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13 de Dezembro de 2003
prisma
Não foram medidos com réguas, balanças, termômetros: os sentimentos medonhos se dissipavam em rasos sonhos. Como delicada espuma branca embriaga uma noite esvaziada. Breve espaço.

Nas salgadas águas da fantasiada névoa cândida, no suave cantar do ir e vir e ir, no ouvido da areia límpida, se proliferaram as gargalhadas lânguidas. Flutuantes de um tempo famigerado, carregado pelo mar, soprado por um amante. Tempo de vento o vento levou. Insistiram - as gargalhadas - em voltar como indecente torpor, dissipado pelo calor, de tão leve, voou.
Pena. Transferência.
A fragilidade da falsificada sensibilidade fez com que a mesma falecesse, mas não impediu que marcasse o tempo de vento (sopros personalizados), redirecionando seus desmembrados braços e pernas para outros lábios - desinformados, mas igualmente sábios.

Pensar que aquelas nuvens coloridas de lilás - balõezinhos, extensão dos pensamentos da libidinagem – pairaram ao lado da lua em vão? Concepção de quem não tem razão, deja vu de quem mascara a salgada lembrança de plantão.
p a r a   n a v e g a r
t e x t o s
r e p o r t a g e n s
l i v r o  d e  v i s i t a s
r e f r e s c o