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O Amolador Trabalho


Ao longo da história, o trabalho assumiu diversas concepções, por vezes contraditórias. Ora era visto como castigo dos deuses, ou algo indigno de uma pessoa livre ou nobre exercer, ora como fonte de riqueza e dignidade do ser humano. Da perspectiva econômica, a divisão do trabalho decorre do modo de produção vigente, assim: em sistemas escravistas, o escravo é a principal força produtora; durante o feudalismo, o servo da gleba era a base da produção, enquanto no capitalismo, o operário assalariado assume a função de geração de bens. Marx acreditava que numa sociedade comunista o trabalho seria suprimido pela própria classe trabalhadora, passando a produção para o encargo da coletividade. Atualmente, a mão de obra vem sendo cada vez mais substituída pela automação, ao passo que o trabalho vem sendo cada vez mais remunerado em troca de uma coopção pelo modo de produção consumista, onde o valor do salário é medido pelo seu poder de compra e não pelo tempo de vida perdido pelo trabalhador para enriquecer seu patrão.

Discursus

“(...) Em todas as revoluções anteriores o modo de atividade permanecia intacto, e tratava-se apenas de conseguir uma outra forma de distribuição dessa atividade, uma nova distribuição do trabalho entre as pessoas, enquanto que a revolução comunista é dirigida contra o modo anterior de atividade, suprime o trabalho e supera a dominação de todas as classes, porque esta revolução é feita pela classe que não é mais reconhecida como tal, e que já é em si mesma a expressão da dissolução de todas as classes, de todas as nacionalidades etc., no interior da sociedade atual (...)” (MARX, K. e ENGELS, F. A Ideologia Alemã, seç. B, § 1).


Direito Autoral

Imagem: GOYA, O Amolador; Museu de Budapeste.


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