Mergulhar no salto abrindo meus olhos com ostentações à beleza do céu.
Juntaria os pedaços das nuvens se não fosse o vento a levar cada porção de fumaça ao encontro de meus lábios. Engolir nuvens parece algo suave. Um toque sublime na queda. Porém o gosto dos pedaços de céu me foram degustados com sabor de saudade e anseio em precipitar o desfecho. Uma estrela arranhou a lateral de meu corpo fazendo-o se desmanchar em fragmentos. A estrela rasgou meu corpo, deixando seu brilho sutil em todos os minúsculos pedaços. A queda dos pedaços misturou-se ao azul do céu no momento em que se iniciava a criação de um mar de pedaços perdidos e solitários. Flutuavam. Dançavam junto ao por -do -sol. Procurando a eterna condição de serem abraçados somente pelo ar. Levados pelo vento como ondas que não voltam. Quebravam perante olhos de pássaros. Dobravam-se perante janelas de solitários. A lua, delineada de sonhos trazidos por anjos. -Aproximaram-se artificiais luzes. O mundo retorcido. Me joguei do alto de minha existência. Pingando pedaços nos ombros das fadas. Fizeram-me em pedaços. Pedaços de pedaços pra você brincar. Apenas urna estrela de tamanho poder de atração (estrategicamente encaixada) poderia unir tantos pedaços. Poderia rasgar o céu em pedaços. Soprar em seu rosto meus pedaços (em pedaços) envolvidos por pedaços de nuvens e estrelas, lua e sol. Faria o céu em pedaços para você brincar. Não posso desmanchar o céu. Apenas em pensamentos. Encaixe meus pedaços. Deleite-me em um abraço onde em meus lábios possa tocar e novamente fazer-me desmanchar. |