"Ney Matogrosso Ousar Ser" teve lançamento nacional em BH
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O livro “Ney Matogrosso Ousar Ser”, do escritor Bené Fonteles, teve lançamento nacional dia 27 de maio de 2002, no Palácio das Artes em Belo Horizonte, no Projeto Sempre um Papo. A obra consumiu dois anos de trabalho e tem um ensaio, uma entrevista, 136 fotos e um CD no qual o cantor interpreta músicas de Cartola. As imagens que compõem o livro foram feitas pelo fotógrafo Luis Fernando Borges da Fonseca, na década de 80.
Bené Fonteles, que já escreveu um livro sobre Gilberto Gil, destaca que "Ney Matogrosso Ousar Ser" não tem somente o objetivo de divulgar a trajetória profissional de Ney Matogrosso, mas também de resgatar a história de Luis Fernando Borges da Fonseca. O fotógrafo, falecido há 12 anos, produziu algumas capas de discos para Ney e era amigo do cantor e de Fonteles. O escritor paraense já se aventurou no mundo das artes plásticas e jornalismo. Bené disse que "o livro trata da alma de alguém que tem uma política comportamental extraordinária, uma ousadia que desbundou o país". A obra na concepção de Fonteles é uma contribuição artística para que ocorra um encantamento poético e mostra, acima de tudo, a beleza interior de Ney. “É preciso estar sempre encantado poéticamente pela vida”, reflete.
Nascido em 1º de agosto de 1941, na cidade de Bela Vista, no Mato Grosso do Sul, Ney Matogrosso revela que a inspiração de sua ousadia se deu por meio da vontade de se expressar. O estímulo para transgredir, se manifestando por meio de sua linguagem corporal, estava na repressão dos tempos de ditadura. Ney faz questão de distinguir seu trabalho, com a representação corporal da sexualidade vulgar. Para o cantor, o sexo hoje está banalizado e a sensualidade vulgarizada. Outro segmento atingido pelo superficialismo, na opinião de Ney, foi a música, que está se submetendo aos modismos. “A música brasileira é rica. Tem muita coisa para se mostrar além da moda”, destaca.

Fama

A fama e o assédio são aspectos tratados com naturalidade pelo artista que diz andar normalmente pelas ruas e confessa não gostar que as pessoas o toquem. “Não gosto que me peguem, que me agarrem, que me impeçam de continuar”, acrescenta.

Ao ser questionado a respeito da morte e a imortalização de seu trabalho, por meio de suas músicas, Ney não titubeou: “Eu não tenho filhos, eu tenho o meu trabalho. Eu só espero não estribuchar”, brincou.
Ney Matogrosso,
dono de uma ousadia
que encantou o país
Foto:
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