História verídica

No 9 de abril de 2001, um homem ligou para o telefone do meu trabalho se identificando como sendo do Banco no qual eu tenho conta.
Ele disse que estava recadastramento os dados dos clientes e estaria restituindo um valor referente a CPMF cobrado em 2000 incorretamente pelo banco e que seria creditado na conta corrente. Esta pessoa confirmou todos os meus dados: número da agência e Conta corrente, endereço, CPF, Identidade e disse por alto o valor da aplicação. Como ele tinha todas as minhas informações e parecendo também ser um atendente do Bankfone, eu não duvidei que seria um funcionário do banco. Ele então solicitou que fosse digitada minha senha durante uma gravação que viria logo em seguida, explicando que ele não poderia receber a senha por telefone.
Por saber que esta é uma norma praticada pelos bancos, na qual o atendente não poderia solicitar sua senha, mas poderia ser digitada através da gravação, eu digitei a senha da Internet . Como teve retorno de senha inválida pelo sistema, eu desliguei o telefone. Logo em seguida, o homem ligou novamente dizendo que a transação não tinha sido efetuada com sucesso pois a senha não conferia. Eu então informei que não tinha a senha do cartão magnético. Ele disse que estaria retornando a ligação novamente. Inclusive ele fez uma
solicitação para que a senha fosse enviada novamente para minha casa, dando prazo de entrega etc.
Ele então perguntou se eu gostaria de recadastrar os dados de minha mãe,  também correntista do banco, para adiantar o processo. Ele me passou todos os dados da conta-corrente, agência, endereço, identidade e CPF da minha mãe seguindo o mesmo processo  efetuado anteriormente. Eu então levantei os dados e digitei através da gravação, achando que o sistema era do Banco e então estaria segura. Ele agradeceu com todos os dizeres normais dos atendentes do Bankfone e desligou. Hoje, 10 de abril de 2001 pela manhã,  foi constatado a retirada de aproximadamente R$13.000,00 em empréstimos, cheque especial e tudo que tinha direito. Os valores foram transferidos para contas no mesmo banco e foram efetuadas algumas compras de celular pre-pago.

Os golpistas são treinados e sabem o que estão fazendo. Provavelmente são ex-funcionários de empresas de call-center e sabem que o acesso às informações é mais fácil do que podemos imaginar. Outros casos aconteceram,  ligaram para minha mãe dizendo que era do American Express e estavam oferecendo um SUPER seguro pessoal por R$20, 00 mensais. Para confirmar o pedido ela teria que passar o número de cartão. O atendente tinha até a data de aniversário dela. Mas ele não foi convincente e ela não passou o número.
A funcionária do banco onde estive hoje me contou do golpe aplicado no pai dela ontem. Também solicitaram o número do cartão e, em menos de três horas, tinham usado todo o limite do cartão em pagamentos efetuados em todo o Brasil. Fiquem espertos! Parece brincadeira, mas você não percebe o que está acontecendo até que vê um rombo na sua conta bancária.
 
Que este sirva de alerta a todos que, na era digital, nada mais é confiável. Seus dados correm soltos por todos os lados e nem percebemos.

Acho que chegou a hora de darmos um basta em tudo isto e resolvermos viver nossas vidas realmente da forma mais secreta possível.

Quem enviou este alerta foi:

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