Georg
Wilhelm Friedrich Hegel
(Stuttgart, 1770 - Berlim, 1831)
Filósofo alemão. Um dos mentores do romantismo. O caráter dúbio do sistema hegeliano serviu, em política, tanto para sustentar correntes conservadoras, quanto socialistas. Entretanto, a dialética hegeliana revelou o importante papel da história na formação da consciência humana. Autor de Fenomenologia do Espírito (1807), A Ciência da Lógica (1812/16) e Princípios da Filosofia do Direito (1821).
Assim, pois, no saber o espírito encerra o movimento de formação, ao ser afetado o mesmo pela diferença sobreposta da consciência. O espírito conquistou o puro elemento de seu ser aí, o conceito. O conteúdo é, segundo a liberdade de seu ser, o si mesmo que se aliena ou a unidade imediata do saber de si mesmo. O puro movimento desta alienação constitui, considerado como conteúdo, a necessidade deste. O conteúdo diversificado é como que determinado na relação, não em si, e sua inquietude consiste em superarse a si mesmo ou na negação; é, portanto, a necessidade ou a diversidade, o ser livre e igualmente o si mesmo; e, nesta forma da mesmidade, em que o ser aí é pensamento imediato, o conteúdo é conceito. Uma vez que o espírito tenha alcançado o conceito, desenvolve o ser aí e o movimento neste éter de sua vida, e é ciência. Nela, os momentos de seu movimento não se apresentam já como determinadas figuras da consciência, senão, como a diferença da consciência retornada a si mesma, como conceitos determinados e como o movimento orgânico, fundado em si mesmo, de tais conceitos. (HEGEL, G. W. F. Fenomenologia do Espírito, DD O saber absoluto, § 3).
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Imagem: Hegel em gravura de época, fonte Salvat Editora do Brasil. |