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Truque de Beleza com Claudia Raia |
Atriz presenteia equipe da novela com rolinho de gelo para a pele
 | | Se existe uma coisa que Donatela e Claudia Raia têm em comum, é o cuidado com a aparência. As duas são vaidosas e estão atentas aos detalhes para estar sempre belas. Uma das técnicas usadas pelas duas é colocar água gelada no rosto. Pode parecer estranho, mas parece que funciona. Logo no primeiro capítulo da novela, Donatela coloca o rosto numa bacia de gelo, e a pergunta que não quer calar é: será que Claudia Raia também faz isso? Para matar a curiosidade perguntamos à própria e veja a resposta: “Nunca coloquei o rosto na bacia não, isso é coisa da Donatela (risos)”. Segundo a atriz, a bacia de gelo foi uma menção ao filme Mamãezinha Querida, de Frank Perry. “No filme, Joan Crawford fazia isso, ela enfiava o rosto no gelo. Acredito que o João tenha feito uma homenagem”, ela explica. Claudia não coloca o rosto na bacia de gelo, mas revela outro segredo de beleza bem parecido: “Uso um rolinho de gelo, não sei exatamente o que tem dentro, mas é bem gelado e eu o passo no rosto. Quando estou com poucas horas de sono, ajuda. Você fica menos inchada, tira a olheira, é ótimo!”. Mas não foi sempre assim, essa técnica é recente na vida da atriz. “Faço isso há uns dois anos. Sempre tive máscara de gelo, colocava compressa fria no olho, mas esse rolinho é novo", ela conta. Presente para a equipe Cláudia levou o rolinho para as gravações de A Favorita e todos adoraram o truque. O rolinho gelado fez tanto sucesso, que a atriz resolveu dar de presente para a equipe da novela e agora todo mundo é adepto da nova técnica de beleza. ”Foi um presente, fica na sala de maquiagem, não é só meu, é para a novela. Trouxe uma geladeirinha e o rolo fica lá dentro, para todas as trizes usarem”, conta Claudia.

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Cida chega com tudo para agitar A Favorita |
Fugindo dos estereótipos, Claudia Ohana será caminhoneira bem feminina
 | | A novela já está no ar há três semanas, mas ainda tem surpresa vindo por aí. Cida, personagem interpretada por Claudia Ohana, está chegando agora e promete agitar a trama. A atriz gravou sua primeira cena esta semana. Cida é a caçula das três filhas de Copola e Iolanda. Das irmãs, é a única que ficou solteira, mas ainda sonha um dia se casar. Para desespero da mãe, a moça trabalha como caminhoneira. Ainda com poucas informações sobre a personagem, a atriz está animada para a novela. “Ainda não sei muito sobre Cida, acho que ela tem algum mistério no passado. Sei que ela tem problemas com homem casado (risos)”, revela Claudia. E como Cida é considerada a filha rebelde de Copola, a atriz defende sua personagem: “Ela não é má, é rebelde, fogo de palha. Saiu de casa, viajou muitos anos por aí e agora está de volta para aprontar um pouquinho. Vamos ver como será a reação das pessoas”. Fugindo de estereótipos, a personagem será uma caminhoneira bem feminina. E, apesar de ser considerada solteirona, Cida é uma mulher romântica, carente e em busca de amor. “Ela precisa de alguém que a compreenda”, explica Claudia. Para interpretar uma caminhoneira, a atriz precisou aprender a dirigir um caminhão de verdade. “Gosto muito de dirigir, então adorei essa experiência. É bem diferente dos carros convencionais, a marcha é dura e para fazer curva é bem difícil. É engraçado porque sou pequenininha, tudo é maior, o volante é quase do meu tamanho (risos)”, ela conta.

