- Biologia - A Ameba
- Matemática - Desafios Matemáticos
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- Filosofia - Metafisica
- Filosofia - Psicologia
A ameba é unicelular, vive mais em água doce. Quando se locomove ela se deforma,
formando os pseudopodes ou falsos pés.
É envolvida por uma película, a membrana plasmatica.
A membrana encerra o material gelatinoso, o citoplasma, no qual estão mergulhadas varias estruturas, os organulos do citoplasma. E tem o núcleo que coordena a célula e é responsável pela reprodução.
Dois Problemas da Ameba: 1º- Tem de manter a estrutura a mais de estável possível.
2º- Construção de material novo.
Sendo assim a ameba tem de obter energia para conseguir realizar todas sua atividades (construir material novo, locomover-se, realizar transporte através da membrana, etc…).
A ameba necessita de energia para realizar suas necessidades.
Essa energia é obtida através da queima de substancias , as mitocondrias, com ajuda de oxigênio. Para resolver esses problemas, ela precisa conseguir alimento com a fagocitose.
1º
Desafio
(Enviado
por Tuca Rei - Aluno do curso de Matemática - UFES):
Observe
a Sequência: 2 - 37 - 83 - 139 - 197 - 263 - 331 - 397 - 461 ... Qual é
o próximo número?
2º
Desafio
(Enviado
por Ricardo Marques - Aluno do curso de Matemática - UFES):
Cinco
companhias que mantêm páginas na internet e comercializam seus produtos via
rede, distribuíram cupons eletrônicos que ofereciam descontos ou um produto grátis
para o usuário que fizesse compras on line. Cada um dos cinco cupons eletrônicos
expirava em uma data diferente: 31/01 - 15/03 - 01/05 - 31/10 - 31/12 do
referido ano.
Usando
as informações e as dicas abaixo. Determine o produto que cada uma das
companhias comercializa (Ex: um dos produtos é um stereo system), o valor de
desconto (Ex: um deles oferece R$ 75,00 de desconto) ou o produto grátis que
cada um dos cupons oferece e a data em cada uma das ofertas expira.
1-
A Cia. Só Brasil não oferece R$ 200,00 de desconto, e o cupom desta companhia
não foi o primeiro nem o último a expirar.
2-
O cupom da companhia softwares expirou na terceira data anterior da do cupom
oferecido pela Cia. Alerta, mas expirou depois do cupom que oferecia um desconto
de R$ 100,00 pela Cia. Forja.
3-
Nem o cupom que oferecia R$ 200,00 de desconto nem a oferta da Cia. Cadê e
expiraram no último dia de nenhum dos meses.
4-
O cupom de desconto da companhia que comercializa modens expirou em 31/10.
5-
Os seguintes cupons expiraram consecutivamente: da oferta da Cia. Bismark, o que
vinha com a compra de e-Books (Livros em CD) e o que oferecia R$ 150,00 de
desconto.
6-
O cupom de oferta da Cia. Cadê não era adquirido na compra de software para
computadores e o cupom da Cia. Forja não era adquirido na compra de
equipamentos para academias.
7-
A Cia. Alerta oferecia um aparelho de telefone como brinde.
Sugerido
fazer uma tabela apropriada.
3º
Desafio
(Enviado
por Diogo Guimarães, o Mestre dos Magos, Aluno do 3º período. )
Se
uma linha esticada em torno de uma esfera de raio igual a 10 centímetros for
aumentada de 1 metro e, assim ampliada, se mantivesse uniformemente afastada da
esfera, a distância entre a esfera e linha seria de 0,15915... metros, o que o
que é aproximadamente 16 centímetros. Agora se fizéssemos a mesma experiência
com uma esfera de raio igual ao raio da Terra e aumentássemos essa linha em 1
metro, qual seria a distância entre a linha e a enorme esfera ? Nota: o
resultado é muito louco !
4º
Desafio
(Enviado
por Diogo Guimarães, o Mestre dos Magos, Aluno do 3º período. )Um
caminhão viaja a 100km/h por hora quando está descarregado e a 70 km/h quando
está carregado. Para transportar uma carga para São Paulo, numa viagem de mil
km, ele partiu vazio de Vitória e apanhou a carga numa cidade localizada num
certo ponto do trecho Vitória, São Paulo. Sabendo que a viagem total durou
13,5 h, a que distância de Vitória está localizada esta cidade?!
