
- Com seu chefe. Disse-lhe que estava muito doente e não poderia ir trabalhar hoje. Como você não é de faltar, ele nem suspeitou de nada.
- Mas...
- Já falei com minha Chefe. Disse que teria que faltar para cuidar de negócios particulares... – sorriu, sacana – bem particulares...
- O que pretende?
- Ora, meu amor, apenas uma surpresinha. Quero fazer o mesmo papel que você fez comigo ontem à noite... – dizendo isso, começou a espalhar óleo de bebê na pele do amante, fazendo-o estremecer e sentir uma pulsação no membro adormecido.
- Humm, acho que vai ser bem divertido... – respondeu Filipe, sorrindo.
- Sim, mas eu sou criativa... pensei em incrementar um pouco as coisas...
- Como assim?
Ela não respondeu. Limitou-se a sorrir e a pegar um lenço na gaveta, com o qual vendou os olhos do amante.
- Você vai apenas sentir, Filipe... Apenas sentir... E o que eu quiser, quando quiser.
- Oh, meu Deus... – gemeu Filipe, imaginando as doces torturas pelas quais iria passar naquele dia.