Imagem em Acervohemisfério sul

Uma das primeiras cartas celestes do hemisfério sul feita por Dürer, em 1515 Hemisfério Sul
(desde modernidade)

Discursus

Alguns fenômenos estranhos chamaram a atenção durante o período das grandes navegações, no início da era moderna (séc. XV). Cristóvão Colombo (1451-1506) percebeu variações na posição da agulha magnética de sua bússola. Sem ter uma estrela polar boreal como guia, os navegadores tiveram de fazer, forçosamente, observações astronômicas para garantir sua própria orientação e sobrevivência no lado de baixo do equador. Logo perceberam que a constelação do Cruzeiro da Sul poderia ser uma ótima referência, na ausência de uma “estrela polar austral”. Em sua viagem de circunavegação, Fernão de Magalhães (1480-1521) descobriu no céu noturno duas nuvens tênues que poderiam ser partes destacadas da Via Láctea e que eram vistas apenas no hemisfério sul, as chamadas Nuvens de Magalhães, localizadas próximas ao pólo sul astronômico. Desse modo, por força das circunstâncias, transformou-se em astrônomo quem queria apenas obter ganhos com o comércio de especiarias.

Direito Autoral

Imagem: DÜRER, A. Hemisfério Austral; xilogravura. Fonte: Salvat editora do Brasil.


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