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Pela primeira vez |
Christine Fernandes realiza desejo: ser mãe na ficção
 | | Ela tem 12 anos de carreira e já fez onze trabalhos na TV, mas ainda faltava realizar um desejo na profissão de atriz: ser mãe. Pela primeira vez, Christine Fernandes tem um filho na dramaturgia e aproveita a experiência na vida real para construir a personagem. ‘Estava louca para interpretar uma mãe’ Na vida real a atriz é mãe do pequeno Pedro, de 4 anos, e ela estava ansiosa para seu lado materno estar presente também na profissão. ”Ser mãe me dá muito prazer. A maternidade foi uma coisa agradabilíssima para mim”. Animada com a novidade, a atriz afirma: “Já não era sem tempo, estava louca para interpretar uma mãe”. Sem dificuldades Para Christine, ser mãe está sendo fácil. Segundo ela, ter um filho de verdade ajudou muito na construção da personagem. “Quando você tem filho de verdade é mais fácil. Eu acho que a pessoa só consegue dar dimensão do que é quando já teve um filho mesmo. Ter um filho na novela me parece natural, se eu não tivesse filho acho que não seria assim”. A relação mãe e filha Rita é mãe de Camila, interpretada por Hanna Romanazzi, uma jovem atriz de 12 anos. Para Christine, a boa relação das personagens depende da relação das atrizes. “Estou tentando construir com a Hanna coisinhas que são minha e dela e que ninguém entra. Temos um espacinho emocional privado entre nós duas, e acho que agente está conseguindo. Conforme as cenas vão indo para o ar, a gente vai identificando essas coisas. Cada vez que a gente grava juntas, investimos em um carinho novo, no jeito de falar, no jeito de brincar, vamos criando códigos e está dando supercerto”. Fã de carteirinha Christine considera que ganhou um presente. Para ela, a escolha da atriz para ser sua filha não poderia ser melhor, e ela já se diz fã da pequena Hanna. “Estou adorando, uma filha linda e talentosa. Ela é ótima atriz, surpreendente ótima. Estou muito bem servida de filha, estou muito feliz”. Afirma a atriz que está muito satisfeita com a companheira de cena. Elementos da vida real ajudam na ficção A atriz tenta “emprestar” as experiências de sua vida pessoal para a personagem. Ela coloca em Rita todos os seus problemas e sofrimentos. Para a atriz, é importante entender o drama da Rita que tem uma filha com um cara que nem sabia. “A personagem Rita está sendo muito boa pra mim porque ela vive os dramas populares da mulher brasileira. E eu vou pincelando com minhas tragédias pessoais e todas elas vão me agregando, até as mais inconsistentes.”

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Calça justa e salto alto! |
Cauã Reymond fala sobre as dores - e as delícias - de se vestir com mais feminilidade
 | | Nos últimos capítulos de A Favorita, o público tem sido brindado com um Cauã Reymond completamente diferente do Halley machão e sedutor a que estava acostumado. De brincos, calça de couro e salto alto, o filho de Cilene está arrancando ótimas risadas de quem assiste às cenas. O próprio Cauã também está curtindo bastante o visual extravagante do personagem. Calça 'apertadinha' incomoda O ator, que nunca tinha usado salto alto antes, agora sabe o quanto sofre uma mulher! “Tenho me divertido bastante em fazer o Halley. É claro que o salto incomoda um pouquinho. A calça também. Às vezes sinto tudo muito apertadinho, aí incomoda. Mas é muito engraçado usar brinco e roupa colada”, ele conta. 'São muitas as piadas' O look excêntrico, claro, não passou despercebido pelas pessoas que o cercam. “São muitas as piadas. Aqui dentro do Projac, lá fora, em todos os lugares. Falam: ‘Ah, tava gata!’. Mas o pessoal elogia também, tem achado o personagem muito engraçado”, comenta Cauã.
