EMPRESAS APOSTAM NA SEGURANÇA DE ALTA TECNOLOGIA |
É cada dia maior o número de empresas que estão trocando formas de identificação associadas à senha particular pela tecnologia da biometria, como impressão digital, íris, voz, dinâmica da assinatura e outras modernidades praticamente imunes a fraudes. Dentre as novas tecnologias a impressão digital, economicamente, é a mais viável. Um sistema desse custa em média US$ 2 mil e oferece uma precisão próxima a 100%. Mas se a empresa necessita trabalhar com uma margem de erro menor, as opções são as tecnologias de reconhecimento de face ou íris. O problema desses novos produtos é o alto custo. Para implantar um sistema de reconhecimento por meio da identificação da íris, por exemplo, será preciso desembolsar no mínimo US$ 18 mil. Especialistas acreditam que num período de três ou quatro anos as novas tecnologias já estarão disseminadas. As empresas que administram cartões de crédito são as mais receptivas às tecnologias que evitam fraude. Um dos grandes problemas enfrentados por essas administradoras tem sido a identificação do cliente, uma vez que para a realização de compras, principalmente por meio de telefone ou Internet, basta informar o número do cartão. A clonagem também é outra fraude bastante comum no mercado de cartões de crédito. Embora já exista a possibilidade de utilizar chips acoplados aos cartões para dificultar a ação dos estelionatários, ainda não se conseguiu a identificação do portador. Isso só será possível com uso de tecnologias interligadas que permitam, por exemplo, a identificação digital. |
CLIENTES
DE BANCOS SÃO VÍTIMAS DE CARTÕES CLONADOS
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O modelo de segurança adotado pelos bancos fez cair significativamente o interesse dos ladrões pelo roubo a bancos. Hoje, o delito mais comum praticado pelos marginais no ambiente bancário é o estelionato ou a fraude. A vítima direta passou a ser o cliente do banco. Práticas como clonagem de cartões de banco e transferência de dinheiro do correntista pela Internet representam a metade dos crimes praticados em instituições bancárias. Um estudo realizado pelo coronel da reserva da Polícia Militar Paulo César Fontes, revela que em 2000, esses tipos de crimes foram responsáveis por 47,9% dos casos registrados na zona oeste de São Paulo. O valor total do capital roubado atingiu a soma de R$ 15 milhões. As fraudes só não superam o número de seqüestros-relâmpago, onde o cliente de banco é mantido refém dos bandidos até que sejam realizados saques em caixas eletrônicos. A média de casos desse tipo é de 600, por dia. O roubo é a outra modalidade de crime que mais afeta os clientes. Esses delitos são responsáveis por 59,9% dos casos. A maioria das pessoas é assaltada após retirar dinheiro nas agências bancárias. Geralmente os bandidos acompanham toda a movimentação da vítima e realizam o assalto a poucos metros da agência bancária. Na opinião de Fontes, atualmente, os bancos apresentam muita segurança interna, porém os clientes estão à mercê da bandidagem. |
DNA
PARA INVESTIGAÇÕES CRIMINAIS NO RIO DE JANEIRO
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Até o final do ano o governo do Rio pretende implantar dois novos projetos de segurança que fazem parte do Programa de Apoio Tecnológico na Área de Segurança Pública. O primeiro permitirá a identificação de criminosos através de um banco de DNA. Quando o criminoso for preso, além do cadastro tradicional, ele terá armazenado dados do DNA. Esta medida visa facilitar a identificação da participação do marginal em futuras ações criminosas. O outro projeto promete identificar armas adulteradas. O Programa foi criado pelo governador Anthony Garotinho e engloba pesquisas sobre violência e segurança realizadas por sociólogos, antropólogos, cientistas políticos e pesquisadores de diversas instituições do Rio de Janeiro. A idéia do governador é possibilitar um maior intercâmbio entre os projetos e as pesquisas, permitindo que as ações sejam realizadas em conjunto e garantam maior resultado. A sociedade também terá acesso aos resultados das pesquisas sobre violência, em breve, pela Internet. |
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