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30 de Abril de 2005
Mingua língua no teu seio pinga um pouco de desejo seu um pouco de ensejo meu uma gota de vontade de ser feliz refletida na nuvem parece giz e o teu abraço distante tanto eu penso em ti meu pranto manto dos dias frios mas coloridos eu sou quem sou e não sei quem sou mas continuo a caminhada porque com ela minguando não valho nada a fase da lua passa e eu permaneço.

Parece karma talvez sina ou coisa parecida a atração pelo quadro negro por um sábio qualquer por um conhecimento nato ou desprendimento fato não tem nenhum problema a distancia sua porque sei que vez ou outra minha face passa lentamente vagarosamente na sua lembrança pode ser karma sina mas eu sou muito mais que este estigma querendo ou não meus eus são seu esportesgrima.

Não era desenho de giz a lua minguada minhas pernas dobradas ou sua cabeça inclinada mas parecia borrão de carvão queimado no céu borrocado pelo meu brilho na sua blusa brocado brocal e agora o que fará com meu rastro em você evidente que o que se sente marca mais que uma mancha mimada prefiro colar minha vontade na sua pele e costurar meu beijo na sua sede.

Abarrotado de ponteiros de cifras e embolando minha existência como um papel amassadinho de extrato bancário pode ser que minha cotação relicário na bolsa de valores do seu sentimento ainda não tenha alcançado um valor condizente com o que eu sou de repente posso até um dia distante olhar para a lua minguada e não recordar de nossa história suada.

Minguado gotejante espirrado torcido e retorcido marcado e remarcado e adiado e simplificado amor de um embrionário inverno nada portenho o que tenho e devo e não nego pago quando puder a pitada escancarada de felicidade que germinou em mim na noite fria de lua derramada sobre meu pensamento divaga você e eu nós e o mundo desaparece nesse instante.
Minguante
p a r a   n a v e g a r
t e x t o s
r e p o r t a g e n s
l i v r o  d e  v i s i t a s
r e f r e s c o