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Novela de capricornianos |
Claudia Raia, Patrícia Pillar, Ricardo Waddington... Para atriz, simbologia do signo tem a ver com trama
Um detalhe em A Favorita chamou a atenção de Claudia Raia: ela, Patrícia Pillar, o diretor de núcleo Ricardo Waddington, além de outros diretores e integrantes da equipe da trama são do signo de capricórnio. A atriz, que está por dentro do assunto, conta que o símbolo do signo é a cabra Amaltéia. “Ela vai escalando os morros de forma persistente. Pode cair uma pedra nela e ela voltar ao chão, mas se levanta e continua sua caminhada”, explica Claudia. Para ela, a simbologia da cabra Amaltéia tem tudo a ver com a novela: “Essa trama também tem algumas barreiras para quebrar. Por ser diferente, por ser a primeira novela das 20h de um autor novo... Mas vamos continuar nossa caminhada!”. Patrícia Pillar também acha que a coincidência tem lá suas razões. “Por isso a novela é tão caprichada! Nós gostamos de fazer o melhor que podemos”, justifica Patrícia.
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Os LPs de Faísca e Espoleta |
Cláudia Raia e Patricia Pillar passam por ‘rejuvenescimento’ e ficam 20 anos mais novas em fotos das capas

 | | Para quem vê o ódio que Flora e Donatela sentem uma pela outra, fica até difícil imaginar que as duas foram amigas na juventude, e mais, que formaram a dupla sertaneja Faísca e Espoleta 20 anos atrás. A dupla lançou três discos durante sua carreira: “Viola Seresteira”, “Lembranças da Minha Terra” e, o terceiro, por enquanto surpresa, ainda será exibido na trama. Inspiração nos anos 80 Para confeccionar os discos da dupla, a equipe de produção de arte da novela mergulhou no mundo da música sertaneja e na época, anos 80. Houve uma pesquisa especifica de figurino do estilo musical, maquiagem, instrumentos e capas de LPs sertanejos para inspirar o visual de Faísca e Espoleta. A produção durou uma semana, entre fotografar as atrizes, tratar as fotos e a montagem final da capa e contracapa do LP. "A idéia era fotografar as duas juntas, mas acabamos fazendo as fotos separadas, pois estava difícil ajustar uma data em comum na agenda das atrizes", conta Ângela Melman produtora de arte de A Favorita. Com isso, foi preciso uma montagem das fotos para que as duas parecessem estar uma ao lado da outra. Fotos passam por ‘rejuvenescimento’ Feita a montagem, é chegada a hora de voltar no tempo. Flora e Donatela tinham por volta de 20 anos de idade na época e, para isso, o fotógrafo Alex Wink, especialista em manipulação fotográfica, fez um tratamento de rejuvenescimento nas imagens. "Esse é o melhor Ivo Pitanguy" brinca Ângela. E não é que Cláudia Raia e Patricia Pilar ficaram bem de dupla sertaneja?

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Homenagem de Donatela |
Veja como as fotos da festa de Lara foram feitas
 | | Uma festa de arromba agita a novela logo na semana de estréia: é o aniversário de 21 anos de Lara. E, para a comemoração, Donatela promoveu um grande evento com direito a uma linda homenagem com fotos de família e da infância da aniversariante no telão. Conversamos com a equipe de produção de arte da novela para saber como foram feitas as montagens usadas na festa. Alex Wink e Guilherme Mello foram os responsáveis pela manipulação fotográfica.
O trabalho foi feito em cima de fotos pessoais dadas pelas próprias atrizes Mariana Ximenes e Cláudia Raia. Para isso foi realizado um trabalho de ‘intervenção digital’, onde todas as fotos foram trabalhadas em detalhes para que ficasse uma montagem bem natural. As atrizes gostaram da brincadeira de se verem numa ‘nova família’ e caíram dentro da pesquisa. “As atrizes foram maravilhosas, compraram a idéia e reviraram o baú para pegar fotos antigas”, conta Ângela Melman, produtora de arte. A pesquisa foi tão intensa que a atriz Mariana Ximenes até se surpreendeu com algumas fotos que fizeram parte do processo de criação. “Foi muito legal, pegamos fotos e vídeos antigos com o pai da Mariana em São Paulo, que ela nem sabia que existiam, ela adorou”. Revela Ângela.

