Seguradoras são vítimas de clientes

Das indenizações pagas pelas seguradoras de veículos 20% são forjadas. Está é a estimativa do setor que há algum tempo vêm instituindo investigações severas antes de pagar o prêmio ao segurado. Mesmo assim, os falsos sinistros e fraudes ainda são grandes. Pelo balanço da Federação Nacional de Seguros (Fenaseg), em 2000 eles representaram um prejuízo de quase R$ 3,5 bilhões para as companhias.
Naquele ano, o setor de veículos obteve uma receita de R$ 7 bilhões, sendo que R$ 4,9 bilhões (70%) foram aplicados em indenizações. Na busca por soluções, dez companhias de seguros estão se unindo à International Association of Investigation Units (Iasiu), entidade norte-americana sem fins lucrativos que atua há 10 anos no mercado de prevenção a fraudes. Os principais problemas de fraudes, segundo as seguradoras são: Inversão de Responsabilidade (onde o segurado assume a culpa, mesmo não estando no volante) - 30% dos casos; Empréstimo de Seguro (onde alguém que tem seguro assume a responsabilidade pelo acidente de outros veículos que não possuem seguro) - 17%; Falso Roubo (segurado esconde ou abandona o veículo simulando um roubo) - 12%; Alcoolismo (segurado embriagado mente dizendo que o condutor do veículo não era ele) - 11%; Agravamento do Sinistro (facilitação do furto) - 10%; Motorista Inabilitado - 6%; Montagem de Sinistro - 5%; e outros - 9%.

Documentos na Internet terão autenticação

O governo brasileiro criou, por medida provisória, a Infra-Estrutura de Chaves Públicas (ICP-Brasil), uma espécie de cartório virtual que garantirá a autenticidade, integridade e validade jurídica dos documentos eletrônicos. A certificação será feita por meio de senha que dará validade às assinaturas digitais. Com isso, será possível registrar nascimento, reconhecer firma, comprar ou alugar imóveis e até casar pela Internet.
O sistema também promete aumentar a segurança nas compras feitas pela Web. As novas regras, que mal saíram do papel, já estão sendo contestadas pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A instituição fez dura crítica ao novo sistema e considerou a MP do governo inoportuna por gerar insegurança e burocracia. Para a entidade, há três erros clássicos. O principal deles está no artigo 4°, que coloca o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento para a Segurança das Comunicações (Cepesc) para assessorar o ICP-Brasil. Como esse órgão é controlado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), ligada ao Gabinete de Segurança Institucional, os dados e transações de todos os brasileiros com certificação estarão disponíveis para a Abin. A ICP, por meio um Comitê Gestor, será a responsável por fiscalizar as autoridades certificadoras e também terá todos os dados à sua disposição.
A MP, segundo a OAB, não responsabilizará empresas que expuserem os usuários a risco de falsificação.

 

Armas ilegais causam mortes no Brasil


O Instituto de Altos Estudos Internacionais de Genebra divulgou um relatório que apresenta o Brasil como um dos países que possui o maior número de mortes provocadas por armas ilegais.
De acordo com o estudo, nos anos de 1990 a 1999, 28 mil pessoas foram mortas por esse tipo de armamento.
Isso equivale a um total entre 9% e 13% dos casos dessa natureza ocorridos no planeta. Pela pesquisa, cerca de 550 milhões de armas estão em circulação no mundo e o Brasil é apontado como o quinto maior produtor, movimentando US$ 150 milhões por ano.
Os especialistas consideram as armas ilegais as principais responsáveis pelo aumento da violência urbana brasileira e afirmam que o país gasta cerca de 10% do PIB para tratar das vítimas.
Muitas dessas armas ilegais são produzidas pelas próprias empresas brasileiras e exportadas legalmente para o Paraguai.
Lá são comercializadas livremente e retornam ao Brasil de forma clandestina. Todos esses dados vão servir de base para a Conferência das Nações Unidas (ONU) sobre armas leves, que começa nessa semana, em Nova York, e contará com a presença de diplomatas de mais de cem países.

 

GPS ajuda a combater o crime urbano


O GPS, um velho conhecido das empresas de segurança, tornou-se um dos principais aliados da polícia no combate à violência. O sistema tem ajudado o trabalho de policiais de vários estados brasileiros, como é o caso do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco, Ceará e Goiás que estão empenhados na integração total dos organismos responsáveis pela segurança. Pernambuco e Ceará estão na liderança de uso do GPS. Ambos possuem um Centro Integrado de Operações, que reúne a Polícia Militar, Polícia Civil, Bombeiros e o Resgate. Toda vez que ocorre um incidente, a central identifica o problema e verifica qual a unidade mais capacitada para atender à ocorrência. A viatura recebe todas as coordenadas da Central, inclusive sobre trajeto. Do próprio terminal instalado no veículo, o policial elabora e envia o boletim de ocorrência para a delegacia responsável.
Os dados registrados também ajudam a polícia na obtenção de estatísticas de criminalidade, mostrando os pontos mais críticos. No estado de São Paulo já foram realizados alguns testes com o GPS em um projeto-piloto, porém teve de ser cancelado por falta de recursos financeiros. Alguns hospitais privados também estão analisando a possibilidade de instalar o GPS nas ambulâncias.

