As mensagens na Música

"...emoções de toda espécie são produzidas pela melodia e pelo ritmo: através da música, por conseguinte, o homem se acostuma a experimentar as emoções certas: tem a música, portanto, o poder de formar o caráter, e os vários tipos de música, baseados nos vários modos, distinguem-se pelos seus efeitos sobre o caráter - um, por exemplo, operando na direção da melancolia, outro na da efeminação, um incentivando a renúncia, outro o domínio de si, um terceiro o entusiasmo, e assim por diante, através da série". Aristóteles


 Podemos afirmar que determinadas vibrações na música são usadas de maneira subliminar, visto que o ouvido humano tem um limite para captação de sons conscientes. As vibrações abaixo e acima destes limites são captadas inconscientemente provocando em algumas pessoas, dores de cabeça, sensações de mal-estar, medo, angústia, excitação ou até mesmo, uma calma aparente. Os sons subliminares são muito usados no cinema para se conseguir um estado alterado de consciência ou para se conseguir o efeito desejado em determinadas cenas, semelhantes às sugestões pós-hipnóticas. 

 

  O caso mais antigo...

O caso mais famoso, e provavelmente o mais antigo que a história registra dos efeitos físicos da freqüência do som, é a destruição dos muros de Jericó, através de Josué, cerca do séc. XV a.C., conforme relatado nas páginas da Bíblia. Orientado divinamente, Josué estabelece um plano misto de sons ritmados e música, combinados com o número sete, que é um número místico, também considerado o número da perfeição de Deus (sete trombetas, sete anjos, sete dias, etc.). As tropas circundaram a cidade, marchando durante seis dias, onde sete sacerdotes levavam sete trombetas de chifres de carneiro. No sétimo dia, rodearam a cidade 7 vezes, e sob as ordens de Josué, tocaram longamente a trombeta, e todos gritaram com grande voz, em uníssono juntamente com os sons das trombetas e da marcha. Imediatamente, as poderosas muralhas ruíram, e a cidade foi tomada e saqueada pelos hebreus (Josué 6.4-20).



      Infelizmente o homem moderno, reducionista e materialista tenta tapar o sol com a peneira, ignorando a íntima relação da música com os fatos que o cerca, chegando, na sua ignorância, a afirmar que não existe subliminar na música ! Ainda bem que as descobertas arqueológicas estão a cada dia, corroborando histórias que até pouco tempo atrás, eram consideradas 'da carochinha', superstição ou lenda. 

Backward Masking: As mensagens invertidas

Quando Gary Greenwald começou a desenvolver estudos sobre mensagens invertidas nas músicas, empreendidos pelas Universidades de Standford e Universidade de Los Angeles, também conhecidas como 'Backward Masking', certamente foi chamado de louco, fanático, religioso, lunático, etc.  
 Estudos científicos tem conseguido mostrar, através de modernos equipamentos multimídia, que frases e até palavras são codificadas pelo cérebro, e, no exato momento que estamos falando, estas expressões já estão sendo enxertadas na fala. O professor Vicente já analisou depoimentos surpreendentes de crianças que, quando estão dormindo, balbuciam palavras invertidas de músicas que ouviram durante o dia. Quando se inverte a rotação de uma fala, discurso, ou depoimento, detecta-se claramente o real significado ou sentido que gostaríamos de ter falado, mas por medo, repressão ou por um motivo alheio ao nosso consciente, não o fizemos do modo normal. É como se fosse um (moderno) detector de mentiras. 
É, realmente há muito mais coisas entre o céu e a terra, que a vã filosofia imagina.

As Mensagens de Rebeldia e Violência

“Right now! / Ahhhhh!/ I am na anti Christ I know what I want / And I know how to get it /I wanna destroy passers by/ For I wanna be – anarchy” Anarchy in the UK” – Sex Pistols*

*Agora!/Ahhhhh!/ Sou um anticristo/ Sei o que quero/ E sei como conseguí-lo/ Quero destruir os transeuntes/ Pois quero ser anarquia/

“Anarquia no Reino Unido” – Sex Pistols


A história se repete, a violência volta a ocupar praticamente todo o espaço na mídia. A violência é fruto principalmente da rebelião do indivíduo aos valores e conceitos sociais, morais e políticos de uma sociedade. Foi a partir dos anos 50 que estes aspectos de rebeldia marcaram de maneira muito profunda toda cultura jovem não só norte-americana, mas mundial. Estes jovens viveram e cresceram dentro de uma sociedade consumista e materialista, tendo como pano de fundo, as cenas recentes ainda muito vivas e todas as conseqüências cruéis da 2a. Guerra Mundial. A música, em especial o rock, foi, sem dúvida, o grande meio de catalização, como linguagem única da juventude, capaz de expor e traduzir todos os seus anseios e conflitos, provocados pelas desigualdades sociais e raciais, problemas existenciais, lares desfeitos e desajustados, reflexos e seqüelas impiedosos da guerra. A música, antes da década de 50, era bifurcada em dois grandes mercados: a chamada música para brancos, produzida por grandes gravadoras para um público nacional, constituída de música erudita e romântica e a música para negros (o blues e o rhythm and blues), produzida por gravadoras menores, para um público bem menor. Por sua vez, o "country-and-western", música caipira dos brancos pobres, de natureza folclórica e origem rural, era tão marginalizada quanto à dos negros.

Nasce o “rock and roll”

A fusão destas tendências musicais, que veio a se chamar de rock' n'roll, de estilo contestatório, foi 'adotada' pelos jovens de classe média branca, como forma de se rebelar contra os padrões sociais estabelecidos na época, por seus pais. A indústria cultural norte-americana percebendo o emergente mercado que se abria com o rock e sua filosofia de vida, investiu pesado nos cantores brancos, uma vez que o mercado nacional relutou no início para aceitar o seu estilo agressivo, lançando Bill Halley e em seguida, Elvis Presley (nos Estados Unidos), e os Beatles (na Inglaterra, depois de l962).

Nasce a violência
        

 Podemos classificar a influência da música em cinco tópicos principais: violência, sexo, drogas, ocultismo e hedonismo. Estudaremos em primeiro lugar a violência. Um médico, ao pesquisar porque havia tanta violência nos shows de rock, descobriu que o hormônio que uma pessoa produz e que é injetado no sangue quando se zanga é o mesmo produzido quando uma pessoa ouve rock. A violência na música atingiu seu clímax com o movimento Punk que, carregado de crueldade e sadismo, é contrário a todos os princípios aceitos pela sociedade. O Punk-Rock é mais que um estilo de música, é também uma filosofia de vida, de comportamento. Seus seguidores colocam correntes, brincos e alfinetes espetados nos mais diversos locais do corpo. Foi o grupo Sex Pistols que inaugurou o punk-rock com todo tipo de insultos, agressões e obscenidades.

Sid Vicious foi um dos maiores ícones do movimento punk. Era o baixista da Banda Sex Pistols (Pistola do Sexo) e morreu de overdose de heroína, na banheira de seu apartamento em 1979, afogado em seu próprio vômito.

A rebeldia e a violência na música

Citaremos em seguida várias letras de músicas abrangendo o tema, pois os efeitos da música se tornam mais maléficos, quando reforçados pela mensagem da letra e influência da personalidade dos artistas. Citaremos também alguns trechos de entrevistas e declarações contendo referências à violência e rebeldia na música popular em geral, dadas por pessoas que, de alguma forma estão envolvidas no mundo da música.

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