A Vida e as Obras
Este grande filósofo grego, filho de Nicômaco, médico de Amintas, rei da Macedônia, nasceu em Estagira, colônia grega da Trácia, no litoral setentrional do mar Egeu, em 384 a.C. Aos dezoito anos, em 367, foi para Atenas e ingressou na academia platônica, onde ficou por vinte anos, até à morte do Mestre. Nesse período estudou também os filósofos pré-platônicos, que lhe foram úteis na construção do seu grande sistema.
Em 343 foi convidado pelo Rei Filipe para a corte de Macedônia, como preceptor do Príncipe Alexandre, então jovem de treze anos. Aí ficou três anos, até à famosa expedição asiática, conseguindo um êxito na sua missão educativo-política, que Platão não conseguiu, por certo, em Siracusa. De volta a Atenas, em 335, treze anos depois da morte de Platão, Aristóteles fundava, perto do templo de Apolo Lício, a sua escola. Daí o nome de Liceu dado à sua escola, também chamada peripatética devido ao costume de dar lições, em amena palestra, passeando nos umbrosos caminhos do ginásio de Apolo. Esta escola seria a grande rival e a verdadeira herdeira da velha e gloriosa academia platônica. Morto Alexandre em 323, desfez-se politicamente o seu grande império e despertaram-se em Atenas os desejos de independência, estourando uma reação nacional, chefiada por Demóstenes. Aristóteles, malvisto pelos atenienses, foi acusado de ateísmo. Preveniu ele a condenação, retirando-se voluntariamente para Eubéia, Aristóteles faleceu, após enfermidade, no ano seguinte, no verão de 322. Tinha pouco mais de 60 anos de idade. A respeito do caráter de Aristóteles, inteiramente recolhido na elaboração crítica do seu sistema filosófico, sem se deixar distrair por motivos práticos ou sentimentais, temos naturalmente muito menos a revelar do que em torno do caráter de Platão, em que, ao contrário, os motivos políticos, éticos, estéticos e místicos tiveram grande influência. Do diferente caráter dos dois filósofos, dependem também as vicissitudes exteriores das duas vidas, mais uniforme e linear a de Aristóteles, variada e romanesca a de Platão. Aristóteles foi essencialmente um homem de cultura, de estudo, de pesquisas, de pensamento, que se foi isolando da vida prática, social e política, para se dedicar à investigação científica. A atividade literária de Aristóteles foi vasta e intensa, como a sua cultura e seu gênio universal. "Assimilou Aristóteles escreve magistralmente Leonel Franca todos os conhecimentos anteriores e acrescentou-lhes o trabalho próprio, fruto de muita observação e de profundas meditações. Escreveu sobre todas as ciências, constituindo algumas desde os primeiros fundamentos, organizando outras em corpo coerente de doutrinas e sobre todas espalhando as luzes de sua admirável inteligência. Não lhe faltou nenhum dos dotes e requisitos que constituem o verdadeiro filósofo: profundidade e firmeza de inteligência, agudeza de penetração, vigor de raciocínio, poder admirável de síntese, faculdade de criação e invenção aliados a uma vasta erudição histórica e universalidade de conhecimentos científicos. O grande estagirita explorou o mundo do pensamento em todas as suas direções. Pelo elenco dos principais escritos que dele ainda nos restam, poder-se-á avaliar a sua prodigiosa atividade literária". A primeira edição completa das obras de Aristóteles é a de Andronico de Rodes pela metade do último século a.C. substancialmente autêntica, salvo uns apócrifos e umas interpolações. Aqui classificamos as obras doutrinais de Aristóteles do modo seguinte, tendo presente a edição de Andronico de Rodes.
I. Escritos lógicos: cujo conjunto foi denominado Órganon mais tarde, não por Aristóteles. O nome, entretanto, corresponde muito bem à intenção do autor, que considerava a lógica instrumento da ciência.
