FÁBRICAS
Dicas para a indústria
Soluções de segurança integradas para unidades fabris

Maurício Ciaccio é gerente
corporativo de segurança eletrônica


Um complexo fabril requer soluções integradas de segurança apropriadas para as suas dimensões e complexidades, o que requer um gerenciamento bem planejado. Assim destacamos abaixo algumas sugestões para melhor condução desta gestão, que está baseada no trinômio RISCO - DETECÇÃO - REAÇÃO:

1. Infra-estrutura: criar uma gestão de segurança e construir uma central de segurança e monitoramento, que será responsável pelas tomadas de decisões relativas à segurança do local. Nesta central estará o gerenciador de acesso, os monitores e operadores de CFTV, rádio e todas as ferramentas para controle. Executar uma análise de risco, elencando e priorizando a aplicação de instrumentos de controle e detecção nas áreas de risco.

2. Iluminação: otimizar a iluminação em toda área, principalmente no perímetro.

3. Entradas de funcionários: implantar sistema de controle de acesso nas portarias, adotando catracas e terminais de cadastramento de visitantes. A área de entrada de funcionários e visitantes também deve ter uma boa visualização. É importante que a imagem dos visitantes seja registrada.

4. Entrada e saída de veículos: automatizar os portões e colocar leitores de cartão para controle de acesso. Assim possibilita-se uma análise do fluxo de veículos, o controle de entradas de mercadoria, etc . Neste local é necessária a cobertura de câmeras, que registrarão as chapas dos veículos e seus motoristas.

5. Unidade fabril: a implantação de câmeras voltadas para a produção na unidade fabril, além de evitar possíveis sabotagens, melhora a produtividade. Há câmeras móveis que, instaladas em trilhos, percorrem toda a linha de produção. Locais como o estoque e a área de projetos também devem ser controlados por câmeras e sistemas de cartões, para evitar acessos indevidos e garantir a segurança das pessoas.

6. Refeitório: como a implantação de um sistema de acesso é modular, a colocação de leitores de acesso combinados com catracas, controlam as refeições (através de média de acesso) e pessoas que as consomem. Isso evita risco de almoços em duplicidade. Caso isso aconteça, o sistema já repassa tais dados para a folha de pagamento, a fim de realizar os descontos devidos. No local destas catracas deve haver câmeras para visualização do fluxo do refeitório.

7. Perímetro: todo o perímetro deverá estar coberto por câmeras móveis em postes e prédios, o que fornece à central de segurança imagens em tempo real de toda a fábrica e sua efetiva movimentação. Com a implantação de sensores perímetrais – infravermelhos ativos e cerca de choque pulsativo, tem-se imediatamente o sinal de qualquer tentativa de invasão, que pode ser checada com as câmeras acima sugeridas para a confirmação ou não da ocorrência.

8. Além destes dispositivos eletrônicos, não se pode esquecer da vigilância, que deverá estar motorizada e equipada com rádios para executar rondas orientadas pela central de segurança e poder agir com mais agilidade em caso de ocorrência. A vigilância deve estar presente de forma ostensiva na portaria e em pontos críticos, como posto bancário, estacionamento, etc. Utilizando todas essas dicas, pode-se evitar possíveis sinistros.