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Tudo sobre a abertura inovadora |
‘Eletrotango’ que antecede cenas de A Favorita faz sucesso e é releitura moderna do estilo musical argentino
A abertura de A Favorita tem dado o que falar. Prova disso são os inúmeros elogios que foram enviados por internautas a este site. O sucesso certamente se deve ao fato de que ela traz algo inovador: um tango. ‘Pa bailar’ é o nome da música que todos os dias anuncia a chegada da trama das 20h. Os responsáveis por essa releitura moderna do tango, chamada ‘eletrotango’, é a banda argentina Supervielle Bajofondo. Pouco conhecido no Brasil, o grupo possui um trabalho consistente e faz muito sucesso na Argentina. Idéia surgiu na Argentina A idéia de colocar um tango na trama surgiu quando a equipe foi à Argentina fazer as primeiras gravações. Lá eles identificaram a ligação desse ritmo com a novela. “Tivemos a idéia de colocar um tango na novela porque é um ritmo quente, passional, trágico, misterioso, sedutor e A Favorita tem esse aspecto”, revela Ricardo Waddington, diretor geral e de núcleo da trama. A procura por uma sonoridade nova levou Ricardo a conhecer o trabalho da banda. “Comecei a pesquisar músicas com esse ritmo, comprei muitos cds, descobri o Bajofondo, que eu não conhecia, e adorei a quinta faixa do CD. Decidi que essa música seria a abertura porque me apaixonei por ela. Ter um tango na abertura era uma idéia muito nova na cabeça das pessoas. Mas no segundo seguinte todo mundo viu que teria tudo a ver e comprou a idéia”, conta o diretor. Inspiração em cartazes de filmes dos anos 40 e 50 A parte visual ficou aos cuidados da equipe de Hans Donner. Ricardo e o autor João Emanuel Carneiro acompanharam de perto e João fez o roteiro para a ‘historinha’ contada durante a abertura. As imagens foram inspiradas nos filmes dos anos 40 e 50. Elas são uma releitura eletrônica dos cartazes dos filmes dessas décadas, que eram em preto e branco, chapados e com figuras recortadas. “E assim chegou-se a esse resultado, que é sensacional e que casou perfeitamente com o tango. É muito bom quando se tem uma abertura que tenha a ver com o espírito da novela”, afirma Ricardo Waddington.

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Exigências de Maria do Céu |
Deborah Secco:’Tenho que fazer o público acreditar que sou retirante e que passo fome e frio’
Deborah Secco está ansiosa para interpretar Maria do Céu, um novo desafio para sua carreira. "É um dos personagens mais complexos e difíceis que já fiz por causa da desconstrução da minha imagem. Tenho que fazer o público acreditar que sou uma retirante, que não tenho onde dormir, que passo fome e frio", explica. Para isso, ela não usa maquiagem em cena e ainda veste roupas velhas e rasgadas. "Para mim tem sido um presente interpretar alguém assim", afirma. A atriz define Maria do Sol como uma batalhadora. "Ela sabe que não merece viver daquele jeito, então busca sempre conseguir uma vida digna”. Debora espera que Maria do Sol abra o olho dos telespectadores para a desigualdade social do Brasil. "Espero que a personagem ajude a melhorar a situação das pessoas que passam por dificuldades como ela", diz Deborah.
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Trapaças e armações à vista |
Murilo Benício assume que seu personagem Dodi não é confiável
Ao contrário da dubialidade que envolve Flora e Donatela, Murilo Benício revela que Dodi, seu personagem em A Favorita, não é muito confiável. "O Dodi é um armador, que seu bem na vida cheio de trapaças. Ele é o personagem que deixa mais claro de que lado está. Ele chega e você já sabe o que ele é", garante o ator.
