Querida...
(Fase - II)
Ensinar-te-ei
a ter liberdade para sonhar e fantasiar com as loucuras
mais lúcidas, a não querer ser dona dos sentimentos
alheios, a dividir preocupações, a somar forças com
queira caminhar contigo em uma mesma direção, a
compreender a fraqueza e atraso de quem estiver em tua
volta, a não deixar nunca o desânimo contagiar tua vontade.
Após esse
aprendizado serás capaz de poder alçar vôo nas asas
dos melhores pensamentos, de ver, através das janelas da
alma (refiro-me aos olhos), a linda rosa existente em um
deserto estéril e sem perspectiva de vida. Nessa
ocasião poderás sentir a alegria de se elevar muito
acima do mundo material e suas preocupações mais
simples; poderás permanecer no céu por quanto tempo
quiseres, através da noite, pelo nascer do sol; e quando
desceres do paraíso de tua imaginação tuas perguntas
terão respostas e teus conflitos darão lugar a paz tão
sonhada, tão sofrida e tão justa.
E nesses
momentos, mais do que nunca, eu estarei junto a ti!
Embora, ainda, não me possas ver, nessa ocasião, um
frêmito à semelhança de um sopro quase imperceptível,
que te causará indescritível, mas prazerosa lassidão,
indicará minha presença.
Wilson M. Pereira