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Os quatro filósofos Os Quatro Filósofos (1620)

Discursus

Até o período Barroco (séc. XVII) gozavam os filósofos de um prestígio inabalável, como testemunha o quadro de Rubens (1577-1640), que nem, ao menos, retrata um só que seja entre as quatro figuras tematizadas. Apenas o busto de Sêneca, acima de todos, à direita, é que hoje seria considerado autêntico filósofo. Os quatro filósofos são: o próprio Rubens, auto-retratado acima, à esquerda, seu irmão Felipe segundo à esquerda, recém falecido na época da composição do óleo, assim como o filólogo Justo Lípsio, que vem logo a seguir. O primeiro à direita é Jan Woverius, amigo do pintor que, junto com os outros três, debate a obra de Lípsio. Mesmo no Classicismo, que se seguiu ao Barroco, a filosofia ainda manteve um certo favoritismo até que a queda da Bastilha, o período de terror imediato à Revolução Francesa e o movimento Romântico começassem a questionar a primazia da razão sobre os sentimentos e da filosofia sobre outras ciências (Positivismo). A era de ouro da filosofia moderna cedeu, então, pouco a pouco, seu terreno para a filosofia contemporânea, sempre oscilante entre a crítica e defesa de uma forma de pensar privilegiada dos filósofos.

Direito Autoral

Imagem: RUBENS, P-P. Os Quatro Filósofos; Palácio de Pitti, Florença.


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