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De volta à universidade |
Mariana Ximenes freqüentou USP para dar vida a Lara
"Ela é que terá de escolher a favorita". Só por esta frase, já dá para sentir a responsabilidade de Lara, personagem de Mariana Ximenes na novela. Lara é filha biológica de Flora, mas foi criada por Donatela. "É difícil decidir, né? O que fala mais alto nessas horas? A convivência, o amor ou o sangue?", indaga a atriz, que não poupou esforços para dar conta desse trabalho. Apesar de não ter completado a faculdade, Mariana vai viver uma estudante de geologia. Para compor Lara, ela freqüentou aulas na USP e na Puc-Rio.
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Flora? Donatela? |
Claudia Raia e Patrícia Pillar dão dicas sobre como saber quem está falando a verdade. Assista ao vídeo!
Quando se trata de protagonistas interpretadas por atrizes tão encantadoras como Cláudia Raia e Patrícia Pillar, fica difícil tomar um partido. Ainda mais quando as duas personagens em questão são tão carismáticas quanto suas intérpretes e têm histórias igualmente críveis e, como não poderiam deixar de ser, igualmente dúbias. Para ajudar o público, as atrizes que dão vida a Flora e Donatela tentam dar algumas dicas do que deve ser levado em consideração na hora de escolher a favorita. Patricia Pillar assume que é mesmo bem difícil, mas que o pessoal de casa vai ter que prestar muita atenção nas segundas intenções. Já Claudia Raia não tem exatamente uma fórmula para dar, mas afirma que um simples depoimento pode virar o jogo. Assista ao vídeo acima e confira os conselhos das atrizes!
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Diferente de tudo |
Christine Fernandes conta por que mudou a cor dos cabelos para viver Rita
Rita, a personagem de Christine Fernandes em A Favorita é uma pessoa ética, que vai lutar muito para se manter fiel a seus princípios. Para a atriz, Rita é uma mulher comum, com dívidas, que passa apertos, mas acaba sempre dando um jeito para comprar o que precisa para a filha. "É uma personagem diferente do que estou acostumada a fazer. É um desafio muito grande e por isso mudei o cabelo, que agora está preto. O glamour dessa personagem está na ética, na integridade e no caráter. Estou completamente satisfeita", conta Christine.
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Repórter por um dia |
Direto do estúdio de A Favorita, Juliana Paes!
Nada melhor que conhecer um pouco mais sobre A Favorita com a ajuda de Juliana Paes. A atriz gravou sua participação no quadro do Fantástico “Repórter por um dia” e sua missão era apresentar os bastidores da nova novela das 20h. “Sou péssima jornalista, estou acostumada a responder perguntas e não a fazer”, brincava a atriz. Para quem ainda não sabe, Juliana interpretará uma jornalista na trama. “Ainda bem que na novela sou jornalista de redação, não vou precisar entrevistar ninguém”. Mas ela superou as expectativas e fez serviço completo: mostrou o que acontece nos corredores do estúdio e das salas de cabelo e de maquiagem, explicou como funciona o roteiro de gravação e ainda entrevistou os atores que estavam por lá. Além de repórter, Juliana ainda se arriscou como cinegrafista, filmando os camarins. O quadro está previsto para ir ao ar domingo, dia 1 de junho no Fantástico.
