Barroco

O estilo barroco surgiu como resposta da Contra-Reforma aos ideais quase pagãos estabelecidos pelo Renascimento, por um lado, ao mesmo tempo em que reagia à decadência, distorções e os exageros provocados pelo maneirismo. Belas igrejas e toda arte sacra renovavam a expressão estética e o compromisso religioso em uma época de opulência européia. Todo refinamento dos costumes estava agora voltado para glorificar a obra de Deus. Contudo, tais riqueza e virtuosismo alcançados encontrariam rapidamente o atrativo da vida laica, nos motivos aristocráticos e extravagantes que geraram o rococó, principalmente na corte francesa pré-revolucionária. Enquanto durou, o Barroco obrigou seus artistas a atingirem o máximo em criatividade e requinte na execução de suas obras. Assim, demonstraram talento gênios como Johann Sebastian Bach (1685-1750), na música; Peter Paul Rubens (1577-1640), na pintura; Gian Lorenzo Bernini (1598-1680), na escultura, entre outros. A origem do termo "barroco", por vezes, é relacionada ao nome inventado pela escolástica para servir de lembrete ao modo baroco de um silogismo da segunda figura, cujas duas primeiras premissas são universal afirmativa e particular negativa, com uma particular negativa na conclusão. De acordo com os Primeiros Analíticos de Aristóteles (384-322 a.C.): Se Todo "P" é "M" e algum "S" não é "M", então algum "S" não é "P".

"(...) Onde há somente um livre jogo das faculdades de representação (sob a condição de que o entendimento não sofra, na verdade), como nos jardins ornamentais, na decoração de interiores, em todo tipo de mobília, etc, se evita tanto quanto possível a regularidade que se anuncie como contrária; por isto o gosto inglês na arte dos jardins ou o gosto barroco para os móveis levam a liberdade de imaginação às raias do grotesco, e é nessa separação de todas restrições impostas pela regra, que se apresenta a ocasião onde o gosto pode mostrar sua maior perfeição nas concepções da imaginação." (KANT, I Crítica do Juízo, "Analítica do Belo", § 22, "Observação Geral", p. 242).