O Nordeste possui uma rica cobertura vegetal, que inclui florestas, como a Mata Atlântica, cerrados, caatinga, dunas e mangues.

 

Mata Atlântica

Caracterizada pela grande umidade, a Mata Atlântica se estende paralelamente ao litoral brasileiro, a partir do Cabo de São Roque, no Rio Grande do Norte, até o Rio Grande do Sul. A Mata tem largura média de 200 km, chegando a 300 km ou 350 km em alguns pontos. A Mata Atlântica faz parte da Zona da Mata Costeira e no sul da Bahia e norte do Espírito Santo é conhecida também como Hiléia Baiana e Mata dos Tabuleiros.

Em suas áreas mais densas suas árvores alcançam alturas entre 15 e 20 metros. As principais espécies da Mata Costeira são: pindoba, embaúba, pau d'alho, azeitona-da-mata, visgueiro, sapucaia, ingá e pau d'arco.

Na Bahia, já na área chamada de Hiléia Baiana, a vegetação é rica em espécies de madeira de lei, como o jacarandá, a maçaranduba, o jatobá, o cedro, a cerejeira e o jequitibá. Nesta região, as árvores chegam a atingir mais de 30 metros de altura.

 

Caatinga

Designa o conjunto de espécies vegetais de porte arbóreo e arbustivo que cobrem o semi-árido nordestino. Os solos que compõem o ecossistema da caatinga são arenosos ou areno-argilosos, pedregosos e pobres em

matéria orgânica.

Também chamada de Sertão, Carrasco e Seridó, a caatinga apresenta uma série de variações na Região: caatinga seca e agrupada, caatinga seca e esparsa, caatinga arbustiva densa, caatinga das serras, caatinga da Chapada do Moxotó, além da caatinga do Litoral. Dentre as espécies vegetais mais comuns da caatinga, estão a jurema, o umbuzeiro, o marmeleiro, o mandacaru, o xique-xique, a faveleira e o pinhão-bravo.

 

Cerrados

Ocupa, aproximadamente, um quinto do território brasileiro. O sul e leste do Maranhão, sudoeste do Piauí e oeste da Bahia são as regiões do Nordeste que têm este tipo de cobertura vegetal. Relacionado ao clima quente, semi-úmido, com ausência de chuvas num período entre cinco e seis meses, suas áreas mais distintas estão associadas a um relevo de chapadas e tabuleiros. Os cerrados são formações herbáceo-lenhosas, com árvores de pequeno porte, de troncos e galhos retorcidos, revestidos por espessa casca. As copas das árvores e arbustos do cerrado são abertas, permitindo a passagem de luz aos extratos herbáceos.

Podem ser enumeradas como espécies mais típicas dos cerrados os seguintes exemplos: faveira, mangaba, pequi, araçá, babaçu, ipê-branco e carnaúba.

Vegetação de praias , dunas e restingas

Incluem-se nesta categoria as diversas formas de vegetação que ocorrem nos litorais arenosos. A vegetação de praia e as dunas sofrem contínua ação dos ventos marinhos, carregados de sal. Esta combinação, associada à água do mar e às areias, confere à vegetação litorânea um aspecto particular. O capim-da-areia, o alecrim-da-praia, a pimenteira, a grama-da-praia e o capim-paraturá estão entre as espécies vegetais encontradas nestas áreas.

 

Mangue

Este tipo de vegetação ocorre em quase toda a extensão das regiões litorâneas tropicais do mundo inteiro. A vegetação de mangue constitui-se de espécies que se desenvolvem em solos de pequena declividade, sob a ação das marés de água salgada. As características dos mangues não diferem muito entre as regiões quanto ao seu aspecto florístico. No entanto, a altura das árvores nos mangues variam bastante. No Maranhão e no litoral norte, as espécies alcançam porte bem mais elevado, formando verdadeiras florestas. As espécies mais representativas são: o mangue vermelho, o mangue siriuba e o mangue branco.

 

FONTE:

IBGE. Geografia do Brasil. Região Nordeste. Rio de Janeiro. 1977.

Atlas Nacional do Brasil. Rio de Janeiro. 1985.

SUDENE

http://www.sudene.gov.br/nordeste/vegetacao.html

 

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