Aeroportos em estado de alerta
Após
ataque dos EUA, segurança foi reforçada em todo o mundo
Demorou 26 dias a resposta dos Estados Unidos
aos atentados do dia 11 de setembro. No domingo, cinco cidades do
Afeganistão foram atacadas por aviões americanos, e, na
segunda-feira, novos bombardeios ocorreram. Com medo de um
contra-ataque terrorista, os EUA e vários países do mundo, incluindo
o Brasil, estão reforçando a segurança de seus aeroportos e
procurando tomar medidas preventivas mais severas contra o terrorismo.
O governo americano anunciou que as medidas tomadas após os atentados
do dia 11 vão ser intensificadas. A Guarda Nacional foi designada
para reforçar a segurança dos aeroportos e, pela primeira vez na
História, forças estrangeiras vão auxiliar na defesa do território
americano. Nova York está em estado de alerta, com um aumento de
policiais nas ruas, e os principais monumentos e potenciais alvos no
País estão sendo patrulhados.
As medidas divulgadas pelos EUA para aumentar a segurança nos
aeroportos e evitar novos seqüestros também vão ser aumentadas.
Entre elas, destacam-se duas como principais: as inovações tecnológicas
e a presença de agentes federais nas aeronaves.
As medidas como a instalação de um sistema de vigilância por câmeras
nas aeronaves, monitorado pela torre de comando, são muito eficazes,
possibilitam um controle no solo do que está ocorrendo no avião. Já
a presença de agentes treinados entre os passageiros (como ocorre em
uma das companhias aéreas mais seguras do mundo, a israelense El Al)
é uma forma eficiente de impedir qualquer tentativa de seqüestro
por terroristas e dar maior segurança aos passageiros".
No Brasil
A Infraero, o Snea (Sindicado Nacional das Empresas Aéreas) e o DAC
(Departamento de Aviação Civil) dizem que os aeroportos brasileiros
são seguros e "estão dentro dos padrões internacionais".
Mesmo assim o governo brasileiro determinou o reforço e aplicação
imediata de novas medidas de segurança nos aeroportos do País.
Algumas normas adicionais já foram adotadas pelo DAC. Entre outras
exigências, de agora em diante, para embarque em vôos domésticos é
preciso chegar ao aeroporto com duas horas de antecedência; para vôos
internacionais, a antecedência deve ser de três horas.
Além das exigências, é necessário também intensificar as medidas
que já estão sendo tomadas, como um maior controle e fiscalização
do check in dos passageiros, por meio da revista manual, por raio-x
etc. Porém, é importante que, além da maior fiscalização no check
in, haja uma equipe treinada para inspecionar tanto a aeronave e
bagagens como os passageiros, individualmente, no embarque, dando uma
atenção maior às bagagens, cargas e contêineres que vão embarcar.
Vale lembrar que nenhuma providência será totalmente eficiente, há
sempre uma margem de risco. Porém estas medidas devem ser seguidas
com muito rigor, já que são inibidoras. Sabendo que há fiscalização,
um terrorista vai, pelo menos, pensar duas vezes antes de tentar algo.
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