 

ONU discute a normatização de armas


Durante a conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre armas leves, realizada em julho, delegados dos Estados Unidos afirmaram que o país não aceitará nenhum tipo de restrição ao comércio legal de armas de fogo ou ao direito de porte, garantido pela Constituição norte-americana. A manifestação ganhou apoio da Rússia, mas caiu como uma bomba para a maioria dos países participantes, entre eles o Brasil. Representantes de diversas nações afirmaram que essa atitude dos EUA teve a clara intenção de acabar com a conferência, mas o subsecretário norte-americano de Estado para o controle de armas, John Bolton, afirmou que se trata apenas de proteção dos direitos legais do cidadão. Ele enfatizou que Washignton se recusará a analisar qualquer medida que venha obrigar a redução do comércio de armamentos leves ou uma eventual proibição de civis portarem pistolas e rifles de caça.
Após duas semanas de discussão os 180 países-membros da Organização das Nações Unidas (ONU) que participaram da conferência firmaram um compromisso de combater o comércio ilegal de armas, mas não foi aprovado em sua totalidade. A principal questão não resolvida ficou por conta da posição dos Estados Unidos de não restringir a propriedade privada de armas e a venda a entidades não-governamentais. Com isso, algumas das cláusulas que causaram polêmica, como a obrigação de identificar e registrar revólveres, pistolas, fuzis e metralhadoras foram retiradas do acordo, o que deixou descontentes membros da União Européia e de todos os países africanos que participaram do encontro. No lugar do documento que estava sendo preparado há mais de dois anos, foi aprovado um acordo bem mais condescendente.
Uma pesquisa do Instituto Graduado de Estudos Internacionais, de Genebra, mostrou que 56% das armas pequenas (revólveres, pistolas, fuzis e submetralhadoras) e leves (morteiros e metralhadoras) do mundo estão nas mãos de 305 milhões de civis, sendo que 250 milhões deles são norte-americanos. A pesquisa apontou também os EUA como líder na exportação de armas pequenas e leves.

 

Multinacional completa um ano no Brasil


A Mythos do Brasil completou um ano de existência com a estimativa
de fechar o ano 2001 com um crescimento de 30%. Uma perspectiva que não deixa nada a desejar para as concorrentes que atuam há mais tempo no país. De acordo com o presidente, Philip Kim, essa projeção se deve ao fato da segurança no Brasil estar em pleno desenvolvimento e da Mythos oferecer um dos melhores sistemas de assistência ao cliente. “Atendemos distribuidores e temos representantes em cerca de 95% do Brasil”.
Para comemorar o aniversário os representantes da empresa ofereceram um coquetel a clientes e amigos no último dia 27 de julho, quando foram apresentadas as novidades na linha digital. Dentre elas está o MDR 16.000, gravador digital multiplex real time.
A proprietária da marca Mythos é a Hitron, empresa coreana fabricante de diversos sistemas de segurança (monitores, vídeos, lentes, multiplexadores, quad, entre outros). Com isso é possível oferecer exclusividade de fábrica e garantir suporte técnico para toda a linha de produtos comercializados no mercado brasileiro.
Tel. 3871-0025.
E-mail: mythos@mythosdobrasil.com.br

 

Celulares bloqueados em presídios

O Brasil vai adotar tolerância zero para o uso de celulares dentro dos presídios. Essa foi a declaração do presidente Fernando Henrique Cardoso que diz estar tomando todas as providências necessárias para, em breve, acabar com o uso de telefones celulares nos presídios. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) está à procura do melhor sistema para bloquear, identificar e fazer escuta das ligações feitas por celulares nos presídios. Alguns sistemas já estão sendo testados em São Paulo.
A medida é vista com bons olhos, mas a maioria dos especialistas acredita que para um trabalho eficaz o governo deveria investir também na formação dos agentes penitenciários, pois parte do problema está na triagem do que deve ou não entrar nos presídios. Na opinião do presidente da Associação Brasileira de Advogados Criminalistas e conselheiro da OAB-SP, Luiz Flávio Borges D’Urso, a lei que rege o uso de telefone por parte dos detentos ficou obsoleta devido ao advindo do celular e necessita de novas regras. Pela lei um detento só pode fazer uso de um telefone com a autorização do diretor do presídio.