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Entrevista: Ricardo Waddington |
‘A novela não tem uma heroína, nem uma vilã pré-estabelecida’
 | | A Favorita está sob o comando do diretor de núcleo Ricardo Waddington, que já soma mais de 20 novelas na televisão. Entre suas produções mais recentes estão Pé Na Jaca (2006/2007), Sinhá Moça (2006), Bang Bang (2005), Cabocla (2004) e Mulheres Apaixonadas (2003). Também levam sua assinatura as minisséries Presença de Anita (2001) e Mad Maria (2005), além de Malhação, há mais de dez anos no ar, e Por Toda A Minha Vida. Ricardo define a nova trama das 20h como um thriller psicológico e explica que a direção precisa ter a imparcialidade de não torcer para nenhuma das duas personagens porque, sem querer, pode pender para um lado. Saiba mais detalhes na entrevista abaixo: Como você define A Favorita? Como um thriller psicológico, mas com todos os ingredientes que uma novela clássica tem – comédia, drama, romance... A novela do João Emanuel é um retorno a uma narrativa e uma estrutura muito clássicas – uma trama central muito forte que é contada de uma maneira muito intensa nos primeiros capítulos e histórias paralelas que, de certa forma, existem para formar e enriquecer o universo da trama central. O autor também classificou a novela como rural e urbana. Esta é outra particularidade do universo criado por ele. A nossa São Paulo, por exemplo, é uma São Paulo na qual eu consigo chegar de carro à parte rural em 15 minutos. Isso é uma liberdade que a ficção nos permite. Logo, as pessoas vão ver personagens na área rural, no rancho e na fábrica e, duas cenas depois, vão vê-las em São Paulo. É a primeira vez que você está trabalhando com o João Emanuel. Como está se dando esta parceria? Estou muito feliz de trabalhar com ele. É um autor criativo, jovem, com uma formação de cinema, mas com uma influência enorme da televisão na vida dele. João Emanuel tem 38 anos, então ele assistiu à novela. Diferente dos autores mais veteranos que criaram a telenovela, que fizeram parte do corpo criador da telenovela, ele foi capturado pelo gênero, porque é de uma outra geração. Isso permitiu que ele avançasse um pouco nessa narrativa da telenovela, porém mantendo sempre o gênero intacto. Flora e Donatela, uma das duas está dizendo a verdade e é a assassina do pai de Lara. De que forma a direção atua para manter esta dúvida até o momento da revelação? Acho que tem que existir uma imparcialidade da direção de não torcer para nenhuma das duas porque, sem querer, você pode pender para um lado. Até porque acho que nem o João Emanuel, nesse momento, sabe qual das duas está falando a verdade. Aliás, essa é a grande novidade dessa novela: não ter uma heroína, nem uma vilã pré-estabelecida. Você tem suspeitas e um jogo, um diálogo diário com o público para saber aonde vai dar esta história. Essa novidade pode ser considerada um desafio? É um desafio muito grande, principalmente para o João, porque é muito difícil você escrever um folhetim sem as figuras do herói e do vilão muito evidentes. Mas misturar esses papéis é uma grande novidade dessa novela, pois espaço ficcional, universo inventado, várias novelas já apresentaram. Mas o fato de a figura do herói e do vilão serem dúbias e de que, a qualquer momento, você pode ser surpreendido, é inédito. Será um diálogo diário com o público e com essa trama central que é bem forte. Há alguma aposta para A Favorita? Achamos um elenco muito bom para essa novela. Pessoas muito experientes, desde os jovens até os veteranos. Conseguimos fazer um casting de profissionais muito bons e conhecidos, com grande experiência e muito adequados aos seus personagens. Também estou trazendo pessoas que já são atores experientes, como o Leonardo Medeiros, que é um grande ator de cinema e teatro, para o público de novela das oito. Há também nomes, que trouxe de Malhação, como a Giovanna Ewbank. Como é a trilha sonora de uma novela rural e urbana? Nós vamos ter dois CDs – um pop contemporâneo e um só de música sertaneja. Tem de Chico Buarque a Paulinho Moska.

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Tudo pelo personagem |
Atores e atrizes mudaram o visual para a novela

 | | “A Favorita é uma novela de mudanças”, ressalta Alê de Souza, supervisor que conceituou, junto com o diretor Ricardo Waddington, a caracterização de A Favorita. Taís Araújo, Deborah Secco e Mariana Ximenes foram apenas algumas das atrizes que tiveram que mudar o visual para compor seus personagens.
Christine Fernandes: morena pela primeira vez
Para viver Alícia, por exemplo, Taís Araújo alongou os cabelos com entrelaçamento e adotou o corte com franja. Deborah Secco, também recorreu ao alongamento e ainda escureceu os fios. Mariana Ximenes, por sua vez, para ficar com o ar juvenil, clareou ainda mais as madeixas e as cortou bem curtas.
