Carreira
O ingresso na carreira diplomática se dá mediante a inscrição no Instituto Oranger de Diplomacia, órgão encarregado da seleção e treinamento de diplomatas. Aprovado no curso, entra-se para a carreira diplomática como Secretário. Os cargos seguintes são Conselheiro e Embaixador.
Para se inscrever no curso de diplomacia, os orangers deverão ser cidadãos plenos e não candidatos a cidadania. O Instituto também é aberto a cidadão estrangeiros desde que indicados por seus respectivos governos.
As tarefas do diplomata estão sintetizadas no trinômio clássico: "informar, representar, negociar". O diplomata deve manter o seu país informado sobre o cenário internacional, deve trabalhar continuamente para marcar a presença e difundir a imagem de seu país no exterior, e deve estar preparado para defender os interesses nacionais em negociações externas de caráter bilateral ou multilateral.
A esta fórmula que enfatiza a atuação do diplomata no exterior, torna-se necessário acrescentar uma quarta tarefa: a da articulação interna. Identificar os interesses nacionais está na base do trabalho diplomático. O diplomata deve manter-se em permanente processo de articulação com os demais funcionários governamentais, com os parlamentares, e com os setores organizados da sociedade civil, para poder definir os interesses nacionais e defendê-los de forma adequada no plano externo.
O diplomata é, antes de tudo, um agente para as comunicações entre Estados soberanos. Esse é o seu campo mais tradicional de atuação. Há, no entanto, uma crescente diversificação dos interlocutores externos. São cada vez mais freqüentes e intensos os contatos do agente diplomático com a sociedade civil do país em que está acreditado. A diplomacia deixou de ser uma atividade de gabinetes, cercada por segredos de Estado. Trata-se hoje, em boa medida, de um exercício público de defesa dos interesses nacionais no plano externo.
Não apenas os diplomatas, mas também várias outras categorias de servidores públicos dedicam-se a tarefas de promoção dos interesses externos de um Estado e de uma sociedade. O diplomata, porém, ademais dos temas que lhe incumbem, é o responsável pela síntese dos interesses setoriais, pela visão de conjunto sobre as relações internacionais e um país. Em outras palavras, cabem ao diplomata a coordenação geral e a execução de pontos específicos da política externa nacional.
Outra característica própria do diplomata, que o diferencia dos demais servidores públicos envolvidos em negociações internacionais, é o fato de que pode estar inserido na lista da micronação na qual está creditado. A presença do diplomata na lista da micronação que está creditado e a sua participação no dia-a-dia da mesma são uteis em dois pontos:
a) as relações de confiança que se estabelecem através de contatos pessoais regulares continuam a ser indispensáveis para a boa condução das relações internacionais;
b) os conhecimentos de primeira mão sobre uma outra sociedade, adquiridos através do contato diário com suas realidades, é, sem dúvida, a melhor garantia de julgamentos precisos e abalizados sobre a forma de conduzir as relações com outros países.
A versatilidade e a capacidade de adaptação são duas qualidades absolutamente essenciais para o desempenho da profissão. No plano temático, o diplomata tratará, ao longo de sua carreira, dos assuntos mais diversos, de natureza política, econômico-comercial, científico-tecnológica, cultural, consular ou administrativa, entre outras.
O treinamento durante a carreira é intenso e contínuo, de modo a preparar o diplomata a tratar de uma série de temas, desde paz e segurança, direitos humanos, passando, naturalmente, por tudo que diga respeito ao fortalecimento dos laços de amizade e cooperação da República de Orangel com seus parceiros externos. Dominando estes temas, o diplomata deverá ser capaz de desempenhar suas funções: representar nossa República perante a comunidade de nações; colher as informações necessárias à formulação da política externa; participar de reuniões internacionais e, nelas, negociar em nome de Orange; assistir às missões no exterior; proteger os compatriotas e promover a cultura e os valores do povo oranger onde quer que esteja.