Dinossauros e os Processos de Extinção em Massa

A ligação entre os dinossauros e a Astronomia existe quando falamos dos processos de extinção em massa que já ocorreram tantas vezes no nosso planeta. Durante a existência da Terra vários fenômenos têm provocado ciclos de extinção da vida e violentas transformações no nosso planeta. Os geólogos e geofísicos que estudam estes fenômenos têm proposto várias teorias para explicar o que deve ter acontecido. Algumas envolvem processos catastróficos ocorridos no cenário da Astronomia.

 

Asteróides colidindo com a Terra: Meteoritos

Existem alguns asteróides que têm órbitas situadas fora do cinturão de asteróides. Alguns têm órbitas que cruzam a órbita da Terra e alguns acabam penetrando na nossa atmosfera, quando são chamados de meteoros, entrando em combustão devido à fricção com a atmosfera terrestre e sendo destruídos antes que causem algum tipo de catástrofe. No entanto, alguns conseguem colidir com a superfície da Terra. Um grande asteróide poderia sobreviver a este atrito através da atmosfera e colidir com a superfície do nosso planeta. Quando isto acontece, chamamos este objeto de meteorito. O resultado desta colisão varia de acordo com o tamanho do objeto que cai. Muitos simplesmente passam despercebidos. Outros são capazes de criar enormes crateras de impactos. Conhecemos várias destas crateras na superfície da Terra.

 

O que aconteceu?

Há 65 milhões de anos atrás, no final do período Cretáceo, uma grande parte das famílias de plantas e animais foram, subitamente, extintos na Terra. O que aconteceu? Hoje, paleontólogos realizam escavações que comprovam que um processo repentino destruiu grande parte da vida na Terra. Algo aconteceu de modo súbito. Não foi apenas um fato isolado que determinou que grandes espécies de animais e de plantes terminassem abruptamente o seu ciclo de vida. Foi o fato e todas as conseqüências geradas por ele que determinaram a extinção de todos os animais terrestres com mais de 25 quilogramas, bem como vários outros organismos menores. Esta extinção das espécies é conhecida como extinção Cretáceo-Terciário ou Extinção K-T. Por que K-T? A letra "K" é a inicial da palavra alemã "Kreide" que significa "giz", e descreve a camada sedimentária de calcáreo proveniente daquela época, enquanto que a letra "T" representa "terciário", o período geológico seguinte.
A extinção K-T eliminou os dinossauros, pterossauros, plessiossauros, mossassauros, algumas famílias de pássaros e mamíferos marsupiais, mais da metade dos grupos de planctons, várias famílias de peixes, esponjas, etc. Mas afinal, o que pode ter causado uma devastação tão grande? Uma das teorias propostas está intimamente ligada à Astronomia.

 

A Teoria de Alvarez do Impacto do Asteróide

Existem várias teorias sobre porque a extinção K-T ocorreu. Uma delas, amplamente aceita, foi proposta, em 1980, pelo físico Luis Alvarez, da University of California, Berkeley, e seu filho, o geólogo Walter Alvarez. Em 1980 Alvarez encontrou uma camada de irídio em sedimentos que datavam da época do final da extinção do Cretáceo.
camada de irídio

(clique nessa figura para visualizá-la melhor)
A fotografia, obtida por Walter Alvarez, mostra um estrato nos montes Apeninos, na Itália, em que podemos ver a camada de irídio. Ela é a faixa de cor escura que está no centro da imagem. O seu tamanho é bastante estreito, como pode ser visto a partir da comparação com a moeda de 1/4 de dólar que foi colocada sobre ela. O fato notável é que a faixa de irídio está situada entre uma placa de pedra calcária branca, situada abaixo dela, e que provém da era Mesozóica e a faixa de pedra calcária acinzentada, acima da camada de irídio, que provém do início da era Cenozóica. O irídio é raro na Terra, mas existe concentrado em meteoros e cometas. Isto levou Alvarez a propor uma teoria onde um enorme meteorito, com um diâmetro possível entre 6 a 15 km, teria colidido com a Terra há cerca de 65 milhões de anos atrás. O irídio encontrado seria resíduo deste asteróide.

Uma terrível seqüência de eventos

Vejamos o que aconteceu naquele fatídico dia.

Em que lugar o meteorito caiu?

Existem várias crateras de impacto sobre a superfície da Terra. No entanto, o impacto ocorrido a 65 milhões de anos e que deu origem a esta grande tragédia deveria ser uma cratera muito especial. Embora tenha havido grande procura, nada havia sobre a superfície da Terra que justificasse um impacto desta ordem. Finalmente ela foi encontrada, sob a superfície do mar. Esta cratera, chamada Chicxulub, está na ponta da península de Yucatán, no Golfo do México. Ela tem 180 km de largura e 1600 metros de profundidade. Os estudos feitos no local datam esta cratera em 65 milhões de anos, o que coincide com o período de extinção em massa que estamos comentando. Grandes quantidades de enxofre foram encontradas no solo de Chicxulub dando crédito à hipótese de que o ácido sulfúrico disperso na atmosfera ocasionou chuvas ácidas naquele local. Além disso, por toda a região do Golfo do México há indícios de tsunamis do período K-T.

 

Existiram outras extinções em massa na história do nosso planeta?

Conhecemos hoje pelo menos 10 eventos de extinção em massa no nosso planeta. Vamos listar os 5 maiores eventos:

Embora nos choque a extinção dos dinossauros no evento do período Cretáceo esta não foi a pior devastação sofrida pelo nosso planeta. A mais devastadora de todas as extinções em massa foi aquela que ocorreu durante o período Permiano, quando acreditamos que 95% das espécies marinhas e 8 das 27 ordens de insetos que existiam foram dizimadas. A extinção do período Cretáceo é a melhor conhecida e nela os dinossauros, vários outros animais e plantas e até cerca de 75% de todas as espécies marinhas foram extintas.

Existem outras hipóteses sobre a extinção em massa no período Cretáceo ou a queda de um asteróide é a única explicação plausível?

Há, na verdade, uma outra hipótese. Embora o cenário geral da extinção em massa seja o mesmo existe a possibilidade de que a causa possa ser outra. Uma possibilidade é que os responsáveis sejam as imensas erupções vulcânicas que criaram os fluxos de lava do chamado "Decan Traps" na região que hoje é conhecida como a Índia. Uma outra possibilidade é que tenha havido a queda do meteorito e que as ondas de choque provenientes deste impacto tenham se propagado através da Terra e convergido no antípodo, sacudindo a crosta do planeta e iniciando os eventos vulcânicos. A diferença é que na teoria de Alvarez um grande meteorito provoca a catástrofe e os outros fatos são coadjuvantes à queda deste corpo celeste. Nesta outra teoria o impacto do meteorito é o coadjuvante, servindo apenas para disparar a seqüência de eventos que serão, eles sim, os fatores principais no processo de exclusão da vida. Neste segundo caso, a queda do meteorito poderia até ser um acidente local, mas certas condições especiais da queda é que disparam o processo de erupção vulcânica que elimina a vida do planeta.

 

Já que estamos falando de dinossauros, voce sabe se algum dinossauro já foi ao espaço?

 

 

AONDE PODEMOS VER DINOSSAUROS HOJE EM DIA:

Em museus, filmes, exposições de artes, de figuras, esculturas, quadros, livros, gibis, na TV.

 

Referencia:http://www.on.br/glossario/alfabeto/d/dinossauro.html

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