COMIDA MINEIRA CONQUISTA O MUNDO
P r i n c i p a l
Frango com quiabo é uma tradição da culinária mineira
MC Donald´s impulsionou criação do Slow Food
Queijo mineiro também foi indicado
Dona Lucinha - após conquistar o mercado carioca e paulista, onde abriu restaurantes-, teve reconhecimento e aprovação de seu trabalho internacionalmente.

Com décadas de experiência na área, Maria Lúcia Clemetino, a Dona Lucinha, foi a primeira chefe de cozinha brasileira convidada para o evento. Entre muitos indicados, a mineira foi escolhida para organizar o jantar oferecido aos representantes do evento no Salone Del Gusto, onde aconteceu o Slow Food 2002.

Jantar

Márcia Clementino, filha de Dona Lucinha, revelou algumas delícias mineiras do cardápio do Salone Del Gusto: costelinha de porco, canjiquinha, feijão tropeiro, torresmo e diversos doces representaram muito bem a cultura e os costumes de Minas Gerais para 80 convidados, especialistas na arte da culinária de vários lugares do mundo.
Dona Lucinha, em parceria com a filha, Márcia Clementino, lançou o livro " História da Arte da Cozinha Mineira", que lhe rendeu muitos elogios da crítica especializada. Márcia Clementino acredita que o sucesso do livro de sua mãe foi um dos motivos para o convite. O livro de receitas mineiras traz a volta dos costumes, a origem dos alimentos, além de garantir a biodiversidade. "Participantes do Slow Food disseram que mamãe o pratica por intuição; O prêmio reforça o trabalho que fazemos em nossa cadeia de restaurantes", disse Márcia.
Canjiquinha foi prato principal no Salone Del Gusto 2002
Comer um feijão tropeiro ou saborear uma canjiquinha com costelinha de porco já não é mais privilégio somente dos mineiros. Várias metrópoles como São Paulo e Rio incluíram a comida mineira no seu dia-a-dia. A rica gastronomia de Minas parece estar se espalhando. Festivais gastronômicos internacionais demonstram que as tradições culinárias também se associam à cultura de um povo.

A 5ª Edição do Festival de Cultura e Gastronomia de Tiradentes é prova da preservação cultural de Minas. Homero Vianna é o organizador do evento e responsável pelo movimento gastronômico Slow Food em Minas. De acordo com Vianna, o movimento tem como objetivo preservar a produção culinária que privilegia aspectos culturais e históricos de cada região. Vianna acredita que as pessoas já estão enxergando a gastronomia como uma experiência cultural. "Quando você come um feijão tropeiro você também absorve a história de um povo", reflete.

O Festival Internacional de Gastronomia, promovido pelo movimento "Slow Food", aconteceu no final de outubro de 2002, na Itália. Neste ano, três brasileiros foram indicados ao prêmio. Entre eles, dois mineiros: Dona Lucinha, representando a comida mineira e Flávio de Lemos Carsalade,  representando o modo tradicional de preparo do queijo em Serro, região do Alto Jequitinhonha. Os indicados são exemplos de valorização da culinária mineira. O critério para a indicação é demonstrar e privilegiar um valor histórico e cultural arraigado à culinária.
Livro
Mais sobre D. Lucinha e a arte da cozinha mineira:

http://www.donalucinha.com.br/
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