As mudanças, porém, não param por aí. Juliana Paes escureceu um pouco mais o cabelo para interpretar a jornalista Maíra, enquanto a eterna loira Christine Fernandes, pela primeira vez, ficou morena.
Do elenco masculino, Murilo Benício também teve que passar por uma transformação. O ator, para viver o golpista Dodi, pintou levemente seus cabelos para ficar grisalho.
Amy Winehouse e Mia Farrow inspiram maquiagem
Para criar os looks de Alícia e Lara, Souza foi buscar referências na cultura pop. “Achei na cantora britânica Amy Winehouse o espírito de transgressão que precisava para criar Alícia. Por isso ela traz uma maquiagem mais carregada”, explica o supervisor, que considerou a caracterização da personagem de Taís Araújo como uma das mais difíceis de compor. Já o corte de cabelo de Lara, segundo Alê, foi inspirado no visual de Mia Farrow, no filme “O Bebê de Rosemary”.

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Do country ao urbano |
Saiba quais foram as inspirações para o figurino dos personagens e veja as fotos!
 | | A dúvida sobre quem está dizendo a verdade, trama central da novela, pautou o trabalho da figurinista Marie Salles e de sua equipe ao compor o figurino de Flora e Donatela. Veja aqui as fotos do figurino de alguns dos personagens! Para não contribuir com um julgamento antecipado, Marie optou por não incluir o preto – em geral associado aos vilões - no vestuário da dupla. “As duas usam cores, com a diferença de que uma é mais pobre e a outra é mais sofisticada”, explica Marie.
A diferença de “trato” entre Flora e Donatela grita na hora comparação entre os looks das personagens. Em contraste aos brincos de diamantes ostentados pela ricaça está a camisa puída da ex-presidiária. O figurino de Flora foi influenciado ainda pelo fato dela ter passado 18 anos na prisão. “O número de peças de Flora é reduzido e atemporal, como se ela tivesse parado no tempo”.
Donatela é country
Já o figurino de Donatela é considerado por Marie “muito realista”, com inspiração country, mas usando referências trazidas dos desfiles de moda realizados na Europa. Embora a personagem antecipe algumas tendências do inverno 2009, abusando do couro, de tecidos mais finos e do dourado, sua marca registrada não é o estilo, mas um “toque de perua”. “Donatela não é cafona; ela é apenas inadequada, pois está sempre um pouco over”, complementa. O country adotado pela personagem também não será o tradicional, mas uma alusão ao estilo, com elementos como botas e blusas xadrez.
Alícia tem estilo urbano
O estilo urbano da novela estará bem representado por Alícia, personagem de Taís Araújo. Apesar de contar com forte influência das tendências mostradas em desfiles, o figurino da menina nascida em berço de ouro foi inspirado na moda das ruas. “Hoje, o boom da moda está nas tendências de rua. Há muitos sites com fotos de pessoas comuns nas ruas de Londres, Tóquio ou Amsterdã. Eles têm o que está se usando no mundo inteiro e o figurino de Alicia foi criado com essa referência”.
Visual de Lara é masculino
Já o figurino de Lara, ao contrário do de Alicia, foi concebido a partir da memória afetiva da figurinista, que foi buscar inspiração nos seus tempos de adolescente para as peças da personagem. Com um visual mais masculino, o figurino de Lara foi considerado o mais difícil por Marie. “Mariana Ximenes é muito feminina. Tive que ‘desconstruí-la’ para, depois, reconstruí-la”, ela explica.
Inspirações em filmes, livros e astros do rock
No elenco masculino, a figurinista destaca o visual de Dodi, interpretado pelo ator Murilo Benício. Seu figurino é composto por ternos claros e camisas mais chamativas, de cores fortes. Considerado por Marie um dos figurinos de composição mais divertida, Dodi também usará acessórios, como um anel e uma pulseira grande.
O núcleo de Maria do Céu, interpretada por Deborah Secco, mereceu também uma atenção especial. Para dar vida ao figurino dos retirantes, além de uma preocupação com o envelhecimento e o desgaste das roupas, foi feita uma pesquisa extensa, com consulta a livros como “O Lixão”, de Marcos Prado, e “Mulheres em Movimentos”, de Claudia Ferreira e Claudia Bonan.
