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Homem Vitruviano Homem Vitruviano
(1492)


A descoberta do Tratado de Vitrúvio, em 1415, influenciou fortemente os artistas do Renascimento, que retomavam o ideal antigo da proporção e equilíbrio das formas. Marcus Vitruvius Pollio (70 a.C-?), arquiteto e engenheiro romano, em seu livro trazia contribuições significativas para o interesse humanista que ressurgia no Quatrocento, sobretudo em Leonardo da Vinci (1452-1519), para quem a concepção de homem universal era elementar. O conhecimento humano passava a ser a medida de todas as coisas e sua justa proporção o ideal de beleza e vivência que revelavam a nova leitura dos textos de Platão e seus contemporâneos. Tal antropocentrismo, permaneceu inabalável, pelo menos, até Kant que ainda considerava a antropologia como principal fonte do saber. Essa postura, no entanto foi sendo, aos poucos, minada pelos românticos e positivistas que se seguiram a partir do século XIX..

Discursus

“O domínio da Filosofia neste sentido cosmopolita deixa-se reduzir às seguintes questões:

    1) O que posso saber?
    2) O que devo fazer?
    3) O que me é lícito esperar?
    4) O que é o homem?
À primeira questão responde a Metafísica; à segunda, a Moral; à terceira, a Religião; e à quarta, a Antropologia. Mas, no fundo, poderíamos atribuir todas essas à Antropologia, porque as três primeiras questões remetem à última.
O filósofo tem, por conseguinte, que poder determinar:
    1) as fontes do saber humano,
    2) a extensão do uso possível e útil de todo saber, e finalmente:
    3) os limites da razão.
A última coisa é a mais necessária, mas também a mais difícil, embora com ela não se preocupe o filódoxo”
(KANT, I. Lógica, “Introdução”, III, A 25-26).


Direito Autoral

Imagem: DA VINCI, L. Homem Vitruviano; Galeria da Academia, veneza.


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