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A Instalação do Linux.

[versão 1 - Em: 25.11.2005.]
[versão 3 - Em: 21.04.2008.]


Imaginemos que nossas vidas se regem por duas leis da máxima importância. A primeira delas é a Lei da Gravidade e seus efeitos podem ser resumidos pela frase: com o tempo, tudo cai. A segunda lei em importância nas nossas vidas é a Lei do Menor Esforço. Para entendê-la, basta dar uma olhada na bagunça de um quarto de adolescente...

No caso dos computadores, a lei do menor esforço atua logo na instalação do sistema. Se o vendedor lhe entrega um micro com tudo instalado, ótimo. Mas se for preciso instalar mais um periférico - uma nova impressora, por exemplo - isto pode ser um problema enorme para muitos usuários.
Portanto, programas de instalação - os famosos .exe - são criados para facilitar a instalação de tudo que se possa imaginar (inclusive programas espiões), simplesmente porque se aproveitam da tendência do usuário procurar a maneira mais fácil de fazer as coisas, o menor esforço.
A instalação do Linux quase nunca obedece à lei do menor esforço. Por outro lado, não é nenhum bicho-de-sete-cabeças.
Dependendo da distribuição,  o processo de instalação pode ser bem simples ou bastante complicado.

Já disse em algum lugar destas páginas que a finalidade aqui é falar da minha experiência com Linux. Portanto, os exemplos abaixo mostram as dificuldades - e também as facilidades  - que encontrei no processo.

Distribuições com programas de instalação:

Mandrake Linux - Minha primeira experiência com o Mandrale Linux foi a instalação da versão 7.02. Isso, em 2001. Fui mudando aos poucos do Windows 98SE para o Linux. Lá pelo final de 2005 usava o Mandrake Community 10.1, que vinha em três CDs, com suporte para língua portuguesa. O Open Office era então meu preferido e a GUI era o KDE 3.2, mas o Gnome 2.2 também era instalado por default.
O programa de instalação já era de fácil entendimento, e poucos os conhecimentos necessários para seu uso, uma vez que havia opções de automatização até mesmo para a criação de partições no disco rígido - um fantasma que assusta muitos usuários iniciantes.

Kurumin Linux - Esta distro foi criada por Carlos Morimoto e se encontra na versão 7.0 (existe uma versão 7.0r3 com pequenas atualizações). Trata-se de uma distribução bastante estável, baseada nos pacotes Debian, contendo, porém, uma série de scripts que facilitam a instalação e o parcicionamento do HD. Uma particularidade interessante desta distribuição é o fato de permitir o uso de uma partição /home separada. Isto permite a atualização do sistema - inclusive com a formatação da partição raiz - sem mexer nos arquivos pessoais.
Venho usando o Kurumin Linux desde sua versão 6.0 e recomendo para qualquer iniciante em Linux. Principalmente por facilitar muito a instalação de novos programas. Um CD chamado Kokar vem junto com o CD do sistema e contém cerca de 700MB de arquivos compactados. Estes arquivos são pacotes com programas que podem ser instalados com alguns cliques, através dos Ícones Mágicos, que podem ser acessados em uma interface gráfica chamada Painel de Controle do Kurumin.

Fedora 8 - "O Fedora é o sucessor do antigo Red Hat Desktop, descontinuado em 2003. Ele combina os esforços da Red Hat, com um grande número de voluntários e usuários fiéis. O Fedora é uma das distribuições mais utilizadas em servidores, graças a inovações como o SeLinux, mas também possui um público fiel no Desktop."(1)
Cheguei a usar o Fedora Core 4 durante alguns dias, mas alguns problemas com programas (Open office, principalmente) e com a configuração da minha impressora me fizeram voltar ao Kurumin.
O programa de instalação do Fedora Core 4 é muito fácil de usar, incluindo o particiomanento do disco.

Outras distros apresentam programas para instalação fáceis de usar, tais como: Mandriva e Ubuntu. Já o Slackware, que andei testando na v. 8, tem algo parecido com um programa de instalação. Trata-se de uma série de instruções para configurar teclado, mouse, etc., rodando no terminal. Como se trata de uma distro dirigida à estabilidade e confiabilidade, não devemos estranhar seu aspecto espartano. Uma curiosidade: jamais consegui configurar corretamente o teclado abnt-2 no Slack. Desconfio que seus usuários acabam por desistir de usar acentos e cedilha, como vi em diversos sites de discussão.

Instalando o Linux:

Partições - As partições são partes do disco rígido onde vão ser instalados os arquivos de sistema do Linux, uma parte usada para troca de informações e, em muitos casos, uma parte para os arquivos de usuários. Para quem já andou formatando discos rígidos para reinstalar o Windows® o uso do fdisk já não deve ter mistérios. Algumas distribuições Linux incluem programas gráficos para partição do disco. Basta, então, ter um pouco de atenção com as instruções e a tarefa não é das mais complicadas.

O mais importante, nesse momento, é saber o básico: que partições são necessárias no Linux?
/ ou raiz: esta partição é representada apenas por uma barra normal e servirá para a instalação dos arquivos de sistema. Aí vão o kernel, os diretórios que contêm os comandos, arquivos binários, programas, drivers, dispositivos e mídia (no Linux um disco rígido, um drive de disquete ou um CDROM, são tratados como arquivos) etc. Para as distros atuais, a partição raiz deverá ter uns 5GB (cinco gigabytes) para uma instalação do tipo estação de trabalho. Pode parecer muito espaço em disco, mas devemos considerar que ao final da instalação todos os programas necessários ao uso no dia a dia estarão prontos para uso, além de muitos outros que nem todo o mundo costuma usar com freqüência.
swap: esta partição será usada como espaço de troca de informações, de modo a otimizar o uso da memória de trabalho do computador (RAM). Seu tamanho recomendado é de no mínimo o dobro do tamanho da RAM do micro.
/home - na realidade, home é um diretório onde ficam as pastas dos usuários. O Linux é um sistema multiusuário, onde cada pessoa tem seu espaço particular em disco. Quando você entra no sistema - através de um login - este só lhe dará acesso à sua pasta (p. ex: /home/rosinha) e subpastas. Para isso, o administrador do sistema deverá inscrever cada usuário.
Como se trata de um espaço separado do sistema, em algumas distros é possível criar uma partição de disco só para o diretório /home. Nesse caso, ao fazer uma reinstalação, só se mexe nas partições raiz e swap.
Como nem toda distro permite o uso de uma partição /home em separado, é sempre uma boa idéia determinar antes se isso é possível. Uma coisa é certa: no Ubuntu 5.04 e 5.10, o uso de uma partição /home não é permitido. Criam-se apenas a partição raiz e swap. O próprio programa de instalação do sistema determinará o espaço para o diretório /home. Atualmente, estou testando a versão 7.04 do Ubuntu, mas não verifiquei ainda essa possibilidade.
O tamanho da partição /home, quando for criada em separado, poderá ser o restante do espaço disponível em disco.
Para entender melhor o sistema de arquivos do Linux, clique e leia o artigo Onde Vai o Quê em um Sistema Linux.


(1)Citado do Guia do Hardware.


Um país se faz com homens e livros. - Monteiro Lobato.


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