II. Escritos sobre a física: abrangendo a hodierna cosmologia e a antropologia, e pertencentes à filosofia teorética, juntamente com a metafísica.
III. Escritos metafísicos: a Metafísica famosa, em catorze livros. É uma compilação feita depois da morte de Aristóteles mediante seus apontamentos manuscritos, referentes à metafísica geral e à teologia. O nome de metafísica é devido ao lugar que ela ocupa na coleção de Andrônico, que a colocou depois da física.
IV. Escritos morais e políticos: a Ética a Nicômaco, em dez livros, provavelmente publicada por Nicômaco, seu filho, ao qual é dedicada; a Ética a Eudemo, inacabada, refazimento da ética de Aristóteles, devido a Eudemo; a Grande Ética, compêndio das duas precedentes, em especial da segunda; a Política, em oito livros, incompleta.
V. Escritos retóricos e poéticos: a Retórica, em três livros; a Poética, em dois livros, que, no seu estado atual, é apenas uma parte da obra de Aristóteles. As obras de Aristóteles as doutrinas que nos restam - manifestam um grande rigor científico, sem enfeites míticos ou poéticos, exposição e expressão breve e aguda, clara e ordenada, perfeição maravilhosa da terminologia filosófica, de que foi ele o criador.
A Metafísica
A Metafísica
A
metafísica aristotélica
é "a ciência do ser como ser, ou dos princípios e
das causas do ser e de seus atributos essenciais".
Ela abrange ainda o ser imóvel e incorpóreo, princípio
dos movimentos e das formas do mundo, bem como o mundo
mutável e material, mas em seus aspectos universais e
necessários. Exporemos portanto, antes de tudo, as
questões gerais da metafísica, para depois chegarmos
àquela que foi chamada, mais tarde, metafísica
especial; tem esta como objeto o mundo que vem-a-ser
- natureza e homem
- e culmina no que não pode
vir-a-ser, isto é, Deus. Podem-se reduzir
fundamentalmente a quatro as questões gerais da
metafísica aristotélica: potência e ato, matéria e
forma, particular e universal, movido e motor. A primeira
e a última abraçam todo o ser, a segunda e a terceira
todo o ser em que está presente a matéria.
I.
A doutrina da
potência e do ato
é fundamental na metafísica aristotélica: potência
significa possibilidade, capacidade de ser, não-ser
atual; e ato significa realidade, perfeição, ser
efetivo. Todo ser, que não seja o Ser perfeitíssimo, é
portanto uma síntese
- um
sínolo -
de potência e de ato, em diversas proporções, conforme
o grau de perfeição, de realidade dos vários seres. Um
ser desenvolve-se, aperfeiçoa-se, passando da potência
ao ato; esta passagem da potência ao ato é
atualização de uma possibilidade, de uma potencialidade
anterior. Esta doutrina fundamental da potência e do ato
é aplicada
- e desenvolvida -
por Aristóteles especialmente quando da doutrina da
matéria e da forma, que representam a potência e o ato
no mundo, na natureza em que vivemos. Desta doutrina da
matéria e da forma, vamos logo falar.
II.
Aristóteles não nega o vir-a-ser de
Heráclito,
nem o ser de Parmênides, mas une-os em uma síntese
conclusiva, já iniciada pelos últimos
pré-socráticos
e grandemente aperfeiçoada por
Demócrito
e
Platão.
Segundo Aristóteles, a mudança, que é intuitiva,
pressupõe uma realidade imutável, que é de duas
espécies. Um substrato comum, elemento imutável da
mudança, em que a mudança se realiza; e as
determinações que se realizam neste substrato, a
essência, a natureza que ele assume. O primeiro elemento
é chamado
matéria (prima),
o segundo
forma (substancial).
O primeiro é potência, possibilidade de assumir várias
formas, imperfeição; o segundo é atualidade -
realizadora, especificadora da matéria
- , perfeição. A síntese
- o
sinolo
- da matéria e da forma
constitui a substância, e esta, por sua vez, é o
substrato imutável, em que se sucedem os acidentes, as
qualidades acidentais. A mudança, portanto, consiste ou
na sucessão de várias formas na mesma essência, forma
concretizada da matéria, que constitui precisamente a
substância.
