Guerra do Paraguai

A Guerra do Paraguai foi o maior conflito militar ocorrido na América do Sul, envolvendo o próprio Paraguai, Argentina, Brasil e Uruguai. Presume-se que tenha vitimado cerca de 600 mil pessoas, das quais: metade da população masculina paraguaia, 150 mil brasileiros, 30 mil argentinos e mil uruguaios. Os países envolvidos acumularam dívidas de mais de 100 milhões de libras com bancos ingleses, tendo o Paraguai arcado com a destruição de seu parque industrial cujas sequelas ainda hoje são sentidas. Tudo começou com a ambição do ditador paraguaio Francisco Solano López (1872-1870) em obter o domínio da navegação no rio da Prata. Confiante na força de seu exército, considerado o melhor preparado de sua época, depois de uma escaramuça entre Brasil e Uruguai, em maio de 1864, López aprisionou o navio brasileiro “Marquês de Olinda”, no porto de Assunção, no dia 11 de novembro, dizimando a tripulação. Em dezembro declarou guerra ao Brasil, país ao qual acusava de imperialismo, invadindo-o pela fronteira do estado do Mato Grosso. Em janeiro de 1865, é a vez da Argentina ser invadida. A resposta veio em maio desse ano com a formação da Tríplice Aliança, entre Argentina, Brasil e Uruguai, que se sentia ameaçado pelo desenrolar das ações paraguaias. Em junho, a frota de López é destruída na Batalha do Riachuelo pela marinha brasileira comandada pelo almirante Francisco Manuel Barroso da Silva (1804-1882). Em janeiro de 66, o território paraguaio é invadido pelas tropas do general argentino Bartolomeu Mitre (1821-1906). A partir de então, a estratégia de López concentrou-se na defesa de suas posições que foram lentamente derrubadas ao longo dos quatro anos restantes, até sua morte em 1 de março de 1870.