Já o figurino do personagem de José Mayer, o Augusto César, foi inspirado no visual de roqueiros como Bob Dylan, John Lennon e Keith Richards.

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'O Paulistano' |
Redação de jornal é fictícia, mas cheia de realismo
 | | Para A Favorita, o diretor de arte Mario Monteiro e equipe criaram cinco núcleos de cidade cenográfica: a vila operária da indústria de Gonçalo Fontini, o sítio do quixotesco Augusto César, uma parte da cidade de São Paulo, a favela de Maria do Céu, e a estufa de Irene. No total são dez mil metros quadrados de área construída na Central Globo de Produção. O maior núcleo é o da vila operária – com cinco mil metros quadrados -, seguido do de São Paulo, com três mil. O núcleo da vila operária é composto de 28 casas e estabelecimentos como barbeiro, cabeleireiro, loja de vídeo, armazém e farmácia. As casas são feitas de madeira, seguindo a filosofia da indústria de papel e celulose, que possui uma reserva florestal com árvores de reflorestamento. Para dar vida à reserva, Mario Monteiro e equipe ainda trouxeram 60 pinheiros de oito metros do Paraná. São Paulo antiga Além das casas que ganharam interiores, Mario Monteiro cita a biblioteca de Copola como um dos ambientes que merecem destaque no núcleo da vila operária. “Por se tratar de uma garagem que é também centro cultural, criamos, inclusive, um espaço para comportar cinco mil livros”, revela o cenógrafo. No núcleo de São Paulo, optou-se por seguir o estilo dos trechos mais antigos da cidade. Além de prédios, o ambiente abriga o bar freqüentado pelos jornalistas da trama e a lanchonete onde Flora trabalhará, logo após sair da prisão. Só de orquídea, são 250 vasos na estufa de Irene O sítio de Augusto César, segundo Monteiro, é o “cenário que todo mundo está curtindo fazer”. Com oito metros de altura e 12 de diâmetro, o diretor de arte, junto com sua equipe, construiu uma casa toda envidraçada em formato geodésico. ”Foi a forma que encontramos para que o personagem - que é naturalista – ficasse em contato constante com a natureza”, explica Monteiro. Para o ufólogo também foi criada uma horta orgânica, onde foram plantadas alface, couve e temperos em geral. A estufa de Irene será toda envidraçada e abrigará, só de orquídeas, 250 vasos. Redação de ‘O Paulistano’ tem realismo Para criar a redação de “O Paulistano”, Angela Melman e as sete pessoas de sua equipe visitaram a redação de um jornal para reproduzir o ambiente com realismo. Além dos papéis, livros e todos os outros apetrechos que costumam fazer parte diariamente das mesas dos jornalistas, outros detalhes que muitas vezes passam despercebidos até mesmo para os profissionais que trabalham realmente no local, foram introduzidos no ambiente. O cuidado foi tanto que a produtora de arte se preocupou, inclusive, com o fato de os computadores não possuírem CPU’s individuais. “Na redação que visitamos, os computadores eram conectados em rede a uma CPU central. Então, assim reproduzimos no cenário do jornal ‘O Paulistano’”, antecipa Angela. Todo o jornal “O Paulistano” – desde seu logotipo até os cadernos das diversas editorias - foi desenvolvido pela equipe de produção de arte. Para compor o ambiente, foram criados ainda descansos de tela com a marca do jornal e dos cadernos que, alternadamente, poderão ser visualizados no computador. O trabalho da produção de arte também está presente no desenvolvimento das faixas do comício de Romildo e na elaboração da capa do LP de “Faísca e Espoleta”, dupla formada por Donatela e Flora na juventude. Para rejuvenescer as atrizes nas fotos do disco, Angela convocou o fotógrafo Alex Wink, dono do estúdio AW, especialista em manipulação fotográfica.
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