A matéria sem forma,
a pura matéria, chamada matéria-prima, é um mero
possível, não existe por si, é um absolutamente
interminado, em que a forma introduz as determinações.
A matéria aristotélica, porém, não é o puro não-ser
de Platão, mero princípio de decadência, pois ela é
também condição indispensável para concretizar a
forma, ingrediente necessário para a existência da
realidade material, causa concomitante de todos os seres
reais.
Então não existe,
propriamente, a forma sem a matéria, ainda que a forma
seja princípio de atuação e determinação da própria
matéria. Com respeito à matéria, a forma é, portanto,
princípio de ordem e finalidade, racional, inteligível.
Diversamente da idéia platônica, a forma aristotélica
não é separada da matéria, e sim imanente e operante
nela. Ao contrário, as formas aristotélicas são
universais, imutáveis, eternas, como as idéias
platônicas.
Os elementos
constitutivos da realidade são, portanto, a forma e a
matéria. A realidade, porém, é composta de
indivíduos, substâncias, que são uma síntese
- um
sínolo
- de matéria e forma. Por
conseqüência, estes dois princípios não são
suficientes para explicar o surgir dos indivíduos e das
substâncias que não podem ser atuados
- bem como a matéria não pode ser
atuada
- a não ser por um
outro indivíduo, isto é, por uma substância em ato.
Daí a necessidade de um terceiro princípio, a
causa eficiente, para poder
explicar a realidade efetiva das coisas. A causa
eficiente, por sua vez, deve operar para um fim, que é
precisamente a síntese da forma e da matéria,
produzindo esta síntese o indivíduo. Daí uma quarta
causa, a
causa final,
que dirige a causa eficiente para a atualização da
matéria mediante a forma.
III.
Mediante a doutrina da matéria e da forma, Aristóteles
explica o indivíduo, a substância física, a única
realidade efetiva no mundo, que é precisamente síntese
- sínolo
- de matéria e de forma. A
essência
- igual em todos os
indivíduos de uma mesma espécie
-
deriva da forma; a individualidade, pela qual toda
substância é original e se diferencia de todas as
demais, depende da matéria. O indivíduo é, portanto,
potência realizada, matéria enformada, universal
particularizado. Mediante esta doutrina é explicado o
problema do
universal e
do
particular, que
tanto atormenta Platão; Aristóteles faz o primeiro
- a idéia
-
imanente no segundo
- a
matéria, depois de ter eficazmente criticado o dualismo
platônico, que fazia os dois elementos transcendentes e
exteriores um ao outro.
IV.
Da relação entre a potência e o ato, entre a
matéria e a forma, surge o movimento, a mudança, o
vir-a-ser, a que é submetido tudo que tem matéria,
potência. A mudança é, portanto, a realização do
possível. Esta realização do possível, porém, pode
ser levada a efeito unicamente por um ser que já está
em ato, que possui já o que a coisa movida deve
vir-a-ser, visto ser impossível que o menos produza o
mais, o imperfeito o perfeito, a potência o ato, mas
vice-versa. Mesmo que um ser se mova a si mesmo, aquilo
que move deve ser diverso daquilo que é movido, deve ser
composto de um motor e de uma coisa movida. Por exemplo,
a alma é que move o corpo. O motor pode ser unicamente
ato, forma; a coisa movida
-
enquanto tal
- pode ser
unicamente potência, matéria. Eis a grande doutrina
aristotélica do
motor e
da
coisa movida,
doutrina que culmina no motor primeiro, absolutamente
imóvel, ato puro, isto é, Deus.
A Psicologia
Objeto geral da
psicologia aristotélica é o mundo animado, isto é,
vivente, que tem por princípio a alma e se distingue
essencialmente do mundo inorgânico, pois, o ser vivo
diversamente do ser inorgânico possui internamente o
princípio da sua atividade, que é precisamente a alma,
forma do corpo. A característica essencial e diferencial
da vida e da planta, que tem por princípio a
alma vegetativa, é a
nutrição e a reprodução. A característica da vida
animal, que tem por princípio a
alma
sensitiva, é precisamente a sensibilidade e a
locomoção. Enfim, a característica da vida do homem,
que tem por princípio a
alma
racional, é o pensamento. Todas estas três
almas são objeto da psicologia aristotélica. Aqui nos
limitamos à psicologia racional, que tem por objeto
específico o homem, visto que a alma racional cumpre no
homem também as funções da vida sensitiva e
vegetativa; e, em geral, o princípio superior cumpre as
funções do princípio inferior. De sorte que, segundo
Aristóteles diversamente de
Platão
todo ser vivo tem uma só alma, ainda que haja nele
funções diversas faculdades diversas porquanto se dão
atos diversos. E assim, conforme Aristóteles,
diversamente de Platão, o corpo humano não é
obstáculo, mas instrumento da alma racional, que é a
forma do corpo.
O homem é uma unidade
substancial de alma e de corpo, em que a primeira cumpre
as funções de forma em relação à matéria, que é
constituída pelo segundo. O que caracteriza a alma
humana é a racionalidade, a inteligência, o pensamento,
pelo que ela é espírito. Mas a alma humana desempenha
também as funções da alma sensitiva e vegetativa,
sendo superior a estas. Assim, a alma humana, sendo
embora uma e única, tem várias faculdades, funções,
porquanto se manifesta efetivamente com atos diversos. As
faculdades fundamentais do espírito humano são duas:
teorética e prática, cognoscitiva e operativa,
contemplativa e ativa. Cada uma destas, pois, se desdobra
em dois graus, sensitivo e intelectivo, se se tiver
presente que o homem é um animal racional, quer dizer,
não é um espírito puro, mas um espírito que anima um
corpo animal.
O conhecimento
sensível, a sensação,
pressupões um fato físico, a saber, a ação do objeto
sensível sobre o órgão que sente, imediata ou à
distância, através do movimento de um meio. Mas o fato
físico transforma-se num fato psíquico, isto é, na
sensação propriamente dita, em virtude da específica
faculdade e atividade sensitivas da alma. O sentido
recebe as qualidades materiais sem a matéria delas, como
a cera recebe a impressão do selo sem a sua matéria. A
sensação embora limitada é objetiva, sempre verdadeira
com respeito ao próprio objeto; a falsidade, ou a
possibilidade da falsidade, começa com a síntese, com o
juízo. O sensível
próprio
é percebido por um só sentido, isto é, as sensações
específicas são percebidas, respectivamente, pelos
vários sentidos; o sensível
comum,
as qualidades gerais das coisas tamanho, figura, repouso,
movimento, etc. são percebidas por mais sentidos. O
senso
comum é uma
faculdade interna, tendo a função de coordenar,
unificar as várias sensações isoladas, que a ele
confluem, e se tornam, por isso, representações,
percepções.
Acima do conhecimento
sensível está o conhecimento
inteligível, especificamente diverso do
primeiro. Aristóteles aceita a essencial distinção
platônica entre sensação e pensamento, ainda que
rejeite o inatismo platônico, contrapondo-lhe a
concepção do intelecto como
tabula
rasa, sem idéias inatas. Objeto do sentido é
o particular, o contingente, o mutável, o material.
Objeto do intelecto é o universal, o necessário, o
imutável, o imaterial, as essências, as formas das
coisas e os princípios primeiros do ser, o ser absoluto.
Por conseqüência, a alma humana, conhecendo o
imaterial, deve ser espiritual e, quanto a tal, deve ser
imperecível.
Analogamente às
atividades teoréticas, duas são as atividades práticas
da alma: apetite e vontade. O
apetite
é a tendência guiada pelo conhecimento sensível, e é
próprio da alma animal. Esse apetite é concebido
precisamente como sendo um movimento finalista,
dependente do sentimento, que, por sua vez depende do
conhecimento sensível. A
vontade
é o impulso, o apetite guiado pela razão, e é própria
da alma racional. Como se vê, segundo Aristóteles, a
atividade fundamental da alma é teorética,
cognoscitiva, e dessa depende a prática, ativa, no grau
sensível bem como no grau inteligível.